Os Astros Não Mentem escrita por JC Forbes


Capítulo 12
Capítulo 12- Dobras e Sub-dobras


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?

O capítulo saiu mais cedo, pois a JC esqueceu de colocar agendado, então a solução era: Postar de manhã antes de 12:05 ou de tarde, depois do horário. Resolvi ser boazinha :3
Esse capítulo pode ser um pouquinho mais chatinho ou cansativo, mas espero que gostem ^-^.
Preciso revisar esse capítulo, então me desculpe e qualquer erro é só avisar.



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Azula acordou no dia seguinte reclamando da má qualidade do local, quando estavam tomando o café da manhã ouviram sobre um festival que estava acontecendo, Mai preferiu ficar trancada no quarto, segundo a garota não gostava muito de festas, já Ty Lee se empolgou e convenceu Azula a acompanha-la.  

— Um festival a fantasia — Ty falou e soltou uns gritinhos empolgados, Azula estava de cara fechada, imaginava que era tudo uma perda de tempo — Vamos procurar algumas fantasias — Ty Lee puxou a princesa. 

A garota desviava da multidão, Azula acompanhava ela, mesmo não gostando da ideia de não ser reconhecida. Ty achou uma barraca com algumas mascaras, porém antes de puxar Azula até o local, a princesa puxou a namorada para longe. 

— Onde estamos indo? — reclamou e fechou a cara em seguida. 

— Vamos tomar chá! — a princesa disse com um sorriso no rosto. 

— Chá? — a garota de longa trança perguntou confusa, porém não precisou de resposta após ver a fachada de "O Dragão Jasmim". 

Azula arrumou a franja antes de entrar no local, assim que ambas passaram pela porta tocou um sino, com isso chamando a atenção de Iroh que servia uma xícara de chá. 

— Azula? — sussurrou assuntado ao ver a sobrinha.  

—Tio, quanto tempo não? — a garota se aproximou com o sorriso sínico cada vez maior. 

Ty Lee apenas observou de longe, pensou em ir avisar Mai, porém não iria deixar Azula sozinha.  

— O que faz aqui? — Iroh perguntou baixo. 

—  Vejo que deixou seus modos na Terra de meu pai... Estou bem. — respondeu se fingindo de ofendida. — Não posso mais visitar meu velho tio? 

— Não te quero aqui, vá embora!  

Azula ignorou a resposta do tio e se sentou na cadeira mais próxima, olhou o cardápio e pediu um chá da flor Coração Sangrando, deixou que a "amiga" escolhesse o chá que quisesse, entretanto Ty continuo longe, estava parada na porta do estabelecimento. Iroh ,mais uma vez mandou ela ir, então a sobrinha se levantou e encarou o tio.  

— Não vou embora, sei que Zuko está se escondendo aqui e irei acha-lo e levarei para casa! 

— Zuko não está aqui! — respondeu sério, em resposta a princesa riu alto. 

— Aí tio, não sou o Zuko para o senhor me tratar como se fosse burra. Zuzu não poderá se esconder para sempre. 

Azula encarou a porta que dava para a casa, o velho largou a bandeja que segurava e se preparou para ataca-la, mas nada disso foi preciso, Ty Lee finalmente se aproximou para levar Azula até a pousada. 

— Melhor irmos, temos que avisar a Mai, depois voltamos — disse baixo para apenas a namorada escutasse. 

A dobradora de raio ergueu a cabeça e virou as costas, saiu sem dizer nada, porém voltaria. Iroh suspirou aliviado, fechou a casa de chá e foi atrás de Zuko para avisa-lo que Azula estava ali e procurava por ele. 

 Quando o velho fechava a última janela o sobrinho apareceu abrindo a porta de entrada, atrás dele o resto do grupo conversavam e riam. Aang foi direto para o quarto arrumar a mochila para poder partir o quanto antes, Momo e Appa jantavam, os animais pareciam conversar. 

Iroh contou quem havia ido até a casa de chá, disse que o melhor a se fazer é todos irem para o Norte, porém antes do sobrinho partir queria ensina-lo algo que ele mesmo havia inventado, como redirecionar raios. O velho entregou um pergaminho com toda explicação teórica e mostrou na prática para o sobrinho ver, explicou que era um golpe muito perigoso e o mínimo de erro poderia custa a própria vida.  

Não demorou muito para que todos estivessem partindo em cima do bisão voador. Aang controlava o animal, Momo dormia ao lado do monge, Toph estava esticada, estava passando mal, Suki e Sokka estava do lado dela, a guerreira estava atenta para se acaso a menor chegasse a vomitar, o rapaz de rabo-de-cavalo falava sem parar, reclamava do vento frio e da fome que sentia, Zuko lia o pergaminho que o tio havia entregado, enquanto Katara observava todos tendo conter a felicidade de finalmente poder ir ao Norte e aprender mais sobre a dobra da água.   

“Para aprender a redirecionar raios, primeiro você precisa saber como os raios são feitos. Há partículas de energia em toda o nosso redor, positivas e negativas, apenas alguns dominadores de fogo são capazes de separar essas energias, essa separação gera um desequilíbrio, quando as energias positivas e negativas se chocam é liberado o raio.  

Essa é uma técnica avançada, não é movida por emoções, ao contrário, é necessário paz na mente. Lembre-se quando separar as energias, você não irá as comanda-las, apenas redirecionar.  

Você deve criar um caminho da ponta dos dedos e subir pelos braços até os ombros, depois irá guia-la até o estomago e por fim até o outro braço. Porém o caminho do estomago é muito crítico, pois você não pode deixar o raio passar pelo coração, esse erro é mortal.” 

Zuko lia enquanto lembrava da demonstração do tio, estava um pouco preocupado em aprender essa técnica, mas a voz de Iroh dizendo que iria até o Norte para ajuda-lo a aprender o tranquilizam. 

Continuou a leitura até Katara interromper, estava curiosa para saber o que havia no pergaminho e não deixar quando, de canto de olho, leu algo sobre os dobradores de água. 

“O fogo é o elemento do poder. O povo da nação do fogo tem o desejo, a vontade e a energia para fazer o que quer. Já a terra é o elemento da substância, o povo do reino da terra é forte, persistente e resistente. Ao contrário da terra, o ar é o elemento de liberdade, os monges do ar são desaprendidos das preocupações. A água é o elemento da mudança, o povo da tribo da água tem um enorme senso de comunidade e são capazes de se adaptar facilmente.   

Zuko lia em voz alta, era interessante saber mais sobre as todas as dobras. Continuando a leitura o príncipe chegou na parte das sub-dobras.  

“Encontramos a água em toda parte e em todas as formas. Ela pode ser liquida, gasosa e solida, pode ser encontrada em plantas, na lama e até mesmo no sanguecom ela é possível curar e matar. Um mestre dominador de água pode ser um grande aliado ou um enorme inimigo. 

— Curar? Dobrar sangue? — a dominadora estava curiosa para saber mais sobre a dobra, porém o texto acabava ali.  

— Você não sabia que dobradoras de água tem o poder curativo? — o rapaz abaixou o pergaminho para encarara. 

— Não. Não sabia que a dobra da água era tão vasta, lembro de minha mãe me ensinar a dobrar plantas, mas nunca chegou a falar sobre cura ou sangue. 

— Dobradores de sangue são raros, é preciso ser um mestre muito experiente e sua dominação tem que ser muito forte, por isso a maioria, ou melhor, aqueles que consegue dobrar sangue só fazem isso na Lua Cheia. 

— O que a lua tem a ver? — Sokka perguntou confuso. 

— Vocês não saber nada sobre dominação de água? — Zuko questionou surpreso, pois para ele tudo isso era algo básico, seu tio sempre ensinou a ele a Azula sobre a dominação dos elementos, claro tudo isso escondido de Azulon e Ozai. 

— Nós sempre moramos na nação do fogo, quer dizer, desde pequenos. — Katara começou a contar. 

— Nossa aldeia foi invadida quando éramos crianças, então mudamos para a nação do fogo, desde então não vimos mais os dobradores de água. — Sokka concluiu. 

— Tudo bem, vocês irão aprender muito no reino do Norte, principalmente você Katara — Zuko disse se virando para a garota mais uma vez. 

Nas variações da dobra de terra é possível encontrar as ondas sísmicas...” 

— Eu sei, foi assim que aprendi a enxergar pela dobra, as toupeiras me ensinaram as sentir as ondas. — Toph interrompeu, por um instante a garota cega esqueceu do enjoo que sentia. 

“... o metal, também é algo que os mestres de Terra conseguem dominar, os mais habilidosos são capazes de sentir os micros fragmentos de terra do metal e controla-lo...” 

— Uou! — Toph se levantou ao ouvir isso, Suki a puxou de volta para baixou para que ela não caísse do Appa — preciso testar isso — abriu um enorme sorriso empolgada com a descoberta.    

  “... e a lava...” 

— Eu posso dominar a lava! — a menina mais uma vez se levanta e dessa vez quem a puxou foi Sokka. 

— É melhor pular a essa parte antes que a Toph seja carregada pelo vento. — O rapaz disse, os demais presentes riram.   

— Como sub-dobra também tem a areia, e possível detectar mentiras — falou rápido antes de voltar a leitura. 

“O fogo é um elemento vivo. A dobra de raio, manipulação do calor, leitura da energia e combustão, são algumas de suas sub-dobras...”  

O príncipe terminou a leitura mentalmente, prestava atenção em cada palavra. Quando terminou voltou a ler em voz alta, até porque Aang era o único interessado em saber sobre as sub-dobras de ar. 

O ar é um elemento livre, suas sub-dobras não são nada mais e nada menos que formas diferenciadas de dominação. Um dobrador de ar pode correr em uma velocidade enorme, apenas reduzindo o atrito do solo com os pés, ele pode controlar o ar de seus pulmões, sendo assim possuem um gigantesco folego, porém se executada de forma errada pode ser fatal. A projeção de astral é algo raro sendo que apenas uma pequena porcentagem de mestres dominadores possui, ele consiste em criar uma imagem juntando a dobra de ar com a projeção astral. A criação de vácuo é algo considerado fácil entre os dobradores, diferente da habilidade de voar, onde é necessário controlar as correntes de ar e a densidade, que é extremamente raro.” 

— Eu consigo fazer tudo isso, posso voar com o meu bastão — Aang finalmente fala, sua voz não parecia surpresa, o monge havia aprendido tudo com o grupo que seguia.  

— Você consegue projetar sua imagem? — Zuko perguntou, até estava um pouco curioso para saber a resposta do careca. 

— Nunca tentei fazer isso, imagino que você não consiga fazer todas as sub-dobras de fogo?! 

— Não, pelo menos não na prática, não tive liberdade para aprender a dobrar. 

O príncipe tentava não ficar estressado pela provocação do baixinho, não esperava a hora de aprender as técnicas avançadas para mostrar o quão forte ele poderia ser.  

— Talvez você não seja tão habilidoso, quer dizer, há boatos que a princesa Azula dobra raios. — Aang deixou Appa e se juntou com o resto do grupo, apenas para poder encarar Zuko. 

— Não são boatos, ela e mais duas garotas nos atacaram quando estávamos vindo — Suki disse, Sokka, Toph e Momo concordaram. 

— Minha irmã é um prodígio — bravejou baixo.  

— Talvez ela apenas seja habilidosa — respondeu no mesmo tom. 

— Estamos chegando? — Katara perguntou percebendo que os dois poderiam começar a brigar a qualquer momento. 

— Acho que sim, já posso sentir o frio entrando em meu corpo — Toph respondeu encolhendo-se. 

— Já posso mandar o Appa descer. — Aang voltou ao comando do animal. 


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Notas finais do capítulo

Lembro que: Aang não sabe que é o Avatar (o Avatar ainda não foi revelado) e Katara não sabe curar.
Prometo fazer o Aang um pouquinho mais legal :p
Se encontrou alguma erro, pode me avisar e muito obrigada por ler :3

Bjss
Até ♥