WSU's: Renascida escrita por Nemo, WSU


Capítulo 9
Reencontro com um Soldado




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— E então? Aceita meu acordo? — questiona Henrique.

— Acordo? Isso é um abuso! — diz o traficante — 30% dos meus lucros? Mas nem fodendo! O que diabos ganho com isso?

— Ora, que pergunta mais tola... — Henrique dá ás costas ao rapaz. — Você vive.  

Ao se virar, ostenta seus olhos vermelhos, agarra o rapaz pela camisa e o lança contra a parede em um baque surdo. Seus colegas olham apavorados, e apontam suas armas para Henrique, que apenas sorri.

Acima dos traficantes surgiram uma legião de vampiros também armados.

— Eu espero que entendam cavalheiros. Vocês têm duas opções... ou colaboram para comigo, ou  viram nosso jantar. De toda a forma saímos ganhando.

Um dos traficantes descarrega seu 38, no peito do vampiro:

— Morre, desgraçado!

O vampiro continua de pé, enquanto suas feridas cicatrizavam instantaneamente:

— Vai me dar um trabalho do caralho, para tirar essas coisas daí... — bufa Henrique, se referindo ás balas que estavam em seu peito — Felizmente, teremos uma ótima refeição, não estou certo, rapazes?

Os vampiros saltam de cima dos prédios, caindo com unhas e dentes nos traficantes, que só podiam efetuar disparos e gritar por suas vidas.

 

 

 

******

 

— Mais um fracasso. — comenta Manoela, ao lado de seu líder.

— Eu não vejo isso. — diz Henrique. — Ao meu ver é uma purificação necessária, aqueles que se juntarem a nós viverão, aqueles que resistirem, morrerão.

— Mas não seria melhor termos muitos aliados?

— Seria, e não seria. Muita gente chama atenção, e entre muitos é difícil separar um material de qualidade. Além disso, podem existir traidores.  — diz Henrique, contemplando sua cidade. Vasta, viva e movimentada.

— Por hora, o primordial é ratificar o clã, depois eliminar Salazar, e seus amiguinhos. Enquanto procuro por aquela vadia traidora...

— O que ela fez a você? — questiona Manoela, curiosa.

— Me traiu, por culpa dela meus pais e irmãos foram aniquilados. Eu confiei e acreditei nela. E eu eventualmente a transformaria em minha rainha, mas ela preferiu abandonar tudo isso... por seu querido amigo de infância... se ela o tivesse matado como ordenei, nada dessas merdas teriam acontecido.

Ele se vira para ela e complementa:

— É por isso que eu exijo sempre a total inexistência de laços em meus homens, a única família que pode existir é a do clã. Fico bastante surpreso com a rapidez com a qual matou seu amigo...

— Eu não quero morrer, tão pouco envelhecer, você me deu essa oportunidade, e não vou jogá-la fora como ela. Se pessoas tiverem que morrer para que eu viva, que assim seja... posso viver plenamente com isso. — replica Manoela. — Afinal, entre tanto sangue derramado por motivos fúteis, por que eu não poderia tragá-lo? Moral? Ética? Na sobrevivência... nada disso importa.

— Homens matam galinhas, porcos e gado diariamente para suprir sua fome. — fala Henrique — No final das contas, o valor de vida é relativo, se você matar uma aranha, você é o herói, se pisar numa borboleta, você é um monstro. Fico feliz que também compreenda isso.  

Ele sorri e ela também, enfim Henrique tinha encontrado alguém igual a ele. Ou melhor, alguém que mataria por ele. A dupla salta do terraço e se reune ao resto do grupo, mais pessoas seriam visitadas naquela noite. Algumas se juntariam, e outras morreriam.

 

 

 

Chácara de Asami

 

— Você precisa fazer essa espada ser parte de você, Renata, sua extensão, tão viva quanto. Precisa senti-la — explica a mestra para aprendiz. A sensei está debaixo de uma árvore, enquanto a discípula está debaixo de uma queda d’água, a atacando com a Bokken.

— Olha, sensei, no momento, eu sinto é frio. — responde ela, enquanto golpeava a água mais uma vez com a espada de madeira. 

— Esse é um teste de concentração, minha cara. Você precisa disso para ser precisa, eficiente e se necessário letal.

— Mas eu já não treinei com a Shinai? — indaga a vampira.

— Treinou, mas aquilo era um ambiente tranquilo, aqui você precisa aguçar cada sentido seu, visão, olfato, audição e tato. Somente com a união desses quatro, você será eficiente em um ambiente conturbado, como por exemplo uma tempestade, vento forte, chuva...

A idosa continua eloquente:

— Não sabemos quando uma luta pode chegar ou bater em nossa porta. Por isso seus sentidos devem ser tão aguçados. Você é uma amaldiçoada, sua sensibilidade é muito maior que a de um ser humano comum. Faça uso disso.

Certo, unir meus sentidos... preciso ficar calma, silenciar minhas preocupações, afastar meus sentimentos. O que importa é o agora, sou eu, essa espada e meu objetivo. Pensa a vampira, primeiramente aguçando sua visão, ela vê as gotículas de água caindo lentamente a frente de si, ou mesmo em si, pequenas e delicadas.

Aspira o ar, conseguindo sentir sua umidade refrescante e graciosa. Consegue ouvir o som da água atingindo o solo, o canto dos pássaros, e até mesmo os batimentos cardíacos e respiração de sua sensei, mesmo em meio ao barulho. Sente as gotículas frias, tocarem suas roupas as vezes de leve e ás vezes com mais impacto e quantidade, e por fim incorpora tudo isso em seu objeto, a Bokken. Ela se prepara, e golpeia a água que caia, a cortando, de forma delineada, e a vê ela se restituir novamente em sua torrente.

— Repita esse golpe por mais sessenta vezes. — diz Asami, séria e fria, embora em seu coração houvesse alegria — E depois, venha para casa.

Por trás da cachoeira Renata, sorri. Podia sentir o orgulho nos batimentos de sua mestra.  Tinha sido uma semana complicada, Renata, tinha se deparado com muitos desafios pelo caminho, mas a boa orientação de sua professora, e sua dedicação, conseguiam dribla-los. Embora no fundo, tanto a sensei, quanto a aluna soubessem que ás habilidades de Renata, com o manuseio da espada, estavam longe de ser incríveis.  

Renata, retorna, para casa uma hora depois, toda ensopada. Após se trocar, foi até a sala e se senta ao lado de Asami. Esta, por sua vez, assistia as notícias regionais. O que ambas viam... era doentio.

— Mais de cinquenta mortes? Numa noite? — indaga Renata, trêmula.

— Nosso inimigo está ficando mais forte. — diz Asami. — É uma situação bem perigosa, você não tem algum conhecido que possa nos ajudar? Qualquer ajuda é bem-vinda.

— Bem...eu acho que sim...

— Há quem se refere? — indaga a sensei.

— Rodrigo Ferreira, nós estudamos juntos. Na verdade, somos amigos, ele lutou contra os vampiros e aparentemente é igual ao Tales.

— Igual como? — pergunta Asami.

— Ele é um supersoldado, pelo menos é o que suspeito já que ele demonstrou uma força tão grande quanto o Soldado, na festa. — Foi a resposta de Renata.

— Então você está se lembrando de tudo? — questiona Asami.

— Antes eram apenas fragmentos desconexos, mas desde o primeiro dia que eu venho treinando com a senhora, cada vez mais memórias surgem, mais contíguas.

— Você sabe onde ele mora?

— Itaberá, São Paulo, ele é meio rico, tem esposa e eu acho que ele já é pai. — responde a amaldiçoada.

— Ele também será um alvo de Henrique. — diz Asami, logo depois indagando — Você confia nele?

— Mais ou menos, ainda estou descobrindo.

— Acho que no momento, o certo é buscar a ajuda dele. — diz Asami — Somente você e o grupo de Salazar, não serão suficientes para controlar a situação. Se ele lutou contra Henrique, certamente este vai querer vingança. Fora que ele pode te dar respostas para suas perguntas.

A mestra fica pensativa por um momento, mas retoma a fala em tom dedutivo:

— Vou falar com Salazar, para ver se consigo mais alguma ajuda. Pelo que Salazar, tem me contado... tenho uma pessoa em mente.

— Essa pessoa é amiga ou inimigo?

 — Nenhuma das duas, mas nenhum vampiro matou tantos dos seus quantos ela.

Asami, instruiu a aprendiz:

— Por hora, pegue meu carro, chamarei a Roberta, ela tem carta de motorista... ao contrário de você.

 

 

 

*******

 

— Asami... você só pode estar louca. Ela vai me comer vivo e depois usar meu couro como tapete.

— Ora, Salazar, não me diga que está com medo? — indaga a idosa rindo.

— Ela é Satanás na terra, é a Drácula imortal... Por que acha que ela me ajudaria?

Asami replica:

— Se ela é Drácula, certamente deve se preocupar com a ordem de sua espécie, o que acha que vai acontecer se Henrique, vencer?

Salazar, fica pensativo, logo depois dá a sua resposta:

— Ele vai edificar o clã inicialmente, quando estiver bem sustentado vai eliminar seus inimigos, enquanto vai infiltrando seus homens nas áreas de influência da cidade. Logo depois, vai se espalhar pela região, conseguindo cada vez mais poder e influência...até...

Um arrepio percorre o velho vampiro.

— Diga logo.

— Ele não vai parar, sempre foi muito ambicioso. A ameaça que ele representa não é totalmente imediata, ele vai usar o tempo como seu aliado...  Vai derrubar os outros clãs... até mesmo os mais pacifistas, tomar esse estado, e depois o país.

Asami, parece surpresa:

— É bem megalomaníaco. Acho que existem empecilhos, mas como ele tem o tempo como aliado, não é uma loucura total, ele pode esperar décadas, quem sabe séculos. Você sabe onde pode encontrar a Drácula?

— Normalmente não, mas os outros clãs têm uma ideia, talvez New Orleans, conseguimos essas informações de alguns integrantes do grupo do Dorian. — Esse nome foi dito com desprezo.

— Não gostava do Dorian?  — questiona Asami.

O vampiro responde:

— Não, para mim ele era um encosto, tudo que ele teve foi por ter se aproveitado das pessoas certas. Ele realmente não lutou pelo que conseguiu. E agora queima no inferno, que é o lugar dele.

— Pode me emprestar um pouco de dinheiro? — indaga ele sem jeito. — Estou falindo completamente, pode deixar que eu vou te ressarcir...

Asami, não permite que ele continuasse:

— Seu velho idiota, não precisa ficar se justificando, eu confio em você, e sei que vai cumprir sua palavra.

— Bem, eu vou arrumar minhas malas, ver se consigo encontrá-la e rezar para não ser morto, ou ignorado. Espero que a Renata, tenha sorte com esse supersoldado.

 

 

 

*******

 

 — Você não está brava comigo está? — indaga Roberta chateada, enquanto manobrava o Uno 2008 de Asami.

— Você fez o que tinha de fazer, Roberta. Ficar ali seria suicídio.

— Eu não entendo, como foi que escapou? — questiona a loira.

— Com minhas pernas e, um bocado de sorte.

— Você está diferente, mais animada. Bem diferente da garota retraída que dividia o apartamento comigo. — comenta Roberta.

— Ás pessoas mudam. Exceto você, continua a mesma quadrada de sempre. — provoca Renata.

— Vejam só, parece que você ficou retardada... — comenta a loira, mas é interrompida por Renata:

— Nem tanto quanto você, tenha certeza disso.

— Me desculpe, eu não fui uma boa amiga. — diz Roberta. — Eu menti para você. Enganei e te abandonei, eu não mereço ser sua amiga.

— Não merece, isso é verdade. — responde Renata. — E como punição vai ter que lavar banheiro, minhas roupas e fazer a comida todos os dias por 1 ano. Vai ter que aguentar minhas neuroses, minhas crises existenciais e me carregar das festas.

— Mas isso é exploração!

— Claro que é, mas você vai concordar. — graceja Renata.

— Eu odeio você.

 

 

 

******

 

O uno para em frente a um imenso portão branco. Entre às grades se podia ver uma imensa relva verdejante, em um terreno plano e logo depois uma mansão, cercada por palmeiras. A mansão em si tinha três andares, era branca com janelas grandes de vidro.

— Seu amigo é dono dessa mansão? — questiona Roberta.

— É.

— Está solteiro? — A loira perguntou em tom de brincadeira.

— Casado, e suspeito que com filho. Fora que a mulher dele, é brava, ela comeria nós duas vivas. — responde Renata. Logo depois dizendo:

— Espere no carro, ele não confia em qualquer um, muito menos em vampiros. É arriscado até para mim.

Renata, sai do carro temerosa, olha por entre as grades do portão.

Esse lugar... me é familiar. Pensa Renata, mais serena, uma brisa leve misturada com o calor do sol, percorre seu corpo, fazendo seus cabelos castanhos balançarem, ela olha para a varanda da casa, onde haviam quatro mesas dispostas e ali, ela viu dois rapazes conversando, mas quando piscou, eles já não estavam mais ali. Essa minha cachola, não está muito boa... Reflete ela, pousando a mão esquerda sobre a testa.

Logo depois, toca a companhia, mas uma mão aperta seu ombro de forma vigorosa. A princípio ela leva um susto, mas resolve se acalmar e se vira lentamente e contemplando seu amigo de infância.  Rodrigo, estava diante dela, parecia abatido, sua respiração estava lenta, e seus olhos vagarosos.  Ele a abraça fortemente, sem nada dizer. Parecia desesperado. E só mais tarde, ela foi entender o motivo.

 

 

******

 

— Desculpe, se a assustei Renata. — comenta Rodrigo, sentado à frente dela, na cadeira da área de fora da casa. — Eu estive à sua procura até pouco tempo atrás, estou muito aliviado que esteja bem.

Ele se inclina para atrás, tentando relaxar, ele era alto e alvo. Seus olhos castanhos analisavam a vampira a todo o instante, como se procurassem por algo. Ele remexe seus cabelos negros, tentando ficar decente, afinal parecia quase um mendigo, suas roupas estavam sujas. Ela replica:

— Eu é que peço desculpas. É que não me lembrava de quem eu era, ainda não lembro totalmente, mas tenho uma ideia de quem eu sou.  

Rodrigo, concorda cabisbaixo:

— Entendo, sei como é perder a identidade, parece tudo tão cinzento, sem vida. Mas quando você descobre tudo, parece que deu um mergulho... 

Ele continua só que mais melancólico:

— O pior é que ficamos divididos entre quem fomos, e quem somos, é como se fôssemos estranhos para nossa própria vida.

— Sim, é exatamente como me sinto.

— Creio que precise da minha ajuda. — graceja ele, logo depois sorrindo, desejava mudar essa atmosfera deprimente, além disso, ela estava inquieta, e isso não era natural.

— Por que pensa isso?

— Não sei, talvez sejam seus olhos oscilantes, o modo como me olha, ou talvez a voz carregando certa inquietação. — fala ele em um tom dedutivo e divertido.

— Parece que você continua afiado. — responde ela, sorrindo.

— É o meu charme. Posso ver que você está diferente, mais bonita na verdade, não que você fosse feia ou algo assim, é o efeito do vampirismo?

Ela confirma levemente chateada.

— Não se preocupe com isso. Não vou julgá-la, eu sei que você não teve escolha, nós também não tivemos.

— Por onde você esteve? — indaga a vampira.

— Rio de Janeiro, eu estava procurando por ele. — O rapaz olha para o chão, sua alegria tinha sumido. — Nada, nenhuma pista... é normal já que ele é o Soldado Fantasma, mas há algo errado, eu me sinto mal... sinto frio.

— A culpa não é sua, ele fez ás escolhas dele... você não deve nada a ele. — fala Renata, tentando reconfortar seu amigo.

— Mesmo que você estivesse certa, eu preciso tentar ajudá-lo, ele é meu amigo, não! Meu irmão, e eu o abandonei, quando deveria ter ido junto, para enfrentar a ameaça terro...

— Mas você estava me procurando, e ainda tinha o Henrique, que poderia causar problemas — interrompe ela, no final das contas a situação em que o trio estava era a verdadeira causa de tantos problemas. Agora, ambos entendiam.

— Eu preciso de sua ajuda para pôr um fim nesses problemas. — diz ela. — Henrique, voltou, e está fazendo um exército. Eu tenho um grupo de aliados, mas os inimigos são muitos, precisamos de mais ajuda.

Ela continuou firme:

— Eu sei que eu estou pedindo muito, você pode morrer nisso, mas pessoas vão morrer se não fizermos...

— Renata, não precisa falar mais nada. Quer me meter numa briga contra um exército de vampiros? — questiona ele não esboçando muita animação, mas logo depois exibindo um sorriso com suas últimas palavras. — Isso é absurdo, é suicídio, e eu estou dentro.

— É o que? — indaga, percebendo que foi trolada por seu amigo.

Ele por sua vez continua:

— Se eu aprendi algo com aquele retardado, é que eu não abandono meus amigos. E também estou cansado de só observar.

A sociopatia daquele infeliz é realmente contagiante. Pensa Rodrigo, logo depois pedindo:

— Vamos me conte tudo. E eu quero saber detalhes sobre esse exército.

 

 

******

 

Mesmo que eles consigam ajuda, e mesmo que Renata ganhe mais uma semana. Eu me pergunto se isso é certo, se não existe outro caminho. Pensa Asami, enquanto caminha pela casa, com uma xícara de chá em ambas as mãos. Ela continua a refletir:

Essa espada, é perigosa. Não só por seu grande poder exterior, mas seu poder interior também. Sua capacidade de tentar corromper o indivíduo não pode ser medida. Se eu pudesse pegar a espada de volta depois desse conflito... tudo seria perfeito, mas essa espada só pode ter um dono, apenas um mestre. Mais que isso corromperia o selo.

A idosa pousa a xícara sobre a mesa com suavidade, se dirige ao seu quarto. O quarto de Asami, era simples, visto que ali era apenas um local de descanso, era composto por: uma cama de casal perto da janela, um suntuoso guarda roupa, uma penteadeira e uma pequena estante com alguns livros.

O mais impressionante era a catana embainhada sob a cama de Asami, guardada sobre um pequeno suporte, que por sua vez ficava em um espaço retangular dentro da parede da casa.

Asami, olho para a espada e ri por dentro, aquilo era apenas uma catana comum, enganaria ladrões e talvez até mesmo pessoas interessadas na verdadeira Catana-Kitsune.

Ela se dirige até sua estante e livros, a move sem dificuldades, a arrastando para o lado. Liberando o piso. Ela pisa duas vezes ali com a perna direita, com cautela, se agacha e remove o mesmo. Deixando a amostra um buraco escuro, ela enfia o braço ali e tira de um saco branco, se levanta, remove a espada embainhada do saco e o joga no chão.

Ela fita a arma maldita por um momento, os questionamentos que ela fez durante toda a sua vida voltavam mais uma vez a sua mente: Por que tanto sangue foi derramado para proteger essa espada? Tantos sacrifícios, dor e morte. Por que meu clã teve que pagar esse preço? O que nós ganhamos em troca?

Ela desembainha a espada até a metade, e fita seu metal gélido, Asami, podia ver seus olhos castanhos ali refletidos, mas isso mudou. O reflexo da lâmina exibia um vermelho-vivo e outro azul-marinho, ambos quase irradiados e com uma íris levemente bestial. Ela fecha a espada no mesmo instante.

Pai, o que eu faço? Questiona Asami, mentalmente, sem resposta.


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