O sorriso de Yashiro prestes a morrer e dar lugar a uma estranha careta de incompreensão fez Momose voltar a realidade. Não seria nada bom ter que explicar ao outro pelo o que estava passando caso Yashiro percebesse seu estado dissociativo.

“Você sabe sobre o que é aquele nosso tema do trabalho?” perguntou antes que se enfiasse em uma enleada ainda maior.

“Ah sei lá, algum tipo de moeda velha de um povo antigo... ou algo assim.” Respondeu dando de ombros.

“Que coisa útil!” desdenhou.

“Ainda temos que fazer uma apresentação oral sobre o assunto.”

“Sério? Quando?”

“Momo... onde estava sua cabeça durante a aula? Assim não tem como não dar razão para a ira do professor.” Brincou.

“Iie!!! Eu não estava...”

“Sei... é pra amanhã.”

“Amanhã? Esse cara é louco!”

“Tudo bem, podemos fazer depois da aula.”

“Hoje não é um bom dia. Mamãe vai levar a irmã até o aeroporto e me pediu cuidar da casa.” lembrou.

“Tudo bem, eu vou até sua casa!” Yashiro disse de forma simples, mas para Momose aquilo não era nada simples.

Aquilo soou como um alarme em seus ouvidos: definitivamente aquele não era um bom dia!