Lost escrita por Li


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá olá :) desculpem pelo atraso, aqui está o capítulo :)
Boa leitura :)



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Mesmo não querendo, fiquei ansiosa por uma resposta do Scorpius. Eu não sabia como ele iria reagir. Eu não sabia se ele ia agradecer. Eu não sabia que ele ia reclamar comigo e dizer para eu não fazer nada e continuar em segurança. Era esta reação inesperada dele que me fazia estar tão ansiosa.

Sirius tinha acordado pouco tempo depois de mim.

Permaneci calada em relação à carta que tinha mandado a Scorpius. Eu não sabia a resposta de Scorpius mas sabia qual seria a reação de Sirius. Por mais que ele odiasse Scorpius, havia algum que eles tinham em comum. O hábito de me protegerem.

—Vejo que estás com melhor carinha. – comentou o meu primo enquanto fazia uma panqueca – Não que a tua cara alguma vez estivesse mal. – concluiu, tentando corrigir-se da melhor maneira possível.

Sorri. Eu sabia que ele apenas dizia aquilo para me animar. Era isso que ele fazia.

—Tu és perfeito, sabias? – perguntei retoricamente – O homem perfeito, o amigo perfeito, um futuro pai perfeito…

E algo veio à minha cabeça com aquele comentário. O dia do casamento de Marine e Adrien. A altura em que nos estávamos a arranjar para o casamento. Domi…

E como se os meus pensamentos fossem previsões alguém bateu à porta. Alguém não, Dominique.

—Se eu não tivesse completa confiança na Rose, dizia que me andavas a trair.  – disse Domi ao entrar em minha casa – Olá, Rose. Não te levantes. Precisas de descansar.

—Já agora, obrigada pela confiança que tens no teu namorado. – disse Sirius sentando-se ao meu lado com a panqueca num prato. Roubei-lhe um bocado – Ei! Eu preciso disto! A minha namorada acabou de dizer que eu era capaz de a trair.

—Eu não quero meter achas para a fogueira, mas ele dormiu ao meu lado, Domi.

—Volto a repetir, tenho plena confiança em ti. – disse Dominique, sentando-se também e tirando, também, um bocado de panqueca do prato de Sirius.

—Vocês não entendem o significado de eu precisar desta panqueca? Eu!!!! – reforçou Sirius.

—Com licença, James. – disse Dominique retirando o prato da mão de Sirius – Já te disse que és o melhor namorado do mundo? Obrigada por esta panqueca deliciosa.

Sirius não disse nada. Nem valia a pena dizer. Ele sabia que Dominique iria reclamar e não iria adiantar de nada. E, além do mais, ele não tinha ficado chateado. Ele adorava ver a Domi comer. Estava sempre a reclamar por ela comer tão pouco.

—Vou fazer outra. – disse Sirius levantando-se – Com licença, rainhas da minha vida.

Sirius voltou para o balcão da cozinha e iniciou o processo de alguns momentos atrás.

—Domi, nós precisamos de falar a sós. – sussurrei para Domi de maneira a que Sirius não ouvisse. Domi olhou para mim estranhando – Eu depois explico. Não digas nada ao Sirius.

A porta voltou a abrir-se e desta vez eram Octavia e Albus. Sirius olhou para a entrada, cumprimentou Octavia e continuou o seu trabalho. Ele e Albus não se falavam, tal como eu e Albus, desde que Sirius descobriu que Albus sabia onde Scorpius estava.

—Boa noite, meninos. – cumprimentou Octavia – Vejo que estão ocupados.

—Claro que estamos. – respondeu Domi – Nós a comer e o Sirius a cozinhar.

—Isso quer dizer que tenho quem me faça o jantar? – perguntou Octavia, na brincadeira, sentando-se ao meu lado e de ao lado de Domi.

—Não querias mais nada, cunhadinha.  – respondeu Sirius terminando de fazer a sua panqueca – Aliás, o que é o jantar?

—Tenho de ver o que tenho no frigorífico. – disse começando a levantar-me, mas fui impedida por Domi.

—Tu não vais fazer nada, tens de repousar. – disse Dominique – Eu faço o jantar. Mas só porque estou cheia de fome.

—Não sei o que te fizeram, amor, mas estou a adorar. – comentou Sirius, levando um olhar mortal de Domi, sentando-se ao meu lado – Ela está mesmo estranha. - sussurrou ao meu ouvido para que apenas eu ouvisse.

—E já sabem mais alguma coisa sobre o teu rapto? – perguntou Octavia. O meu olhar, instintivamente cruzou-se com o de Albus. Tinha acabado de me aperceber que ele também devia de saber desta história toda – Desculpa não te ter ido buscar.

—Não te preocupes com isso, eu sei que estavas a trabalhar. – respondi – O Sirius veio. Ainda não se sabe de nada. Também não pude ajudar muito.

—Tenho a certeza que ajudaste no melhor que conseguiste. – comentou Albus, permanecendo no seu canto e aguardando alguma resposta brusca do irmão.

—Claro que sim. – concordou Octavia. Alguém bateu à porta. Esta casa andava muito concorrida hoje – Eu vou abrir.

Octavia levantou-se e dirigiu-se à porta.

—Tens uma visita, Rose. – disse Octavia com um sorriso no rosto. Ao seu lado estava Nico.

—Boa noite, pessoas. – cumprimentou Nico – Desculpa ter aparecido sem avisar.

 -Nós não nos importamos. – respondeu Octavia não me deixando falar – Anda. Senta-te onde quiseres.

—Eu não quero incomodar. Vejo que estão para jantar. – respondeu Nico.

—Jantas connosco. Quem cozinha para cinco, cozinha para seis. – respondeu Octavia. Dominique concordou.

Eu sabia que Dominique apenas não tinha protestado porque era o Nico. Porque era alguém que me estava a fazer esquecer o trauma de há oito anos. Mal ela sabia do resto da história.

—Sendo assim. – disse Nico um pouco embaraçado. Eu sabia que ele não se estava a sentir bem. Ele sentia-se um intruso – Podemos falar a sós, Rose?

—Claro. – respondi com um sorriso, aliviada – Vamos até ao quarto.

—Lembra-te que ela saiu hoje do hospital. – ouvi Sirius gritar antes de fechar a porta do quarto.

—Desculpa ter aparecido assim…

—Não precisas de pedir desculpa. – disse, aproximando-me dele e abraçando – Estava com saudades.

—E eu tuas. – admitiu Nico – Mas tu sabes…

Afastei-me.

—Rose, eu não disse isto para te acusar de nada. – tentou remediar Nico – Eu apenas estou a dizer que ainda estou a tentar assimilar tudo e o que aconteceu no casamento também não ajuda.

—Eu sei, Nico. Mas lembra-te, é contigo que eu quero estar. Contigo e mais ninguém. E espero que já tenhas metido na tua cabeça que não tiveste culpa de nada.

—Eu nunca mais vou deixar que alguém te faça mal. – disse Nico aproximando-se de mim.

—Passa aqui a noite. – sussurrei, encarando-o.

Eu sabia que a resposta imediata dele seria sim. Eu vi nos seus olhos. Mas logo a seguir veio a indecisão. Por causa do que tinha acontecido no casamento.

—Por favor. – disse aproximando os meus lábios dos dele.

—Isso é jogo baixo. – disse Nico com a respiração entrecortada.

—Está a resultar? – perguntei, provocando.

Nico não respondeu. Agiu. Beijou-me como nunca me tinha beijado. Beijou-me com carinho. Beijou-me com saudade. Beijou-me com amor…

—Vamos voltar para a sala. – disse Nico separando os seus lábios dos meus – Tens demasiada gente em casa para o que me apetecia fazer agora.

Nico saiu do quarto deixando-me completamente sem reação. Ele estava a provocar-me. Assim como eu o provoquei.

Saí do quarto tentando disfarçar a minha desilusão.

—Voltaram mesmo a tempo do jantar. – disse Dominique colocando a panela na mesa – E direitinhos.

—Domi! – protestei, sentando – Cheira muito bem. – completei para desviar o assunto.

—Claro que cheira, fui eu que cozinhei. – respondeu Dominique sentando-se no lugar oposto ao meu.

O jantar correu muito bem. A companhia deles era o que eu precisava naquele momento. Mesmo o Albus estando tão calado. Eu sentia falta do meu amigo.

—Vou buscar aquele whisky de fogo que tens ali escondido, Rose. – disse Dominique levantando-se e seguindo até ao local onde eu tinha guardada a garrafa.

Levantei-me atrás dela. Se as minhas suspeitas se confirmassem, ela não podia beber aquele whisky de fogo.

—Antes de buscares a garrafa, preciso que me venhas ajudar. – disse agarrando-lhe num braço e levando-a para o meu quarto.

—Mas…

Fechei a porta depois de entrarmos no quarto.

—O que é que se está a passar? – perguntou Domi olhando para mim sem entender.

—Tu não podes beber aquele whisky de fogo. – disse, tentando alertá-la.

—Rose, tu não estás bem. Eu bem disse que devias estar a descansar.

—Tu não estás a perceber, Domi. – tentei explicar.

—Isso tem alguma coisa a ver com a tua conversa de quereres falar comigo? – perguntou Dominique começando a ficar preocupada.

—Eu vou precisar que te sentes. – pedi.

—Eu estou bem assim, Rose. Estás a começar a preocupar-me. – disse Dominique – Rose diz alguma coisa.

—Eu acho que estás grávida. – revelei.

O choque no rosto de Dominique era óbvio. De todas as coisas que eu lhe podia ter dito, acho que esta era a que ela menos esperava.

—Como assim grávida? Isso é…

—Não digas impossível, por favor. – pedi antes que Domi terminasse – Ambas sabemos que não é impossível. Tu e o Sirius não são os maiores santos do mundo. É bem possível que isso tenha acontecido.

—Por Merlin! – bradou Domi – O que é que vou fazer da minha vida.

—Vais ter um filho. – respondi, tentando não parecer insensível – Mas nós ainda não temos certezas de nada.

—Mas eu preciso de ter a certeza. – disse Dominique.

—Eu não tenho as cápsulas necessárias para saber. – respondi – Só amanhã é que consigo isso.

—As meninas vão acabar os segredinhos ou nem por isso. – gritou Sirius batendo na porta do meu quarto – Já fui buscar a garrafa. Se demorarem fiquem sem nada.

—Se calhar até é melhor. – sussurrou Domi com uma lágrima.

—Ei. – disse agachando-me ao lado dela – Ter um filho não é o fim do mundo. Eu não posso falar por experiência própria mas posso ver o quanto o Hugo e a Lily são felizes. Assim como tu e o Sirius vão ser se estiveres realmente grávida. E mesmo que não estejas. Vocês serão felizes para sempre.

—Obrigada. – agradeceu Domi abraçando-me – Agora vamos fingir que vamos beber whisky de fogo.

E realmente foi a fingir. Domi escolheu o lugar dela muito bem. Posso dizer que a minha planta ficou tão bem quanto a Octavia, o Albus e o Sirius. Eu e o Nico praticamente não bebemos.

Dominique pegou em Sirius e ajudou-o a andar. Octavia e Albus desapareceram no instante a seguir. Eu e Nico ficamos sozinhos.

—Acho que vais precisar de uma planta nova. – comentou Nico aproximando-se de mim – A tua prima estava tão entusiasmada com o whisky de fogo.

—Digamos que, talvez, nos próximos nove meses, ela não possa beber. – respondi, beijando Nico de leve.

—Isso quer dizer que ela está…

—Ainda não há certezas. Faremos o teste amanhã. Mas não comentes com ninguém. – respondi, voltando a beijá-lo. Desta vez com mais intensidade – Vamos continuar o que começamos?

—Estava a ver que nunca mais dizias. – respondeu Nico colocando-me no seu colo – Eu é que comando. Tu ainda estás cheia de dor.

—Sabias que até preocupado, tu continuas completamente sexy – afirmei beijando-lhe o pescoço – Aliás, tu ficas sexy de qualquer maneira. Não sei como é que estavas solteiro quando te conheci.

—O meu mesmo digo de ti. – respondeu Nico deitando-me, delicadamente, na cama. Debruçou-se sobre mim e continuou a beijar-me. O pescoço. O peito. Tudo estava a ser perfeito.

Um pequeno barulho chamou a minha atenção.

—Está tudo bem? – perguntou Nico, encarando-me. O seu olhar demonstrava desejo. Desejo por mim.

—Parece-me ter ouvido algo. – respondi.

—Devem ser a Octavia e o Albus. No estado que eles estavam não me admira que façam imenso barulho. – respondeu Nico, sorrindo – Vamos só voltar ao que interessa. – concluiu beijando-me.

Mas o pequeno barulho voltou a repetir-se. E agora eu tinha a certeza que ele vinha do meu quarto.

Afastei um pouco Nico e olhei em volta. Na pequena janela encontrava-se Nixy, a minha coruja.

Grande timing, Malfoy, pensei.

—Dá-me só dois segundos, Nico. – afastei-o e levantei-me. Abri a janela e deixei Nixy entrar.

Como suspeitava, Nixy trazia um pergaminho amarrado à sua pata. Pequei nele e abri-o.

Amanhã às seis da tarde na Cabana dos Gritos

Scorpius

—Alguma coisa importante? – perguntou Nico, já sem camisa, estendido na minha cama.

—Nada que não possa resolver amanhã. – respondi, guardando o bilhete e voltando para os braços daquele deus grego.


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Notas finais do capítulo

Que acharam do encontro dos amigos? Acham que o Sirius e a Rose deviam de perdoar Albus? Que acharam da conversa entre a Rose e a Domi? E, por fim, que acharam dos momentos entre a Rose e o Nico?
Contem-me tudo nos comentários :)
Beijos ♥



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