Desentendimentos escrita por Marry Black, grupo_FCC


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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POV Edward

Eu estava andando de um lado para o outro, ansioso, angustiado, esperando sem a menor paciência pelos resultados dos exames de Bella.

Ainda era uma surpresa para todos que ela tivesse acordado com amnésia, mesmo sabendo da pancada na nuca, ninguém esperava que isso causaria tantos danos; assim que ela percebera que não se recordava de nada, Carlisle sedou-a e submeteu Bella a uma bateria de exames para saber quais as conseqüências do acidente, e principalmente, se a falta de memória seria ou não permanente.

Eu me sentia mais culpado que nunca, meu peito queimava com a consciência de que se eu não tivesse sido egoísta o suficiente, e tivesse assinado a droga dos papeis, Bella não estaria naquele leito de hospital agora. Era agonizante saber que a pessoa que você mais ama nesse mundo, está nessa situação catastrófica por sua causa, e me martirizava saber que eu nada poderia fazer a respeito.

Bella não merecia nada daquilo, não merecia ter perdido os movimentos da mão, não merecia sofrer como sofreu, não merecia a humilhação de ter o próprio noivo beijando outra em sua festa de casamento... Bella não merecia aquele acidente.

Como um dia poderei conviver com a culpa de tudo que a fiz passar? Como posso ter errado tanto com a pessoa que mais amei neste mundo? Como pude ser tão monstruoso de maltratar, mesmo que inconscientemente, uma pessoa tão pura como Bella? A qual o único pecado foi amar desmedidamente, um monstro que não merecia se quer seu ódio...

Eu nunca poderei me perdoar, nunca poderei um dia me conformar com tudo que fiz; meu coração estava em pedaços, banhado pelo desespero e a agonia, eu jamais conseguiria curar este coração, assim como eu temia, nunca conseguir curar o de Bella.

As horas se passaram, a tensão e agonia era algo palpável por entre todos nós, não havia como disfarçar. Quanto mais demorava a sair o resultado, mais o temor se apossava de cada um de nós. Comigo, por mais que eu quisesse negar, ainda era pior. Mesmo tentando extinguir de mim esse pensamento e até mesmo negar a existência dele, no fundo, eu sabia que ele estava ali.

Eu não queria aceitar, mas, por mais vergonhoso e monstruoso, o alivio de Bella não se lembrar do casamento pairava sobre mim, eu sabia que era repulsivo, mas ainda sim, eu me sentia quase que feliz, se ela não se lembrasse de nada, ela não sofreria, me amaria como fizera antes. Eu poderia ser correto com ela. Eu teria uma nova chance...

Inacreditável... Eu era mesmo um monstro. Como eu podia se quer cogitar algo assim? E ainda por cima ficar feliz com a idéia de ver uma pessoa esquecer-se de tudo, mesmo das coisas boas, mesmo de seus valores, suas lembranças, seus amores... Como alguém poderia desejar isso? Eu realmente era um desgraçado.

Eu me sentia chegando a loucura. Eu sentia a insanidade me envolvendo lenta e sorrateiramente, sem pressa, sem permissão, invisível... Mas ela estava ali, quietinha. Me envolvendo aos poucos, confundindo meus pensamentos... Aumentando minha dor... Distorcendo meus valores... Era algo digno de se rir. Eu estava morrendo pelo fato de fazer isso com a pessoa que amo.

Mais alguns minutos se passaram e finalmente Carlisle apareceu. Automaticamente, todos nos levantamos e nos aproximamos para ouvi-lo.

-E então, Carlisle? – Charlie foi o primeiro a demonstrar sua ansiedade. – O que os exames mostraram? – Bastava olhar para o rosto do policial para perceber o sofrimento em que estava mergulhado. Renné não era diferente, e antes de Carlisle responder ela também se manifestou.

-Minha filha vai se lembrar de mim, não vai? – a voz de Renné era uma mistura perfeita do desespero e o choro. – Ela vai saber que sou a mãe dela...? Que a amo...?

Carlisle fechou os olhos por um breve instante, nitidamente acostumando-se com o desapontamento, com o sofrimento e naquele momento, eu soube a verdade. Não precisei nem mesmo ler a mente dele para saber que Bella não recobraria a memória.

Novamente meu peito se contraiu e queimou como o fogo, mergulhado na mais profunda tristeza, sucumbido no mais profundo desespero, entre a dor e a culpa. Eu não podia aceitar, não podia acreditar... Não Bella. Não a minha Bella. Simplesmente, não conseguiria aceitar.

E foi me apoiando nessa negação, nesse fio de esperança que eu consegui me conter e aguardar a fala de Carlisle.

-Eu... – ele finalmente se pronunciou. – Eu sinto muito...

Aquilo foi o suficiente para enlouquecer a cada um de nós. Renné gritou em desespero, negando para si mesma, não aceitando a verdade. Alice chorou, também negando com a cabeça envolvida pelos braços protetores do marido. Charlie ficou catatônico, não conseguiu reagir, ficou estático...

Eu não consegui ver mais nenhuma reação porque a minha se manifestou. Minhas pernas se mostraram humanas, e cederam, fazendo-me quase cair, se não fosse por meu irmão ter me acudido. Levei minhas mãos ao rosto apertando-me com força, tentando esquecer, tentando não aceitar, tentando fazer daquilo um pesadelo o qual eu iria acordar.

-Não, por favor... – sussurrei desesperado para ninguém. – Por favor, não... Não... não...!

E para me destruir mais ainda, para fazer com que eu me odiasse mais, novamente o sentimento de alivio me tomou, fazendo com que eu quisesse arrancar minha própria cabeça. Fazendo com que a dor fosse maior. Mas isso não ficou aparente, porque este nunca seria meu sentimento maior.

O clima era denso e acinzentado, ninguém conseguia aceitar, ninguém conseguia se conformar. Mas a voz de Carlisle tentou nos confortar.

-Não se pode saber ao certo... Mas existe uma chance de que as lembranças de Bella voltem. – aquela simples frase fez com que todos o encarasse esperançosos por uma luz. – Contudo é bem pequena. O mais provável é que ela não se lembre.

Fechei meus olhos e degustei da agonia novamente, porém, mais leve, pois mesmo meu lado monstruoso feliz com aquilo, eu ainda tinha esperança de que todo esse pesadelo pudesse ter fim.

A cada segundo que aquela lastimavel informação penetrava em minha mente, mais eu começava a me sentir... Monstruosamente aliviado. Mesmo sabendo que era vergonhoso e muito vil da minha parte estar feliz com aquela nova realidade, eu não conseguia evitar, afinal, Bella não se lembraria de todo sofrimento que lhe infligi, não choraria mais por males que causei. Poderiamos seguir um novo caminho, uma nova página estava para ser escrita, uma nova história, onde não haveria mais dor ou sofrimento, eu viveria apenas para ela, e ela para mim. Seriamos felizes!

Isso era tudo que eu mais desejava, ter a oportunidade de apagar os erros do passado e construir uma nova história ao lado da mulher que amo, sem que os fantasmas de nosso passado viessem para criar as desavenças entre nós. Tudo daria certo no final.

-SEU CRETÍNO! – Fui arrancado de meus devaneios com a voz aguda e repleta de ódio de Alice, nem mesmo tive tempo para compreender o que acontecia e eu já podia sentir as mãos firmes da baixinha estrangulando meu pescoço ao mesmo passo que me prensava na parede.

-ALICE! – Diversos gritaram tentando apartar, mas eu não reagi, vi em sua mente a dor que sentia, a dor que eu deveria estar sentindo perante a desgraça de Bella. Vi como ela me odiava por poder estar feliz com aquela situação, como me odiava por Bella estar naquele estado, como me culpava por tudo.

Então a conciencia envolveu-me e eu percebi o quão mesquinho e egoísta eu estava sendo, estando feliz pela desgraça da única mulher que verdadeiramente amei, feliz pela ruína que eu causei. Meu peito se retorceu de uma dor tão intensa que me fez sufocar, a cada segundo que se passava eu provava como não era digno de Bella.

Alice tinha razão em querer me matar, na verdade, eu estava desejando que ela o fizesse, pois no fundo eu já sabia que, se sobrevivesse, eu enganaria Bella, e ocultaria tudo que lhe fiz. Sim, eu seria um canalha.

-NÃO VOU DEIXAR VOCÊ FAZER ISSO! NÃO VOU! – Gritava ela, suas unhas cravando cada vez mais fundo em minha pele, a dor se alastrando, alertando-me de como o fim poderia estar próximo, isso fez minha ansiedade aumentar, mas logo se transformou em decepção, pois aquelas mãos santas que destruiriam um monstro sumiram...

-Alice, controle-se! – Carlisle alertou sério, observei a situação, Jasper segurava a pequena enquanto os demais estavam estáticos com toda a situação.

-VOCÊ FEZ ISSO COM ELA! – Continuava a gritar. – POR SUA CAUSA BELLA ESTÁ ASSIM!

Renné e Charlie empalideceram, fitando-me atordoados, esperando que eu me justificasse, negasse, fizesse alguma coisa, mas eu só consegui fechar meus olhos e escorregar pela parede até me sentar no chão frio, minhas mãos foram para minha cabeça, tentando reprimir minha dor, organizar meus pensamentos, arrancar minha cabeça.

Eu pouco me importava do que os pais de Bella pensavam, eu pouco me importava se soubessem a verdade, eu não estava mais me importando com nada...

-Alice... – a voz de Jasper se fez firme. – Edward não tem culpa de não estar no carro com Bella! Se você não se lembra ele insistiu para ir junto, ela recusou! Ele não tem culpa pelo que aconteceu, foi uma fatalidade, ninguém tem culpa... – A delicadeza de Jasper sempre se fazia prensente nos momentos mais necessários, ele conseguiu justificar todas as acusações de Alice, para que Renné e Charlie não descobrissem a verdade, ao mesmo passo que eu sabia que ele estava acalmando-a com seus poderes.

-Alice querida... – Renné veio abraça-la, também aos prantos. – Jasper tem razão, Edward não tem culpa de não estar no carro com Bella, - Alice acabou por desempenhar seu papel e escondeu seu rosto nos ombros de Renné. – E se estivesse só teria se machucado também, nada poderia ter feito, não desconte sua tristeza nele. – Renné, maternalmente, afagava os cabelos da baixinha. – Ele está sofrendo tanto ou até mais do que nós...

-Eu sei... – soluçava Alice. – Eu só... – ela não terminou a frase e continuou a chorar.

Me senti mal por toda aquela situação, Alice, mesmo com todos os motivos do mundo para me boicotar manteve a farça para que nosso segredo intácto. Fechei os olhos degustando daquela lenta e dolorosa tortura, tortura a qual, eu merecia sem dúvidas.

-Carlisle... – a voz de Charlie soou baixa e desiludida. – Será que nós podemos vê-la? – Charlie era um homem forte, não muito acostumado a demonstrar suas emoções, mas eu podia ver em seu íntimo o quão perdido ele estava, Bella era sua única filha, seu maior tesouro e agora... Engoli em seco, sentindo a culpa penetrar em minha carne lentamente, apossando-se de meu íntimo, de meu ser.

-Ela está dormindo, Charlie. – alertou Carlisle.

-Mesmo assim, - Charlie olhou rapidamente para Renné antes de continuar. – Gostariamos de ficar alguns instantes com ela. – Carlisle ponderou por momento, não tendo certeza se eles conseguiriam se manter controlados perto da filha, contudo, ele também sabia que precisavamos de um momento assim para podermos conversar.

-Creio que não haverá problemas, mas pesso que não a atormentem com perguntas ou informações, primeiro ela precisa se recuperar e depois se adaptar a sua vida. – Charlie engoliu em seco e assentiu; Renné afastou Alice de si com delicadeza, deixando-a sob os cuidados de Jasper e, juntamente com o ex-marido, seguiu para o quarto de Bella.

Assim que ficamos sozinhos, Alice me encarou furiosa. –Você é um cretíno, Edward! Depois de tudo que você fez, você ainda acha que algum de nós vai permitir essa maluquice? – sua voz poderia estar controlada, contudo isso não a tornou menos assustadora, Alice intimidava a qualquer um. Lenta e perigosamente ela começou a se aproximar fazendo-me recuar. – Você não fará Bella de boba! Nunca mais!

-Alice eu... – tentei dizer alguma coisa, mas o que eu diria? Ela estava certa. Eu era um cretíno, cretíno desesperado para conseguir de volta o bem mais precioso que perdi, mesmo sendo errado, mesmo não merecendo, eu não podia permitir que Bella partisse, que Bella fosse embora novamente. Eu era egoísta demais para permitir tal coisa... – ri sem o menor humor. – Eu não valia nada...

-O que Edward pretende? – Carlisle inverveio autoritário. Novamente me encolhi, eu sabia que seria criticado.

-Ele quer fingir que nada aconteceu! – exautou-se Alice. – Quer contar a Bella que é seu marido e eles são felizes! – Nem precisei olhar para saber que minha família estava surpresa e decepcionada comigo. – Vai fazê-la de tonta novamente e a iludir! Não vou permitir isso, Edward! Não vou!

Por mais que eu não tivesse razão, eu não podia perder Bella, não podia deixá-la escapar, eu não conseguiria. – E você vai fazer o que, Alice? – retruquei também transtornado. – Vai contar a ela a verdade? Vai contar o quanto ela sofre? O quanto eu a torturei psicológicamente? Vai devolver-lhe toda dor que a falta de memória lhe tirou? – Alice estacou, aturdida. – É assim que você vai protege-la de mim? – eu sabia o quão desleal era aquilo, mas era o único argumento que eu poderia me agarrar para não afastarem-na novamente.

–Se você contar, você irá sim afastá-la de mim, mas também a mergulhará de volta no sofrimento e na desilusão. É isso que você quer? – Minha voz era mansa mas amaeaçadora. – É, Alice?

A baixinha continuou estática, sem saber o que responde, ela sabia que eu estava certo. Demorou mais que alguns minutos para a pequena conseguir reagir. – Seu cretíno! – acusou-me, sua voz foi se elevando gradativamente. – Você vai usar de toda essa tragédia, tragédia a qual você causou, para tê-la de volta! – seu dedo estava quase encostando em meu nariz, mas não recuei, era agora ou nunca.

-Eu amo Bella! Posso ter errado, mas ainda a amo, e não vou abdicar desse amor sem lutar! – no mesmo instante senti o tapa forte e estalado de Alice em meu rosto.

-Você não vale nem os animais que caça, Edward! – Mais do que revolta, eu conseguia ver a decepção no olhar da pequena, o qual gerou em mim uma dor avassaladora, eu sabia bem que Alice estava certa, mas como posso deixar Bella partir? Como posso deixar meu sol se apagar. Sem conseguir mais encarar minha irmã, desviei o olhar.

-Sinto muito, Lice. – mumurei com a alma derramando muito mais do que simples lágrimas, mas sim lágrimas de sangue por ver o quão monstruoso eu estava sendo, não só com Bella, mas sim com todo a minha volta; onde estavam meus valores? Meus ideais? Onde foi que eu me perdi e me transformei naquele vampiro que não consegue mais reconhecer a própria imagem frente ao espelho... ? Eu já não sabia mais quem eu era.

O silêncio se instalou dentre todos nós, ambos os argumentos eram válidos, não havia como me tirar da vida de Bella sem devolver-lhe todo o sofrimento esquecido, também não seria justo fingir que tudo que lhe fiz nunca aconteceu, até porque, ela poderia recobrar a memória a qualquer momento.

Não só a minha, mas a mente de cada um dos meus familiares foi maquinando, tentando encontrar uma terceira opção, eu mesmo fazia isso, o pouco de caracter que ainda reinava em mim estava se fazendo presente e eu percebi que não poderia passar por cima de tudo assim; contudo, nada nos ocorria, não havia saída, não havia esperança... Foi então que a idéia veio.

-Acho que tenho a resposta. – declarei por fim, um fio de esperança acendendo em minha cabeça e em meu coração. Talvez eu ainda pudesse ter minha chance sem que Bella precisasse sofrer novamente. Todos me encararam, aguardando impacientes por minha idéia. – Vamos fazer como se nós nunca tivessemos existido!

O cenho de cada um dos Cullens se franziu, tetando acompanhar meu raciocinio mas não pareceram ter muito sucesso, com excessão de Alice; continuei a explicar. – Bella estava programando ir para a faculdade, pois então que vá, e vamos nos conhecer de novo, deixem-me tentar conquistá-la, como se nada do que vivemos tivesse ocorrido. Assim Bella não precisará sofrer e eu terei minha segunda chance.

Todos refletiram sobre o que eu havia dito, avaliando as possiveis consequências. – E se você não conseguir? – Emmett se manifestou pela primeira vez, apenas Jasper e eu sabiamos o carinho que Emm tinha por Bella. Através de sua postura percebi que ele defenderia Bella até a morte, e eu lhe era grato por isso.

Suspirei com pesar. – Se eu não conseguir, - engoli em seco. – Ainda estou com os papeis do divórcio, eu os assinarei e altenticarem em cartório, Bella estará livre e nunca vai precisar saber pelo que passou.

-E quanto a Charlie e Renné? – Carlisle indagou. – E os demais amigos de Bella? Eles vão falar a verdade... – ponderei por um breve momento suas palavras.

-Pedirei que não contem nada, explicarei que me casei com Bella porque a amo e ela me amava, e agora que ela não sabe mais quem sou torna tudo sem sentido, então eu tentaria conquistá-la de novo, para que ela aprenda a me amar por opção e não obrigação. E se não der certo era porque Bella já não me amava antes e cada um deve seguir seu caminho. – a medida que ia terminando a frase eu ia me animado, poderia dar certo. Daria certo!

Aguardei ansioso pela resposta de meus familiares, estes ponderaram por mais alguns minutos. – Pode dar certo. – declarou Carlisle por fim.

-E quanto a mão dela? – interveio Rosalie, a resposta já estava em minha boca.

-Charlie e Renné podem dizer que foi consequência do acidente; até porque, aposto que Charlie está louco para encontrar outro motivo pela perda dos movimentos da mão de Bella.

Novamente o silêncio se instalou, era um situação delicada, mas eu podia ver a saída, bastava possuir a "permição", por fim, Alice veio até mim, parou a minha frente. – Sabe que jogarei contra você, não é? Farei de tudo para que Bella não volte para você, Edward! – alertou-me ela, apenas assenti com a cabeça. – Então não se atreva a ferí-la novamente!

 


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Notas finais do capítulo

Edward FDP fala sério ¬¬
Que raiva