Jungle Guards School - INTERATIVA escrita por Giovanna


Capítulo 24
Here's to Never Growing Up


Notas iniciais do capítulo

Apesar do arco ser festivo, vamos mais falar de festa nesse do que realmente ter uma.
Espero que gostem,
Boa leitura!



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[Jungle High School, sala de reuniões, 16:20 PM]

Heather liderava a discussão da comissão de formatura daquela tarde, se sentia responsável por terem adiado tanto tempo para que essa reunião acontecesse. Com tanta coisa acontecendo em sua vida, não conseguia se concentrar em outros afazeres escolares.

— Já é dia 4 de novembro, então temos que andar o mais rápido possível com os preparativos dessa festa. – Heather instruiu.

— Vai ser a melhor festa de todas. – Lacey, uma das formandas daquele ano suspirou encantada.

— Claro, Lacey, é minha formatura. Tudo tem que ser perfeito. – Heather parecia realizada com sua ideia.

Todos estavam a favor de seguir o plano de formatura que Heather havia apresentado. Seria algo marcante para todos, como um tunel fotográfico de todos os anos que passaram ali.

— É sexta-feira, então temos um fim de semana inteiro pra revisar tudo que anotamos. – James relembrou fechando a reunião.

Apesar de não ser um formando, James participava de todas as formaturas como membro da comissão. Ele cuidava de tudo que podia para o pai e para os colegas, além do fato de que realmente gostava de organizar eventos.

Todos se levantaram para ir embora, mas Lucian entrou na sala causando estranheza. Ele vestia um terno branco, que contrastava com seus cabelos médios e trazia em suas mãos uma caixinha.

— O que está acontecendo aqui? – Heather perguntou desconfiada.

— Bom, eu já tentei isso uma vez e você me deu um fora. – Lucian exclareceu. – Mas eu sou um homem insistente.

Ele se ajoelhou, todos na sala prenderam a respiração. Seria o que eles imaginavam? Heather não se lembrava de respirar e sentia tudo a sua volta correr mais rápido.

— Lucian. – Heather chamou. – O que você está fazendo?

Ela ria de nervoso, sem conseguir imaginar o que ele estaria fazendo.

— Como eu disse, você já me rejeitou uma vez. Mas eu estou disposto a tornar isso oficial, custe o que custar. Por isso, Heather Lancaster você aceita ser minha namorada?

Heather respirou fundo colocando a mão no peito. Aliviada por aquilo não ser um pedido de casamento.

— Claro que sim. – Ele se levantou e os pombinhos se beijaram. – Mas da próxima vez, tenta não me matar de susto.

— Da próxima vez? – Lucian a olhou risonho. – Já está pensando no nosso casamento?

— Idiota. – Heather riu e lhe desferiu um tapa no ombro.

Anéis foram colocados aos aplausos de uma comissão orgulhosa de formatura.

[Jungle High School, hora da saída, 18:33 PM]

— Ei, Derek!

O rapaz ouviu seu nome quando atravessava o portão. Era incomum que seu pai viesse busca-lo, sempre atarefado com seus livros, o mais velho mal tinha tempo de sair com o filho.

— Ei, pai. – Derek se aproximou. – o que faz aqui?

— Vim buscar meu filho. – Paul Strauss sorriu. – Faz tempo que não fazemos algo juntos.

— Mamãe pediu pra você fazer isso? – Derek riu da reação do pai.

— Sim. – Confessou. – Mas eu realmente sinto falta de passarmos algum tempo juntos.

— Então vamos.

Derek entrou no carro. Aquela noite seria dedicada a escolher seu terno para a formatura. Somchai o havia convidado como acompanhante para aquela noite especial. Claro que no ano seguinte o mais velho teria que voltar a escola para acompanhar Derek em sua formatura.

Não demorou muito para que chegassem há alfaiataria. Derek já era conhecido por ali, sempre que precisavam de um terno novo, os homens da família frequentavam à mesma alfaiataria. Desde a época de seu avô.

— Vou trazer os modelos clássicos pra você. – o senhor que sempre o atendia se prontificou ao ouvir o destino do terno.

— Obrigado, Alfred. – Derek sorriu e se sentou próximo ao pai. – Como vai o livro?

— Muito bem. – Paul adquiriu um brilho incomum nos olhos, adorava falar dos livros. – Mas não deviamos falar deles hoje, me fale um pouco de como você está.

— A escola está boa. Apesar de tudo. – Derek se lembrou da sua suspensão. – Temos vencido todos os jogos, os treinamentos estão bons.

— Eu sinto que algo o está preocupando, filho.

— Não é nada demais. – Derek assegurou. – Vovô está me ajudando a cuidar disso.

— É aquele lance com Somchai? – o pai perguntou e Derek suspirou. – Apesar de não exercer meus poderes, eu sou como você. Consigo entender pelo o que está passando.

— Não, pai. – Derek se levantou. – Você não consegue. O espírito dele é um ser de milhares de anos que está disposto a leva-lo a loucura ou matar todos a sua volta. Duvido muito que você saiba o que ele está passando.

— Eu sei que não entendo o que vocês podem estar passando com o espírito em si, mas eu sei que você é o mocinho dessa história. – Paul sempre conseguia ler as pessoas, como personagens. – Não importa como está difícil agora, você foi feito para vencer esses desafios.

Derek pareceu refletir por um minuto. Apesar de tudo, seu pai ainda o via como o super-herói da própria história. Talvez ele estivesse certo, sua missão de salvar Somchai não havia falhado, era só o começo.

[Loja de aluguel de roupas, 19:12 PM]

Natalia girou dentro da cabine. O vestido marsala parecia perfeito em seu corpo, o brilho contrastava com seus olhos, sua pele alva dava mais vivacidade ao vestido, ele parecia desenhado para si. Apesar da perfeição que estava, sua feição era triste.

Havia escolhido o vestido a pedido de Pietro a 2 semanas, ele desejava ver sua melhor amiga em sua formatura. Porém nem melhores amigos eles eram agora. Teria que se desfazer do contrato, mas decidiu vesti-lo uma ultima vez, como despedida da peça tão especial.

— Ok, hora de dar tchau.

Falou consigo mesma e puxou o zíper, entretanto o mesmo ficou emperrado na metade. Natalia suspirou, aquilo não podia ser verdade.

— Droga.

— Está tudo bem ai? – Uma voz masculina a assustou.

—  Sim, o zíper emperrou. – Explicou.

— Sei que vai soar estranho, mas quer ajuda?

— Se você fechar os olhos, sim. – Natalia riu e puxou a cortina que a separava do jovem, para ter uma surpresa. Era Pietro, com seu terno de formando. Lindo como um anjo ruivo. – Pietro.

— Uau. – ele estava estupefado com a beleza de sua amiga naquele vestido. – Você está maravilhosa.

— Obrigada, eu acho. – Ela coroou.

Ambos ficaram em silencio, não havia o que dizer diante as circusntâncias, Pietro imaginava que aquele vestido era o que ela havia escolhido para a formatura, mas não sabia se ela iria mesmo brigada com ele.

Natalia sentia o rancor e o remorso batendo em seu coração, mas também a saudade que sentia de poder conversar com seu amigo novamente. Lembrou-se de Aurora e seu conselho, talvez precisasse demonstrar algo para que ele soubesse como reagir.

— Você está muito bonito também. – elogiou. – Aposto que vai ser uma boa formatura.

— Você poderia saber por conta própria. – Pietro sorriu tentando convencê-la.

— Pietro. – Natalia proferiu com um tom de resignação. – Não força.

— Eu sei. – Ele parecia compreender. – Mas não custava nada tentar. Eu sinto sua falta.

— Eu também. – ela o abraçou.

Talvez a mudança de ambiente tivesse facilitado àquela conversa. Onde eles poderiam sair e se esquecer de que ela aconteceu se necessário. Pietro a abraçou mais forte, como se não estivesse disposto à solta-la, pois ele sabia que podia não reavê-la.

— Bom, você me concede uma dança? – Pietro esticou a mão para ela.

— Porque não? – ela concordou enquanto subia o ziper do vestido.

Talvez pudesse apreciar aquele momento, não havia caos ao redor deles, eram somente dois jovens que precisavam da presença um do outro e queriam desfrutar disso antes que os problemas batessem a porta.

[Casa do Kenai, cozinha, 20:54 PM]

O jovem negro andava para lá e para cá com panelas e utensilios de cozinha, porém a cabeça se encontrava pendida para a esquerda lendo a mensagem que seu namorado havia lhe enviado.

De: James Carpenter

“Olá querido, preciso desmarcar a presença do aniversário do Somchai. Vou visitar minha mãe no próximo fim semana. Com certeza Max o acompanhará nessa jornada.”

Kenai achou estranho que James estivesse recusando uma festa, ele raramente fazia isso. Festas eram mais alegres com ele por perto, mas havia prometido a Somchai que iria, por isso não podia desmarcar.

Deixou uma nota mental para responder depois, já que estava bem ocupado treinando para sua prova gastronomica. Os pais e a irmã esperavam na sala de jantar enquanto ele preparava tudo, era um dos muitos modos de conseguir treinar e obter dicas de como melhorar.

Seu sonho dependia disso.

Os degustadores não tiveram que esperar muito, tempo era algo que Kenai tinha que treinar constantemente na cozinha. As provas eram cronometradas e ele não podia perder tempo.

— Bon appetit.

Todos saudaram e aproveitaram o jantar. Risadas rolavam a todo momento com Yara por perto, não havia como ficar triste quando ela estava ali. Kenai apreciava quando toda sua família estava junta, com certeza sentiria saudade deles quando estivesse na universidade.

Um preço alto a se pagar por um sonho. Ficar distante de seus entes queridos.

Ele respirou fundo se sentindo cheio e sonolento, como era bom o sentimento de estar em casa.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por não terem desistido de mim.
O próximo capítulo promete hehehe



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