Knights Gods - Prisoners of Blood escrita por Luana Cajui


Capítulo 7
Quando acontecer, eu ligo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/740953/chapter/7

 

Gotham City noite em que Agatha Wayne foi morta.

 

 

O estrondo do corpo da adolescente se chocando contra o asfalto foi muito alto, percorrendo toda a rua.

 

O homem observou do telhado o que havia acontecido com a garota intrometida. Para ele era uma pena, uma menina tão jovem, ela poderia ter lhe trazido algum lucro, afinal.

Assim que desceu do prédio, o homem caminhou até a poça de sangue que circulava o corpo da menina, ele se abaixou, encarando os olhos da garota, neles não se via mais vida nenhuma, o belo azul que neles havia quando a garota estava viva tinha desaparecido.

—Senhor? -chamou um dos seguranças. -O que quer que façamos com o corpo?

O mafioso olhou novamente para a garota que tinha os olhos vidrados no nada.

Ele avaliou a situação, a garota caiu ,obviamente, sem tiros, marcas de briga, absolutamente nada que o incriminace ou o colocasse na cena de suposto crime.

Com as costas da mão, ele acariciou o rosto da recém falecida, lamentando, talvez.

—Deixem aqui, com certeza algum dos pais vai querer enterrar, além disso ela não deve ser ninguém muito importante para estar nesse lugar.

 

O homem se distanciou, caminhando para um carro e entrando no mesmo, junto aos outros homens. Eles foram embora, a deixando sozinha ali.

 

Do outro lado da rua,uma pequena figura escura observava os acontecimentos que haviam se passado e assim que o grupo maior tinha se mandado, tal figura caminhou até o corpo de Agatha. 

 

Era um gato.

 

—É incrível...mesmo com essa queda, você permanece viva. -uma voz estranha sai da boca do gato, uma voz não humana.

O gato preto, com uma das patas toca o rosto da jovem, que ainda conserva um pouco de calor.

—Uma criança teimosa, de fato! Nesse estado, demoraria muito para o backup agir, vou colaborar um pouco contigo,afinal o que eu não faço para os meus filhos?

O gato bocejou, preguiçosamente. Uma névoa verde emergiu da boca do felino, que logo envolveu o rosto da menina, desaparecendo rápidamente, só sobrando os corpos da menina e agora do gato,que se encontrava deitado sob o cadáver da jovem.

 

—-------------------------------------

Días atuais

 

 

As lágrimas de Selina caíram em abundância por seu rosto, ao reconhecer a filha deitada naquela maca de necrotério,Bruce a confortou em seus braços, enquanto encarava o corpo frio da menina. 

—Não encontramos uma causa definitiva da morte, a autopsia não acusou nada, porém o corpo dela estava repleto de hematomas, mas nenhum tão forte assim para causar uma morte.

Bruce se manteu calado,atento às palavras do médico legista.

—Onde ela foi encontrada? -perguntou Selina.

O médico engoliu em seco.

—Num dos bairros pobres de Gotham, onde tem muitas fábricas abandonadas, ela foi encontrada com uma mochila, os policiais não a abriram ainda, pois, bom... Eles não acharam nenhuma ligação com uma possível morte.

Bruce assentiu.

—Mande o corpo para a funerária de Gotham, o enterro será essa noite.

Pediu Bruce, levando Selina para fora daquela sala, sendo acompanhados pelo Médico.

Damian foi proibido de entrar na sala com Selina e Bruce, e esperar naquele corredor estava sendo bem irritante, principalmente por que ele queria saber logo o que aconteceu com sua "irmã".

—Más que saco, que demora é essa para identificar um corpo? -resmungou, enquanto dava um chute no ar.

Quando o casal e o médico saíram da área onde ficava o necrotério, o garoto permaneceu em silêncio, principalmente por causa do choro compulsivo de Selina.

"Não, não é possível..."

—E aí? Era ela? -perguntou a Bruce.

Damian nem precisou de uma resposta, a expressão no rosto do Wayne mais velho disse tudo.

Agatha estava morta...?

 

—-------------------------------------

 Agatha estava com frio. Quando o ar voltou a seus pulmões e seu coração voltou a bater, seu corpo se impulsionou para a frente e ela puxou o ar desesperadamente para si.

Sua visão estava turva,mas ela percebeu que estava presa em um lugar escuro e frio.

Desesperada ela tentou se levantar mas acabou batendo a testa no teto.

"Mas o que carvalhos...?"

Foi quando ela se deu conta, estava presa numa espécie de gaveta para cadáveres.

"Más que porra, eu tô num necrotério?"

A garota colocou as mãos nas paredes e impulsionou seu corpo para a parte de saída, a gaveta deslizou até que Agatha pudesse ver as luzes da sala e puxar o ar para si. Seu corpo tremia de frio, quando a garota olhou para si, estava nua.

—Puta que pariu...

Com dificuldade, a garota se levantou, apoiada nas gavetas, ela andou até uma parede com cabides,pegou um dos jálecos para se cobrir e se colocou a observar o local a procura de sua mochila, mas não teve muito tempo, a porta do necrotério foi arrancada e um Damian Wayne entrou no local furioso sendo seguido por Bruce e um outro homem.

—Agatha? 

A garota encarou o irmão em choque, enquanto os homens mais velhos a olhavam totalmente desacreditados.

Damian correu até a menina, a tempo de pega-lá antes dela desmaiar.

 

—_____________________________________

 

Ninguém dizia nada. Nenhum dos Médicos havia encontrado uma explicação para o que havia acontecido. O coração de Agatha tinha voltado a trabalhar de repente, após várias horas sem bater o que poderia ser considerado um feito incrível que o tornava impossível, pois todas as fraturas e hematomas que haviam na garota haviam desaparecido.

—Isso é impossível... -murmurou Tim Drake,observando a garota deitada na cama de hospital.

—Não foi impossível para o meu avô nem para o Jason, voltar a vida. -Resmungou Damian encarando a maquina que monitorava os batimentos de Agatha.

—Jason voltou por causa de uma anomalia no tecido da realidade e o seu avô volta usando o poço de Lázaro.

—Que seja! 

Bruce revirou os olhos assim que entrou no quarto do Hospital, seus "filhos" não conseguiam ficar juntos sem iniciar uma discussão,era assim com todos.

Sem dizer uma única palavra o Wayne mais velho colocou uma mochila e uma caixa em cima de uma mesa que ficava ao canto do quarto.

—É a mochila dela? 

Bruce assentiu.

—E na caixa? -perguntou Damian. Um miado fino pode ser ouvido vindo da caixa.-Falo nada.

—Ele estava em cima de Agatha.

—É esse toquinho que ameaçava morder quem se aproximasse? 

—Ele mesmo. -disse Bruce,tirando uma bolinha de pelo preto da caixa, um filhote de gato preto, o bicho estava tão irritado que tinha todos seus pelos arrepiados e rosnava querendo arranhar o homem que o segurava. A criaturinha só foi parar quando o homem o colocou em cima da filha.

—A polícia não teve acesso às câmeras de segurança da rua -disse Bruce se sentando em uma cadeira perto da mesa. -Não tem como identificar o que aconteceu, o sistema de câmeras foi hackeando e as imagens apagadas,totalmente apagadas, não tem nenhum vestígio da noite de ontem.

—Então a única pessoa que pode nós dizer o que aconteceu é a Agatha.

—Exatamente. Agora só temos que esperar que ela acordar.

 

Damian cruzou os braços entediado.

—Eu fico com ela, vocês dois tem uma reunião com os outros.

—Tem certeza? -Bruce arqueou uma sobrancelha estranhando a atitude do garoto.

—Tenho,odeio reuniões de Equipe. Eu fico com Agatha até que ela acorde, e quando acontecer eu ligo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Knights Gods - Prisoners of Blood" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.