Coração Rebelde escrita por Aurora Boreal, Maiah Oliveira


Capítulo 3
Capítulo II - "Um convite ao caos"


Notas iniciais do capítulo

Hey Zombies!
Demorei mas postei, as quedas de energia nesse fim de semana me fizeram perder todo o capítulo escrito graças a bateria viciada de meu notebook, mas enfim consegui finalizar este que particularmente me agradou.
AAAAAAAAAAAH.... UMA RECOMENDAÇÃO DO MARAVILHOSO E MALEGNO EU VOLTEI, A QUEM EU PASSEI A PERTURBAR IMENSAMENTE ESSES ÚLTIMOS DIAS :3 Vou dividir minha pizza contigo...
De qualquer forma, espero que agrade a vocês também!
Nos vemos lá embaixo..

Aqui é a Lilly, com o capítulo editado - 09/04/18



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CAPÍTULO II

"Um convite ao caos."

 

 

 

Um suspiro foi o que marcou o início daquela conversa, um clima tão pesado que para os dois ali parecia lhes tomar o fôlego. E como um consentimento mútuo, afinal aquele era o único futuro que Drakar poderia ter no momento, uma disputa ao que nenhum deles poderia vencer sem usar seus métodos, em uma busca vã de poder que tinha como preço a divisão de uma família. Mas sabiam que um tinha o que faltava no outro e talvez esse fosse o único fato que os impedia de terem se matado há tempos atrás. E, quem sabe, era também o motivo para não se matarem naquele momento.

— John foi morto. — Foi a primeira coisa que Desmond disse, antes mesmo de uma saudação adequada, uma introdução digna da conversa que teriam ali. Não que isso os impressionasse. — A única pessoa que poderia me dizer o que aconteceu naquela noite. Um homem que era devoto a uma causa que você discorda. Por que, então, não deveria desconfiar de você, irmão? Acreditei que matar um homem não seria de seu feitio.

— De fato não é. — A displicência com que Vincent caminhava pela sala faria sua postura se tornar arrogante, caso esses movimentos não fossem acompanhados de uma leveza que dava graça aos seus movimentos, de forma a tornar sua postura natural. — Podemos ser inimigos declarados, mas não sou um monstro. Sei o preço de uma vida, e sequer a sua valeria tão pouco a ponto de matá-lo por um trono. Afinal, não deixa de ser meu irmão. Tenho uma promessa a ser cumprida, e ela não envolve você morto.

— Todavia você matou John. Por quê? — Havia clara desconfiança no tom de ambos, uma batalha de olhares travada dentro da minúscula sala que dividiam. Desmond tentava buscar em seu irmão a explicação de tal crueldade, Vincent esperava que o irmão de alguma forma o compreendesse.

— Por que ele estava ali por um objetivo que você conhecia muito bem, meu irmão. Antes a vida dele que a sua, e por mais que discorde de mim, ser um assassino não é a pior de minhas acusações. — Tais palavras paralisaram Desmond que apenas conseguiu encarar o irmão, esperando extrair daquela simples observação algo que pudesse desvendar o homem que o irmão havia se tornado.

Então o olhar de Vincent se tornou pesaroso ao continuar.

— Infelizmente não sei se conseguirei protegê-lo para sempre. Poderia lhe propor um acordo pacifista, mas certamente ele seria prontamente recusado. Então, se lhe for cabível, me responda apenas uma coisa: você teria poupado a vida de seu amigo por mim?

Desmond não respondeu. Apenas se limitou a encarar o irmão, que agora exibia leves traços de um sorriso vitorioso no rosto.

***

Por um momento aproveitou o silêncio, de modo que procurou acomodar-se melhor na poltrona que ocupava. Havia um livro à sua frente, mas ele fora tão lido que as palavras de cada trecho a muito permaneciam gravadas na memória do homem, que no momento apreciava uma maravilhosa taça de vinho. Seus pensamentos estavam repletos de ideias, mas se limitou a guardá-las para si.

Sua mulher cochilava em seu colo, e ele procurava naquele momento a melhor posição para aninhá-la. Afinal, "a realidade fornece-nos fatos tão românticos que a própria imaginação nada lhe acrescentaria", como dizia seu autor favorito, e aquele era um momento que estava disposto a apreciar.

O ruído da porta sendo aberta sequer o incomodou, ele sabia de quem se tratava. E não se surpreendeu um momento depois, quando uma jovem morena adentrou a sala silenciosamente, cobrindo a boca enquanto ria ao observar a mulher adormecida em seus braços. Ela o encarou esperando sua instrução, o observando levar o dedo indicador aos lábios pedindo silêncio.

— Katherine, meu amor, acho melhor acordar — sussurrou no ouvido de sua esposa, e imediatamente o corpo aninhado ao seu passou a se mover de forma sonolenta. Acariciando seus cabelos loiros, ele tentou mais uma vez, desta vez disposto a ser mais contundente em seu pedido. — Acho que Amélie pode ir embora, já que está tão disposta a dormir até o dia clarear.

Como em um passe de mágica, Katherine se levantou em um sobressalto, vasculhando atordoadamente ao redor a procura da mulher citada. Rapidamente a encontrando,  enquanto um largo sorriso emoldurava sua face ao gritar seu nome.

— Lily!

Não houve demonstração de pudor, pois logo as duas estavam se abraçando de modo que Antony ficou do lado de fora, observando a demonstração de afeto entre as mulheres. Não pode deixar de sorrir, satisfeito com o que via.

— Meu Deus, minha prima. Não acredito que de fato irá conosco! — continuou Katherine sem conter sua felicidade.

— Bom, tecnicamente tenho alguém a controlar meus passos, mas fiquei realmente feliz em saber que vocês irão me salvar de morte por tédio naquele lugar.  — Amélie encarou a prima e o marido da mesma e ambos ficaram satisfeitos em proporcionar tal felicidade a alguém tão querida na família. Apesar de Tony parecer ter seus pensamentos mais distantes do que de costume. — Não sei sequer o que fazer em Valhala.

— Posso lhe dar uma lista, se preferir. — Ambas trocaram um olhar de conspiração, Tony se forçou a tossir de modo que podia chamar atenção a sua clara exclusão da troca entre as duas. Sua esposa logo sentou ao seu lado e lhe tocou o braço, chamando a atenção dele para si. — Não acha Amélie perfeitamente capaz de se dar bem naquele lugar? 

Um sorriso brincalhão cruzou o rosto dele.

— Claro! Qual o nome dele mesmo? O rapaz...? — Tal provocação fez com que Amélie soltasse um gritinho assustado e Katherine risse da postura do marido, que ela sabia nutrir, por sua prima, o mesmo carinho que ela. — Estou apenas dizendo que não é uma possibilidade distante, apesar de achar um tanto exagerado a animação que as duas colocam nisso.

Nenhuma respondeu, não precisavam. Compartilhavam o conhecimento de que Tony teria seu próprio papel a cumprir naquele lugar, mas não podiam se poupar ao sonho de princesa que aquele lugar evocava. Mesmo ambas, percebendo que esses pensamentos eram mais próprios de garotinhas impressionáveis, do que de mulheres adultas como elas.

Tony as encarou, as duas mulheres mais importantes da sua vida, por quem ele seria capaz de matar ou morrer, caso fosse preciso. Então, soltou um suspiro quase inaudível, ajustando seu sobretudo ao levantar. Observou o tempo nublado que se formava, indicando uma viagem mais demorada que o esperado, ele constatou: aquela seria uma longa jornada.

Com os preparativos feitos no dia anterior, Tony apenas pegou as malas mais pesadas e guiou suas meninas até a porta de casa, onde uma jovem já aguardava a chegada do grupo para entrarem no carro que os levaria em direção ao Valhala. Tony fechou a porta de sua casa, com a estranha sensação de que demoraria um longo tempo até que conseguisse ver sua casa novamente.

 


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Notas finais do capítulo

Ficou pequeno, eu sei. Mas espero que assim como eu, não tenham pressa, quero trabalhar todos os mínimos aspectos de forma que tudo se encaixe no final...
Primeiramente queria me desculpar pelo Tumblr, eu o estou editando para melhorar o entendimento da fic, mas eu sou simplesmente péssima em edição dessas coisas. E meus planos ainda envolvem postar outro capítulo ainda essa semana. Apenas tenham paciência, okay?
Não esqueçam dos reviews, e não se preocupem. Cada personagem recebido ganhará uma introdução satisfatória.
Nos vemos em breve...
Xoxo,
~Zombie Geek

P.s.: Leve impressão de que esqueci de algo '-'
P.s. 2: Não consegui alinhar o texto '-'