Inerzia escrita por Captain Marvel


Capítulo 5
Orizzonti


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem com vocês?
Desculpem não ter postado semana passada, mas o capítulo estava na responsabilidade de uma beta, que acabou me bloqueando no Facebook por motivos de: sei lá, então resolvi betar por conta própria, afinal, Inerzia não pode parar!

Caso tenha algum beta lendo esta nota inicial e queira se candidatar, mande uma mensagem para mim que entrarei em contato com você!

Agradecimentos especiais à StarksGirl que fez aesthetics para a fanfics, incluindo esse maravilindo que está na capa do capítulo ♥

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/740029/chapter/5

 

 

No meio da semana atribulada, Thiago se dá ao luxo de beber uma cerveja. Abre a pequena garrafa e esparrama-se pelo sofá. Liga a TV, parando no canal que transmite o futebol. Lembra-se que desde que entrara para a polícia nunca mais acompanhou nada, nem do seu time do coração por falta de tempo.

Tudo está em paz, até ouvir o incômodo toque da campainha. Respira fundo, hesita em abrir a porta. Gostaria de apenas descansar, portanto uma lista enorme de palavrões sai de sua boca.

A campainha toca novamente.

— Puta que pariu... É nessas horas que tenho vontade de usar minha legalização de porte de arma para atirar em alguém... – reclama, se levantando e abrindo a porta.

Vê uma garota de pele morena, cabelos curtos negros, lábios marcados. Estranha. Antes que pergunte algo, ela sai falando:

— Com licença, senhor Thiago... Meu nome é Carolina. Sou amiga da Pâmela e vim te convidar para uma festa na minha casa no sábado...

— Festa? Garota, você nem me conhece! – Ri pelo nariz.

— Estou convidando todos os vizinhos porque vamos fazer muito barulho. Não quero incomodar ninguém, então acho melhor vocês irem. – Explica.

— Ok... Obrigado pelo convite, mas eu não vou. Fique tranquila. Avisarei aos meus colegas de trabalho para não atrapalharem sua festinha... – Comenta sarcástico.

— O-O s-senhor é policial? – Gagueja ao ouvir aquela informação.

— Sim. E um policial muito bravo. Passar bem, senhorita! – Fecha a porta, deixando-a pasma.

Ainda boquiaberta pela secura que o homem a trata, decide ir à casa da amiga, ver se já estava recuperada do choque.

[X]

— Oi Carol, tudo bem? Entre! – Maria abre a porta para que a morena entre.

Assim que vê Pâmela sentada no sofá, corre para abraçá-la.

— Amiga... Como você está?

— Você não deveria estar na faculdade? – A ruiva, questiona, espremendo os olhos.

— Hoje não teve aula. O professor mandou e-mail avisando que está doente. Como está sua recuperação do baque?

— Estou melhorando aos poucos... Desde ontem consegui voltar a falar. Os calmantes estão me ajudando a dormir. – Responde sincera.

— Podemos ir ao seu quarto conversar? – Carolina pergunta olhando em direção às escadas que davam nos quartos.

Pâmela assente e se levantam.

[X]

— Por que me trouxe aqui? O que quer me contar? – Estava intrigada. Carolina só agia daquela maneira quando tinha alguma novidade.

— Eu fui à casa do vizinho bonitão... – Pâmela toma ar para falar algo, mas é interrompida. – Ele foi bem grosseiro comigo. Disse que não vai à festa e bateu a porta na minha cara!

Ambas riem.

— Minha mãe me disse que ele foi muito gentil no dia do... “Ocorrido”. – Por mais que tentasse evitar falar daquilo, a lembrança vinha à tona na mente da jovem. – Ele é mesmo um cara meio ranzinza, porém, tem um excelente coração. E ainda é lindo!

— Pâmela... Você não está a fim dele, está? – Pergunta ao notar o brilho no olhar da amiga surgir ao falar do homem.

A ruiva se ajeita na cama. Suspira forte.

— Não, eu não estou apaixonada.

— Ah bom, porque o Daniel...

— Eu não estou mais com o Daniel! – Interrompe-a, cuspindo a notícia.

— C-Como? Mas você ainda está usando a aliança... – aponta para o dedo anelar da sua mão direita.

— Ele tem agido de forma possessiva. Semana passada fez um escândalo comigo no shopping, chegou a puxar meu braço. Por sorte o Thiago chegou na hora e o parou.

— Meu Deus! Por que não nos contou isso?

— Sabe o olho roxo que cheguei segunda na faculdade? – Confirma com a cabeça. – Ele me bateu! Por sorte já está melhorando.

— Amiga, por que você mentiu? Você tem que denunciá-lo! Agressão é crime! – Se levanta, andando de um lado para o outro, passando as mãos pelos cabelos seguidamente.

— Denunciar? Para quem? Não tenho testemunhas. Além disso, me chamariam de vagabunda, submissa, ou até falariam que gosto de apanhar. – Explica-se.

— Pam... Esse cara não te merece. Onde ele está agora?

— Viajou pela empresa que trabalha. Ficará quinze dias fora e prometeu que assim que voltar, conversaremos.

— Vocês não têm o que conversar. Se ele te bateu uma vez, fará isso novamente! Considere-se solteira porque você não merece um homem desses... – Ela a abraça.

Finalmente, se sente confortável com alguém depois de tanto tempo. Nunca tivera uma amizade duradoura. Já fora trocada por outras pessoas mais “cool”, namorados ou até mesmo pela distância. Todos os amigos que teve, a abandonaram.

Entretanto, se vendo naquele momento intimo com Carolina, vendo-a se importar com ela, liberta-se. Permite-se chorar, a fim de se esvaziar de tudo o que sentia nos últimos dias.

As lágrimas demoram a cessar, mas quando a fazem, a amiga lhe bate com um travesseiro, fazendo-lhe cócegas.

Tudo o que deseja é que Pâmela sorria novamente. Sente-se mal em ver as pessoas que gosta, tristes.

[X]

A noite passa rápido. Já está tarde quando Carolina vai embora. Por sorte são vizinhas. Despede-se da garota com um abraço e se disponibiliza a ouvi-la sempre que precise.

Desce as escadas, cumprimenta os pais e se vai.

A ruiva tem uma maravilhosa noite de sono. Dorme mais tranquila. Promete a si mesma que usaria os dias restantes de atestado para distrair a cabeça e não se martirizar pelos últimos acontecimentos.

[X]

No sábado de manhã:

Pâmela espreguiça-se na cama, se levanta e vai à cozinha tomar café. Ao chegar lá, é surpreendida ao ver a figura de uma loira.

— Bom dia flor do dia! – A pessoa se vira. Ao ver aqueles olhos verdes, reconhece como Elaine, que corre para abraçá-la. – Sentimos muita saudade na facul, viu... Não consegui vir antes por causa do meu trabalho. Está meio corrido por lá. – Justifica.

— Como você entrou aqui? – Cruza os braços, curiosa.

— Dei sorte. Cheguei, seus pais estavam saindo. Aí me mandaram entrar e te acordar. Mas você parecia um bebezinho fofo, então preferi esperar... – Aperta as bochechas da amiga, que lhe dá um tapa de leve.

— Sua trouxa! – Xinga e mostra a língua.

— Sua otária! – Retribui da mesma forma. – Já que você teve uma semana difícil, vim te convidar para irmos tomar um sorvetinho e fazer umas comprinhas no shopping. O que acha?

— Ótima ideia! Mas primeiro, preciso tomar café... – Aponta para a garrafa térmica na mesa.

— E precisa lavar essa sua cara de zumbi do The Walking Dead porque está foda, viu...

— Ah, vai tomar no cu, cara de bolacha! – Responde brincalhona.

[X]

Em seu quarto, já trocada, prende o cabelo em um rabo-de-cavalo alto e opta em sair sem maquiagem, tendo em vista que o roxo de seu olho praticamente sumira. Deixaria para perder tempo com isso somente a noite.

Colocou uma legging preta, uma regata pink e um tênis.

Desce de encontro com Elaine que a espera sentada no sofá. Ao vê-la, assovia, como os homens fazem ao avistarem uma mulher bonita.

Riem e enfim saem.

Quando estão do lado de fora da porta, param para Elaine fuçar a bolsa em busca de seu Bilhete Único.

Seus olhos se perdem do outro lado da rua, ao verem uma cena encantadora: Thiago está sem camisa, exibindo o porte forte, uma tatuagem de um capacete medieval nas costas, lavando o carro da forma mais sensual possível.

Os cabelos longos se mexem levemente, acompanhando os movimentos de seu corpo, que respinga água. A manhã era quente, então não se importara em se molhar.

A bermuda preta que traja, está colada ao corpo devido à água, deixando sua parte inferior marcada.

Pâmela observa boquiaberta, como se aquilo acontecesse em câmera lenta. Elaine morde o lábio e não ousa em gritar:

— Que delícia hein, bebê... Êh lá em casa! – Ele as olha sério. A ruiva lhe dá um pequeno empurrão e cora, envergonhada. – É com você mesmo que eu estou falando... Gostoso! – Elaine repete.

— Cala a boca! – A amiga sussurra entredentes e a puxa pelo braço. Porém, continua encarando o homem, que ri sem graça.

Para tristeza da loira e alívio da ruiva, o ônibus para o shopping passa e para fora do ponto para entrarem.

— Porra Pam, você tinha razão mesmo. Esse seu vizinho novo é um pedaço de mau-caminho!

— Você não precisava falar aquilo. – Comenta ainda sentindo vergonha.

— Qual o problema? Você já tem seu loiro bombadinho, agora é minha vez de arrumar um boy, né!?

A garota fica sem graça ao se lembrar do namorado. Ele não iria gostar de saber que se embasbacou vendo o vizinho lavando o carro. Contudo, também se lembra da conversa que tivera com Carolina no meio da semana. Não deveria se prender a ele, pois o amor talvez tivesse acabado.

Aquele dilema paira sobre sua cabeça durante o trajeto, enquanto ouve a amiga falar várias coisas sem prestar atenção.

Passam em frente à casa de Daniel e é a única coisa que ouve a outra perguntar:

— Não é aqui que seu boy mora?

Apenas assente e continua a ouvi-la falando.

E a dúvida continua: Poderia se considerar solteira sem ter decretado oficialmente o rompimento com Daniel?


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Notas finais do capítulo

Gente, vocês viram que o Keanu vai estrear um filme romântico com a Winona? COMO ASSIM O THIAGO VAI PEGAR A MÃE DA PÂMELA???

Brincadeiras à parte, não deixem de comentar o que estão achando da estória e se você é beta reader, entra em contato comigo!

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