Desentendimentos escrita por Marry Black, grupo_FCC


Capítulo 39
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, eu estava sem tempo para escrever!
Boa leitura!



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POV Edward

Fazia três dias que Alice havia ligado para seus amigos no Brasil e depois de precisar acertar alguns detalhes técnicos, eles finalmente chegariam hoje embora eu não fizesse a menor idéia do que eles pretendiam fazer e principalmente, qual era o propósito de Alice com tudo isso.

Dizer que eu estava tranquilo com aquela visita seria mentira, eu não sabia o que esperar. Aquele casal, fosse como fosse, havia ensinado Bella a ser uma pessoa diferente do que ela era. Eu não conseguia aceitar aquela nova Bella, principalmente, porque agora ela me via como... Como... Meu peito se contrai só de lembrar, eu jamais conseguiria aceitar tudo aquilo.

Suspirei frustrado e peguei minhas coisas, eu não sabia o que estava por vir, mas pior não poderia ficar. Bom, pelo menos assim eu esperava. Em todo caso, eu estaria de olho nos movimentos de Alice, ela não brincaria mais com meu futuro ou com o de Bella, e assim de tudo, eu ficaria de olhos nesse casal que chegariam, eles não mais transformariam minha Bella.

Passei em uma padaria e comprei alguns sonhos de doce de leite, Bella adorava aqueles pãezinhos. Cheguei no campus da faculdade rapidamente e me dirigi ao alojamento de Bella, pelo horário, ela estava tomando café da manhã, mesmo que agora ela me visse como um irmão, estar perto dela já fazia minha dor amenizar. Eu não podia tocá-la, mas poder vê-la já era um conforto.

Toquei a campainha e me apoiei no batente da porta. Pude ouvir a movimentação dentro do alojamento e logo ela abriu a porta. Estava sorrindo, como eu gostava de vê-la sorrir, fazia com que o vazio dentro de mim se fechasse mesmo que por alguns poucos segundos, já estava vestida, mas era nítido que ainda não estava pronta para as aulas. – Trouxe sonhos de doce de leite. – Declarei mostrando-lhe o pacote sorrindo. Seus olhos brilharam e ela pegou o pacote, eufórica.

-Ai Edward você é o máximo! – declarou ela toda agitada, beijou-me a face e voltou para dentro do alojamento, dando-me vazão para fazer o mesmo. Sua frase me aqueceu com um monto feito por mil facas. Era tudo que eu queria ouvir de sua boca, mas não com o significado que ela transmitia. Como minha Bella fazia-me falta...

Reprimi um suspiro e sorri enquanto me acomodava na cadeira junto a mesa. – Fico feliz que tenho vindo tomar café comigo. – Disse-me Bella enquanto mordia um dos sonhos.

Apoiei minha cabeça em minha mão e sorri torto. Mesmo assim, tão diferente, ainda era muito majestosa. – Na verdade, eu vim apenas fazer-lhe companhia. Já tomei café.

Bella franziu a sobrancelha. – Ah você tem que estar brincando! Coma comigo Edward! – insistiu ela.

Apenas dei de ombros. - Se você conhecesse bem a dona Esme saberia que ela não deixa nenhum de nós sair de casa sem tomar um bom café da manhã. – Expliquei com naturalidade embora nada daquilo fosse verdade. Mas não havia muitas opções, Bella certamente não estava preparada para conhecer a verdade novamente. – E acredite, quando se tem um pai médico, é impossível burlar essa regra.

Bella riu abertamente. – Vocês devem ter uma vida muito regrada, não é? – perguntou ela enquanto cruzava as pernas, ainda sentada na cadeira. Dei de ombros.

-Crescemos assim... Estamos acostumados. Não é tão ruim quanto parece. – Assegurei. – Temos muitas vantagens que a grande maioria não tem.

Bella pegou um sonho e comeu enquanto escutava-me com atenção. – Aposto que vocês nunca ficam doentes. – Ri divertindo-me, ela não fazia idéia do quão correta estava.

-É verdade. – Concordei bem humorado. – Quase nunca ficamos doentes.

Bella deitou levemente a cabeça e analizou-me. – Mas também, fingir que está passando mal para não ir pra escola... – ela não terminou a frase. Ri com vontade.

-Nunca funcionou. – garanti. Aquele nem de longe era a minha Bella, mas mesmo assim, ela trazia alegria e diversão a minha vida, e no momento, eu não podia reclamar, eu tinha mais do que poderia pedir.

-Vocês são os filhos perfeitos, não são? – Perguntou ela em um tom mais de afirmação do que pergunta.

Dei de ombros. – Nada que nenhum pai não deseje para seu filho. – dei uma resposta ampla e evaziva. Por mais que eu me divertisse com as lógicas absurdas de Bella, eu ainda precisava tomar cuidado com o que dizia. Ela podia ter perdido a memória, mas continuava tão perspicaz e inteligente quanto antes. Eu não podia cometer o mesmo erro do passado e deixá-la perceber diferenças em mim. Ela não podia saber a verdade sobre o que eu era. Ao menos, não agora.

Bella apenas sorriu e optou por não dizer nada. Seu olhar seguiu para além de mim. – Oh my God! – Ela se levantou num pulo. – Vamos nos atrasar! Vou me arrumar rapidinho e já volto.  – Antes que eu pudesse responder ela sumiu em direção ao quarto. Observei-a com verdadeira adoração.

Suspirei assim que ela sumiu de vista. Como você faz falta, meu amor. Pensei amargamente, não era como se essa nova Bella não fosse tão incrível quanto a minha, mas... Onde fora parar aquela moça retraída, que sempre mordia o lábio inferior quando estava nervosa, pela qual me apaixonei loucamente no instante em que a vi naquele refeitório a primeira vista?

Levantei-me em velocidade humana e comecei a tirar a mesa do café, afinal, se eu fizesse tudo em segundos Bella perceberia que algo estava errado.

Não tardou muito, Bella voltou, linda e deslumbrante como sempre. Foi impossível não arfar ao suas pernas mal cobertas por uma saia jadrez vermelha e seu corpo bem-moldado aparente na apertada camisa branca levemente aberta na região dos seios. Seu cabelo estava divido ao meio com perfeição, preso frouxamente com dois elasticos de cada lado.

-Vamos? – Indagou ela enquanto jogava a mochila nas costas. Assenti e coloquei a ultima xicara na pia.

Em silêncio, caminhamos em direção ao prédio de psicologia. Mesmo que a contra-gosto, Bella havia se acostumado ao fato de que eu sempre a acompanhava até sua sala de aula. – Qual é sua primeira aula hoje? – indagou ela enquanto me fitava.

-Ética. – respondi ao sorrir para ela. Pelo canto do olho, pude ver uma moça se aproximar rapidamente de nós. Levou pouco mais de um segundo para eu perceber que era a mesma garota que vira nos pensamentos de Jasper e Alice; Melissa.

Ela vinha rapidamente de encontro a Bella, eu quis interferir, mas eu sabia do propósito de Alice para ela estar aqui, então, eu deixei-a fazer o que bem intendesse.

Aproveitando que Bella estava distraida conversando comigo. Ela deliberadamente trombou com Bella e caiu no chão. Bella ficou meio aturdida e eu sem saber como agir ao sentir aquele cheiro inconfundivel. Mesmo sem olhar, eu sabia que Melissa havia sangrado com o tombo.


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Notas finais do capítulo

Opa, parece que eles vieram para tumultuar tudo.
Espero que tenham gostado