—O que aconteceu com ele? -perguntou uma voz feminina, adentrando a antiga fabrica.

—O mesmo de sempre, -respondeu o moreno despreocupado - viagem nas sombras sabe? É mais difícil quando se tem alguém contigo, pelo menos é o que ele disse.

—E do jeito que você é gordo, Alba vai dormir por um bom tempo. -brincou a garota, desviando de uma almofada que lhe foi arremessada, rindo logo em seguida.

Marcos revirou os olhos, com tal atitude infantil.

—Você é tão madura. Me surpreende que ninguém tenha se dado conta disso. -O garoto resmungou, se jogando nos puffs.

—Eu sou sua irmã, pegar no seu pé faz parte do pacote.Ambos ficaram alguns minutos em um silêncio, até que Marco resolve quebrar aquela Atmosfera estranha que se formou entre eles.

—Já viu o noticiário? -perguntou, encarando a irmã que importunava um gato com um lazer verde.Ela assentiu.

—"Agatha Wayne esta morta" -imitou a jornalista- Quer saber minha opinião?

—Não! -disse ele.

—Não acho que ela tenha morrido,parece surreal demais, sabe? Aquela garota é pior que Onça, sabe ser furtiva, uma queda de um predio não a mataria.

—Ela caiu de um prédio! Quem não correria o risco de morrer?

—Agatha! Você vai ver, quando se menos esperar, a filha da puta vai estar aqui nos importunando como se nada tivesse acontecido.A garota tenta animar o animo do irmão, que parecia ter comido algo que não gostou. Marco fica sem responder por um tempo, até que ele se dirigir a irmã com uma pergunta.

—Como esta indo na casa do Sr.SeEuQuizerComproOPaisTodo?!Ela sorri,apontando o lazer pro irmão.-Mais divertido do que eu poderia imaginar, aquele cara é um gênio em robótica, ele manda super bem!

—Ele não é seu SugarDaddy, nem nada do tipo, não né? -brincou ele.Agora foi a vez do garoto levar uma almofadada na cara com tal insinuação.

—Palhaço, fala isso de novo que eu enfio uma chave de fenda no seu cu! -praguejou a garota irritada.

—Credo,diga isso nem brincando,maninha!Foi a vez dela revirar os olhos. Ela se levantou,ajeitando o uniforme escolar que vestia.

—Eu vou indo, não quero que levantem suspeitas contra mim. Até mais, Otário, diz pro casal 20 que eu mandei um beijo.

A garota se despediu, acenando, com a mão para o irmão.

—Também te amo, sua retardada.

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A equipe de Zatanna já se encontrava em sua base. Manna recebia o tratamento adequado numa das salas medicas. A jovem se encontrava dentro de um tubo, com alguma especie de liquido que parecia muito com amaciante ao toque, com a exceção de que era totalmente transparente como água, era algo muito estranho, mas estar dentro daquele tubo, trazia uma sensação nostálgica a jovem, que poderia jurar estar sendo abraçada por braços invisíveis enquanto a dor de seu ferimento diminuía constantemente até se tornar nula. Manna estava entrando num estado de dormência,sendo completamente incapaz de manter sua consciência e como meio de auto preservação,seu corpo se colocou em posição fetal.-Manna! -chamou uma voz, minimamente familiar na mente da garota- Manna! -chamou mais uma vez, sendo essa mais perto dela. Derrepente inúmeros flashes tomaram sua mente deixando-a nebulosa e confusa.-Manna! -gritou Zatanna. A garota despertou, saindo de seu estado semiconsciente. Ela estava em cima do tanque, se segurando na borda, ofegante, Zatanna segurava um de seus braços, este totalmente pra fora do tubo.-O que foi? -perguntou atordoada a Zatanna, mas ao parecer a Homomagi preferiu ficar em silencio, sem responde-lá, o que para ela,serviu como um aviso de que ela havia feito algo ruim.-Pode sair do tanque, Manna. -pediu um dos funcionários da Liga, sem olha-la. Zatanna a ajudou a sair do grande tubo, assim como vestir um roupão. Manna passou a mão pela barriga, onde até a alguns minutos estava com um grave ferimento que possivelmente foi curado pela água daquele tubo, mas o que era aquilo? E por que estava nua? Onde suas roupas foram parar? Zatanna ajudou a mais nova a ir até seu quarto,afinal a homomagi não estava tão confiante quanto a "cura" milagrosa de sua parceira de equipe.

"Que coisa é essa?"—ela havia perguntado a moça que operava um monitor, que mostrava a leitura de calor de Manna,que estranhamente não parecia com nada que ela já havia visto em qualquer outro ser humano.

"Essa "coisa"—disse a médica sem olha-lá— é uma especie de capsula, ela da ao corpo energia suficiente para se curar sozinho, de qualquer ferimento."

Claro que Zatanna não tinha caído nessa, afinal um outro herói a algumas semanas teve um ferimento igual, se por sinal pior que o de Manna, e mesmo assim não havia sido mandado para aquela sala para receber tratamento.Isso sem falar no estranho comportamento de Manna, que assim que colocada na "água" ficou totalmente imóvel e tomada por uma leve aura azul. A homomagi de alguma maneira conseguia sentir a dor de Manna, que foi diminuindo gradativamente dentro do tanque, mas ela foi tomada pela surpresa quando uma onda de energia rompeu vidro a fora e a atingiu, assim que voltou a olhar a companheira de equipe,Zatanna pode ver que Manna agora se encontrava nua, em posição fetal, com a pele reluzente, transmitindo uma forte luz.Sem pensar muito, Zatanna voou ate a parte superior do tanque, agarrou um dos braços da menor e a puxou para fora mesmo que sua mão queimasse com o contato com a mais nova.

—MANNA!Com aquele grito, a luz cessou imediatamente, fazendo a garota voltar "ao normal".Se duvidas foi algo assustado ao primeiro momento.______________________

Após deixar Manna descaçando em seu quarto, Zatanna voltou a ala medica buscando tratamento para uma queimadura em sua mão.Como o seu caso não era muito urgente, ela demorou um pouco para ser atendida por uma médica ruiva, que não aparentava ter a mesma idade das outras pessoas da equipe, sem falar que ela parecia mais desligada do trabalho também, como se estar ali fosse mera casualidade, mas assim que ela botou os olhos nas mão de Zatanna sua atitude mudou rapidamente.

—Como conseguiu essa queimadura? -perguntou ela passando uma pomada fria na queimadura.

—Em missão -Ela mentiu desconfiando daquela médica.- Estava perseguindo uns caras e um deles atacou com fogo, ergui um escudo um pouco tarde.

A mulher assentiu com a cabeça, parecendo não dar a minima importância para a informação falsa de Zatanna, porém para não parecer chata ou desinteressada ela fez uma outra pergunta.

—Outra pessoa se machucou? Zatanna confirmou enquanto sua mão era enfaixada. Ela tinha acabado a conversa, pois tinha se levantado para sair do local, mas antes ela teve um pote entregue em sua mão.

—Caso venha a acontecer denovo. -disse a mulher saindo da enfermaria antes dela.A homomagi correu atrás da mesma, mas já era tarde, ela já tinha desaparecido, como um fantasma.