Estava triste pela briga com Jorge. Entendia o valor sentimental do vaso, mas não queria que o professor tivesse gritado, pedido que eu fosse embora e além do mais, ter ficado frio comigo a semana inteira, ainda me dispensando naquela sexta.

 Depois da aula, não quis ir para casa, fui caminhando até uma praça que ficava perto do colégio. Sentei em um dos bancos e pude ver do outro lado da praça, Sofia e seu namorado, Alan. Era legal ver como eles se divertiam, mas ao mesmo tempo era ruim, pois há um bom tempo a minha relação com Jorge não era mais assim, nosso relacionamento tinha se convertido em algo meramente sexual.

Eu me sentia mal com tudo que estava acontecendo com o professor, mas não conseguia largá-lo. Jorge apesar de tudo me amava e eu o amava também.

De repente comecei a chorar, era tudo culpa minha. Se não saíamos mais juntos, era por causa da minha paranóia de que alguém ia nos ver e se naquele dia não estávamos juntos, era porque eu tinha quebrado o alabastro.

— Mari, tudo bem? — indagou Sofia enquanto aproximava-se.

— Não.

— É o Jorge não é? A relação de vocês precisa de sopesa.