"O pior é que sei que várias amizades que foram muito importantes em minha vida, já nao dão a mínima para mim ou em que pessoa me tornarei pelo simples fato de ter sido sincera com elas sobre minha opinião, uma única vez. Mas para elas foi o fim de algo superficial que - PARA ELAS - nem deveria - ou sem necessidade ter existido.

Olhando para trás, penso que não mudaria nada, simplesmente achei que nossa amizade era mais forte e poderia sobreviver com a minha vontade de ser sincera, me abrir para elas e parar de fingir ser algo que não sou... Amigas(os) para sempre, lembra?"

Foi a seis anos atrás e mesmo assim, quando encontro essas mini cartas que escrevi para "meu eu mais velha, inteligente e poderosa" (só que não, não é mesmo?), vejo que sempre fui fraca quando o assunto e amizade. Não que seja algo ruim, sabe? Mas, acho que sou sentimental de mais. - logo a que todos apelidaram de insensível...

Nunca me entreguei em um namoro como me entreguei a alguém que considero amigo, uma amizade. É especial de um jeito "puro" ou sei lá...

Ontem estava chorando por uma amizade que não existe mais... Hoje encontro essa cartinha que escrevi quando era uma criança revoltada e egocêntrica após passar por uma situação parecida com a de ontem e vejo que NÃO MUDEI mais de 20% do que era. 

Sei que estou errada - mais do que desejo estar certa - de ficar sofrendo por isso, que eu podia estar sofrendo com alguma doença, problemas sérios de família..., que devo pensar no lugar dessas amizades também, que estão tomando as decisões que cabem a sua vida. Que estão mudando seu ciclo de amizades como é esperado socialmente falando...

Só que no fundo eu ainda sou aquela criancinha ciumenta que esconde de todos que é carente e mantém a ilusão de que amigos são pessoas mais confiáveis de se manter do que "relacionamentos sérios" e que causam menos sofrimento quando acabam. Acho que estou apenas me engando e iludindo com essa falsa sensação de segurança emocional.

Mas é claro, nunca contarei isso a ninguém. Espero que você também não conte.