Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 7
Acordo!


Notas iniciais do capítulo

Olá! Demorei mais do que o normal, mas voltei.
Boa leitura! *-*



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Pov's Peeta

Segunda feira. 09h30. Já terminei de concertar tudo o que precisava ser concertado na casa dos meus pais. Eu realmente não gosto de ficar parado! Algumas semanas sem trabalhar, esperando toda a burocracia da transferência se resolver e já não aguento mais ficar sem fazer nada! Passar o dia deitado no sofá, comendo besteira e assistindo futebol parece irritantemente convidativo quando você está há horas trabalhando em um projeto sem parar. No entanto, 3 dias seguido apenas fazendo isso, já é o suficiente pra se tornar tedioso.

Perto das 11h00, finalmente me dirigi ao hospital onde Katniss trabalha. Estacionei em frente a entrada principal, do outro lado da rua. Ainda faltava alguns minutos para o horário, então decidi esperar do lado de fora do carro. Pouco tempo depois, avistei a morena junto com uma moça loira. Ela usava uma daquelas roupas legais de médicos, um jaleco branco e o cabelo preso em um coque frouxo. Ainda sim, continua absurdamente linda! Ela me avistou e fez sinal com a mão, informando que já viria. A loira ao lado comentou algo no ouvido dela, com um sorriso um tanto suspeito, que por acaso fez a morena sorrir sem graça e balançar a cabeça em negação, antes de sumir da minha vista por um momento! Logo ela apareceu novamente, dessa vez com uma roupa habitual e sozinha, vindo em minha direção.

— Bom dia! - cumprimento-a com um sorriso e um beijo no rosto, assim que ela chega onde estou.

— Oi! - ela sorri.

— Com fome? - perguntei, quando já estávamos dentro do carro.

— Você nem imagina! - ela ri.

Vamos em silêncio até um restaurante próximo dali, o qual eu frequentava com frequência por ser o lugar onde Finnick, meu melhor amigo que é um excelente chef, trabalha.

— Esse é o restaurante que o Finnick trabalha? - Katniss pergunta, quando adentramos o local.

— É sim! Já o viu por aqui? - nos sentamos em uma mesa e não demora até o garçom vir nos trazer o cardápio.

—  Na verdade nunca estive aqui. Johanna quem me falou que ele trabalhava em um desses restaurantes. - explica. Isso me faz pensar sobre meu amigo e Johanna. Eles andam muito próximos ultimamente. Apesar de Finnick não ter comentado nada, acredito que existe algo entre eles.

— Finnick e Johanna andam bastantes juntos ultimamente, não acha? - comento, a fim de descobrir se ela sabe de algo.

— Muito mesmo! Um tanto suspeito, devo dizer. - ela diz. Percebo que provavelmente ela não sabe de nada, porém tem a mesma impressão que eu. O que me faz lembrar de zoar com a cara do meu amigo mais tarde.

Jason, o garçom, volta um tempo depois para anotar nossos pedidos. Como já disse, venho com frequência aqui, então já me tornei conhecido pelos funcionários, principalmente por ser amigo do Chef. E isso resulta em um certo "tratamento especial", já que eles acabam me dando prioridade.

— Você é um cara de sorte, Peeta! - o garoto comenta, olhando Katniss descaradamente, consequentemente fazendo-a corar pelo olhar e pelo comentário.

— Eu sei! - concordo com o comentário, também aproveitando a chance para observar a morena. Ele sai, mas não ouso tirar meus olhos dela, encarando-a fixamente.

— Você adora me deixar sem graça, né? - ela dá um sorriso de canto e desvia o olhar do meu, por um breve momento, com as bochechas ainda vermelhas.

— Juro que não faço por querer! - ambos rimos.

— Sei. - responde, ainda rindo.

— Bem, eu sei que você não tem o dia todo, então vou direto ao ponto! Eu estive pensando desde aquele dia em que conversamos a primeira vez na sua casa, e o jantar de ontem só serviu pra me dar mais certeza. Eu realmente quero fazer parte da vida da Manuela, se você permitir. - esclareço o real motivo de estarmos ali.

— Ah, é claro que você pode! Eu jamais diria o contrário, Peeta. Principalmente depois de ter demorado tanto tempo pra te contar. - ela prontamente concorda, para minha felicidade.

— Ótimo! Ontem foi maravilhoso e eu definitivamente gostaria de mais dias assim. - sorrio. - bem, então como vamos fazer isso? - levanto uma sobrancelha, questionando.

— Depende do que você quer! Se você pretende tornar tudo isso legal perante a lei ou não. Acho que a parte da burocracia é só para ter documentado que ela é sua filha, e seus direitos. No entanto, da minha parte não tem problema nenhum. Então, você quem decide. - Katniss dá de ombros e bebe um gole do seu suco de laranja que acabara de chegar. Bom, é claro que eu quero registar Manuela oficialmente como minha filha, na questão de dar minha assinatura à ela, ter meu nome como pai na certidão de nascimento e etc. Entretanto, acredito que pelo menos por ora, prefiro resolver apenas entre Katniss e eu, e deixar a parte burocrática pra depois.

— Certo, então vamos começar entre a gente por enquanto, e deixa isso pra outra hora. - peço e ela concorda. - você tem preferência de dias para eu poder vê-la? -  pergunto. Eu poderia vê-la todos os dias, para ser sincero. Porém sei que não posso invadir o espaço das duas dessa maneira.

— Não, você pode ir quando quiser! Durante a semana, estamos em casa a noite, normalmente. E aos finais de semana, mesmo que eu trabalhe em alguns, Manuela fica com Grease, a babá. Você pode ir visita-la do mesmo jeito. Ou, se preferir, leva-la para passar o dia com você. - sugere. 

— Ótimo! Vamos fazer isso, então. Durante a semana eu passo na sua casa a noite. E no sábado ou domingo eu busco ela. Mas eu sempre te avisarei antes, pra deixar marcado. - digo e ela concorda.

— Combinado, então! - responde.

O almoço passa completamente agradável. É fácil conversar com Katniss. Ver como podemos falar de assuntos sérios e depois algo mais descontraído e divertido, sem deixar um clima estranho. Ver como o assunto flui facilmente! Para minha infelicidade, o tempo não demora a passar e logo temos que ir embora.

— Peeta, quanto tempo. Tava sumido! - Delly, a mulher que trabalha recebendo o dinheiro, comenta quando chega nossa vez na fila. 

— Eu estive aqui a menos de uma semana, Delly! Mas é bom ver você, de qualquer forma. - respondo educadamente.

— Ah, mas você é o tipo de pessoa que deixa saudade mesmo se sumir só por alguns minutos. - ela me lança um sorriso torto e uma piscadela. Katniss não fala nada, mas percebo sua inquietação ao meu lado, provavelmente incomodada com tanto papo da loira.

— Obrigado! Quanto deu nossa conta, Delly? Estamos com um pouco de pressa. - peço, impedindo que ela comece algum assunto desinteressante. Delly é gentil, mas é meio irritante. Ela adora falar. E na maioria das vezes, sobre coisas que eu não dou a mínima. Contudo, o que mais me incomoda é a insistência dela em dar em cima de mim! Ela vive jogando indiretas e flertando comigo. Mas eu nunca dou corda pra ela, realmente! Não que ela não seja atraente. Na verdade, ela é muito bonita. Todavia, não é o tipo de mulher que me interessa. 

— 27 dólares, querido. - a loira dá outro sorriso, ao informar o valor. Noto  Katniss mexendo em sua bolsa, e logo alcança a carteira.

— Nada disso! Eu pago. - falo pra ela, antes que pegue o dinheiro.

— Imagina, Peeta! Vamos dividir. - insiste.

— Sem chance, morena! Eu convidei, eu pago. - retruco.

— Mas... - ela começa a contestar, mas eu interrompo.

— Me deixa ser um cavalheiro, Katniss, pelo amor de Deus! - brinco e ela ri.

— Tudo bem. Mas, na próxima a gente divide. - decide. Nego com a cabeça e rio.

— A senhora que manda, madame! - concordo. Delly nos encara com a sobrancelha arqueada e demora alguns segundos para pegar o dinheiro da minha mão. 

— Vocês são um casal? - apesar da pergunta não ser especificamente só para um de nós, ela a faz olhando para mim.

— Algo assim! - passo a mão no cabelo e olho para Katniss rapidamente, com um sorriso torto. Não somos um casal, é verdade. Mas não tenho que explicar nada para Delly. A morena não retruca, apenas sorri para mim de volta.

— Oh! - é a única coisa que sai da boca da mulher, que analisa Katniss dos pés a cabeça com um olhar estranho, depois devolve o troco, sem dizer mais nada, chamando o próximo cliente.

— Acho que sua amiga não gostou nada de pensar que somos um casal. - Katniss comenta, já do lado de fora do restaurante.

— É, acho que não! Bom, vamos ver se agora ela me deixa em paz, então. - respondo rindo e abro a porta do carro para ela entrar. Me dirijo para o lado do motorista, entrando no carro também e logo estamos de volta ao hospital...

***

Pov's Katniss

— Bem na hora! - Madge exclama, assim que me vê entrando no vestiário para me trocar.

— Na hora de quê? - pergunto, sem entender.

— Ué, na hora que acaba seu almoço, oras! A questão é: Uma hora e meia foi o suficiente para você almoçar a ponto de aguentar trabalhar o resto do dia e depois fazer sexo selvagem com o papai bonitão? - ela levanta uma sobrancelha, me lançando um sorriso malicioso.

— Eu não fui transar com o Peeta, Mad! Só almoçamos e conversamos como dois adultos civilizados que tem uma filha em comum. - reviro os olhos. Madge tem uma teoria inventada por ela mesma que eu estou dormindo com o Peeta desde que ele voltou para cidade. E não importe o quanto eu negue, ela continua acreditando na própria tese.

— Nesse caso, eu devo dizer que você é uma boba. Porque, convenhamos né, amiga. Ele é a personificação de um deus grego. Chega até ser pecado tamanha beleza, não é possível. - sou eu quem ri dessa vez. Madge só tem cara de meiga e mocinha comportada. Mas o espirito é estilo Johanna Mason. 

— Ah, dá um tempo, Undersee! - termino de me vestir e saio, deixando-a lá sozinha ainda rindo. Cada doido que me aparece, viu.

O dia passa como qualquer outro dia de trabalho, e a noite decido contar para minha filha sobre meu acordo com o pai dela. Manuela fica absurdamente empolgada, como no dia em que contei para ela sobre Peeta.

Ver a felicidade da minha filha, alegra meu coração e manda embora todo e qualquer medo, receio ou sentimento inseguro. Como se não existisse mais nenhum problema no mundo! Mas, 21h30, quando meu telefone toca, relembro desse detalhe que eu havia esquecido por um momento. E meu coração se aperta, a alegria desaparece e eu desejo ter o poder de pular essa parte. Infelizmente, não posso. E isso vem a tona, quando Manuela pega o telefone.

— Oi, vovô! - ela fala, atendendo.


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Notas finais do capítulo

Hello! Vamos conversar! Comentem, me digam o que acharam. Deixem sua opiniões!
Beijocas e até o próximo.



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