Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 6
O encontro!


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente! Como vão?
Vamos ao cap! Espero que gostem.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/743233/chapter/6

Pov's Katniss

Passei o resto da sexta-feira e o sábado todo pensando em como contaria para minha filha. Eu não conseguia pensar em um modo mais simples de explicar o motivo pelo qual ela nunca conheceu o pai! Entretanto, sei que ficar enrolando não vai me ajudar em nada. Então, decidi que farai isso hoje, pra resolver tudo de uma vez.

Manuela estava sentada no sofá, assistindo um desenho qualquer. Já é tarde, da noite, mas só agora consegui tomar coragem para falar com ela, temendo as perguntas que a pequena poderia fazer.

— Filha, preciso conversar com você! - começo, me sentando ao seu lado.

— Mamãe, eu juro que já acabei todo o dever. Greasy disse pra fazer aquela última folha, mas a professora disse que não precisa. - ela se defende, antes que eu diga algo mais. Acabo rindo.

— Eu sei, meu bem! Não é sobre isso. - esclareço. Ela deita a cabeça para o lado direito e me observa atentamente com seus olhos cinzas redondos. - Bem, você lembra que eu te falei um vez que seu papai morava muito longe, por isso você não conhecia ele? - pergunto e ela assente.

— Lembro! Ele morreu, mamãe? Porque o Jack da minha escola disse que o pai dele morava bem longe. Ai eu perguntei onde ele morava, e o Jack disse que era no céu. - ela comenta, balançando seus pezinhos para frente e para trás. Meu coração se aperta e tenho uma vontade absurda de bater em mim mesma por te-la feito pensar isso.

— Não, meu amor! Ele está bem, só que morava em outro país, bem longe mesmo. E é sobre isso que eu quero falar com você! Você gostaria de conhecer ele? - minha última frase faz com que ela se alarme, concordando freneticamente com a cabeça. - Bem, então você pode! - sorrio quando ela tampa a boca com as duas mãozinhas e solta um gritinho animado.

— Verdade mesmo, mesmo? - pergunta animada, e me abraça com um sorriso enorme quando eu concordo.

— Ele mudou para nossa cidade e agora vai morar aqui, pertinho de nós! Quer muito conhecer você pessoalmente, se você quiser. - sorrio e mais uma vez ela concorda, animada.

— Eu quero muito! Ai meu Deus, eu vou ter um papai. Vai ser tão legal! Mal posso esperar para contar pra tia Joh. E como ele é, mamãe? Aposto que ele é lindo. E grandão e forte! - a loirinha comenta, me fazendo rir da sua empolgação.

— E é mesmo! Ele é loiro como você, e tem os olhos bem azuis. O nome dele é Peeta! - conto.

— A gente pode ligar pra ele? Fala pra ele vir aqui, por favor! - junta as mão na frente do peito e pede, com os olhos brilhantes.

— Está tarde, filha. Amanhã a gente liga! - olho no relógio e vejo que já se passava das 22h.

— Ah, mamãe. Mas eu aposto que ele não ta dormindo. Só liga e fala pra ele vir amanhã, então! Só pra ter certeza que ele não vai pra outro lugar, né. - ela me entrega o celular e aguarda, com expectativa. Acabo cedendo. Sei que está tarde, mas também sei que ela nem vai conseguir dormir se eu não ligar.

Ligação on:

— Alô - ouço aquela voz rouca soar do outro lado e sinto que, por algum motivo, aquilo me causou um arrepio bom.

— Peeta, é a Katniss. Tudo bem? - digo, enquanto Manuela me observa, ansiosa.

— Hey! Tudo sim, e com você? - pergunta ele.

— Estou bem! Eu sei que é tarde, então me desculpe ligar agora. Mas eu precisava mesmo falar com você. - começo, e Manuela parece querer arrancar o telefone da minha mão, impaciente.

— Imagina, eu só estava vendo Tv! - responde, gentilmente.

— Eu liguei porque falei com Manuela e, ela está louca pra te conhecer e me implorou pra ligar! - explico. Peeta leva alguns segundos para reagir, talvez por não esperar que ela fosse reagir assim.

— Jura? Eu não esperava que fosse tão rápido. Que ótimo! - não posso ver seu rosto, mas pelo tom de voz acredito que ele esteja sorrindo.

— É, foi melhor do que eu pensei. Ela está bem empolgada! - comento, sorrindo ao ver a felicidade da minha filha. - Bem, quando você quiser, me avise e pode vir! - informo.

— Eu gostaria de ir agora mesmo! Mas está tarde. Amanhã, então? - pergunta.

— Claro, amanhã está ótimo! - confirmo.

— Certo, então amanhã as 20h00 estarei aí! - marca.

— Tudo bem, estaremos esperando! Até amanhã. -afirmo, me despedindo.

— Até! - reponde ele, antes de desligar.

Ligação off.

Conto à minha filha que ele virá amanhã e ela mal consegue se conter de felicidade. Vê-la sorrindo, completamente empolgada com a ideia de conhecer o pai, manda qualquer dúvida e receio para longe. E mais uma vez, decido que ter contado à Peeta, foi a melhor coisa que eu poderia ter feito perante essa situação. E pensando nisso, acabo pegando no sono ao lado da minha pequena, algum tempo mais tarde.

***

Pov's Peeta

Depois da ligação de Katniss, eu estaria mentindo se dissesse que consegui dormir logo. Fiquei por um longo tempo acordado, pensando no quanto a ansiedade havia preenchido meu peito! Só consegui ficar imaginando como será vê-la d perto. Tocá-la e ver seu sorriso inocente de criança dirigido a mim. 

Confesso que o medo de ser rejeitado, me atingiu por um momento. Mas não foi o suficiente para me deixar menos empolgado com a  expectativa. Principalmente depois que Katniss me disse sobre a empolgação de Manuela.

Após minha visita na casa da morena, me sinto muito mais leve. Ainda me sinto um pouco estranho, honestamente. Afinal, acabei de descobrir que tenho uma filha. Todavia, o sentimento bom prevalece! 

Contei aos meus pais toda a história. Ambos ficaram surpresos, assim como eu, porém no final da contas, acabaram completamente animados com a ideia de terem uma neta! No dia em que estive na casa de Katniss, notei sua surpresa ao perceber que eu apenas queria conhecer minha filha. Acredito que ela esperava que eu fosse exigir um teste de DNA. E eu poderia! Na verdade, o mais sensato seria isso. Mas quando vi a foto, e me lembrei daquele rápido encontro no parque, meu coração se aqueceu. Entendi que o sentimento de já conhecer possa ser principalmente devido a grande semelhança com a mãe. Entretanto, creio que é muito mais que isso. Sinto, no fundo do meu coração, uma ligação assustadoramente grande com a pequena. E, pode parecer loucura da minha parte, mas ver aqueles olhinhos brilhantes de criança, varre qualquer dúvida para longe.

Além disso, realmente não acho que Katniss inventaria essa história para mim. Sei que não a conheço a muito tempo, mas sei que ela não é nenhuma mentirosa e muito menos golpista! Contudo, isso não importa realmente! A questão é que, eu não sei nem como explicar verdadeiramente, mas é como se Manuela sempre houvera sido o maior pedaço do meu coração, mesmo que nem mesmo eu, soubesse disso!

 ***

Acordei pouco depois das 08h00. É domingo, mas não é como se eu conseguisse dormir por muito mais tempo! Hoje será meu encontro com Manuela e a ansiedade em conhecê-la dominou meu coração. Passei o dia pensando nisso, e um sorriso feliz surgia em meus lábios a cada vez que imaginava o sorriso doce e inocente da pequena! 19h20. Já estou pronto. Sei que marquei as 20h00, mas não consigo mais esperar, então me dirigi para casa de Katniss, mesmo sabendo que chegaria meia hora adiantado.

Toquei a campainha e alguns segundos depois, ouvi passos rápidos do outro lado. Ao contrário do que imaginei, não foi a morena que veio me atender, e sim a loirinha que tinha um sorriso tímido nos pequenos lábios. Ela me encarou, e seus olhos transmitiam surpresa e encanto ao mesmo tempo. Sorri abertamente para ela, enxergando a mãe logo atrás, nos observando. Precisei segurar a vontade de chorar de emoção que me acometeu! Céus, ela era incrivelmente linda. Meu coração parecia querer explodir de felicidade.

— Olá, Manuela! - cumprimentei, me abaixando para ficar do tamanho dela.

— Oi! - Ela respondeu, colocando as duas mãos atrás do corpo e se balançando levemente para um lado e para outro.

— Será que eu posso abraçar você? - pedi, deixando a sacola com o presente que comprei, no chão ao meu lado. Ela concordou levemente com a cabeça e, mesmo parecendo envergonhada, me abraçou. E foi o melhor abraço da minha vida! O mais puro e mais sincero. E eu não conseguia parar de sorrir. Tive vontade de ficar ali, abraçado a ela para sempre. Nunca havia sentido uma sensação tão boa, tão gostosa como agora!

Quando nos soltamos, ela voltou a me olhar, depois desviou o olhar rapidamente para Katniss, como se confirmasse a aprovação da mãe para o que acabara de acontecer.

— Vem pra dentro, a mamãe ta terminando o jantar! - a pequena falou, indicando para dentro da casa.

— É claro, mas antes, eu trouxe isso pra você! Espero que goste. - entreguei o presente a ela, que não fez cerimonias para aceitar e logo começar a rasgar o embrulho, revelando o boneco de neve, de pelúcia.

— Ai meu Deus! Ai meu Deus! Mamãe, olha só, ele me trouxe o Olaf! Não acredito. - ela exclamou, animadíssima, correndo até Katniss que ria da empolgação da menina.

— Ah, não acredito! Finalmente, em? Ele é lindo! - a morena respondeu, sorrindo. - Peeta, entre! - completou, se aproximando para me cumprimentar e fechar a porta.

— Eu queria muito mesmo um Olaf! Mamãe procurou, mas não achou nenhum pra comprar pra mim. Obrigada, papai! Eu amei! - a loirinha agradece e corre em minha direção, me abraçando de novo, espontaneamente. Sorrio imensamente com o ato e a felicidade dela, principalmente ao ouvi-la me chamando de "papai". E, de repente, todo o medo bobo de ser rejeitado desaparece. Ao ver sua felicidade e inocência, percebo o quanto fui idiota por achar que poderia ser rejeitado! Podem ter sido anos sem saber sobre minha filha. Pode ainda ser novidade e até meio estranho ter me tornado pai de uma hora pra outra. Pode ter sido uma situação inapropriada, uma conversa difícil com Katniss, até resolver tudo. Mas, para ela, uma criança, um coração puro, eu sou só o papai que morava em outro país e agora se mudou pra cá! E está tudo bem! Sem complicações, sem conversas difíceis, sem problemas.

— Então acertei mesmo no presente, em! - sorrio pra ela, que por alguns instantes esquece da minha presença, focando apenas no brinquedo.

— Pode ficar a vontade! Estou terminando a comida! Vai jantar com a gente, certo? - pela primeira vez na noite, tiro meus olhos da pequena para dar atenção a Katniss, que falava comigo. Tudo bem que a morena é uma bela visão para se ter, mas minha atenção era totalmente voltada para minha filha essa noite.

— Claro, se não for incomodar! - Confirmo e ela assente.

— Mamãe estava certa. O senhor é mesmo grandão e forte! - Manu deixa o boneco no sofá e volta sua atenção para mim novamente, rindo. Acabo rindo também com seu comentário, principalmente quando vejo as bochechas da morena completamente coradas.

— Obrigado! E eu estava certo quando disse que você era a menina mais linda do mundo. - digo ela ri.

— Obrigada! Vem conhecer meu quarto, papai. - ela que já parecia completamente a vontade, sem nenhuma timidez, me puxa pela mão, me arrastando escada a cima. Katniss riu e voltou para a cozinha, provavelmente terminando o jantar.

Depois de um tour pela casa, com Manuela me apresentando cada pequena parte, e Katniss anunciar a comida pronta, nos juntamos à mesa para comer.

— Espero que goste de lasanha! - Katniss fala, colocando a travessa na mesa.

— Oh, eu adoro lasanha! - confirmo.

— Todo mundo ama lasanha. Principalmente a lasanha da mamãe! - Manu comenta.

— Ah é? Bem, então vamos ver se eu aprovo. - brinco e elas riem.

O jantar passa absolutamente agradável. Manu é extremamente falante e divertida. E eu estava amando ouvir cada palavra que ela tinha a dizer. Me contou sobre tudo que ela se lembra dos últimos seis anos da vida dela. Contou sobre o colégio, as amiguinhas. falou sobre Johanna, sobre os avós e a casa legal deles em Miami. Explicou que o boneco que dei de presente é de um dos filmes preferidos dela. E tudo mais! Katniss não falou muito, apenas auxiliava a filha em uma história ou outra. Mas estavas sempre atenta à nós dois, sorrindo o tempo todo. 

Nunca me senti tão leve, tão feliz quanto hoje! Vendo a pequena rir, enquanto estamos sentados no chão da sala, jogando um jogo de princesas que até hoje eu nunca havia visto, senti um amor tão grande que não posso nem explicar. Um amor diferente de todos que já senti. Um amor que me deu vontade de pegá-la em meus braços e protege-la se qualquer coisa que lhe pudesse causar mal. Que me dá vontade de querer ver seu sorriso inocente todos os dias, só pra me deixar feliz até em dias ruins. Um amor de família. De pai!

Não sei ao certo quanto tempo se passou. Depois de alguns jogos, brincadeira e de terminarmos de assistir "Moana", um filme até legal, que eu nunca tinha visto, mas de acordo com Katniss, era visto pela milésima vez por Manuela, a loirinha acabou pegando no sono, deitada no sofá com a cabeça apoiada em minhas pernas.

— É melhor leva-la pra cama. - Katniss comenta, quando nota Manuela adormecida e se levanta para pegá-la.

— Deixa que eu levo ela. - peço, já a pegando em meus braços.

Vamos até o quarto e depois de coloca-la na cama, Katniss termina de ajeita-la. 

— Ela é maravilhosa! - afirmo, observando a loirinha dormir serenamente.

— Ela é mesmo! - a morena para ao meu lado, concordando. - Obrigada por hoje, Peeta! Ela ficou realmente feliz. - volto minha atenção para ela que sorri, parecendo realmente grata.

— Eu é que devo agradecer, Katniss! Por ter me deixado conhece-la e principalmente por tê-la trazido ao mundo. - respondo sorrindo também. O sorriso da mulher a minha frente fica ainda maior com minha frase. Lindo. De tirar o fôlego, como sempre! Tenho uma vontade absurda de beijá-la, de uma forma que nunca senti antes, por ninguém. Vontade de conhecer o gosto de seus lábios, sem me esquecer deles no outro dia, graças a maldita ressaca.

Forcei meus cérebro a deixar esses pensamentos, antes que eu realmente me deixe levar por minha vontade, e corto o contato visual, indo em direção a porta.

— Acho melhor eu ir. Amanhã levanto cedo e sei que você também! - comento, quando já estamos fora do quarto.

— Nem me lembre disso! - ela ri e eu acompanho.

— Outra vez, obrigado por hoje. Foi incrível! - agradeço, enquanto caminhamos em direção a saída.

— Foi, sim! - concorda, com mais um sorriso. Deus, assim é difícil não beijá-la.

— O que acha de almoçar comigo amanhã? Dá tempo pra você? - sugiro. Ela levanta uma sobrancelha e parece pensar por um momento, talvez pensando no motivo do meu convite.

— Hã, dá sim! Meu horário é as 11h00. - confirma.

— Ótimo! Então eu busco você no hospital e comemos em algum lugar próximo de lá! Acho que temos algumas coisas pra resolver a respeito da Manuela. - explico. Ela assente com a cabeça.

— É claro! Estarei esperando, então. - responde, concordando.

— Certo, então eu já vou! Até amanhã. - sorrio e me aproximo dela, apenas para depositar um beijo em sua bochecha esquerda, me esforçando para ignorar meus desejos que me diziam para beijar a boca da morena. Ela acena e sorri, enquanto me dirijo ao carro, dando partida, logo perdendo-a de vista...

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Heey! Deixem suas opiniões e comentários, porque eu amo lê-los!
Espero que tenham gostado de saber sobre os sentimentos do Peeta e conhecer um pouquinho mais a Manu. Ela ainda vai ser uma explosão de fofura haha.
Até o próximo. Beijocas!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Simplesmente Acontece" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.