Inerzia escrita por Captain Marvel


Capítulo 12
Cosa Ottieni


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Primeiro, como vocês já devem saber, eu sou muito fã da Marvel (AH VÁ, É MESMO, PAOLA? CÊ JURA???) e hoje foi um dia muito especial com o lançamento do segundo trailer de Vingadores: Guerra Infinita. Minha ansiedade tá mais de 8 mil, bicho!!! Alguém mais aí assistiu? O que achou do trailer?
Segundo, quero começar me desculpando por fazer dois personagens tão FDP's - Daniel e Elaine - mas quero pedir que não desistam da estória e continuem aqui!
Terceiro, quero desejar boa leitura a você que está lendo este capítulo ♥



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— Elaine? Você não é amiga da Pâmela? — questiona, cruzando os braços diante do peito.

— Sou. Ou melhor, era... Ai, eu não suporto ver o que estão fazendo com você! — comenta. — Posso entrar para te contar os detalhes?

Apreensivo, abre espaço, orientando-a para que entre.

Ao atravessar a porta de acesso à casa, nota que é bem simples para as condições financeiras do rapaz. A única coisa que realmente chama a atenção é sua TV de 43 polegadas, com acesso à internet. Contudo, o restante não orna com sua personalidade arrogante, exibida.

É trazida de volta à realidade ao ouvi-lo pigarrear. Ajeita a postura, o observa com atenção.

— E então, o que queria me contar sobre Pâmela?

— Bom, ela já vem falando de um tal Thiago, que se mudou recentemente para a casa em frente à dela, elogiando-o, dizendo o quanto o acha bonito. – Daniel cruza as pernas, balançando o pé no ar, com neurastenia. – Acredita que teve um dia em que fomos ao shopping, ele estava lavando o carro e ela começou a chamá-lo de gostoso, delícia, entre outras coisas baixas?!

— Eu não acredito nisso! — manifesta-se com desconforto.

— Pois acredite! Depois disso, ainda teve a festa na casa da Carolina, a qual você foi vê-la no hospital depois. Sabe por que o Thiago estava lá? Porque eles se beijaram!

— Caralho... Sou muito burro! — soca o sofá. — Como não desconfiei de nada?

— Você não é burro, queridinho... — senta-se ao lado dele. — Só está apaixonado, se deixando levar pelos sentimentos que nutre por ela.

— Está certa! Preciso mostrar quem é que manda!

— Isso! — a loira bate palmas. — Pode começar retribuindo a traição, por exemplo... — morde os lábios.

— Como ass... — antes que pudesse terminar a frase, a vê tirando o vestido; ficando somente de lingerie em sua frente, exibindo seu belo corpo.

Dá uma piscadela para ele, fazendo um sinal de “vem” com o dedo indicador. Fica sem reação.

[x]

Pâmela e Thiago ainda se beijam, quando pega seu rosto e desvia-o para o lado.

— Desculpa Thiago... Tem que sair de cima de mim! — pede num murmúrio.

— M-mas... — gagueja nervoso. — O que fiz de errado?

— Você não fez nada. A culpa é minha! — impulsiona-o. Adorna a roupa, se coloca de pé, em posição para voltar a lavar a louça. — Vou terminar o que me comprometi a fazer e já vou embora. — evita contato visual.

Após alinhar as roupas, a pega pelo queixo, forçando-a a olhá-lo.

— O que está acontecendo?

Respira fundo. Contorce o rosto a fim de não chorar, todavia, sem sucesso.

— É o Daniel... Estou confusa! Não sei se o amo, nem o que eu sinto por ele. Estava tudo bem até um tempo atrás, mas agora ele está diferente! — desabafa.

Suspira pesadamente. Estava tão bom não se lembrarem dele.

— Quando exatamente ele mudou?

— Sei lá, acho que desde sua promoção para o cargo de gerente de vendas, ficou mais grosseiro; prepotente.

— Ele não ficou assim, Pâmela. Sempre foi! Muitos casos de violência doméstica são cometidos por homens carinhosos e românticos. O cara nunca prestou, só estava com uma máscara!

— Eu discordo! — diz Rodrigo entrando na cozinha, abrindo a geladeira. — Às vezes os homens que já foram casados mais de uma vez, maltratam uma mulher, mas não maltratam a outra... — pega uma garrafa d’água e um copo. — Nem a psicologia sabe ao certo o que torna essa pessoa agressiva. Talvez seja insegurança. Ou consequência de um relacionamento anterior. Também pode ser influência de amigos; colegas; que ficam dizendo “Ei, sua namorada é maior gostosa!” ou “Enquanto você está aí todo preocupado, ela tá metendo com outro!”. — bebe o líquido, dá de ombros.

Puff... — Thiago manifesta com desprezo. — O Daniel não é nenhum moleque pra ser influenciado pelos amigos!

— Chega de falarem do meu noivo! — ordena, irritada. — Meus problemas com ele, eu resolvo sozinha. Não preciso de sermões e orientações. — volta a focar na louça.

Os amigos se entreolham assustados.

— Só não queremos que viva presa a alguém que te faz mal... — o ex-policial explica. — Mas se insiste; é problema seu! — caminha em direção à sala. — Deixe a louça em cima da mesa que depois eu guardo! — sai, deixando um silêncio perturbador.

— Sabe Pâmela... O Thiago realmente gosta de você! — o advogado se manifesta. — Ele não costuma se preocupar tanto assim com as pessoas...

— Que tal ir estudar as leis, tentar me ajudar a processar a porra da empresa, ao invés de ficar dando um de cupido? — interrompe-o, nervosa.

— Ui, essa doeu! — coloca a mão no peito, a fim de parecer dramático. — Desculpa aí, então! — deixa o copo na pia e volta à sala.

Ela bufa. Arrepende-se de ter sido grosseira com pessoas que só estão tentando lhe ajudar.

[x]

Após Rodrigo lhe explicar que pesquisara alguns casos parecidos com o dela, entretanto — infelizmente —  foram mal sucedidos; e ela se desculpar sobre sua atitude de mais cedo, vê que já era hora de voltar para casa.

Anoitece, quando passa pela porta da casa do vizinho, que se despede com um aviso:

— Qualquer coisa... O que precisar... Conte conosco! Somos seus amigos agora! — sorri.

— Obrigada por tudo. — retribui o gesto; abraça-o; dá-lhe um beijo na bochecha, o qual o enrubesce.

Acompanha-a com os olhos atravessar a rua, transpassar pela porta de sua casa e sumir. Volta para a sala, onde Rodrigo o aguarda com um sorriso jocoso.

— Logo uma novinha... Aí sim hein, Thiago! — gargalham.

Ao adentrar em seu domicílio, tem uma surpresa: Daniel está sentado no sofá de sua sala, com um sorriso estampado em seu semblante.

— Oi amor! — cumprimenta-o, caminhando em sua direção.

Ele estica o braço, a freando; coloca-se de pé; passa as mãos nos cabelos dela, mantendo a simpatia.

— Onde estava?

Engole em seco. Não sabe o que responder. Nada vem à sua mente, então, apenas o encara.

— Ouviu o que perguntei? — ele franze o cenho.

— Sim. — é tudo o que responde, abaixando a cabeça posteriormente.

— Você estava com o tal Thiago, né?

— Como sabe? — continua mirando o chão.

— Cheguei aqui, Carolina e Elaine estavam desesperadas porque você foi à casa do vizinho e não voltou mais. — ergue seu queixo, obrigando-a a fixá-lo. — Não te disse pra ficar longe dele?

— Disse, mas...

— NÃO TEM “MAS”, PÂMELA! — empurra-a. — VOCÊ NÃO QUER SER CURADA DA SUA DOENÇA? NÃO QUER RECEBER UM TRATAMENTO DE UM HOSPITAL DIGNO PARA O SEU PROBLEMA? — fica aos prantos, à medida que põe as mãos diante do rosto para se defender, ouvindo-o gritar. — VOCÊ NÃO ME OBEDECE! — puxa seus cabelos, atirando-a contra a parede.

Bate apenas as costas. O vê se aproximar com um tom ameaçador.

— Por favor, Daniel. Para!

— Você merece ser punida... — toca suas madeixas. — Que tal um novo corte de cabelo? — sorri sádico. — Já volto. Vou buscar a tesoura da sua mãe. — Vai à cozinha, onde Maria guardava uma tesoura em cima de uma velha máquina de costura.

Aproveita e sai correndo dali, sem se importar com seu visual desordenado. Atravessa a rua desnorteada; por sorte está deserta. Bate desesperadamente na porta do vizinho, que atende de prontidão.

— O que aconteceu pra você estar nesse estado?

— O Daniel enlouqueceu. Proteja-me!

Com uma expressão assustada, coloca-a para dentro, trancando a porta e as janelas.

— Rodrigo, pegue um copo de água com açúcar para ela! — solicita. Ele corre à cozinha. — Você precisa se acalmar, ou vai parar novamente no hospital.

— Não sei como ele se tornou esse monstro... O que eu fiz? — fala em meio a soluços e lágrimas.

— Como ele era quando vocês se conheceram?

— Um príncipe encantado! — sorri saudosista. — Tudo começou há dois anos, quando eu voltava de uma entrevista de emprego...

 


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Notas finais do capítulo

Fiquem com essa "ibagen" do Rodrigo ♥

O que posso adiantar é que o próximo capítulo será 99% flashback. Alguém consegue apostar sobre o quê?
Alguém aí está com vontade de matar o Daniel? E a Elaine? Rodrigo melhor personagem, sim ou claro?



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