O Outro Lado da História escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! ^E^

EU VOLTEEEI! Eu ainda estou viva! Hey, obrigado por se preocuparem comigo (sqn né?). Enfim, DESCULPINHAS gente. É que só o sangue de Jesus para ajudar gente como a gente em período de prova, viu... Mas agora eu estou aqui para postar o primeiro capítulo oficial de OOLH *felicidade* e realmente espero que vocês gostem.

Quem quiser mandar sugestões, dizer alguma teoria que acha que ficaria boa aqui ou qualquer coisa relacionada aos personagens eu agradeço de coração. ♥

Boa leitura pessoal! ;-)



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Félix

 

— Acorda seu loiro aguado, hoje é sábado! – alguém gritou literalmente me empurrando para fora da cama.

Resmunguei todos os palavrões britânicos que conseguira me lembrar enquanto me levantava da bagunça que meu cobertor e meu travesseiro haviam feito no chão do quarto. Lancei o olhar mais frio e irritado que consegui para a figura parada próxima a porta do meu quarto. Mercúrio, o cara que dividia o mesmo dormitório que eu na faculdade. Ele tinha a pele negra, uma altura mediana, olhos verdes parecidos com os do meu irmão caçula e um humor que conseguia me tirar dos nervos. Desde o primeiro momento em que cheguei à Inglaterra havíamos nos tornado amigos, mas para alguém que tinha o primeiro nome escrito numa tabela periódica até que ele era o causador de darmos umas boas risadas até onde estávamos naquele momento: na metade do terceiro ano do ensino médio.

— Sabe, algo que eu tenho certeza que jamais vou sentir falta é dessa sua maneira estúpida de acordar os outros num final de semana, arrancando as pessoas das suas confortáveis camas. – lhe respondi em meio a um suspiro irônico. – Literalmente no caso.

Ele apenas balançou a cabeça e deu uma pequena gargalhada me observando arrumar minha cama. Ambos sabíamos que aquilo era mentira, mas vamos abafar o caso. Joguei meu corpo no colchão depois do cobertor estar esticado do jeito que eu gostava. Bufei. Se tinha uma coisa que eu odiava fazer era levantar cedo num dia onde eu poderia estar descansando do trabalho que tive na semana inteira. Agora eu estava lá, com a maior cara de zumbi que ficou até altas horas da madrugada tentando adiantar um trabalho importante do professor de filosofia, sendo obrigado a enfrentar mais um dia acordado á toa pelo meu melhor – e possivelmente um dos poucos que eu tinha – amigo.

— Melody vai se apresentar hoje? – perguntei encarando o teto do quarto. O gesso tinha algumas falhas e perto da porta havia algumas pequenas rachaduras, mas tirando aquele pequeno detalhe aquele cômodo era o que eu mais sentiria falta quando terminasse os meus estudos.

— Vai sim. – Mercúrio respondeu olhando alguma coisa no celular em suas mãos. Virei meu olhar em sua direção e o vi vestindo sua costumeira roupa de atleta. Não era nada além de um conjunto de moletom verde e um par de fones de ouvido que ele sempre carregava consigo quando não estava usando o seu uniforme. Eu mencionei que o cara é o corredor mais veloz do colégio inteiro? Todos sempre o chamavam de “Astro” porque sempre que havia uma disputa de velocidade entre escolas nós éramos os vencedores, não importasse qual era a modalidade ou o esporte. Mercúrio voava sob uma pista, isso eu não podia negar.

— Ela mesma te avisou, não se lembra cavalheiro? – ele acrescentou me fazendo esfregar o rosto com as mãos. Ele havia dado ênfase na palavra “cavalheiro”, o apelido que Melody tinha me dado quando nos conhecemos e que eu nunca iria entender o porque daquilo. Afinal nem sempre eu era um mar de rosas com as pessoas ao meu redor. – Ele e a Bridgette fizeram questão de te chamar pessoalmente para a apresentação.

— Ah, nem me lembre. Não sei como a Mel aguenta aquela doida da Dupain-Cheng.  – disse me sentando na cama e o encarando, sentindo o sono voltando aos poucos nas minhas costas. Mais uma vez ele sorriu, só que, dessa vez, Mercúrio foi em direção a porta do quarto pronto para mais um final de semana para correr de manhã cedo.  

— A apresentação vai começar as 14:00 horas no anfiteatro da CPL. Não se atrase. – informou apontando um dedo na direção da minha cama e em seguida saindo porta a fora.

Bem, então você me faz a seguinte pergunta: “e ai, o que aconteceu?”.

O que qualquer pessoa do mundo e com sono faria nesse mundo oras: me joguei de volta no travesseiro e dormi mais um pouco. Pense comigo: não eram nem oito horas da manhã ainda, o que poderia dar errado? Dormiria mais um pouco, me arrumaria e iria até o anfiteatro assistir uma apresentação da minha amiga antes das 14:00 horas da tarde. Simples assim. Pelo menos eu poderia repor mais um pouco de tempo de sono antes de algum ser animado e me empurrar novamente do meu pedaço de cama, chamado colchão.

Tudo daria certo, certo? Errado.

Acordei com o barulho de alguém batendo na porta do meu quarto e quando olhei o relógio senti que realmente não podia confiar no meu raciocínio cansado. Tomei o banho mais rápido que consegui e vesti a roupa que sempre usava nos finais de semana na CPL: uma calça jeans preta, camisa de manga longa e meus sapatos mesmo. Quando abri a porta do dormitório para ir correndo para o concerto fechei a cara.

— O que você tá fazendo aqui de novo? – indaguei sem paciência enquanto decidia se saia ou se entrava no quarto de novo. – Achei que depois do último incidente você ficaria no seu prédio Bridgette.

— Eu irei ignorar a sua arrogância comigo só porque eu amo a minha melhor amiga e que, por coincidência ou não, vai te matar primeiro do que eu. – a morena respondeu dando um passo para trás e abrindo espaço para que eu fechasse a porta. Olhei para o relógio no meu pulso e bufei.

— O número dela com a flauta já começou? – perguntei torcendo para que ouvisse uma resposta negativa.

— Faltam cinco minutos para a entrada dela e do grupo da CM. – Bridgette informou e com um aceno de cabeça sai correndo pelo corredor. – Você não vai chegar ao anfiteatro a tempo. É do outro lado da universidade! – gritou me girando nos calcanhares antes que pudesse fazer alguma coisa.

— E você tem alguma sugestão? – indaguei com ironia. – Você quer que eu vá voando até lá garota? A única coisa que eu posso fazer é correr e torcer para chegar lá antes da Melody começar o concerto musical.

Até hoje me arrependo da pergunta que eu fiz para aquela garota.

 Depois de alguns segundos ela simplesmente olhou para mim, agarrou o meu pulso direito e me arrastou para o estacionamento da escola. Ou melhor, me arrastou para um passeio mortal: para a sua moto da última geração, cheia de tranqueiras de culinária penduradas na garupa e mais, proibida pelos diretores da universidade de circular pelo ambiente escolar. O motivo? Eu não sei e sinceramente prefiro continuar assim. A única coisa que me lembro desse dia foi que quase perdi os meus pés naquela tarde. O primeiro foi pela saída que aquela perturbada da Bridgette deu com o nosso “meio de transporte mais rápido do mundo” e o segundo foi quando cheguei do outro lado da escola.

Fato importante sobre a segunda garota dos meus “amigos”: jamais irrite a Melody por um motivo sem explicação. Jamais.

A única coisa que tenho a dizer em minha defesa é que eu nem sempre fui azarado desse jeito. Não, aquilo só tinha começado há dois meses e meio.

Tudo começou quando eu estava iniciando o meu terceiro ensino médio numa das melhores universidades de Londres: Papillion College London. Havia me mudado pra lá quando Amélie Agreste, minha mãe tinha completado dois meses que havia morrido e sem mais nem menos fui separado do meu irmão para outro país europeu que, além de não conhecer ninguém, havia outro problema nos meus calcanhares. Bridgette. Bridgette Dupain-Cheng. Essa garota me persegue desde o primeiro dia em que comecei o terceiro ano e até hoje eu nunca descobri o motivo. Mas eu não posso colocar todo o crédito sobre as costas dela. Havia outra pessoa que despertava coisas piores em mim. Quem?

O nome dele é Gabriel Agreste. Nunca tive tanta raiva do meu pai como tive naquela época.

E então você pergunta: “Porque Félix? Ele ainda é seu pai!”

 Pense comigo: se você tivesse uma família linda e feliz, onde tudo sempre dá certo e que não tem problema que estrague isso, e o homem da casa que é o seu pai jamais passasse um minuto sequer do seu lado. Agora imagine como toda essa situação fica depois que a mulher que você ama mais que tudo no mundo, a sua mãe, falecesse de repente e o seu pai achasse que a melhor solução do mundo era te mandar para outro país só para não aguentar cuidar dos seus próprios filhos. Conseguiu? Bem, isso não é a metade do que eu sinto. O meu pai me abandonou. Ele simplesmente se enfiou ainda mais no próprio trabalho e entregou o meu irmão mais novo para uma governanta cuidar. Uma governanta que é mais parte da nossa família do que ele mesmo.

Mas vamos voltar para o foco: o meu último ano de estudos dentro da faculdade.

Naquela época eu havia conhecido três pessoas que tornaram aquela tortura britânica menos terrível do realmente era: Sparrow, mas que todos sempre chamavam de Kid porque ele possuía uma grande deficiência para falar e a maior parte dos que estudavam com ele o consideravam um mímico de verdade; Mercúrio, que praticamente foi o meu melhor amigo mesmo sendo parte do grupo atlético da faculdade e sendo o negro mais veloz de toda a escola; e por fim Melody, a garota que simplesmente era “A” artista com uma flauta transversal nas mãos. Diferente dos outros ela sempre era a número um a ser chamada para eventos da Papillion que envolviam uma orquestra musical. Éramos chamados de “Quarteto Improvável”, pois ninguém conseguia nos ver como amigos de verdade. Mas acredite: éramos realmente muito próximos.

O problema começou mesmo quando eu conheci Mister August, o professor de literatura e coordenador da faculdade.

Essa é realmente uma história que eu deveria contar do começo.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?

Ficou um pouco pequeno, mas é apenas o inicio e em breve a história será mais aperfeiçoada.



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