Quando menos se espera escrita por NatyCullen
Notas iniciais do capítulo
Demoreeeeeeeeeeeeei e peço mil desculpas por isso. Tive que pesquisar varias coisas, enquanto estava resolvendo umas coisas na minha vida. Mas trouxe um cap. pra vocês e já estou escrevendo o próximo.
Boa leitura meus amores.
Tudo o que rondava minha cabeça no momento era as palavras que Jake me proferiu. Parecia um mantra "Precisamos ir ao hospital. Seu pai está lá e parece que a coisa foi feia. Precisamos ir ao hospital. Seu pai está lá e parece que a coisa foi feia." Meu pai. No hospital. Ele estava no hospital. E isso me deixava péssima.
Meu pai era meu herói. Sempre fui mais próxima de meu pai do quê de minha mãe. Tínhamos uma conexão muito além de pai e filha. Éramos melhores amigos acima de tudo. Eu contava algumas coisas a minha mãe, mas contava tudo a meu pai. Ele era carinhoso, gentil, amável, brincalhão e tinha um bigode que colocava medo em qualquer um. Menos em mim é claro.
Meu pai me ensinou a pescar, a gostar de um bom livro e a fazer as escolhas certas. Me ensinou coisas banais e até mesmo as mais complicadas. Claro que com a ajuda de minha mãe. Eles dois formavam um casal incrível. Aqueles que você olha na rua e fala "essa é minha meta de relacionamento".
Eu admirava muito meus pais. Cada um tinha me ensinado coisas essenciais, coisas essas que eu levo e levarei para toda vida. E estava realmente destruída só de pensar em meu pai no hospital. Eu não sabia o que havia acontecido, mas implorava que Jake chegasse logo para que eu pudesse abraçar meu pai com toda minha força e ver se ele estava realmente bem ou ao menos saber o que ele tinha.
As lágrimas que antes estavam contidas para que minha filha não se preocupasse, agora já haviam encontrado o caminho para fora e estava banhando meu rosto. Minha cabeça estava explodindo por tantos pensamentos que rondavam minha mente. Eu precisava ver meu pai o quanto antes. Precisava ouvir ele me falando que tudo estava bem, que ele voltaria para casa e que não era nada.
Entretanto eu estava muito dividida. Enquanto metade de mim acreditava que tudo ficaria bem e que nada demais aconteceu, a outra metade achava que estava tudo perdido. E no momento eu pedia a Deus que a primeira parte estivesse certa. Ou eu não aguentaria ficar em pé por muito tempo.
O tempo passava devagar. Nunca algum lugar demorou tanto para chegar. Parecia que eu estava há horas no carro e nada do maldito hospital chegar. O desespero estava ficando maior a cada minuto e a agonia que crescia dentro de mim também. Começava a ficar agoniada com a demora e estava prestes a gritar de frustração quando Jake virou a rua que dava para o Hospital. Estava tão desesperada que nem me importei em esperar ele parar o carro para eu sair, eu apenas abri a porta e pulei do carro em movimento.
Correr. Essa era a única palavra que passou em minha mente quando eu cometi tal imprudência. E eu acatei. Corri o mais rápido que minhas pernas puderam para a recepção. Me bati em algumas pessoas, mas nem me importei, precisava ver o meu pai.
— Charlie Swan. Onde ele está?— a recepcionista tirou os olhos do computador e me encarou com a maior calma do mundo. Calma essa que eu não tinha no momento.
— Calma senhora. Respire e se acalme.— Essa cadela me pediu calma? Com meu pai em um estado desconhecido por mim, ela me pediu CALMA?
— CALMA É O ESCAMBAU. MEU PAI ESTÁ NESSE HOSPITAL E EU EXIJO QUE VOCÊ ME DIGA ONDE ELE ESTÁ.— Ódio, era isso que eu estava sentindo por ela.
— O que a senhora é de Charlie Swan?— Aquilo no olhar dela era deboche? Cadela.
— QUEM VOCÊ PENSA QUE É? VEJA LOGO A PORRA DO NÚMERO DO QUARTO ANTES QUE EU ESFOLE VOCÊ VIVA SEU RESTO DE ABORTO.— Estava quase metendo a mão na cara dela quando puxaram meu braço e responderam por mim.
— Isabella é filha. Procure e ache o número de Charlie Swan ou você será demitida.— Surpresa. Essa é a palavra que mais me definia no momento. Não pensei que Edward viria para cá. Ainda mais no primeiro dia que ele voltou de viagem.
— Desculpe senhor Cullen, apenas estava fazendo meu trabalho.— Hm, Puta. Ia virar para agradecer e dizer que não precisava ter vindo. Mas quando virei, me deparei com Carlisle e Alice atrás de Edward. A família Cullen conhecia minha família e tinham um carinho enorme por eles. E era recíproco.
— Charlie Swan se encontra no 3º andar, quarto 228.— Bastou apenas essa fala para que eu saísse correndo em desespero. Eu precisava ver meu pai e saber se estava tudo bem. Nem me dei o trabalho de esperar o elevador, apenas corri escadas a cima. Quando cheguei no 3º andar, eu estava sem folego algum. Coloquei a mão no joelho e curvei meu corpo a procura de ar. Após me recuperar andei em passos rápidos em direção ao quarto.
221... 222... 223... 224... 225... 226... 227... Aaaaah, finalmente 228. Coloquei a mão na maçaneta e respirei fundo antes de abrir e entrar.
Meus olhos lacrimejaram ao ver meu pai deitado naquela cama. Ele me olhou e abriu os braços dando um sorriso enorme. Dei passos apressados e me joguei em seus braços. Deixei que lagrimas banhassem meu rosto e me aconcheguei no meu porto seguro.
— Papai, o senhor está bem?
— Estou ótimo meu amor, não precisa se preocupar. Ta tudo bem, estou aqui com você. Sempre estarei.— o encarei e fiz uma careta ao ver que estava pensativo.
— Papai, eu quero a verdade.
— Não precisa se preocupar, não é nada demais. O medico explicará para você e a senhorita verá que vai ficar tudo bem.— arregalei os olhos e o apertei em um abraço. Espero que papai esteja certo e que não seja nada demais. Alguns minutos se passaram até alguém entrar no quarto.
— Boa tarde Charlie, creio que essa é a sua filha?— Papai assentiu e eu me virei dando de cara com o doutor. - Eu sou o Dr. Thomas, o mesmo que fez exame no seu pai e cuidou da situação dele. Bom, a situação não é muito boa senhorita...
— Isabella, Dr. Thomas.— Ele sorriu e continuou.
— Senhorita Isabella, seu pai chegou aqui desmaiado. Esse desmaio foi causado pela falta de ar. Fiz algumas perguntas a seu pai e ele me disse que faz check-up todo ano e nunca deu nada nos exames. Ultimamente o mesmo estava com fadiga e tonturas. Como os exames não deram nada, acharam que as tonturas era culpa do excesso de trabalho. Mas passei alguns exames mais elaborados e descobrimos que Charlie tem Cardiomiopatia Hipértrofica.
— Como ele pode ter isso, se nos exames não deu nada? É muito grave doutor? Meu pai vai viver não vai? - Estava morrendo de medo. E precisava tirar todas as minhas duvidas.
— Senhorita, a maioria das pessoas com essa doença não apresenta sintomas e nem problemas significativos. Em alguns indivíduos, isso pode causar falta de ar que foi o caso do seu pai, dor no peito ou batimentos cardíacos anormais que é a arritmia. A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença em que os músculos cardíacos tornam-se anormalmente espessos e por isso dificulta o bombeamento de sangue pelo coração e, muitas vezes, não é diagnosticada. Por isso os exames do seu pai sempre deram normal. Sobre seu pai viver, muitas pessoas contém essa doença rara e tem uma vida normal. Mas existe um tratamento que ajuda.— Meu coração estava apertado, de todas as pessoas do mundo o meu pai que estava nessa situação. Não desejo a ninguém, mas é meio doloroso quando é alguém próximo.
— Tem cura Doutor?— O doutor Thomas permaneceu neutro enquanto olhava o prontuario.
— Essa doença não existe cura Isabella. Existe o tratamento que pode ajudar. O tratamento pode incluir cirurgia, um dispositivo implantável ou medicamentos para retardar ou controlar a frequência cardíaca.— Puta merda, não podia acreditar nisso. Eu estava em pedaços e chorando que nem uma louca enquanto meu pai me consolava. Era para eu estar o consolando. - Bom, qualquer coisa, estarei lá fora. Boa tarde senhorita.— Estava em completo choque. Preciso de ar.
— Papai, vou lá fora um segundo okay? Já volto.— Me levantei devagar com medo de o machucar.
— Filha, você ouviu o que o doutor disse. Tudo ficará bem. Tem pessoas que levam a vida normal. Eu não serei diferente.— Sorri com as palavras de papai e dei um beijo demorado na testa dele. - Eu te amo minha menina. Nunca te deixarei sozinha.
— Também te amo papai. Muito mesmo. Eu volto já.— acariciei o rosto dele com muita ternura e sai com lagrimas nos olhos. Eu tinha que ser forte pelo meu pai. Sentei na cadeira e me abracei enquanto repetia que ficaria tudo bem e que meu pai era um homem forte. Papai não me deixaria sozinha nunca. Jake sentou do meu lado e me abraçou para que eu me desmanchasse um pouco nos braços dele.
Chorei tudo o que tinha para chorar, pois quando eu voltasse para o quarto, seria para dar apoio e mostrar ao meu herói que estava tudo bem.
— Já me contaram o que está acontecendo. Olha sweet, sei que é complicado e que pode ser que as coisas não tenham um final bom, mas seu pai ainda está vivo. Ele é forte Bells e eu pesquisei sobre essa doença. Seu pai pode ter uma vida normal. Não fica assim. Pensamentos negativos só atrai coisas negativas. Vamos limpar esse rostinho lindo que Deus te deu e voltar para lá?— limpei as lagrimas e sorri para Jake. Ele estava certo. Iria aproveitar enquanto papai estava vivo e pensar apenas em coisas positivas. - Vamos ver pops?— Dei risada alta.
— Papai vai te matar se ouvir você chamando ele assim.— Ele deu risada e fomos abraçados para o quarto.
— Pops, se você não morrer hoje, não morre mais.— Meu pai fez uma careta e deu o dedo a Jake. Eu dei risada dos dois. Eles sempre foram assim, um irritando e ofendendo o outro. Mas eles eram amigos.
— Pops tua bunda garoto. E acha mesmo que deixaria minha garotinha para você cuidar?— Jake arregalou os olhos e meu pai sorriu irônico - Você é uma gracinha Jake, mas nem morto eu deixaria isso.
— Ai pops, magoou.— Jake fez um biquinho e os dois gargalharam. - Iai, tá fazendo o que?
— Olhando o papel de trouxa que você sempre faz. Tem mais no seu bolso ou vai imprimir depois? Não tá vendo garoto que estou em um hospital.— Meu pai apontou pra mim - Isabella, esse menino é retardado, fuja enquanto há tempo.— Dei risada enquanto os dois começaram uma nova troca de farpas. Era sempre assim. E eu amava esse jeitinho deles.
— Okay. Parou o amor descomunal de vocês dois. Vamos embora que o médico te deu alta Pops.— Olhamos para Alice que entrou no quarto com Edward e Carlisle.
— Até você pequena Alice? Não se junte com o lado ruim da força.— Lice sorriu e deu um abraço em Charlie.
— Vamos ver nossa neta Charlie, ela está louca sem noticias da mãe e sua.— Meu telefone tocou e sai da sala deixando Carlisle conversando com meu pai.
— Alô? — Atendi assim que estava sentada.
— Oi minha filha, soube do que ocorreu agora. Seu pai está bem?
— Está tudo bem mãe. Ainda está no tribunal?
— Graças a Deus ele está bem. E não, consegui sai agora. Ganhei mais um caso e seu pai me ajudou nas provas da inocência do meu cliente. Vão ficar no hospital?
— Não, estamos indo para casa dos Cullen's já. Mel está lá com Esme.
— Então estou indo direto para lá. Beijos filha. Te amo e diga ao seu pai que o amo também.
— Também te amo mãe. Digo sim. Beijos. Tome cuidado. — Assim que desliguei o pessoal saiu do quarto para irmos para casa. Fui abraçada com meu pai o caminho todo. Só soltei ele quando Mel saiu correndo de casa para abraça-lo. Sorri com o tanto de carinho perceptível entre eles.
Já era 23 horas. Iriamos dormir na casa dos Cullen's. Papai já havia ido embora com minha mãe há 2 horas atrás. Mel tinha dormido com Alice no quarto, eu dormiria com Jake já que o quarto que eu dormia era o de Edward. Esme e Carlisle também estava no mundo dos sonhos. Estava apenas eu, Jake e Edward acordados, entrosados em vários assuntos diferentes para esquecer um pouco a tarde turbulenta que tivemos. Comecei a bocejar entre um assunto e outro e Jake me puxou para ir para o quarto. Quando estava quase na porta, Edward me chamou.
Ele veio até a mim e me abraçou. Passei meus braços pelo pescoço dele o abraçando de volta. Aproveitando o momento para dar uma cheirada sem ele perceber. Que cheiro gostoso da porra. Edward levantou meu rosto e me olhou nos olhos.
— Qualquer coisa Isabella, pode contar comigo okay? Sei o quão querida você é na família e quero que saiba que nesse momento e em todos os outros, nós estaremos com você.— Então ele começou a se aproximar. Seus lábios estavam bem perto. Aiii meu Deus, ele vai me beijar. Eu estava tremendo com a expectativa. Afinal de contas, quem recusaria esse gato? Fechei os olhos para esperar o beijo que nunca chegou. Ao menos não chegou nos meus lábios. Ele deu um beijo casto em minha bochecha e saiu. Me deixando quente e ao mesmo tempo corada de vergonha ao pensar que ele ia me beijar.
Que porra acabou de acontecer aqui?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado. Voltarei rapidinho.
Beijos meus amores, tenho que correr agora.