Yashiro subia as escadas até a cobertura do prédio puxando o namorado pelas mãos. Momo ainda estava enfezado pelos comentários do professor e isto era muito engraçado do ponto de vista do garoto à frente.

Havia uma nuvem densa e carregada ao redor de Momose, mas para o outro a grande dificuldade era não cair na risada no meio dos corredores. Deixando-se ser puxado Momo sabia exatamente como a face do namorado estava neste momento e era isto que o mantinha com  cabeça no lugar.

“Sensei implica demais com você!” consolou Yashiro enquanto ria da situação.

O sorriso que acompanhava a fala foi a única coisa que pairou na consciência de Momose. Nada importava quando ele sorria daquele jeito, nem mesmo o fato do motivo da risada ser ele mesmo. Se Yashiro estava em seu campo de visão pouca coisa lhe importava. Quando sorria então, nada mais restava no mundo ao seu redor.

Não era um bom dia para isto. Naquele dia até o riso genuíno era puxativo para deixar-se cair na inconsciência de suas fantasias. Era como uma demência ou incapacidade de controlar seu próprio cérebro; como uma prazerosa alucinação dissociativa de um mundo onde só havia Yashiro.