POV Hiccup

Depois que a hora do lanche passou eu e o Jack nos dirigimos para a sala enquanto Jack falava sobre algo que eu não prestava atenção, estava ocupado tentando assimilar tudo que aconteceu comigo na noite anterior e no dia de hoje.

É estranho a forma como a nossa vida pode mudar drasticamente de uma hora para outra.

FLSAH-BACK ON

… Com as mão tremendo um pouco aponto a espada bem para os olhos do dragão e o encaro tentando pensar em um plano para sair dali.

Um brilho doirado me atingi e sinto minhas pestanas pesarem juntamente com meu corpo, antes que consiga processar algo sinto a escuridão me toma e apago…

Estava escuro, meus olhos estavam fechados mas posso ouvir uma voz falando perto.

Abro meus olhos me sentindo um pouco zonzo e me sento na cama tentando me lembrar do que tinha acontecido na festa. Olho para a janela e percebo que já é de manhã. Como foi que eu cheguei em meu quarto? E melhor, como é que me livrei daquele dragão comedor de cavalos? Pensando nisso me lembro que ele deve ter comido o banguela.

Fecho os olhos e respiro fundo sentindo as lágrimas querendo descer. Sei que as pessoas, em especial os homens devem ser forte e que chorar muitas vezes é uma fraqueza mas não consigo evitar as lágrimas. Banguela era mais que um cavalo era um amigo.

Volto a abrir os olhos e num canto vejo uma mulher de asas e aquele maldito dragão.  Eu ia matar aquele dragão.

Levanto rapidamente apanhando um abajur que se encontrava em cima do meu criado mudo e jogo na direção do dragão que por triz consegue se abaixar fazendo o abajur se espatifar na parede.

— Calma! – A mulher de asas quase grita. Espera ai! Está uma fada em meu quarto?

— O que é que está acontecendo? Eu vou matar esse dragão idiota – Grito desesperado, primeiro um dragão que come meu melhor amigo depois uma fada que joga um pó dourado que me faz dormir agora só falta aparecer um duende montado em uma rena.

— Calma – Ela repete – Cuidado para não ficar tonto, o pó de dormir do sandman pode deixar as pessoas tontas. Sei que isso pode ser difícil para você mas mesmo assim você precisa acreditar: meu nome é Toothiana e preciso da sua ajuda, não só a sua mas a de todos os guardiões para que o mundo não seja destruído… 

FLASH-BACK OFF

De inicio eu não acreditava no que aquela fada estava dizendo mas pouco a pouco comecei a acreditar, principalmente quando ela me mostrou através de um globo magico que ela e os seus amigos estava monitorizando a minha vida, não apenas a minha mas a de mais 4 pessoas que segundo eles eram os “ guardiões”.

Saio de meus pensamentos quando sino de saída toca e me apercebo que já é hora de ir para casa e eu passei as ultimas aulas viajando nos pensamentos.

Suspiro alto e cansado, hoje era dia do castigo que eu e Merida iríamos ter que cumprir por isso não podia ir para casa ainda.

Eu estava cheio de vergonha dela, encontrei ela brigando com a Astrid para me defender mas mesmo assim disse aquelas coisas horríveis para ela. Não que eu esteja completamente errado já que mesmo que alguém nos faça algo de mal nós não podemos simplesmente sair batendo nela.  

— Hic eu… - Ouço a voz da Astrid tentando falar mas a corto. Terminar com ela tinha sido a razão por eu ter chegado atrasado a aula já que ela deu um chilique enorme.

— Não fala comigo. – Respondi frio e levantei-me indo em direção do Jack falando com ele e ignorando Astrid completamente. Essa fase na minha vida está acabada.

— A culpa é toda sua! – Ela grita apontando para o Jack e sai da sala correndo mas não sem antes mandar um olhar de ódio para a Elsa e a Merida que cochichavam num canto da sala.

— Nem adianta ficar curioso. – Jack diz se referindo as meninas. – Elas passaram o dia inteiro cochichando e quando alguém se aproxima fingem não estar falando de nada.

— Não vou ficar bolado igual a você Jack, eu consigo ver quando são assuntos de mulher. – Digo terminando de arrumar meus materiais.

— Eu não fico Bolado apenas acho que por sermos amigos devemos não ter segredinhos parvos uns dos outros. – Ele diz indignado. – Amizades são as únicas coisas verdadeiras que temos e…

Antes que Jack pudesse terminar de falar a voz estridente de Cindy ecoa pela sala chamando o nome de Jack que em uma velocidade impressionante se esconde em baixo da sala fazendo Cindy ir embora procurando em outras salas.

— A Cindy tem uma voz horrível. – Digo rindo de Jack que se levanta feliz pela Cindy não ter o visto.

— Concordo plenamente, e o pior é que ela tem um cérebro menor que uma ervilha e simplesmente não consegue entender que eu não quero ter nada com ela.

— Claro que isso não ter nada a ver com o fato de você ter ficado com ela umas 3 vezes. – Digo irónico.

— Isso não quer dizer nada. – Ele diz emburrado. – Eu só aproveitei a chance que a vida me deu, não queria morrer e ter ficado com vontade de dar uns pegas na Cindy. Olha o seu caso por exemplo, você não aproveita nada que a vida dá com esse papo de moralista e certinho por isso vai morrer com vontade de beijar a Merida.

No momento em que Jack termina de falar Merida e Elsa vem ao nosso encontro me fazendo quase engasgar de vergonha com minha própria saliva.

Era engraçado estar-mos nós quatro ali por duas razões: primeiramente porque no inicio éramos todos muito amigos assim mas foi numa época distante que agora parecia nem ter existido, quando eu ainda era amigo de Merida, quando Elsa gostava de Jack antes de saber que Jack apenas a considerava uma amiga (ironicamente depois de Elsa “ ter parado” de gostar de Jack ele começou a gostar dela), quando o escândalo entre as irmãs arendelle ainda não tinha acontecido e Elsa ainda não tinha ficado mais fria e afastado mais os amigos e também era engraçado porque as pessoas a minha frente eram precisamente os outros guardiões que Toothiana tinha dito mas é claro que desse fato eles ainda não sabiam mas era meu dever avisa-los.

Bom, eu e Jack têm que ir. – Diz Elsa com um pequeno sorriso se despedindo de mim e da Meri. Era claro que com isso ela pretendia que nós dois fizéssemos as pazes.

Também me despedi deles vendo um sorriso grandioso se formar no rosto de Jack que enrolou seu braço a volta da cintura de Elsa recebendo um soco no braço.

Olhei para Merida mas ela parecia estar disposta a olhar para tudo menos para mim…

POV Flynn

Eu estava exausto de ontem ter trabalhado no bar, hoje ter tido aulas massantes e ainda agora ter que ir trabalhar numa lanchonete do estilo dos anos noventas.

Quando saio portão fora vejo um pequeno vulto loiro vir a meu encontro correndo sem ver para onde vai, antes que eu consiga sair da frente o vulto bate em mim me fazendo cair e cai sobre mim.

Quando abro os olhos vejo que o vulto é ninguém mais ninguém menos que Rapunzel a filha de Gothel e que ela tinha os seus olhos verdes penetrantes cheios de lágrimas.

Ela estava chorando…