Janelas da Alma escrita por Liz lonelyk oficial


Capítulo 8
Motivos reais


Notas iniciais do capítulo

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Alai deixou-me sozinha e sem dizer nada sumiu por alguns dias.Tempo suficiente para eu ficar martelando a frase em mim até abri um gigantesco buraco que aliás continua a doer como um ralado, todavia começou a fazer algum sentido.

Ela colocou de guarda do portal um porquinho irritante com asinhas brancas, um porco chato e voador isso sim que é ter criatividade!

Toda as vezes que tentei entrar, ele simplesmente me jogava em uma dimensão a qual era o seu chiqueiro.

— A vergonha de ser jogada em um chiqueiro não é a metade do que terá se continuar a ser teimosa! Tá achando ruim? Saiba que prefiro viver nesta lama toda do que ter uma escritora como você! Até provar o seu valor é isso que terá!!! lama, lama e adivinha mais lama!!!

Esta última declaração deu ao bichinho fofo a grande ideia de cantar enquanto eu tentava sair de seu chiqueiro.

— Pode tentar uma,duas, três ou mais!

Porém em um, em dois e três sem Tardar

é isso que terá!!! lama, lama e adivinha mais lama!!! Até provar

 um, dois e  três e de novo a escritora a chafurdar!!!

Tentei diversas vezes e diversas vezes cai no chiqueiro até que eu desisti, talvez algum de meus personagens pudesse me ajudar a saber como estava a minha outra parte, porém eu mesma sabia o que estava havendo só não queria de fato reconhecer que ela estava morrendo e se eu não fizesse algo rápido iria perdê-la.

Percebi que meu reflexo não era o mesmo, algo nele estava diferente… Principalmente quando olhava os meus olhos ainda castanhos mais sem o brilho de sempre...  Alai estava me ajudando a entender ....

Quando Alai voltou carregava uma bolsa de couro de cor marrom, dentro dela uma ampulheta da mesma cor de seus olhos.

— Deu trabalho mas eu consegui te trazer uma pequena motivação. De todas essa sim deu trabalho, como luta!!

Eu demorei para entender que ela havia caçado a moça e a prendeu dentro da ampulheta.  Uma miniatura bonitinha minha sem voz, meu futuro, minha criatividade presa e condenada a morrer soterrada pela areia do tempo se eu não me movesse.

A moça estava ferida e  suja mesmo assim simplesmente se deitou de costas e com um olhar sonhador me observava sem se importar com o fio de areia que caia em suas pernas.

— Minha magia a manterá viva até que o último grão de areia caia,  isso será até o último dia desde ano se a escritora continuar de braços cruzados!

— Como assim? tenho cerca de oito ou nove meses!!!! Alai não tem como! solte ela!  desisti de mim, escolha outra escritora sei lá!

Uma quantidade enorme de areia caiu, para o meu desespero

— Agora é apenas sete!

O porquinho começou a cantarolar  

— Pode tentar uma,duas, três ou mais!

Porém em um, em dois e três sem Tardar

é isso que terá!!! lama, lama e adivinha mais lama!!! Até provar

 um, dois e  três e de novo a escritora a chafurdar!!!

 Esta areia toda vem da rachadura, diferente do que está pensando a Alai não é a vilã. Ela apenas   materializou a  situação, para que pudesse compreender a sua real situação minha cara.

— O que quer de mim? já te dei um final, já escrevi suas histórias e eu já terminei de criar este mundo, solte-a deixe que viva

Alai se irritou

— Vish!! (disse o porquinho sumindo).

A Ampulheta flutuava, enquanto a moça dentro agora desesperada pedia clemência a Alai. Esta enfurecida respirou fundo e se acalmando respondeu.

— É mesmo? vamos diga-me se a ama tanto assim por qual motivo não a liberta! É você e não eu a grande vilã aqui.   a tornou real? Por qual motivo continua a ser este ser patético que se acha uma autora ? Sabe que não tem tempo, sabe que isto aqui não é obra minha! Não é o só construir a ponte, não é só tornar isso real é salvar e dar um final a si mesma! Sabe disso! pode ter dado um final a mim e aos demais, mais e esta aqui? E tudo que sonhou para si?  Agora!  mesmo que eu queira não posso soltar-lá é só você que pode fazer isso e se olhar bem não é só ela que está presa, existem outras ampulhetas por aí que precisa libertar…

— Outras ?

— Acha mesmo que toda esta interferência que fez, toda esta bagunça, não alterou nada ? Sabe essa brincadeirinha de ser escritora alimentou sonhos e se está aqui morrer todos um a um morreram! não tem volta minha escritora por isso pare de frescura! 


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Notas finais do capítulo

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