Algum tempo passou até que falássemos outra vez. O tempo todo, os olhos de Malena estiveram presos aos meus e eu desejei do fundo de minha alma, que ela pudesse ler o arrependimento que senti.

—Eu não a vejo como eles veem – Falei, por fim.

—Então como explica isso? – Apontou para o dinheiro sobre a mesa, intocado. Uma lembrança maldita de minhas intenções iniciais.

—Foi burrice.... Estupidez.... Chame como quiser, mas se eu pudesse voltar no tempo....

—Mas não pode – Malena usou de um discurso lacônico para findar nossa conversa e eu apenas me calei, como sempre – Já chega disso.