A Herdeira Stark - Livro I escrita por Jojs


Capítulo 2
Meu pequeno bebê


Notas iniciais do capítulo

Depois de pedidos fervorosos essa semana ... I'M BACK HONEY!
Espero que gostem do capítulo 2 ♥
ps: quem quiser seguir no instagram é @marveldobrev
lá eu estou postando algumas tirinhas sobre a fic e sobre os livros que estão mais a frente, com a Lila já mais adulta ;*



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Coulson estava sozinho com um bebê nos braços então fez o melhor possível, com a ajuda de uma velha senhora é claro. Doroth era vizinha de apartamento de Philip, ela não fazia muitas perguntas se o homem pagasse em dia cada vez que ele ficava com a jovem Lizandra, que a ensinasse um pouco de francês que a velha dominava com maestria mesmo que a menina ainda fosse um bebê, ás vezes Phil precisava ficar até mais tarde no trabalho, mas a velha não se importava, nem quando ele sumia por dias, ele sempre pagava bem e Lizandra era uma criança muito inteligente e quieta.

Como Phil pensou, Samantha literalmente sumiu por meses a fio, ela não dava nenhuma notícia, as vezes aparecia, fazia ligações relâmpago, mas nada que fizesse com que ela fosse descoberta por ele, o que deixava o agente mais apreensivo, somente uma pessoa poderia ajudar-lhe naquele momento e foi exatamente a quem o agente procurou, uma das fundadoras da SHIELD e quem possivelmente poderia saber como encontrar Samantha, a melhor agente que Phil tivera o prazer de conhecer, Peggy Carter, que aos 72 anos se preparava aos poucos para se afastar de fato dos seus afazeres na SHIELD.

— Diretora. — Ele chamou adentrando na sala em que Peggy estava assinando alguns papéis.

— Agente Coulson! — Ela abriu um sorriso vendo o espirituoso e jovem agente. — A que devo a visita? Minha secretária avisou que era urgente.

— Sim, sim. Prometo não consumir tanto tempo da senhora. — Ele se aproximou com uma pasta em mãos, o pouco que havia recolhido sobre Sam. — Você conhece Samantha Blaine? Claro que conhece, você é a diretora, mas ...

— Senhor Coulson, respire fundo. — Ela exibiu um curto sorriso. — Sim, eu conheço a senhorita Blaine, eu mesma a escalei para a missão sobre meus finados amigos Howard e Maria Stark, mas assim como as pistas sobre ambos, Samantha desapareceu.

— Não é bem assim. — Philip tirou uma foto de Samantha com Lila nos braços quando a viu pela última vez. — Essa é a Samantha há alguns meses e esse bebê nos braços dela é a sua filha, Lizandra, que no momento está em minha guarda.

— A criança ... — Peggy olhava a foto. — É sua ...

— Afilhada! — Phil cortou Peggy de imediato. — O pai dessa criança é sigiloso, mas o que a diretora precisa saber é que a Samantha estava investigando secretamente o assassinato dos Stark, ela continuou e bom ... Faz semanas que eu não sei dela, ela tem uma filha agora e essa criança precisa saber o que houve com a mãe.

— Você está cogitando a morte dela?

— Bom diretora ... — Phil prendeu a respiração. — Eu não sei o que pensar a não ser que tenho um lindo bebê em casa que vai crescer e querer saber o que aconteceu com a mãe, eu tenho um compromisso com a Lizandra e eu quero cumpri-lo.

— Tudo bem, eu te ajudo a encontra-la. — Peggy olhou a pasta. — Vou usar meus contatos, mas eu preciso só de uma coisa, que você me conte quem é o pai dessa criança.

Phil prendeu a respiração de novo, tinha prometido a Samantha que não iria contar quem era o pai de Lizandra, não até que ela tivesse idade, que a menina seria a primeira a saber. Porém, ele precisava da ajuda de Peggy, sabia que a diretora se desligaria de suas funções na SHIELD em breve e depois disso ficaria sem uma ajuda de peso dentro da organização, pelo menos alguém que poderia confiar tudo, era quebrar a promessa feita a Sam ou perde-la para sempre.

— Então ... — Ele passou a língua nos lábios buscando as palavras certas. — Sam se envolveu demais com essa missão e ...

— E ...? — Peggy continuava a questioná-lo.

— E ela foi além, fez coisas que ao meu ver eram desnecessárias, mas que levaram a isso. — Phil sentia a boca amargar só de pensar em Sam deitada com aquele homem. — A criança é neta do Howard.

A face de Peggy era impagável, seus olhos arregalados, sua boca entreaberta e os óculos que caiam levemente sobre o seu nariz era a própria imagem da diretora incrédula com o que tinha acabado de ouvir, se recusava a acreditar que a criança era mesmo filha de Tony. Ela tentava balbuciar alguma palavra, mas tudo que pensava não parecia coordenar com a sua boca, levou alguns segundos para que Peggy processasse a ideia e conseguisse assimilar a verdade, o que ela via ali era a continuidade dos genes de Howard, como ele quis sempre ver.

— Essa criança. — Ela apontou para foto. — Deve ser entregue ao Tony, é a filha dele.

— Não diretora. — Phil respirou fundo. — Anthony não está preparado para ser pai, não creio que esteja um dia, mas a morte dos Stark ainda é uma ferida muito recente para jogar uma criança tão pequena em um furacão que é a vida do pai dela.

— O bebê precisa do pai, Sr. Coulson. — Peggy tirou os óculos da face e os repousou sobre a mesa.

— Ela precisa da mãe. — Phil se sentou na cadeira que antes só apoiava as mãos. — Ou pelo menos saber o que houve com ela. A pessoa que sabe que a Lila existe, antes de coloca-la na vida de alguém que possivelmente vai rejeitá-la ou pelo menos nos acusar de sermos loucos.

— Nós não sabemos como o Tony vai reagir a isso, mas é direito dele saber. — Um lado de Peggy dizia que entregar a criança ao pai era o certo. — Vai estar mais segura com ele.

— Exatamente, não sabemos como ele irá reagir. — Phil pegou a foto sobre a mesa. — Anthony Stark é uma figura pública, se as pessoas que o odeiam, e a senhora deve saber que existem, souberem dessa criança, ela também será um alvo, mas diferente do Tony, a Lila não pode se defender.

— Phil...

— Sabe diretora ... — Ele interrompeu Peggy. — Eu tenho um compromisso e não é com a mãe dela mais, é com ela, a criança precisa crescer e saber a verdade, a boa ou a má. Se a Sam estiver morta lá fora? Okay! Mas a Lila precisa saber o que aconteceu. Se a Samantha descobriu a verdade sobre o Howard e a Maria, a Lila precisa saber, o Tony precisa saber. Mas principalmente, se tem alguém atrás dos Stark, nós precisamos saber, eu não acredito que tenha sido apenas acidente, como a Sam também acreditou e se for verdade, o Tony corre perigo e estar com essa criança significa que ela também está em perigo e como padrinho dela eu não posso permitir isso.

— Okay Phil. — Peggy alisou a testa. — Eu ajudo você, mas vai demorar, acredite.

Phil não tinha mais a quem pedir, simplesmente aceitou os termos de Peggy e continuou a tocar sua vida. Cozinhava para ele e para a bebê que em poucos meses completaria um ano, a senhora ao seu lado fazia ainda menos perguntas do que antes, isso era bom, ele não gostava de ter que dar satisfações de sua vida, ainda mais para velhas senhoras. Phil só ficava estressado ao pensar que Samantha simplesmente não dava mais notícias, ela prometeu que faria isso uma vez ou outra, mas nada, nada feito mesmo, o que ainda o fazia bater na tecla de que estava sem sua amiga de vez.

Quando o tempo permitia, ele cuidava de Lila, ela tinha grandes olhos castanhos, muito cabelo para um bebê e já começava a engatinhar, o que obrigou Phil a tirar tudo que pudesse machuca-la da altura em que ela poderia pegar, o chão tinha que estar livre. O agente até mesmo comprou uma câmera, ele achou que Sam ia gostar de ver como a filha estava crescendo rápido e evoluindo, quando não estava em serviço vivia pelo pequeno apartamento atrás de Lila, ela poderia ir por todos os lados, mas claro ... Não poderia pegar nenhum dos colecionáveis do Capitão América.

— Onde você se meteu, pombinha! — Ele estava com a câmera na mão a procura do bebê. — AI MEU DEUS!

Phil largou a câmera que carregava e correu para ver Lila com um boneco do Capitão América e poucos centímetros da boca, ele se preocupava com a criança, claro que se preocupava, mas aquele colecionável não era encontrado em qualquer lugar, então ter zelo por ele era essencial. A criança olhou para Phil com cara de choro e ele antecipou colocando uma chupeta em seus lábios, mesmo assim a menininha ainda o olhava querendo o boneco antes em suas mãozinhas.

— Isso aqui não! — Phil a repreendeu colocando o boneco novamente sobre a prateleira, dessa vez no alto. — Pode machucar você Lila, vamos lá, faz uma gracinha pro titio.

Lila não fez, só ficou sentada se bracinhos cruzados, algo que para Phil ela tinha aprendido com a velha, senhora, com tantas coisas para fazer e ensiná-la, já com seu quase um ano, a velha tinha que ensinar logo o que não precisava. Ele ia falar algo quando o telefone tocou, colocou Lila dentro do cercadinho que contava com alguns brinquedos e foi trás do telefone que urrava sobre a estante pequena de uma sala menor ainda.

— Alô? — Ele agarrou o telefone amarelo mostarda e levou ao ouvido, seu olhar não saía da pequena Lila que tinha-se vidrada na coleção de bonecos de Phil na estante. — Quem é?

— Você tinha mesmo que envolver a Peggy nisso??? — A voz feminina do outro lado estava tudo, menos satisfeita.

— Olá Sam, que bom que você está viva. — Phil fez uma careta pelo telefone. — Que bom também que perguntou sobre a Lila, ela está bem, fez uma tatuagem e está quase indo para a faculdade, acho que ela usa maconha.

— Ela só é um bebê de quase um ano. — Sam revirou os olhos. — Eu te pedi para confiar em mim, Phil.

— E eu te pedi para dar notícias, mas claramente a gente não chegou a um consenso. — Ele via Lila tentando ficar de pé segurando no cercadinho. — Ela cresceu tão rápido.

— Eu estou morta de saudades dela. — Samantha não conseguia não rir. — Eu vou ir pro aniversário dela, okay?

— Isso é daqui três meses. — Phil respirava fundo. — Mas tudo bem, espero que me dê notícias melhores do que “vou te deixar como babá mais um ano”.

— Estou quase lá, velho amigo. — Havia alguns barulhos de rua atrás de Sam. — Eu fiz um progresso incrível e quero te contar quando estiver aí, mas só aí.

— É bom mesmo. — Phil separou o telefone do rosto falando mais alto para Sam ouvir enquanto apontava par ao aparelho. — Estou escrevendo um diário com o dia a dia dela, está fazendo o mesmo aí?

— Sim, todos os dias, quero que ela possa ler isso quando for maior. — Samantha sorriu de lado. — Phil preciso desligar, só saiba que estou bem e que pode parar de pedir para a Peggy me procurar, deixe a diretora curtir sua aposentadoria em paz, eu sei me cuidar sozinha.

— É Sam ... — Ele fez uma breve pausa. — Isso que me dá medo, você achar que sabe se cuidar sozinha.

A ligação chegou ao fim e Phil se sentou olhando a pequena Lizandra que havia desistido de sair de dentro do cercadinho. A menininha estava cada vez maior e cuidar dela era uma jornada dupla, mesmo com a ajuda da senhora do apartamento ao lado. O homem deitou no chão olhando para cima, precisava saber dos progressos de Sam, mais do que isso, precisava da sua amiga de volta, tomar uma cerveja, jogar o papo fora, queria até mesmo sair em uma missão com ela, como nos velhos tempos, só que agora não poderia ser tão desleixado ou não se importar, pois tinha para quem voltar pra casa, sua pequena Lila.


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