catch me if you can escrita por Izzy Aguecheek


Capítulo 7
VII


Notas iniciais do capítulo

ESSE também era pra ser o último capítulo, e, bem... Também não é. Tem um epílogo depois. Porque eu perdi o controle da minha vida.



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Imediatamente, Anne-Marie se pôs de joelhos, agradecendo aos céus por Rori já estar ajoelhada.

A fada da direita deu uma risadinha, o som claro como o som de sinos de prata ou água corrente. À primeira vista, parecia uma bela dama, delicada e elegante em um vestido branco diáfano, o tipo de criatura que você imaginaria ao ouvir falar em uma rainha élfica de um conto de fadas. Ao olhar com mais atenção, porém, Anne-Marie notou que a coroa dela era feita de ossos. Suas unhas eram garras translúcidas, e, quando ela sorriu, revelou dentes afiados como os de um tubarão. Anne-Marie desviou o olhar imediatamente.

— Isso é fofo – disse ela. Apesar do longo cabelo branco, não parecia ser mais velha do que Anne-Marie ou Rori. – Suponho que não tenham trazido uma oferenda?

Anne-Marie xingou mentalmente, tateando os próprios bolsos e sentindo o pânico crescer em seu peito. As lendas sempre falavam que fadas adoravam pequenas oferendas; ela devia ter imaginado que não seria diferente com os ancestrais dos O’Callaghan. Apesar disso, a ideia de levar uma oferenda – podia ser algo pequeno, como leite e mel, eles deviam ter pensando nisso – não passara pela sua mente, e, aparentemente, pela de mais ninguém.

Rori, porém, parecia ter a solução. A voz da fada despertou-a de seu estupor; ao contrário da amiga, ela encarou os dois seres nos tronos diretamente ao se levantar e dar um passo à frente, sem se deixar intimidar. Anne-Marie observou enquanto ela calmamente soltava o broche preso à sua camiseta e tornava a se ajoelhar, pousando o objeto na grama à sua frente, a poucos centímetros dos pés das fadas, sua expressão ilegível.

— Vocês podem ficar com o broche – declarou ela. – Se o considerarem bom o suficiente.

Anne-Marie devia ter imaginado que seria a língua ferina de Rori que faria com que elas fossem mortas. Ela se apressou em acrescentar:

— O que minha amiga quer dizer é que este é um objeto de extremo valor sentimental para ela – Ela se aproximou cuidadosamente, ainda mantendo os olhos no chão. – E é muito difícil para ela abrir mão dele, então ela ficaria honrada se o aceitassem como presente.

— Não – retrucou Rori, sem uma gota de emoção na voz. Quando os olhares delas se cruzaram, Anne-Marie quase pôde ler os pensamentos dela: Faremos isso nos meus termos, Annie, ou não faremos. – O que eu quis dizer é que eu espero que Vossas Altezas aceitem isso como oferenda, porque é tudo o que eu tenho.

A frase pairou no ar, carregada como uma nuvem de tempestade. Por um longo instante, ninguém se moveu. Então, a voz retumbante de antes disse:

— Nós aceitamos. Você pode se levantar.

Hesitante, Anne-Marie olhou para a figura no trono da esquerda. Foi preciso muito esforço para evitar que seu queixo caísse. A fada era enorme, e parecia ainda maior devido aos imensos chifres que cresciam em sua cabeça. Seu rosto estava coberto por uma máscara que parecia ter sido feita a partir do crânio de algum pobre animal, e suas vestes também eram brancas, apesar de parecerem mais adequadas a um caçador do que a um rei. Aos pés dele, estavam deitados dois cães de aparência feroz, um dos quais tinha na boca o broche de Rori.

Entretanto, não foi nada disso que realmente chocou Anne-Marie. A maior surpresa foi que ela reconhecia aquela figura. Ela olhou para Rori, torcendo para que a amiga pudesse ler sua expressão: Gwyn Ap Nudd. Por que você não me disse que era descendente de Gwyn Ap Nudd, o Caçador, uma das figuras mais poderosas e importantes de todos os sidhe?!

Rori não pareceu entender a mensagem, ou simplesmente não teve tempo de responder. A fada da direita apontou uma garra para Anne-Marie:

Ela não fez uma oferenda.

Se a outra fada era Gwyn Ap Nud... Aquela tinha que ser sua esposa, Creiddylad. Anne-Marie sempre imaginara que ela fosse ser menos intimidadora, mas parecia ter errado quanto àquilo.

— Ela é só uma acompanhante – respondeu Rori, antes que Anne-Marie pudesse fazê-lo. – Ela não está aqui para pedir favores.

— E você está – supôs Gwyn. Rori deu de ombros.

— Talvez.

A resposta pareceu divertir o Caçador. Ele se reclinou mais confortavelmente no trono e apontou um dedo calejado na direção da garota.

— Muito bem. Diga-nos o que deseja, e por que deveríamos conceder esse favor.

Rori não hesitou, mas Anne-Marie não esperara que ela o fizesse. Ela foi direto ao ponto, pulando todas as cortesias e respondendo diretamente às duas perguntas:

— Minha família precisa da magia deles de volta. E a minha família é a sua família.

Anne-Marie quase esperava que Gwyn risse na cara dela. Ao invés disso, ele apenas inclinou a cabeça para o lado, um movimento bem impressionante, considerando a pesada galhada em seu crânio. A máscara tornava sua expressão impossível de ser interpretada, mas seu tom era curioso.

— Rori O’Callaghan – disse ele. – Sua irmã Samarie foi uma boa adição à minha Caçada. Você parece ter a voracidade dela.

Deu para ver Rori engolir em seco.

— Sam se juntou à sua Caçada?

A Caçada Selvagem de Gwyn era legendária: um grupo de criaturas incorpóreas encarregadas de recolher os corpos dos mortos e vagar pelos campos de batalhas. Atualmente, era raro vê-los, mas todos – pelo menos todos que conheciam alguma coisa sobre magia celta – já haviam ouvido relatos de como eles eram assustadores.

— Todos os meus descendentes têm um lugar na Caçada – Por trás da máscara, os olhos de Gwyn brilhavam com ganância. – Até os vivos.

— Milorde – interveio Anne-Marie. Ela não gostava da forma como aqueles olhos miravam Rori. – Se me permite a interrupção...

Pela primeira vez, a cabeça de Gwyn se virou na direção dela. Os cães a seus pés rosnaram.

— Você não é uma das nossas – observou ele, com frieza. Foi a vez de Anne-Marie de engolir o medo que fechou sua garganta.

— Não, milorde.

— Ela é minha namorada – disse Rori, parecendo irritada. Elas não haviam discutido rótulos ainda, mas aquele não parecia o momento. – É tão uma de nós quanto poderia ser.

Creidyladd estreitou os olhos.

— Deixe-me ver suas mãos.

Confusa, Anne-Marie ergueu as mãos. A fada suspirou.

— Nada de claddagh. Bem, isso foi decepcionante.

Anne-Marie tinha uma vaga ideia do que era um claddagh, mas só porque vira os pais de Rori usando-os. Até onde ela sabia, era um anel tradicional irlandês, adornado por duas mãos segurando um coração.

— É, bem, eu não tive exatamente tempo de comprar um anel pra ela, considerando que eu fiquei bem ocupada me preparando pra falar com vocês – Rori deu um passo para o lado, colocando-se protetoramente entre Anne-Marie e as fadas. – Então, acho que o que Annie estava tentando dizer é que nós deveríamos focar no assunto que me trouxe aqui. Eu sei que vocês, fadas, gostam de joguinhos mentais e tudo isso, mas eu não estou no humor.

Creiddylad soltou um ruído indignado, enquanto Anne-Marie encarava a amiga – ou melhor, namorada, aparentemente –, boquiaberta. Ela esperou que os sidhe a transformassem em um roedor ou simplesmente a vaporizassem, mas, ao invés disso, Gwyn riu. Não foi uma risada particularmente alegre ou encantadora – era mais como se Rori fosse um cachorrinho que tivesse tentado mordê-lo, mas não tivesse dentes o suficiente para isso ainda -, mas ainda era melhor do que a alternativa.

— Muito bem, então – Ele se inclinou para a frente. – Vamos falar de negócios, se é isso que deseja.

Havia certo desprezo na voz dele agora, mas Rori não se deixou intimidar. Era preciso admitir que ela era tão corajosa quanto imprudente.

— Certo. A magia da minha família – disse ela. – Meus pais e meu irmão.

— Nós podemos fazer isso – disse Creiddylad. Ela sorriu para Rori, mostrando os dentes pontiagudos. – Nós podemos fazer tudo o que você precisar. Mas você ser nossa descendente não é o suficiente. 

Anne-Marie conseguia sentir a raiva emanando de Rori quando ela deu um passo à frente, rosnando:

— Que tal “porque literalmente não custa nada a vocês”?

Anne-Marie decidiu que era hora de intervir. Não fazia exatamente parte de sua herança mágica, mas sua família tinha um bom histórico de diplomacia; ela esperava que isso também estivesse em seu DNA.

— Milady, se me permite a interrupção – começou ela. Creiddylad olhou para ela como se ela fosse um inseto rastejando em sua perna, mas não a pulverizou, e ela decidiu interpretar isso como um bom sinal. – Eu não sou uma O’Callaghan, mas os conheço há muito, muito tempo, e, se há alguém que merece uma dádiva como essa, é essa família.

Gwyn fez um gesto vago com a mão.

— Sinta-se à vontade para elaborar mais esse argumento.

Anne-Marie não gostou do deboche na voz dele, nem da forma completamente perdida como Rori a estava encarando, mas prosseguiu mesmo assim:

— Nesse último ano, eles passaram por muita coisa, milorde – Ela olhou de esguelha para Rori, lembrando de todas as vezes em que a vira ceder sob a pressão, e em todas as vezes que a vira chorar desde que tudo mudara. – A perda de Samarie foi um baque e tanto, como podem imaginar, e Rori tem se esforçado mais do que qualquer um para reparar isso... Isto é, na medida do possível. Se ela soa um tanto, hm, impaciente, é porque esperou por isso por muito tempo.

O argumento soava bem menos convincente em voz alta do que em sua cabeça, mas pelo menos impediu que Rori voasse no pescoço de Creiddylad e fosse morta. Gwyn se voltou para Rori novamente.

— É esse o seu sacrifício? – perguntou ele. Rori franziu a testa.

— Meu sacrifício?

— Nós podemos fazer tudo o que você precisar. – repetiu Creiddylad, com um sorriso malicioso. – Se você estiver disposta a pagar o preço.

Rori não deveria estar surpresa, e, mesmo assim, ela parecia ter acabado de levar um soco. Anne-Marie sentiu seu estômago dar um nó.

— Milorde, se me permite...

— Não permito – cortou-a Gwyn, sem sequer olhar para ela. Anne-Marie respirou fundo.

— A culpa e a responsabilidade quase a destruíram – disse, em voz baixa. – Isso não é o suficiente?

Dessa vez, os olhos luminosos do Caçador se viraram lentamente em sua direção. A luz emitida por eles brilhava com uma força raivosa.

— Você não é do nosso sangue, e você não responde por Rori O’Callaghan – declarou ele, em um tom que fez com que Anne-Marie se encolhesse. – Você deveria se considerar sortuda por termos sequer permitido sua presença. Agora, fique calada.

Os cães aos pés dele rosnaram ameaçadoramente, os olhos vermelhos fixos em Anne-Marie. Ela trocou um olhar com Rori, que parecia ter se recuperado da surpresa. Não faça nada idiota, tentou comunicar à amiga. Rori abriu um sorriso que quase pareceu entusiasmado antes de se voltar para as fadas, a expressão retomando a seriedade.

— Me diga o seu preço – pediu ela. Antes que Gwyn ou Creiddylad pudesse abrir a boca, porém, ela levantou um dedo e acrescentou: - Minha família está fora de questão, qualquer um deles, qualquer coisa deles. E, já que vocês não consideram Annie parte dessa categoria, podem muito bem deixá-la de fora, também. Ela não tem nada a ver com isso.

Pela primeira vez, Gwyn pareceu perder a paciência com sua descendente.

— Eu admiro sua coragem, criança – disse ele, soando perigosamente controlado. – Mas não é você quem decide isso.

— Nós vamos pedir o preço que vamos pedir – ronronou Creiddylad. –, e tudo o que você pode fazer é decidir se aceita ou não.

Dava praticamente para ver o cérebro de Rori trabalhando; enquanto isso, a mente de Anne-Marie estava vazia. Ela sabia que os sidhe não eram conhecidos por serem justos, ou particularmente bondosos, e não conseguia imaginar um desfecho favorável para aquela situação.

Então, Rori disse:

— Minha magia.

O coração de Anne-Marie falhou uma batida. A despeito da ordem para permanecer calada e não se meter, ela não conseguiu se conter; correu para perto da amiga, pôs a mão em seu ombro e sussurrou:

— Rori, você não pode fazer isso. Seus pais não iam querer... Skye não ia querer que você...

Rori não deu sinal de tê-la ouvido. Ela estava encarando fixamente as fadas, o queixo erguido, a postura desafiadora.

— Minha magia em troca da deles. Parece uma troca justa?

Gwyn riu.

— E por que nós iríamos querer a sua magia, criança? Nós já somos dez vezes mais poderosos.

— Não se trata da magia – interveio Creiddylad. Era a primeira vez que ela falava com seriedade. Seus olhos miravam Rori quase com fome. – Se trata do sacrifício. Do que você está disposta a fazer pela sua família. Não é isso, criança?

Rori assentiu. Ela apertava os punhos com tanta força que os nós dos seus dedos deviam estar brancos. Apesar de tudo, Anne-Marie não conseguia deixar de admirar a namorada. Tentar comover os sidhe, como ela mesma tentara fazer, era sempre uma jogada arriscada; fadas não tinham o mesmo compasso moral que humanos, como ficara bastante claro pela reação de Gwyn e Creiddylad à fala de Anne-Marie.

Por um longo instante, ninguém disse nada. Então, Gwyn quebrou o silêncio com sua voz retumbante:

— Se eu te dissesse que não haverá acordo, o que você faria?

— Eu acho que não teria muita escolha – respondeu Rori, de imediato. – Eu teria que ficar aqui e te convencer a mudar de ideia.

— Eu poderia te matar com um aceno de cabeça – observou o Caçador.

Rori abriu um sorriso assustador. Havia algo duro como aço nela agora, uma determinação que beirava a loucura. Anne-Marie precisou conter o impulso de dar um passo para longe dela.

— Você fala como se eu me importasse.

Anne-Marie prendeu a respiração. Creiddylad olhou para o marido.

— Ela certamente tem a bravura de uma guerreira – disse ela.

Lentamente, Gwyn tirou a máscara. Seu rosto era surpreendentemente belo: a pele escura era lisa como mogno polido, e seus traços eram marcantes ao invés de delicados, como geralmente se esperaria de uma fada. Ele estava sorrindo, o que não o deixava nem um pouco menos intimidador.

— Ela tem a bravura de uma caçadora – corrigiu ele.

Rori trocou o peso do corpo de um pé para o outro, desconfortável. Ao que parecia, seu acesso de coragem estava chegando ao final.

— Isso foi um sim?

Gwyn demorou algum tempo para responder, e, quando o fez, sua voz parecia ainda mais alta.

— Muito bem. Você me convenceu – Ele se levantou. Devia ter uns dois metros de altura, talvez até mais; Anne-Marie, que era bastante alta, tinha dificuldade para olhar para seu rosto, e Rori, baixa como era, precisava torcer o pescoço para trás. – Eu vou aceitar sua magia pela magia da sua família, Rori O’Callaghan... Sua magia, e um favor.

Rori piscou.

— Um favor?

— Mais como uma dívida – Gwyn se aproximou, com os cães em seu encalço. Anne-Marie recuou. De alguma forma, ela sabia que Rori precisava encarar o sidhe sozinha a partir de agora. – Um preço justo. Um favor por um favor.

Antes que Rori pudesse responder, ele pôs uma mão de dedos calejados sobre o coração dela, e um brilho esverdeado os envolveu, ocultando-os da visão das duas observadoras.

Anne-Marie soltou uma exclamação e tentou correr na direção do brilho, mas a grama sob seus pés poderia muito bem ser areia movediça. Ela só conseguiu se mover minutos depois, quando o brilho se dissipou, o que foi bom; ela conseguiu alcançar Rori bem a tempo de impedir que ela caísse no chão.

De forma geral, Rori parecia bem. Estava um pouco pálida, e parecia tonta demais para andar, mas ainda era ela mesma, e ainda teve forças o suficiente para xingar baixinho e balbuciar:

— Portal. Temos que abrir um portal.

— Essa é a sua hora de conquistar seu claddagh – disse Creiddylad. Anne-Marie demorou um segundo para perceber que a fada estava falando com ela. – Abra o portal, e leve-a para casa em segurança. Foi para isso que você veio, não foi?

— Não se esqueça de que sua família me deve, Rori O’Callaghan – disse Gwyn, em tom solene. – Todos eles. E, um dia, eu virei cobrar o pagamento.

E, dizendo isso, ele desapareceu, levando sua noiva e seus cães consigo, e Anne-Marie se viu sozinha na floresta com dois tronos vazios e uma namorada quase desmaiada.

Ela pousou Rori sobre a grama com cuidado e verificou que ela não tinha nenhum ferimento aparente. Na mão direita, ela apertava uma pequena garrafa de vidro cheia do que parecia ser um líquido esverdeado cintilante.

— A magia para a sua família – deduziu Anne-Marie. Ela suspirou. – Rori, você não deveria...

— Shhhh – fez Rori. Ela abriu um sorriso fraco. – Só... Nos tire daqui, sim? Nós podemos discutir isso em casa. De preferência em uma cama bem confortável. Depois de umas dez horas de sono.

Anne-Marie se levantou. Ela era péssima com magia de transporte, mas esperava conseguir criar um portal bom o suficiente para levá-las ao Vilarejo, ou, pelo menos, a algum lugar de onde pudessem chegar ao Vilarejo de táxi. Se não, bem, ela supôs que nada seria tão difícil de resolver quanto uma barganha com Gwyn Ap Nudd, o Caçador, e sua esposa assustadora e debochada.

Quando o portal finalmente estava pronto, ela ajudou Rori a se levantar. Ela parecia mais consciente agora, mas ainda se apoiou na namorada, agradecida.

— Eu não acredito que acabou – disse. Não soava empolgada, nem aliviada. Tudo o que havia em sua voz era cansaço.

— Acabou – concordou Anne-Marie. – E... Você conseguiu, Rori. Sua família vai ficar orgulhosa.

Ela não achou necessário mencionar que os O’Callaghan também ficariam bastante chateados pelo preço pago por Rori. As duas sabiam disso.

Rori suspirou.

— É, bem. Acho que vamos descobrir.

Elas passaram pelo portal.


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Notas finais do capítulo

Fontes:
Gwyn e a Caçada Selvagem: https://dezmilnomes.wordpress.com/2017/09/26/gwyn-ap-nudd/ (e, sim, alguns livros da Cassandra Clare)
Creiddylad: https://en.wikipedia.org/wiki/Creiddylad
Os sidhe em geral: https://piramidal.net/2013/09/03/o-povo-das-fadas/
O claddagh: https://englishlive.ef.com/pt-br/blog/tradicoes-irlandesas-a-historia-do-anel-claddagh/
Eu tenho quase certeza de que escrevi os nomes errado pelo menos uma vez, então, se repararem nisso, favor avisar xD



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