Desentendimentos escrita por Marry Black, grupo_FCC


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Boa leitura!



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Visão de Bella

Aos poucos, as trevas fora abandonando-me, eu sentia tudo doer, minha cabeça pesava, eu não conseguia compreender. O que havia acontecido? Por que tudo doía tanto? Por que minha cabeça parecia latejar?

Quanto mais eu tentava compreender, mais minha cabeça parecia doer e mais a consciência parecia me envolver, logo vozes estranhas preencheram meus ouvidos com zumbidos irritantes, aquele barulho machucava meus ouvidos e principalmente, aumentava minha dor de cabeça. Eu quis pedir para que se calassem, mas não consegui encontrar voz para isso. Tentei mexer minhas mãos, mas estas pareciam pesadas demais para que eu pudesse movimentá-las, tentei abrir meus olhos, mas eles também pesavam.

Por mais que tentasse, eu nada conseguia compreender ou fazer. Logo os zumbidos se tornam mais próximos e mais compreensíveis, eram pessoas, eu tinha certeza, conversando algo totalmente incoerente ao meu ver. Novamente tentei me mexer e desta vez, uma de minhas mãos respondeu aos meus comandos. Isso era bom.

Um bipe chato começou a perturbar meus ouvidos, eu não conseguia compreender o que aquilo significava ou de onde vinha. Na verdade, eu nada compreendia, tudo era confuso demais.

Com um novo esforço, eu consegui abrir lentamente meus olhos, mesmo meu corpo protestando com fortes dores, tentei ignorar isso, eu queria entender ao menos alguma coisa. Assim que consegui focalizar alguma coisa, percebi que as vozes tinham se calado, a única coisa audível ali era aquele maldito bipe. Atenta, observei o ambiente, tentando entender onde eu estava.

O quarto era branco, eu estava deitada em uma cama desconfortável, em um dos meus braços estavam ligados alguns tubos e fios, em volta de mim, haviam duas pessoas paradas observando-me, um homem trajando uma farda de policial e uma mulher levemente arruivada, magra, ambos possuíam um semblante ansioso e preocupado no rosto. Demorei alguns segundos para perceber que eu estava em um hospital.

Essa conclusão assustou-me, tentei me lembrar de como fora parar ali, mas minha cabeça latejou mais com isso. Por mais que eu tentasse, eu não conseguia me lembrar como fui parar ali.

-Você acordou! – uma moça abriu um sorriso cansado ao meu lado. – Oh, Bella. Estou tão feliz por te ver abrir os olhos novamente.

Eu não conseguia entender... Do que ela falava? Tudo parecia tão confuso, minha cabeça doía.

-Quem... Quem é você? – perguntei, por mais que forçasse minha cabeça eu não conseguia me lembrar dela, alias, eu não conseguia me lembrar de nada.

Tanto a moça quando homem observaram-me com espanto com minha pergunta, aparentemente, nós nos conhecíamos, mas... Eu realmente não conseguia ver como isso era possível, eu nunca havia-os visto em toda a minha vida.

-Você... – o homem foi o primeiro a recuperar seus estados de choque. – Você não sabe quem somos, Bells?

Franzi o cenho com aquela declaração, eu não os conhecia, tinha certeza disso. Por mais que eu forçasse minha cabeça a pensar, eu não conseguia imaginar quem eles seriam.

-Nós nos conhecemos? – respondi com outra pergunta, eu definitivamente não os conhecia.

A moça ficou branca e tapou a boca com as mãos, seus olhos se encheram de água e ela deu um passo para trás. O homem, também abalado com minha declaração estremeceu e se dirigiu a porta.

-Vou chamar Carlisle – declarou ele saindo. Carlisle? Quem era Carlisle?

Novamente tentei vasculhar minha mente tentando me lembrar mas... Nada. Eu estava ficando frustrada e principalmente, cansada de tudo aquilo. Minha mente não conseguia se lembrar de nada daquilo e doía cada vez que eu tentava.

Silenciosamente, a moça começou a chorar no canto do quarto, deixando-me com um sentimento de culpa, por mais que não a conhecesse, algo dentro de mim se apertava ao ver que eu havia ferido-a.

Não demorou muito aquele homem voltou trazendo outro consigo, este era loiro e bem mais jovem, trajava um jaleco branco, fazendo-me deduzir que fosse um médico. Ele se aproximou de mim com uma lanterninha e mirou-a em meus olhos. É ele era o médico.

-Como se sente, Bella? – perguntou ele enquanto me examinava. Novamente uma curiosidade pairou sobre mim, por que todos me chamavam de Bella? Esse não era meu nome! Meu nome era... Era... Forcei minha mente mas, para meu completo desespero, eu não conseguia me lembrar.

-Tudo está doendo... – Declarei ainda perturbada com minha nova descoberta. – Mas minha cabeça é a principal, parece pesar uma tonelada. – Lembrei-me de minha mão. – E não consigo mexer minha mão esquerda. – Carlisle não pareceu surpreso quando falei de minha mão e continuou a me examinar.

-Esta se sentindo, tonta? Enjoada? – perguntou ele enquanto passava a avaliar os aparelhos atrás de mim. Pensei por um breve minuto antes de responder.

-Um pouco tonta, mas não enjoada. – Carlisle assentiu levemente.

-Você está sentindo alguma outra forte dor, Bella? – indagou ele; novamente pensei bem antes de responder e percebi que minhas costelas latejavam de dor.

-Acho que... Minhas costelas estão doendo. – ele se aproximou e começou a tocar meu corpo, aproveitei a deixa para perguntar o que aparentemente era obvio. – Por que vocês estão me chamando de Bella?

A mulher no canto soluçou e apoiou o rosto no homem de farda. O médico franziu o cenho e me avaliou intensamente antes de rebater minha pergunta.

-Este é seu nome, ou não é? – me senti constrangida de confessar que eu não sabia, eu não deveria ter perguntado, mas talvez, falando a verdade aquele homem pudesse me ajudar a lembrar.

-Eu... Eu não sei... – confessei num sussurro olhando na direção oposta. Pela visão periférica vi Carlisle estremecer.

-Você se lembra de alguma coisa Bella? Qualquer coisa? – perguntou ele, novamente.

Me pus a pensar, forcei minha cabeça, vasculhei cada canto de minha mente, tentando me lembrar de alguma coisa... Qualquer coisa que fosse. Mas nada. Nada me veio, mas, estranha e inexplicavelmente um vazio doeu em meu peito, um sentimento doloroso e infundado, mas ao mesmo tempo estranhamente familiar. Era como se eu conhecesse muito bem aquela dor, mas não soubesse como me tornei tão intima de um sofrimento tão intenso. Achei melhor não comentar sobre isso.

-Não... – Suspirei frustrada e novamente forcei minha cabeça fazendo-a doer insuportavelmente. Apertei minha cabeça com a mão direita. – Por mais que eu tente...

O medico pareceu perceber meu esforço e logo soltou minha mão e me forçou a deitar novamente.

-Descanse um pouco, Bella... Mais tarde conversaremos melhor. – então ele pegou uma seringa e injetou em um tubo, rapidamente comecei a me sentir sonolenta, antes que eu tivesse a oportunidade de dizer qualquer coisa, a escuridão me dominou.

 


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Notas finais do capítulo

Uhh... Chocante não é mesmo?
Tadinha da Bel =/
Comentem ok?
;*