Luisa Parkinson: A Companheira Fantástica escrita por Gizelle PG


Capítulo 127
Os Quatro Reis Narnianos


Notas iniciais do capítulo

Oláá pessoas!

Ansiosos pelo que vem a seguir? Eu também estou! Vamos lá? Bem vindos a mais um capítulo empolgante!



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Seguiram pelo caminho que Bilbo havia proposto. A trilha se desenrolava por dentro da floresta de pinheiros, até um lago congelado. Lá, o Hobbit parou e fez sinal para eles se aproximarem.

—É aqui. O Lago das Sereias.

Todos pararam de chofre.

—Sereias?

—Sim. São três protetoras do portal. As Três Sereias. –Bilbo explicou. -Precisamos chamá-las para conseguir ativar o portal para o Castelo.

—E como fazemos isso? –perguntou Rony.

Bilbo se ajoelhou na neve.

—Bem... O feitiço delas funciona com a Luz do luar. Portanto, se a gente afastar a neve acumulada de cima do lago congelado, e depois quebrar a camada de água congelada, assim... –ele o fez com uma pedra. A água se agitou novamente naquele ponto do lago, mostrando movimento. –Ui! Que frio... Enfim, agora esperamos até os raios do luar penetrarem na água corrente, e assim, conseguiremos chamá-las.

Todos esperaram por um momento. O céu estava bastante fechado. Quase não havia chance da Lua aparecer. Umbridge se voltou pra ele, impaciente.

—O que pensa que está fazendo!? –pegou-o pelo colarinho. –O que pensa que somos, idiotas? Não vai nos enganar... TRATE DE TRAZER AS SEREIAS IMEDIATA...

—PARE! –Hermione deu um passo à frente. –Não precisa torturá-lo, Umbridge! Tem uma forma melhor de resolver as coisas –e apontou a varinha para o céu. Murmurou um feitiço, quase inaudívelmente. Houve um relâmpago, então as nuvens se abriram, e a Lua apareceu.

—Ah... Muito bem senhorita Granger! –aprovou Umbridge. Hermione não gostou; jamais ficaria feliz em ajudar aquela mulher, contudo, estava salvando a vida de Bilbo, e isso sim tinha valor.

O lago sossegou de repente, tornando-se um espelho d’água. O reflexo da Lua refletiu na superfície líquida, e seus raios lhe banharam. Etapa concluída, Umbridge atirou Bilbo na neve fofa. Luisa foi ajudá-lo a se levantar.

—Bilbo, você está bem?

—Ai... Eu não sou pago pra isso... Não sou... –gemeu.

—Vem, eu vou te ajudar...

—E agora? –perguntou Harry.

—Acho... que a gente espera –Rony deu de ombros.

—Shhh –Hermione pediu. –Olhem só!

Seus rostos começaram a se iluminar. Todo o percurso do lago ganhou uma iluminação perolada... que se expandiu, revelando três silhuetas belíssimas –e femininas. Atrás de si, o portal se abrira.

—Olá –saldou uma das sereias, loira, de voz melodiosa. –Eu sou Nanda, a protetora do Fogo.

—Eu sou Drica, a protetora do Gelo. –falou a outra, sorridente, e ainda mais loira.

—E eu sou Cléo, a protetora do Ar. –disse a última. Esta era morena, de pele e cabelo.

—Bem vindas, ao Lago das Sereias.

—O Portal mais camarada, para te auxiliar em dias apressados...

—Onde as damas e cavalheiros gostariam de ir hoje?

O Hobbit tomou a palavra.

—O Castelo dos Quatro Reis Narnianos. Lar da Princesa do Gelo, e também, de Aslan.

As Sereias consultaram umas às outras. Elas eram umas verdadeiras beldades. Sim, tinham um efeito um pouco mais exagerado nos homens... Mas mesmo assim, não eram perigosas.

Entrementes, Luisa sussurrou para Bilbo:

—Esse Portal das Sereias... É tipo uma “agência de viagem” de Nárnia?

—É... Acho que pode chamar assim se quiser. Mas, depende de qual caminho você escolher... As passagens são só de ida –ele fez um gesto, como se cortasse a própria garganta.

—Perfeito! –sorriram as três, voltando a se dirigir a eles. –Mas primeiro, precisamos avisar que não permitimos travessias feitas de sapato. O portal de água e gelo é muito delicado.

—É...  E precisamos de mais uma coisinha antes.

—Hum... Lá vai! –resmungou Hermione.

—Esses aqui são colares de Arfenéa. São dados somente aos viajantes que usam o portal. Se vocês não os removerem assim que chegarem em seu destino, eles os consumirão.

Houve um clima pesado entre os presentes.

—Pera aí! Consumir tipo... “consumir”? –Rony pareceu perplexo.

—É o trato –disse Cléo, lançando-lhe um beijo.

—Ai caramba Harry...

—Que foi Rony? –ambos sentiam uma leve atração por elas, que já era o bastante para deixá-los com cara de idiotas, ao contemplá-las.

—Acho que to apaixonado... –disse, bestamente. Hermione então pegou água do lago e atirou em sua cara. –AAAH!!! Hermione!

—Fique acordado, “BELA ADORMECIDA”! –provocou ela, disfarçando o ciúme.

—Está bem! Já chega de tudo isso! –Umbridge caminhou impaciente até as sereias e tomou um dos colares para si. Sua expressão severa mudou de imediato... para algo parecido com contentação, desejo, ambição. Tudo por causa da pedra preciosa, que também era mágica e exercia um certo poder sobre as pessoas que a usavam.

—Lembrem-se –cantarolou Nanda. –A pedra tem vida própria. Se não vencerem a atração leve que sentirão por ela, ao colocá-la no pescoço, então ela os vencerá. E uma vez entregue à pedra... nunca mais liberto será. –ela disse, balançando outro colar com o mesmo tipo de pingente.

—Viagenzinha cara essa, né? Pra quem não ia nos cobrar nada... até que ta custando bastante!  -comentou Rony. Drica voltou-se para ele, sorrindo.

—Não vai lhes custar nada.

—É. Só as nossas vidas—completou Hermione, sorrindo forçado. –Ótimo plano, Bilbo –ironizou, sem tirar o sorriso do rosto.

—Ah, obrigado. –ele assentiu, sem perceber que ela não estava de fato elogiando.

As sereias estenderam as mãos, na intenção de colocar os colares neles.

—Espera! Como saberemos se é seguro confiar nas Sereias? –indagou Hermione, recuando.

As três sereias inclinaram a cabeça para Luisa.

—A garota poderá lhes dar a garantia. Ela é filha das águas.

Todos encararam Luisa, intrigados. Harry cutucou seu braço.

—Luisa, o que elas querem dizer com “filha das águas”?

Luisa pôs uma mecha atrás da orelha. Olhou para os amigos. 

—Eu sou filha de uma bruxa... com um deus grego. Eu sou filha de Poseidon.

Todos se espantaram.

—Uau! Quer dizer... Uau. –Rony arfou. –Isso é serio mesmo?

—É. –sorriu Luisa. –Também não sou filha de uma bruxa comum: minha mãe é uma Visualizadora. Pois é... Digamos que sou especial. Um caso raro. –atou as mãos. –Ser filha de uma Visualizadora, me possibilita conseguir enxergar a verdade com mais facilidade e profundidade, enquanto que ser filha do deus dos mares, me garante poderes ligados à água; As sereias tem razão... Eu posso dizer se falam a verdade ou se estão a nos enganar –Luisa se concentrou, então inesperadamente seus olhos ficaram azuis, da cor do oceano, e ela sentiu as verdadeiras e mais profundas intenções das sereias. Encarou os amigos depois e revelou: –Elas dizem a verdade.

—Quer dizer que... se a gente fizer o que elas estão dizendo... Vamos mesmo chegar a onde queremos?

—Isso.

—Okay... Parece que é pegar ou largar –Harry apanhou um dos colares. Os outros fizeram o mesmo. Colocaram-nos. Sentiram uma contentação imediata, como se as pedras os completassem. Como se elas fossem sua alma gêmea, ou o pedacinho de alegria que faltava na sua vida. Por X motivos diferentes, todos ficaram encantados com elas. Até que as Sereias decidiram que a viagem ia começar, e anunciaram... numa voz bastante anuviada para escutar direito... Ou será que eram eles que estavam inteiramente absortos pelos encantos da pedra? Enfim, mesmo assim ainda deu pra ouvir:

Fortaleza dos Quatro Grandes Reis Narnianos. Lar de Elsa a Princesa do Gelo, e Aslan, nosso mestre protetor e senhor—as três abriram os braços, de modo que o portal envolveu os bruxos e o Hobbit. –Façam uma boa viagem!—lançaram-lhes sorrisos doces e acenaram, enquanto eles embarcavam meio inconscientemente.

E não se esqueçam de tirar os colares quando chegarem lá!—lembrou Drica, acenando ansiosamente. –Até mais!

 

*     *      *

Na sala dos quatro tronos, quatro crianças se sentavam com seus mantos e vestidos, observando a neve cair ao longe, na entrada do castelo. Aslan recomendara para deixar as portas sempre abertas, de modo a se mostrarem abertos para o povo de Nárnia e receptivos a novos ensinamentos, assim como problemas.

—Dias de nevasca são um saco –resmungou Edmundo, o segundo mais novo.

—Nem me fale! –concordou a pequena Lúcia. Ela era a caçula dos quatro irmãos.

Como num passe de mágica, o Portal das Sereias abriu uma conexão no castelo, e mostrou sua outra extremidade. Na mesma hora, O rei Pedro, e Susana, os mais velhos, ergueram-se dos tronos; ele empunhando sua magnífica espada, ela posicionando seu arco e flecha.

—Quem você acha que vem aí? –perguntou Susana.

—Eu não sei. Por isso nos armamos –esclareceu Pedro, começando a se aproximar do Portal com sua espada erguida.

—ESPEREM! PAREM! –Uma mulher de vestido azul e cabelo branco –jovem, apesar da descrição –surgiu, empurrando duas grandes portas de madeira, e correu para impedi-los. –Não avancem majestades! Eu recebi uma atualização do portal, recentemente. Ele trará visitantes! Pessoas leais e de confiança!

Pedro baixou a arma. Susana fez o mesmo.

—Visitantes, como o seu amigo bruxo?

—Exato.

—Muito bem. –Pedro voltou a se sentar em seu trono. Susana fez o mesmo. –Eles logo devem chegar...

—Elsa... Será que pode cuidar disso pra nós? Você é a melhor aqui para manusear gelo –disse Edmundo.

Elsa, a Princesa do Gelo, sorriu, arregaçando as mangas.

—Deixem comigo! –e começou a disparar gelo para alimentar o portal. O portal de gelo ganhou luminosidade de repente, de modo que seis pessoas despencaram dele e aterrissaram no chão de pedra do Castelo.

No mesmo instante, os reis se levantaram; Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia correram para acudir os recém chegados. Elsa manteve o portal aberto.

—Vocês estão bem?

—Rápido! Tirem os colares dos pescoços deles e entreguem a mim! –ela instruiu. Fizeram isso com todos, apesar de alguns terem dado certo trabalho para se desapegarem... como Umbridge, por exemplo. Mas no fim, todos os colares foram entregues para Elsa, e ela os arremessou de volta no portal, de modo a fechá-lo.

Sentado, Harry encostou as costas na parede, recuperando o fôlego. Um par de botas parou ao lado dele, e seu dono escorregou com as costas na parede, até parar no chão ao seu lado. Era Pedro.

—E aí? Tudo bem com vocês?

—Ah... Claro... Sim. Tudo ótimo. –Harry tentou sorrir.

—Maravilha –sorriu o rei. –Quer ajuda pra levantar?

—Eu agradeceria.

—Olá, me chamo Lúcia –disse uma menininha simpática, para Luisa e Hermione.

—Oh... Olá! Meu nome também começa com “Lu”, só que é de “Luisa”.

—Oh! Que agradável coincidência! –disse Lúcia. Susana se juntou a elas.

—Olá, eu sou Susana.

—Hermione Granger –Mioni estendeu a mão para cumprimentá-la. –E essa é minha amiga Luisa Parkinson.

—Muito prazer –disseram Susana e Lúcia. –Hã... se não for a hora errada para perguntar... De onde vocês vieram? –quis saber Susana.

—Viemos de Hogwarts. A Escola de Magia e Bruxaria. –explicou Hermione. –Desculpe... mas creio que não irão conhecer.

—Oh, não! Pelo contrário. –disse Susana, se levantando. –Nós nunca estivemos lá, é lógico, mas nós já ouvimos falar.

—É! Muito mesmo! –Lúcia disse, animada, puxando suas mãos, para que se levantassem também. –Vocês querem comer alguma coisa?

Hermione e Luisa trocaram olhares famintos. Não era brincadeira vagar por uma floresta no meio da noite.

—Tudo bem! –responderam em uníssono, ansiosas. Lúcia sorriu e logo um rapaz meio humano e meio bode surgiu animado, trazendo um carrinho repleto de doces de dar água na boca, como manjar branco, e bebidas quentes.

—Senhoritas! –ele fez uma reverência cantarolada. Parecia ser divertido; usava um cachecol vermelho e trazia consigo uma flauta de madeira, para produzir música a qualquer hora do dia. Todas gostaram dele. Lúcia riu e o apresentou:

—Esse é o senhor Tumnus! Meu melhor amigo aqui em Nárnia, além dos castores e do Aslan também... –começou a tagarelar, enquanto as garotas se deliciavam com os doces. Até Susana entrou nessa.

Não muito longe dali, Pedro conversava com Rony, Harry e Bilbo, explicando coisas sobre o reino. Edmundo foi ver se Dolores Umbridge estava melhor.

—Senhora? A senhora está bem?

—É O QUE? –Umbridge respondeu com a voz meio esganiçada. Ficara mais tempo com a pedra no pescoço do que os demais, por isso o efeito chegou num nível um pouco mais intenso, no caso dela.

—Acha que já consegue se levantar?

—O que? – finalmente as coisas tomaram foco e ela se viu rodiada por um garoto, que logo julgou ser irritante. –SAI DA MINHA FRENTE MOLEQUE!

Ela empurrou Edmundo. Pedro parou o que estava fazendo. Susana e Lúcia fizeram o mesmo. Todos na sala dos tronos olharam para ela. “A hora da recreação terminara”.

Dolores parecia bem orgulhosa de seus modos. Olhou para cada um deles como se ELA fosse a rainha na sala.

—Olá, queridos... Eu gostaria de lhes chamar a atenção para o ponto principal de nossa rápida vinda à esse fim de mun... digo, a esse adorável Castelo.

Todos a olharam meio torto depois disso. Seu modo de falar, o jeito de se portar e até mesmo a forma de andar, tornavam-na uma criatura... indesejável; Ao fundo, Elsa ajudou Edmundo a se levantar. O menino olhou feio para Umbridge.

—Sim –Pedro assentiu, como pedia o papel de anfitrião. –O que quiser perguntar, pode recorrer a mim, primeiramente.

Ela sorriu, cheia de deleite.

—Certo –e passou direto por ele, sem prestar nenhum tipo de respeito a sua pessoa. Como se Pedro não passasse de um desconhecido com quem ela topasse na rua. Depois disso, todos dividiram os olhares entre Umbridge e Pedro. Dolores sentiu-se à vontade o bastante para prosseguir: –Eu trabalho para o Ministério da Magia. Imagino que vocês, como governantes dessa gigantesca Terra Mágica, já tenham ouvido falar de nós.

—Sim, de fato ouvimos histórias. –concordou Pedro.

—E, essas histórias... Teriam sido, por acaso, contadas por um certo bruxo... de vestes cinzentas e barba comprida? Um tipo curioso... Que usa óclinhos de meia lua... E se chama Dumbledore?

Houve um clima de tensão no ar. Por sorte, Harry, Rony e Bilbo já haviam instruído Pedro sobre não revelar o paradeiro de Dumbledore –ainda quando Umbridge estivera “fora de área”. Desta forma, ele apenas disse, sossegado:

—É uma espécie de mago? Tem vestes compridas e barba igualmente longa? Tem óculos delicados e vive fazendo mágicas?

—SIM! É ELE MESMO!

Pedro deu de ombros.

—Que pena. Eu nunca vi um desses pessoalmente.

Harry e Rony seguraram o riso. Umbridge encarou Pedro com ira. Estava quase espumando...

—JÁ CHEGA DESSA BRINCADEIRA! AGORA, DIGA AQUI MOLEQUE! ONDE. ESTÁ. DUMBLEDORE? EU TENHO UM MANDADO DE PRISÃO IMEDIATA PARA ELE... DIGA-ME! ONDE. ELE. ESTÁ!!!

Pedro não gostou nem um pouco do tom de voz descontrolado que ela usou com ele.

Está tentando me dar ordens no MEU castelo?—ele deu alguns passos em sua direção. A lança novamente em punho.

Umbridge engoliu em seco.

—Não. Não. Não. Impressão sua pirralh... digo, MEU REI!

Pedro encarou-a bem nos olhos, com desprezo, então deu um comando.

—Guardas! Prendam essa mulher! –e saiu do caminho. Logo em seguida, entraram pelas portas, um Centauro e um Minotauro. Ambos encararam Umbridge e ela arregalou os olhos, começando a gritar e fugir.

—NÃO, POR FAVOR! VOCÊ NÃO SABE COM QUEM ESTÁ SE METENDO!!!

Pedro parou sua caminhada até o trono, virou a cabeça para ela.

—Engraçado... Acho que é você quem não sabe com quem está lidando... –disse, então sentou-se e observou Umbridge ser detida pelos guardas. Ninguém pareceu se importar com os berros dela. Logo estavam todos conversando de novo.

—Bem feito pra ela! –Edmundo fez um cumprimento com Elsa.

—Salvamos Dumbledore! –festejou Rony, dando tapinhas comemorativos nos ombros de Luisa.

—É... Mesmo que não o tenhamos encontrado, pelo menos ele está definitivamente livre da Umbridge –concordou Hermione, comendo uma frutinha vermelha.

—Pois é! Sua idéia de nos trazer para o Guarda Roupa foi genial Luisa! Parabéns! –parabenizou Harry.

—Obrigada, mas tudo isso só foi possível graças ao meu fiel “escudeiro” das terras de Nárnia, sr. Bilbo Bolseiro! –ela o abraçou pelos ombros. O Hobbit corou de leve.

—Ah... Que é isso gente? Não precisa de tudo isso não... Eu só procurei ser útil. E só de não morrer nas mãos daquela mulher horrorosa, já contribui bastante, imagino.

Todos agradeceram ao rei Pedro, também aos seus irmãos e à princesa do Gelo pela hospitalidade. Então formaram um montinho próximo à irresistível mesa de doces e começaram a saborear de tudo um pouco. Estavam tão concentrados nas delícias que nem perceberam alguém se aproximar.

—Não vão deixar nem um pouco pra mim? –perguntou uma voz conhecida. Todos se viraram, e depararam-se com ninguém menos que Alvo Dumbledore, sorrindo para eles.

—PROFESSOR DUMBLEDORE! –os bruxinhos correram para abraçá-lo.

—Professor Dumbledore! O senhor está bem?

—Oh, sim, sim. Esse velho bobo aqui ainda tem seus truques... –ele brincou.

—Pensamos aonde o senhor poderia ter ido... Então a Luisa teve a brilhante idéia de nos trazer pra cá!

Dumbledore fitou Luisa. A menina sentiu o rosto esquentar. Até então, não fazia idéia se ele aprovaria ou não sua investida. Desde o principio, só sentira que fora a coisa certa a fazer, e com esse pensamento, seguiu até o fim. Entretanto, Dumbledore inesperadamente pôs a mão em seu ombro e sorriu, acabando com todo o seu receio de uma vez por todas:

—E ela foi mesmo muito inteligente em pensar nisso tudo –aprovou, fazendo-a sorrir largo também. –Realmente... Muito inteligente.

—Obrigada professor...

Mas no momento seguinte, uma sequência de acontecimentos ocorreram na velocidade da luz, deixando tudo muito mais difícil de assimilar. Primeiro um estrondo de armaduras desmoronando, depois um grito irritado, então todos se viraram e depararam-se com uma Umbridge (que se soltara dos guardas) correndo feito uma maluca. Os cabelos parecendo um ninho de urubu, as roupas rasgadas em algumas partes. Ainda por cima, gritando feito uma selvagem, com a varinha em mãos, avançando ferozmente na direção de Dumbledore e os demais bruxinhos –como já fora dito antes: muita coisa para se assimilar de uma vez; Os adolescentes mal haviam se virado, e ela já estava quase em cima deles, com a varinha prestes a lançar um feitiço maligno —uma das maldições imperdoáveis.

Assustados, muitos acabaram atirando-se no chão para se proteger: Susana abaixou-se com Lúcia, para proteger a irmãsinha; Bilbo e sr. Tumnos se esconderam atrás da mesa de doces –de onde podiam apanhar mais alguns, caso a tensão aumentasse; Dumbledore se lançou no chão com os outros estudantes, com a ajuda de sua Fênix, que surgiu às suas costas e os alertou, dando um piado alto.

Então, quando deter uma Umbridge raivosa pareceu impossível... Eis que aconteceu uma coisa.

Inesperadamente, uma seqüência de cristais branco-azulados começaram a envolver o corpo da megera por inteiro, até transformá-lo em uma perfeita estátua de gelo. Dolores Umbridge ainda chegou a disparar com a varinha, mas acabou errando o alvo.

Diante da súbita mudança de cenário, o rei Pedro sentiu-se confuso por um momento, então olhou para onde o irmão estava. Edmundo manteve-se firme, ao lado de Elsa, ainda em posição de ataque. Fora ela que disparara o gelo contra Umbridge. Ela a congelou com um feitiço permanente. 

Sim, a bruxa ainda continuaria viva, mas jamais poderia sair da forma de estátua de gelo.

Finalmente, satisfeitos com a notícia de que não havia mais jeito de Umbridge incomodá-los, eles permitiram-se relaxar um pouco mais agora.

—Obrigado Elsa! Você salvou a todos nós do ataque surpresa—disse Pedro. A Princesa do Gelo corou de leve, diante das palmas e agradecimentos de todos. 

—Oh... Não tem de quê.

—E ao Fawkes também –lembrou Harry, acariciando o bico da Fênix de Dumbledore. –Ele que nos deu o Alerta Máximo de perigo.

—Ah! Isso me lembra uma coisa –Luisa tirou Fênix, sua coruja, de dentro da Bolsa Que Tudo Tem. Todos a fitaram com espanto. –Vou enviar Fênix de volta à Hogwarts, para avisar a Armada que estamos bem. Luna poderá recebê-la. –e fez um movimento com o braço, ajudando a coruja a criar impulso e voar.

—Ora, parece que Hermione não é a única com uma bolsa que é grande por dentro -Rony riu.

Estavam todos novamente em clima de descontração. Até mesmo a tímida, mas incrivelmente poderosa, Elsa. Tudo estava correndo bem... Tudo... menos Harry.

Harry estava apoiado numa parede do castelo, quando de repente começou a sentir umas coisas estranhas. Quando deu por si... Estava tendo uma visão. Uma daquela que costumava ter em sonhos (como a do Senhor Weasley no Ministério da Magia, com uma cobra, antes do Natal), só que essa não esperara ele ir dormir para acontecer. Estava... estava acontecendo. Agora. Naquele instante... Oh, não! A cicatriz na testa de Harry começara a doer...

Numa fração de segundos, Harry sentiu as pernas cederem e caiu no chão, chamando a atenção dos amigos para si. Os sorrisos imediatamente lhe abandonaram os rostos, e eles correram ao seu encontro para ampará-lo.

—HARRY!

Harry!

—Harryyyyyyyy!

—Harry? –Dumbledore o segurava nos braços, tentando reanimá-lo. Não estava fácil. Harry estava vendo a imagem de seu padrinho Sírios Black. E Voldemort... Ele... Ele estava... OH MEU DEUS!

Harry abriu os olhos de repente, assustadíssimo.

—Harry! O que houve?

Professor! Professor! É o Sírios! Voldemort... Ele está TORTURANDO ele!—falou de uma vez, angustiado.

—Calma Harry! Fique calmo... Pode ser uma visão forjada pelo próprio Voldemort, não descarte essa possibilidade...

—Eu sei professor! Mas... Sírios! E se for real? E se ele estiver prestes a... –Harry não conseguiu terminar. Sírios Black era a única pessoa que ele tinha no mundo, próximo o bastante para considerar um parente. Ele era seu padrinho... Eles iam começar uma vida juntos, morando juntos e tudo mais, como uma família de verdade... Voldemort estava passando dos limites! Não podia brincar com os sentimentos dele desse jeito... Isso era perverso demais!

Todos correram para tentar acalmar Harry. Em meio aquilo tudo, outra novidade... Só que desta vez, para Luisa. Ela sentiu tudo ficar meio esquisito ao seu redor, como se as coisas estivessem oscilando... oscilando num tom dourado. Intrigada, ela ergueu a mão para observar o efeito que causava. Realmente não se parecia com nada que ela já vira antes na vida...

—Luisa?

Ela ergueu a cabeça por um momento. Lembrou de ter visto Bilbo olhar para ela... Então... Um flash de luz dourada muito intenso aconteceu, fazendo cada parte do seu corpo brilhar e se desvanecer em milhares de átomos... 

Para eles –que não tiveram os corpos envoltos por uma bolha oscilante e dourada –foi como uma piscada, e Luisa desapareceu; Para ela, aquilo foi como não existir.


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Notas finais do capítulo

Hey hey! E esse foi o capítulo de hoje!

H2O Meninas Sereias finalmente marcando presença aqui! :D Eu adorava assistir esse seriado junto com uma amiga minha :3 #bonstempos

Nárniaaaaa UHUUUUUL! AÍ VAMOS NÓS! kkk (sempre quis ir pra lá)

Sim, eu sou mesmo a Loka dos Crossovers e amo muito meu trabalho kkk (ai, ai, pena que não conhecia Outlander nessa época... kkkk).

Yep... altos mistérios com a Lulu again. O que será que vem a seguir? Espero te-los deixado curiosos, senhoras e senhores! Domingo nos veremos de novo!

Bjs!!



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