Harry acordara naquela manhã, pela Sra.Weasley avisando para se arrumar para ir a plataforma.
Rony também fora acordado, mas ao contrário de Harry que se levantou sonolento, Rony virou-se para o lado cobrindo até a cabeça e ronco alto voltando a dormir.
– Ron, Ron acorda. - Harry tentou puxando o lençol do garoto que, continuou dormindo como se nada tivesse acontecido.
– Ah mãe. - Resmungo sem abrir os olhos. - Só mais cinco minutinhos.
Harry desistira deixando o amigo ali e pegando uma muda de roupa que havia deixado separado do malão posicionado em cima dele, virou-se saindo do quarto e caminhando até o banheiro.
Mas quando estava prestes a abrir a porta, uma garota de cabelos loiros bem penteados e usando uma calça jeans escura, um casaco preto e cachecol da mesma cor saira dali e os dois ficaram frente a frente, por alguma razão Harry sentiu seu coração acelerar pela a proximidade com ela, ainda nervoso resolveu falar algo.
– Oi Luna. - Harry disse ainda com coração acelerado.
– Oi Harry. O banheiro está vazio. - Falou apontando para a porta aberta.
– OK...eu...vou entrar. - Respondeu abobalhado encarando a garota nos olhos.
– Vou tomar café. - Luna falou saltitando e descendo às escadas e Harry decidiu ir tomar banho.
***
A plataforma 9 e ½ estava lotada de alunos e pais que se despediam, incluindo os Weasley.
– Chegamos quase às onze. - Ralhou sra. Weasley olhando de relance para Rony que soltara um grande bocejo. - Poderiam terem perdido o trem.
– Não vejo o lado ruim nisso. - Rony falou soltando outro bocejo.
– Você só pensa em você com esses sonos ridículos. - Gina retorquiu. - Não quer voltar para hogwarts, mas tem pessoas aqui que quer, pare de ser egoísta.
– Tanto faz. - Rony respondeu fazendo pouco caso.
– Gina tem razão Rony. - Sr. Weasley falou num tom de repreensão. - Todos poderiam ter perdido o trem e acho melhor se apresarem, o trem irar partir.
– Tchau Gina, vou sentir saudades. - Sra. Weasley falou abraçando ela apertado que ganhara um tom avermelhado na bochecha e tentara inutilmente se desvencilhar da mãe.
Quando a matriarca finalmente a soltou, ela saira correndo para dentro da locomotiva, antes que a mãe desse outro abraço. Depois fora a vez de Rony que ficara envergonhado e se afastando dela.
– Para mãe. - Retorquiu tentando fugir do abraço. - A senhora me faz pagar mico.
– Deixe disso Rony, vou sentir sua falta. - Falou conseguindo segurá-lo pelas vestes e dando um abraço esmagador.
– Para mãe, tem gente olhando. - Rony falou encarando um grupo de sonserinos que riam e cochichavam algo olhando para ele, incluindo Draco Malfoy e Blaise Zabini.
Quando o soltou, suas orelhas ficaram vermelhas e também entrou no trem.
– Harry, querido. - Sra. Weasley o abraçou apertado, mas ele apenas sorriu aceitando o carinho de bom grado. - Vou sentir saudades.
– Eu também sra. Weasley. - Respondeu interrompendo o abraço.
Por último, abraçou Luna que ficara feliz recebendo o carinho dela.
– Tchau Luna, querida. - Sra. Weasley falou sorrindo largamente. - Vou sentir saudades e qualquer noticia nova do seu pai, iremos mandar uma curuja.
– Obrigada Sra. Weasley. - Luna falou dando outro abraço nela. - Obrigada por tudo.
– Não há de quê querida. - Falou com seu tom maternal e o apito ecoou no local indicando que o trem já iria partir. - Andem, antes que percam o trem.
Harry e Luna entraram na locomotiva que começou a andar e deram tchau pela janela para a senhora baixinha até não poderem mais vê-la, pois o trem virou a curva.
Mas assim que viraram para começar a andar pelo corredor, Harry percebeu sua visão ser tampada por uma cabeleira espessa e com cachos agora controlados e brilhantes, mas pela coloração castanha deles, Harry sorriu descobrindo quem era e a puxou para mais perto.
– Hermione, que saudades. - Harry falou sem interromper o abraço.
A demora do abraço, fizera Luna ficar numa expressão seria e sentir um sentimento estranho. Talvez desejando que a garota mais inteligente de hogwarts recusasse voltar aquele ano, mas talvez fosse mais coerente Filch dançar balé, que isso acontecer.
– Harry, sentir tantas saudades. Eu queria escrever para você, mas estava viajando com meus pais o verão inteiro e não tive corujas para entregar às correspondências. - Ela falou tudo num folego só e rápido demais e por fim virou-se para Luna. - Oi Luna. - Falou também a abraçando.
– Oi Hermione. - Luna falou forçando um sorriso.
– Tenho tantas coisas para contar. - Falou empolgada.
– Ótimo, vamos procurar Ron. - Harry falou e começou a caminhar, mas percebeu Luna parada, parecendo incomodada com algo. Talvez fosse por Hermione ter entrelaçados os braços deles. - Luna, vem. - Harry a chamou.
Contra gosto ela começou a caminhar na direção deles e não demoraram para encontrar Rony numa cabine e se juntaram à ele.
Após acomodarem seus pertences no bagageiro, se sentaram ficando Hermione e Rony num banco e Harry e Luna num outro.
O silêncio predominou por alguns instantes, e Luna resolveu ficar observando a paisagem que passava pela Londres trouxa.
– Não é fantástico voltarmos a hogwarts? Eu quase pirei quando recebi a carta. Vamos poder completar o ano que perdemos e termos uma formatura e a biblioteca, eu mal posso esperar para ler os livros e...Ah é tão emocionante. - Hermione falou empolgada e com sorriso gigante no rosto. - Vocês não acham? - Perguntou percebendo o silêncio dos três.
– Bem, pirada você está sempre. - Rony começou quebrando o silêncio. - Sobre voltar a hogwarts ser fantástico, isso é só para você. Eu nem queria ter vindo. - Rony falou deixando Hermione incrédula.
– Mas como assim não queria ter vindo? - Hermione falou descrente e incrédula, encarando Rony como se ele fosse anormal. - Voltar a hogwarts reconstruída, vamos poder estudar sem preocupações e o único objetivo é aprender e não quebrar regras...
– Você está mais chata que o habitual. - Rony falou entediado, fazendo Hermione fechar a cara e cruzar os braços. - E o que fez com seu cabelo?
– Eu estava cansada dos sonserinos ficarem falando mal do meu cabelo e resolvi mudar. Ficou feio? - Hermione perguntou insegura e passando a mão nos cachos.
– Você está linda. - Harry falou sorrindo, isso fez Luna fazer uma careta e voltar a prestar atenção na janela.
– Obrigada Harry. - Falou ficando corada.
– Eu espero que tenha pudim. - Luna falou de repente mudando totalmente de assunto e chamando a atenção de todos para si. - Eu amo pudim.
– Espero que tenha coxa de frango, estou ficando com fome. - Rony falou passando a mão na barriga.
– Você sempre está. - Hermione resmungo. - Não sei como aguenta comer tanto.
– Idai? Comer é melhor que estudar.
Pronto, havia começado uma discussão entre os dois sobre o que era melhor e tanto Harry quanto Luna não estavam mais suportando ouvir aquilo.
– Está vendo o que tenho que suportar todo o ano? - Harry falou para Luna. - Eles sempre fazem isso e eu fico no meio dos dois, pensei que fossem ficar juntos com tantas brigas, mas pelo jeito não. Está mais fácil se matarem. - Harry desabafou o que ele sempre teve que aturar entre eles.
– Talvez eles expressem a amizade deles assim. - Luna respondeu seca e voltou a atenção para a janela que agora tinha gramas e montanhas.
– O que houve? Por que está me tratando desse jeito ? - Harry perguntou para Luna que não respondeu e antes que pronunciasse qualquer outra coisa, a porta da cabine fora aberta revelando Draco Malfoy e Blaise Zabini.
– Ola Pottynha e fuinha. - Draco falou sorridente.
– Sai daqui Malfoy, não estou com paciência para aturar você. - Rony falou parando de brigar com Hermione e encarando o loiro.
– Uuuuuuu. - Debochou Draco e Blaise. - Sabe Weasley, fiquei comovido vendo abraçar sua mãe. O ano inteiro longe dela deve ser difícil para você, não é? - Blaise gargalhou alto e Hermione resolveu se pronunciar.
– Pelo menos a Sra. Weasley não está em azkaban. Diferente de seu pai, não é? - Perguntou enfurecida, Rony havia deixado ela estressada pela discussão e também não estava com paciência para aturar os sonserinos.
– Como ousa falar comigo sua sujeitinha de sangue ruim. - Draco parou para analisá-la. - Pelo menos deu um jeito no seu cabelo de vassoura.
– Draco, não provoca muito. Não estou afim de levar um soco na cara. - Blaise falou encarando Rony que estava trêmulo e com a mão em punho.
– Cala a boca Blás. - Draco falou ficando um pouco envergonhado.
– Por que vocês não somem daqui? Não já se divertiram o suficiente? - Harry falou encarando os dois seriamente.
– O santo Potter tinha que voltar a hogwarts. Claro não aguentou ficar muito tempo longe da fama não é? Não saiu do profeta diário nenhum minuto. Você deve está se achando muito não é? Derrotou você sabe quem de novo, mas o que poderíamos esperar do santo Potter?
– Isso para mim parece inveja. - Luna falou repentinamente atraindo a atenção de todos. - Tem inveja do Harry ser famoso. - Falou com seu ar sonhador.
– Cala a boca sua maluca. Por que não presta atenção só em coisas que não existem. Tem zonzóbulos aqui, foram zonzóbulos. - Draco debochou imitando a voz dela.
Harry sentiu raiva e também fechou a mão em punho, dele poderia falar o que quisesse, mas ninguém insultaria Luna na frente dele.
– Cala a boca. - Harry falou se levantando e Rony também o acompanhou. - Não vai insultar Luna na minha frente, sai daqui. - Falou com a voz carregada de raiva e prestes a sacar a varinha.
– Uuuuuuuu. - Draco debochou gargalhando. - Descobrir o que irrita o Potter, é a DiLua. Está apaixonado pela DiLua Potter? Vocês fazem um ótimo casal, os esquisitos em hogwarts. Para quando é o casamento?
Harry dera um soco em Malfoy.
– Potter Maldito! - Draco avançou para cima dele, mas fora interrompido por Blasio que segurou ele pelo braço.
– Chega Draco, vamos embora daqui. - Falou começando a puxar o loiro para fora da cabine.
– Você vai me pagar Potter, você e essa maluca!
Draco ameaçou e Rony passou pelo Harry que estava tremendo de raiva e bateu a porta da cabine com toda a força quase quebrando a vidraça.
– Você mandou bem Harry. - Rony falou também com raiva. - Se você não tivesse feito, eu teria.
– Harry, você passou dos limites. - Hermione falou, mas não conseguiu conter um sorrisinho. - Mas ele mereceu.
– Não precisava ter me defendido. - Luna falou sorrindo para ele, se esquecendo completamente do "ciúmes" que nem sequer percebeu ainda. - Mas obrigada.
Harry assentiu e olhou para sua mão que estava avermelhada pelo soco que dera e Luna percebendo isso segurou na mão dele, a acariciando.
Ele sentiu uma leve coloração na bochecha, seu coração havia disparado novamente e o toque dela consigo fazia uma energia elétrica passar pelo seu corpo, mas nenhum dos dois quiseram soltar às mãos e passaram o resto do trajeto assim, de mãos dadas.