Quando menos se espera escrita por NatyCullen


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Demoreeeeeeeeeeeeei e peço mil desculpas por isso. Tive que pesquisar varias coisas, enquanto estava resolvendo umas coisas na minha vida. Mas trouxe um cap. pra vocês e já estou escrevendo o próximo.
Boa leitura meus amores.



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Tudo o que rondava minha cabeça no momento era as palavras que Jake me proferiu. Parecia um mantra "Precisamos ir ao hospital. Seu pai está lá e parece que a coisa foi feia. Precisamos ir ao hospital. Seu pai está lá e parece que a coisa foi feia." Meu pai. No hospital. Ele estava no hospital. E isso me deixava péssima.

Meu pai era meu herói. Sempre fui mais próxima de meu pai do quê de minha mãe. Tínhamos uma conexão muito além de pai e filha. Éramos melhores amigos acima de tudo. Eu contava algumas coisas a minha mãe, mas contava tudo a meu pai. Ele era carinhoso, gentil, amável, brincalhão e tinha um bigode que colocava medo em qualquer um. Menos em mim é claro.

Meu pai me ensinou a pescar, a gostar de um bom livro e a fazer as escolhas certas. Me ensinou coisas banais e até mesmo as mais complicadas. Claro que com a ajuda de minha mãe. Eles dois formavam um casal incrível. Aqueles que você olha na rua e fala "essa é minha meta de relacionamento".

Eu admirava muito meus pais. Cada um tinha me ensinado coisas essenciais, coisas essas que eu levo e levarei para toda vida. E estava realmente destruída só de pensar em meu pai no hospital. Eu não sabia o que havia acontecido, mas implorava que Jake chegasse logo para que eu pudesse abraçar meu pai com toda minha força e ver se ele estava realmente bem ou ao menos saber o que ele tinha.

As lágrimas que antes estavam contidas para que minha filha não se preocupasse, agora já haviam encontrado o caminho para fora e estava banhando meu rosto. Minha cabeça estava explodindo por tantos pensamentos que rondavam minha mente. Eu precisava ver meu pai o quanto antes. Precisava ouvir ele me falando que tudo estava bem, que ele voltaria para casa e que não era nada.

Entretanto eu estava muito dividida. Enquanto metade de mim acreditava que tudo ficaria bem e que nada demais aconteceu, a outra metade achava que estava tudo perdido. E no momento eu pedia a Deus que a primeira parte estivesse certa. Ou eu não aguentaria ficar em pé por muito tempo.

O tempo passava devagar. Nunca algum lugar demorou tanto para chegar. Parecia que eu estava há horas no carro e nada do maldito hospital chegar. O desespero estava ficando maior a cada minuto e a agonia que crescia dentro de mim também. Começava a ficar agoniada com a demora e estava prestes a gritar de frustração quando Jake virou a rua que dava para o Hospital. Estava tão desesperada que nem me importei em esperar ele parar o carro para eu sair, eu apenas abri a porta e pulei do carro em movimento.

Correr. Essa era a única palavra que passou em minha mente quando eu cometi tal imprudência. E eu acatei. Corri o mais rápido que minhas pernas puderam para a recepção. Me bati em algumas pessoas, mas nem me importei, precisava ver o meu pai.

Charlie Swan. Onde ele está?— a recepcionista tirou os olhos do computador e me encarou com a maior calma do mundo. Calma essa que eu não tinha no momento.

Calma senhora. Respire e se acalme.— Essa cadela me pediu calma? Com meu pai em um estado desconhecido por mim, ela me pediu CALMA?

CALMA É O ESCAMBAU. MEU PAI ESTÁ NESSE HOSPITAL E EU EXIJO QUE VOCÊ ME DIGA ONDE ELE ESTÁ.— Ódio, era isso que eu estava sentindo por ela.

O que a senhora é de Charlie Swan?— Aquilo no olhar dela era deboche? Cadela.

QUEM VOCÊ PENSA QUE É? VEJA LOGO A PORRA DO NÚMERO DO QUARTO ANTES QUE EU ESFOLE VOCÊ VIVA SEU RESTO DE ABORTO.— Estava quase metendo a mão na cara dela quando puxaram meu braço e responderam por mim.

Isabella é filha. Procure e ache o número de Charlie Swan ou você será demitida.— Surpresa. Essa é a palavra que mais me definia no momento. Não pensei que Edward viria para cá. Ainda mais no primeiro dia que ele voltou de viagem.

Desculpe senhor Cullen, apenas estava fazendo meu trabalho.— Hm, Puta. Ia virar para agradecer e dizer que não precisava ter vindo. Mas quando virei, me deparei com Carlisle e Alice atrás de Edward. A família Cullen conhecia minha família e tinham um carinho enorme por eles. E era recíproco.

Charlie Swan se encontra no 3º andar, quarto 228.— Bastou apenas essa fala para que eu saísse correndo em desespero. Eu precisava ver meu pai e saber se estava tudo bem. Nem me dei o trabalho de esperar o elevador, apenas corri escadas a cima. Quando cheguei no 3º andar, eu estava sem folego algum. Coloquei a mão no joelho e curvei meu corpo a procura de ar. Após me recuperar andei em passos rápidos em direção ao quarto.

221... 222... 223... 224... 225... 226... 227... Aaaaah, finalmente 228. Coloquei a mão na maçaneta e respirei fundo antes de abrir e entrar.

Meus olhos lacrimejaram ao ver meu pai deitado naquela cama. Ele me olhou e abriu os braços dando um sorriso enorme. Dei passos apressados e me joguei em seus braços. Deixei que lagrimas banhassem meu rosto e me aconcheguei no meu porto seguro.

Papai, o senhor está bem?

Estou ótimo meu amor, não precisa se preocupar. Ta tudo bem, estou aqui com você. Sempre estarei.— o encarei e fiz uma careta ao ver que estava pensativo.

Papai, eu quero a verdade.

Não precisa se preocupar, não é nada demais. O medico explicará para você e a senhorita verá que vai ficar tudo bem.— arregalei os olhos e o apertei em um abraço. Espero que papai esteja certo e que não seja nada demais. Alguns minutos se passaram até alguém entrar no quarto.

Boa tarde Charlie, creio que essa é a sua filha?— Papai assentiu e eu me virei dando de cara com o doutor. - Eu sou o Dr. Thomas, o mesmo que fez exame no seu pai e cuidou da situação dele. Bom, a situação não é muito boa senhorita...

Isabella, Dr. Thomas.— Ele sorriu e continuou.

Senhorita Isabella, seu pai chegou aqui desmaiado. Esse desmaio foi causado pela falta de ar. Fiz algumas perguntas a seu pai e ele me disse que faz check-up todo ano e nunca deu nada nos exames. Ultimamente o mesmo estava com fadiga e tonturas. Como os exames não deram nada, acharam que as tonturas era culpa do excesso de trabalho. Mas passei alguns exames mais elaborados e descobrimos que Charlie tem Cardiomiopatia Hipértrofica.

Como ele pode ter isso, se nos exames não deu nada? É muito grave doutor? Meu pai vai viver não vai? - Estava morrendo de medo. E precisava tirar todas as minhas duvidas. 

Senhorita, a maioria das pessoas com essa doença não apresenta sintomas e nem problemas significativos. Em alguns indivíduos, isso pode causar falta de ar que foi o caso do seu pai, dor no peito ou batimentos cardíacos anormais que é a arritmia. A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença em que os músculos cardíacos tornam-se anormalmente espessos e por isso dificulta o bombeamento de sangue pelo coração e, muitas vezes, não é diagnosticada. Por isso os exames do seu pai sempre deram normal. Sobre seu pai viver, muitas pessoas contém essa doença rara e tem uma vida normal. Mas existe um tratamento que ajuda.— Meu coração estava apertado, de todas as pessoas do mundo o meu pai que estava nessa situação. Não desejo a ninguém, mas é meio doloroso quando é alguém próximo.

Tem cura Doutor?— O doutor Thomas permaneceu neutro enquanto olhava o prontuario.

Essa doença não existe cura Isabella. Existe o tratamento que pode ajudar. O tratamento pode incluir cirurgia, um dispositivo implantável ou medicamentos para retardar ou controlar a frequência cardíaca.— Puta merda, não podia acreditar nisso. Eu estava em pedaços e chorando que nem uma louca enquanto meu pai me consolava. Era para eu estar o consolando. - Bom, qualquer coisa, estarei lá fora. Boa tarde senhorita.— Estava em completo choque. Preciso de ar.

Papai, vou lá fora um segundo okay? Já volto.— Me levantei devagar com medo de o machucar.

Filha, você ouviu o que o doutor disse. Tudo ficará bem. Tem pessoas que levam a vida normal. Eu não serei diferente.— Sorri com as palavras de papai e dei um beijo demorado na testa dele. - Eu te amo minha menina. Nunca te deixarei sozinha.

Também te amo papai. Muito mesmo. Eu volto já.— acariciei o rosto dele com muita ternura e sai com lagrimas nos olhos. Eu tinha que ser forte pelo meu pai. Sentei na cadeira e me abracei enquanto repetia que ficaria tudo bem e que meu pai era um homem forte. Papai não me deixaria sozinha nunca. Jake sentou do meu lado e me abraçou para que eu me desmanchasse um pouco nos braços dele.

Chorei tudo o que tinha para chorar, pois quando eu voltasse para o quarto, seria para dar apoio e mostrar ao meu herói que estava tudo bem.

Já me contaram o que está acontecendo. Olha sweet, sei que é complicado e que pode ser que as coisas não tenham um final bom, mas seu pai ainda está vivo. Ele é forte Bells e eu pesquisei sobre essa doença. Seu pai pode ter uma vida normal. Não fica assim. Pensamentos negativos só atrai coisas negativas. Vamos limpar esse rostinho lindo que Deus te deu e voltar para lá?— limpei as lagrimas e sorri para Jake. Ele estava certo. Iria aproveitar enquanto papai estava vivo e pensar apenas em coisas positivas. - Vamos ver pops?— Dei risada alta.

Papai vai te matar se ouvir você chamando ele assim.— Ele deu risada e fomos abraçados para o quarto.

Pops, se você não morrer hoje, não morre mais.— Meu pai fez uma careta e deu o dedo a Jake. Eu dei risada dos dois. Eles sempre foram assim, um irritando e ofendendo o outro. Mas eles eram amigos.

Pops tua bunda garoto. E acha mesmo que deixaria minha garotinha para você cuidar?— Jake arregalou os olhos e meu pai sorriu irônico - Você é uma gracinha Jake, mas nem morto eu deixaria isso.

Ai pops, magoou.— Jake fez um biquinho e os dois gargalharam. - Iai, tá fazendo o que?

Olhando o papel de trouxa que você sempre faz. Tem mais no seu bolso ou vai imprimir depois? Não tá vendo garoto que estou em um hospital.— Meu pai apontou pra mim - Isabella, esse menino é retardado, fuja enquanto há tempo.— Dei risada enquanto os dois começaram uma nova troca de farpas. Era sempre assim. E eu amava esse jeitinho deles.

Okay. Parou o amor descomunal de vocês dois. Vamos embora que o médico te deu alta Pops.— Olhamos para Alice que entrou no quarto com Edward e Carlisle.

Até você pequena Alice? Não se junte com o lado ruim da força.— Lice sorriu e deu um abraço em Charlie.

Vamos ver nossa neta Charlie, ela está louca sem noticias da mãe e sua.— Meu telefone tocou e sai da sala deixando Carlisle conversando com meu pai.

Alô? — Atendi assim que estava sentada.

Oi minha filha, soube do que ocorreu agora. Seu pai está bem?

— Está tudo bem mãe. Ainda está no tribunal?

— Graças a Deus ele está bem. E não, consegui sai agora. Ganhei mais um caso e seu pai me ajudou nas provas da inocência do meu cliente. Vão ficar no hospital?

— Não, estamos indo para casa dos Cullen's já. Mel está lá com Esme.

— Então estou indo direto para lá. Beijos filha. Te amo e diga ao seu pai que o amo também.

— Também te amo mãe. Digo sim. Beijos. Tome cuidado. — Assim que desliguei o pessoal saiu do quarto para irmos para casa. Fui abraçada com meu pai o caminho todo. Só soltei ele quando Mel saiu correndo de casa para abraça-lo. Sorri com o tanto de carinho perceptível entre eles.

Já era 23 horas. Iriamos dormir na casa dos Cullen's. Papai já havia ido embora com minha mãe há 2 horas atrás. Mel tinha dormido com Alice no quarto, eu dormiria com Jake já que o quarto que eu dormia era o de Edward. Esme e Carlisle também estava no mundo dos sonhos. Estava apenas eu, Jake e Edward acordados, entrosados em vários assuntos diferentes para esquecer um pouco a tarde turbulenta que tivemos. Comecei a bocejar entre um assunto e outro e Jake me puxou para ir para o quarto. Quando estava quase na porta, Edward me chamou.

Ele veio até a mim e me abraçou. Passei meus braços pelo pescoço dele o abraçando de volta. Aproveitando o momento para dar uma cheirada sem ele perceber. Que cheiro gostoso da porra. Edward levantou meu rosto e me olhou nos olhos.

Qualquer coisa Isabella, pode contar comigo okay? Sei o quão querida você é na família e quero que saiba que nesse momento e em todos os outros, nós estaremos com você.— Então ele começou a se aproximar. Seus lábios estavam bem perto. Aiii meu Deus, ele vai me beijar. Eu estava tremendo com a expectativa. Afinal de contas, quem recusaria esse gato? Fechei os olhos para esperar o beijo que nunca chegou. Ao menos não chegou nos meus lábios. Ele deu um beijo casto em minha bochecha e saiu. Me deixando quente e ao mesmo tempo corada de vergonha ao pensar que ele ia me beijar.

Que porra acabou de acontecer aqui?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Voltarei rapidinho.
Beijos meus amores, tenho que correr agora.



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