Memories escrita por PikaGirl


Capítulo 2
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Notas iniciais do capítulo

Ahhhh, estou de volta~
Vou postar este capítulo porque minha amiga quer~~~



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Dark acordou do seu sono por volta das onze da manhã. Não se lembrava de quase nada. Para dizer a verdade, só se lembrava de um nome. Sakura. Seria esse o seu nome? Era tão… clichê, mas estranhamente familiar. Sim, provavelmente esse era seu verdadeiro nome…

Passaram-se horas, e sem nada para fazer, Dark –quer dizer, Sakura-, sentiu-se aliviada por ver Deku chegando para a visitar e ajudá-la a preparar tudo para ir á casa de All Might. Contou-lhe o que descobrira no seu sonho, animando o de cabelos verdes pelo progresso que estava sendo feito -e também porque Dark não era propriamente um nome muito normal.

—Que bom Dar- quer dizer, Sakura! A este ritmo, vamos acabar por descobrir mais coisas sobre você, que nos vão ajudar a descobrir as suas origens!

Quem visse aqueles dois no momento, acharia que são amigos de há muito tempo (ou que Sakura tinha sido raptada, e que era obrigada a estar ali sem falar nada). O menino estava sorridente com os olhos brilhantes, entusiasmado para a ajudar em tudo que pudesse. Por outro lado, a menina cheia de faixas tinha um olhar cansado e aborrecido, tentando evitar todo tipo de conversa. Isso não os impediu de continuar o seu caminho para a casa do super-herói. Mal sabiam eles, que nas sombras um homem de capuz negro os observava afastarem-se do edifício hospitalar.

—Então esta é a garota de que ela me falou. Até que é bonitinha. Sorte dela que foi o Deku que a achou. –deu um sorriso doentio- Divirta-se enquanto pode, Dark Child.

***

—Então… é aqui?

Midoriya deu um sorriso nervoso, afirmando. O prédio em que o melhor super-herói do mundo vivia já tinha visto melhores dias, sem dúvida alguma. Parecia que a qualquer altura ia cair em pedaços. Será que ele vivia ali para se disfarçar melhor dos fans e repórteres? Provavelmente.

—Midoriya, my boy! E Dark também! Que bom que já chegaram!

Dark olhou no relógio de pulso do garoto. Cinco e meia. As aulas duravam tanto tempo assim? Nem se lembrava disso. E por sinal, All Might encontrava-se na sua forma esquelética –não que seja muito agradável falar assim, mas fazer o quê?

—Na verdade All Might, ela chama-se Sakura.

O herói olhou confuso para o aprendiz e depois para a de cabelos pretos, como exigindo explicações. Ela apenas disse que tivera um sonho, em que só se lembrava de alguém a chamar por esse nome. Nem se lembrava da aparência da pessoa (ou das pessoas, neste caso. Mas isso fica para mais tarde).

—Estou a ver… -pôs a mão no queixo, refletindo. Depois bateu as mãos uma na outra, mudando a expressão séria para uma mais sorridente- Okay, vamos ignorar isso por enquanto. Então, Sakura. Quer ir ver já a casa, ou prefere ir treinar?

—Acho que não me vou recordar tão cedo de minha individualidade. Melhor conhecer a casa.

—Então acho que é a minha hora de ir embora. Quer sair comigo amanhã Sakura? –a de olhos vermelhos olhou para o menino como que o julgando, o que o fez se aperceber da sua escolha de palavras- Q-QUER DIZER!... V-Vamos dar uma volta, para ver se conseguimos recuperar mais uns pedaços da sua memória! Sim, é isso.

—Talvez seja o melhor, my girl! Talvez você até se divirta!

Apesar de estar relutante, a jovem acabou por aceitar, se despedindo de Izuku enquanto ele saia correndo para casa.

—Aquele garoto nunca para?

—Ha ha. Acho que isso faz parte da essência dele. É interessante, não acha?

—Não sei… ele se parece com você.

—E isso é uma coisa boa, ou não?

—Interprete como você quiser.

E saiu andando para dentro do prédio, deixando um Toshinori muito curioso para trás.

—Aquela garota… ela é muito estranha…

E foi atrás dela, que o esperava no hall de entrada.

***

—E aqui estamos! Lar doce lar.

—Neste caso, lixeira doce lixeira.

Sem exageros, a casa estava um caos. Roupa pelo chão, copos de rámen espalhados, e coisas fora do sítio.

—Ah é. Desculpa. Ontem estava tão apressado que só arrumei seu quarto. Saí para cumprir umas missões de herói, mas voltei tão cansado que cai no sofá e adormeci. Aproveitei para ir hoje ás compras antes de vocês chegarem, e felizmente cheguei mesmo a tempo de te receber.

Agora que ela reparava, ele tinha duas sacolas de compras em mãos, cheias de comida. Provavelmente ele não se alimentava de nada além de rámen. Até que foi bem pensado dele comprar comida extra, visto que a menina iria ficar ali durante sabe-se lá quanto tempo.

—Sabe que não é muito saudável comer só rámen, né? Além disso, você parece estar muito doente.

O loiro se surpreendeu com aquilo que ela disse. Como poderia Sakura saber que ele estava doente, se não lhe tinha falado nada?

—Antes que você me pergunte, eu sou boa em ler as pessoas, esse pouco eu sei. E é meio óbvio, visto que ontem quando você se destransformou, você cuspiu sangue.

Ahhhhh… então tinha sido isso… Bem, pelo menos ela sabe mais algo sobre ela, né?

—Ei, All Might… acha que eu saber ler as pessoas tem algo a haver com minha individualidade.

—Não sei, my girl… talvez sim, ou talvez você nem tenha uma individualidade. Em qualquer um dos casos, não há o porquê ter vergonha. Com individualidade ou sem individualidade, você ainda pode ser uma heroína.

—Não é isso… eu sei que sou uma heroína. Só não sei qual meu nome de heroína, nem quais são meus poderes… Talvez tenha algo a haver com o nome pelo qual meus pais me chamavam, não?

Yagi sorriu e afirmou com a cabeça. Ela parecia estar se abrindo mais, mostrando também um esforço para se recordar. Mas… será que seria tão bom assim se lembrar do seu passado? Afinal, ela estava muito ferida quando Izuku a encontrou…

—Bem… eu quero ir tomar um banho. Tem alguma roupa que esteja pequena em você e que me sirva?

Depois dessa fala, o resto do dia correu normalmente. Jantaram, viram TV, conversaram, e quando deram por si, já eram dez da noite. Despediram-se um do outro, entrando em seus respetivos quartos.

Sakura recostou a cabeça no travesseiro, sentindo-se cheia com o jantar (quem diria que ela sabia cozinhar?), e talvez, só talvez, animada com o “encontro” de amanhã. Adormeceu sem qualquer dificuldade.

“Sangue cobria as paredes escuras pela falta de luz do quarto. Mas não era o sangue dela. Era o de duas pessoas diferentes. Um homem e uma mulher. Não era capaz de lhes ver os rostos, mas sentia um grande alivio ao ver a poça de sangue que formava por debaixo deles.

E aquilo que devia ser um pesadelo para uns, foi um sonho para ela.”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado~
E não se peocupem. Estes sonhos e memórias vão ser todos justificados depois~



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