Eu e Heidi aproveitamos cada segundo daquelas férias. A última semana, depois que ela havia recusado meu pedido para ir para os Estados Unidos, teve um gosto de saudade. Mas nós curtimos um ao outro ao máximo e quando nosso tempo juntos acabou, não trocamos telefone.

Poderia parecer extremo para algumas pessoas, mas foi necessário. E eu não poderia estar mais grato por ter conhecido Heidi. O nosso tempo juntos e nossa despedida me ensinou certas coisas.

Definitivamente precisava parar de procurar.

Havia passado a vida toda pedindo garotas em namoro, uma delas até em casamento, sendo que nenhuma delas realmente combinava comigo.

O medo de ficar sozinho e a pressa por arranjar uma namorada me cegaram. Estava finalmente enxergando que precisa de mais do que atração física para se ter um relacionamento. Por isso resolvi parar de procurar.

A decisão de tirar um tempo para mim estava obviamente enleada à essa viagem e à Heidi. Mas em um sentido de que meus olhos enxergavam com clareza agora.

O acaso me traria a mulher da minha vida. Alguém que me ame do jeito que sou, que goste da minha companhia.

Até lá, eu estava fora de jogo. Pararia de procurar.