— Isso te deixa com ciúmes?

— Sim, pois não quero ninguém cobiçando o que é meu.

Pela primeira vez Jorge tinha se mostrado ciumento. Achei fofo da parte dele. Aquilo mostrava que sua afeição por mim era verdadeira. Entretanto, Sofia tinha um pensamento diferente do meu.

— Mari isso não é fofo, é machista.

— Não exagera, ele estava brincando.

— Isso não é brincadeira que se faça. Daqui a pouco ele vai querer controlar toda a sua vida.

Achei estúpida a afirmação dela, mas o pior é que ela tinha razão. Quanto mais o tempo passava, mais controlador o Jorge se tornava e eu não conseguia abandoná-lo. Ele era o único que tinha gostado de mim. Onde eu acharia um homem tão amoroso quanto ele?

 Estava louca de amor por Jorge, tão louca que mesmo não me sentindo pronta, aceitei perder a virgindade com ele. Depois disso, todas as sextas, depois do colégio, eu ia para a casa dele. Nem sempre eu queria transar, mas sempre acabava transando, pois não gostava de deixar Jorge na vontade.

Naquela sexta, ele disse que eu não precisava ir para a casa dele. Jorge estava chateado comigo. Na semana passada, eu havia acidentalmente quebrado o seu alabastro.