P a r a l e l o s escrita por Jor Trindade


Capítulo 4
Capítulo II – Resguardo




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A dor era arrebatadora.

Eu estava atordoada. Não conseguia assimilar, sequer perceber o que estava acontecendo.

Eu me vira sucumbir, o sangue se derramando e manchando o branco impecável sob meus pés. Algo se rompendo. Rasgando. Agonia.

Meu corpo queimava. Estava em chamas, sugando-me para uma escuridão que apagava segundos de consciência. Mas, ao mesmo tempo, eu sentia a neve pressionando meu rosto, meus braços, como se buscasse extrair a febre.

Uma sensação angustiante investia contra meu corpo com um peso esmagador. Eu tentava rejeitá-la, mas era exaustivo ter de lutar contra aquilo. Era mais fácil ceder, deixar que a escuridão me empurrasse para baixo, para um lugar onde não havia sofrimento ou preocupações.

Manchas pretas bloqueavam o campo de visão enquanto eu pestanejava. Meus olhos lutavam para entrar em foco, e forcei as pálpebras entorpecidas a reagirem, a me levaram de volta à luz.

Meus pulmões doíam, o oxigênio se esgotava.

Há quanto tempo estou aqui? E onde é aqui?

Não conseguia me mover. Meus braços pareciam mangueiras de borracha vazias. Depois, eu já não os sentia. A fraqueza era demais. Eu devia ter perdido muito sangue naqueles segundos, minutos ou horas que se seguiram. Não conseguia sentir as coisas que deveria, e nada parecia estar em seu devido lugar.

Em meio à escuridão que cobria meus olhos, pontilhando-os de vermelho – assim como o sangue que maculava o gelo abaixo de mim – consegui vislumbrar uma pequena centelha. Uma figura masculina e indistinguível que se acercava.

“Josh?” Tentei sibilar, sufocada. Meus lábios não se moviam, apertados em uma linha fina. Forcei o ar áspero que raspava minha traqueia a se transformar em sussurros em meus lábios.

Era difícil acompanhar a realidade. Então, preferi me fiar aos meus devaneios, onde era brando e não doía tanto. Neles, meu irmão caminhava em minha direção, com um sorriso que evidenciava as covinhas em suas bochechas. Primeiro, senti um momento de perturbação e, depois, fui tomada por uma onda de ternura. Seus dedos gordinhos se entrelaçavam nos meus. Eu sentia o calor que emanava da sua pele, seu cheiro frutado e sutil. Partíamos na direção do horizonte, onde o paraíso imperava. Tive a certeza momentânea de que estaria junto dele para todo sempre.

Contudo, o sujeito que caminhava em minha direção era grande demais. Velho demais. E exalava um forte odor mentolado.

Tentei gritar quando seus braços me envolveram e me levantaram, pressionando-me contra o seu peito. Em minha cabeça, eu o socava, desvencilhava-me e fugia. Contudo, no mundo real, naquela confusão salpicada de negro, eu apenas sacolejava debilmente como uma boneca de pano enquanto ele me conduzia para longe dali.

Para longe de Josh.

...

Trevas. As únicas lembranças eram a dor e a névoa. E então, a percepção de que, embora a dor fosse ininterrupta, havia momentos de trégua, que eu supunha ser alívio. Contudo, a dor era uma confirmação da realidade. Trazia-me de volta à vida. Era quase como algo material e palpável, em que eu me agarrava para me transportar de volta à luz.

Faça-se a luz. E ela se fez, intensa, e me cegou por um breve momento. Tudo ao meu redor era turvo e sem foco. Pude discernir uma parede à frente. Tons de marrom. Molduras. E a escuridão se abateu sobre mim mais uma vez.

A primeira coisa que me atingiu foi o cheiro. Um odor distante de éter e álcool, característico de hospitais. Mas havia algo mais. Uma fragrância forte e mentolada.

Flashes irromperam em minha mente, como espectros tomando forma, sem muita definição. O barulho de um tiro. Meu rosto pressionado contra a neve. Sangue. E, em seguida, uma figura alta e corpulenta puxando-me contra seus braços. Minhas têmporas pulsavam à medida que as imagens eclodiam, mas tudo não passava de uma confusão branca.

Com um esforço extra, meus olhos se abriram por completo. Levei algum tempo para me adaptar à claridade. Franzi o cenho, pestanejando. Eu estava no que parecia ser um quarto comum, não fosse pelo cateter que conduzia a uma bolsa plástica já vazia, suspensa por um suporte. Uma agulha estava introduzida sob a pele do meu braço esquerdo, presa por esparadrapos. Havia um monitor de frequência cardíaca em meu dedo indicador. Os batimentos eram registrados por ondas de baixa amplitude, que se estendiam de maneira ritmada. 68 BPM, uma frequência normal em níveis de repouso.

Ok. Apenas respire. Está tudo bem. Você está bem. Agradeça por estar viva.

Assim, iniciei minha sessão de inspirar e expirar pausadamente, buscando não entrar em pânico. Apesar de parecer intrépida, desde a morte de Josh, eu ostentava minhas eventuais crises, sobretudo em lugares desconhecidos ou em meio à multidão. A sensação constante de estar enclausurada, atordoada, prestes a entrar em colapso. Qualquer som ficava mais pronunciado e trazia uma sensação desconfortável aos ouvidos. A náusea, falta de ar, o suor intenso e a taquicardia eram os sintomas posteriores. Era como levitar, mas não de um modo agradável. Afinal, eu tinha medo de desabar.

Busquei tratamento com antidepressivos, até o momento em que não pude mais custeá-los. E, de qualquer forma, eu sentia que eles já não eram mais suficientes para afugentar a dor. E, desde então, tudo veio abaixo. A decorrente separação dos meus pais não colaborava – meu pai, mesmo que tentasse disfarçar, nunca superara o fato de estar perdendo a esposa para a depressão. Ellen, dia após dia, desmoronava aos bocados, tornando-se alheia a tudo e todos. Estava fora de sintonia. Não se levantava mais da cama nem mesmo para a execução das tarefas mais cotidianas. As janelas do seu quarto permaneciam bloqueadas durante todo o tempo. Ela definhava, magra e pálida, sem sequer apreciar a luz do dia. Revirava tardes e noites dentro do ateliê – contudo, não havia nada além de um amontoado de telas em branco –, com seu pijama cor de amêndoa manchado de gordura.

Passaram-se alguns meses antes que eu tomasse a decisão abrupta de, aos dezessete anos, deixar meu lar e tudo o que construí para trás. Fugi em uma madrugada quente de julho, com uma mala nas costas e alguns trocados. Fora uma decisão egoísta e irresponsável, mas eu temia enlouquecer. Era demasiado cruel ter de conviver com as sobras do passado, as quais minha mãe não permitia que fossem soterradas. O arrependimento ainda me revirava as entranhas, esfacelava-me de dentro para fora. Um constante lembrete de um ato de egoísmo impensado.

Eu enviei cartas e mensagens de texto para Ellen pelos anos que se seguiram, mas nunca tive notícias em resposta. Mandei suprimentos –alimentos e produtos de higiene – durante meses, com o dinheiro que lograva de um trabalho provisório em uma loja de artigos esportivos, emprego que se desfez logo que os proprietários perceberam a ausência de certos produtos no estoque. Havia apenas o silêncio opressivo, que me fustigava e me entorpecia. Richard, meu pai, simplesmente desapareceu do mapa. Eu presumia que houvesse uma nova família em Kentucky. Uma mulher jovem e radiante que o esperava todas as noites, depois do dia exaustivo de trabalho, com a mesa posta para o jantar. Uma união estável entre pessoas sãs.

Os dias nas ruas eram penosos: a inanição, a esqualidez, o desconforto — ter de dormir em meio a uma grande quantidade de tralhas e caixas de papelão —, o frio e o risco constante de ser furtada ou morta. Após vagar sem rumo, gastando meus poucos trocados em maços de cigarro e passagens de ônibus, instalando-me em edifícios abandonados junto de pessoas de índole duvidosa, acabei chegando à Denton, uma cidade ao norte de Indiana. E, ali, passei a praticar meus crimes para me sustentar. Eu roubava anéis, relógios, perfumes, saleiros e canecas em lanchonetes de beira de estrada, dinheiro de grupos suficientemente bêbados em festas para as quais sequer fui convidada. Inicialmente, a fim de obliterar a angústia e o pesar. Contudo, conforme o tempo se arrastava, aquilo se tornava uma necessidade, uma pequena parte de quem eu era: um vínculo do qual não conseguia mais me desvencilhar.

— Pelo visto, já está acordada — a voz límpida me arrancou dos devaneios.

Um homem de cabelos cor de palha recostado no batente da porta. O odor mentolado. Ele, o desconhecido que havia me apanhado.

— Quem é você? — disparei com voz entrecortada.

— Oh, perdoe-me pelos maus modos — argumentou ele, afrouxando o colarinho da camisa social azul-celeste. — Há tempos não recebo visitas. Meu nome é Lester McGregor. Você é Jessica, certo? Jessica Young Hill.

Assenti com sutileza, perplexa. Percebendo o quanto aquilo me deixara atônita, imediatamente prosseguiu:

— Eu tomei a liberdade de trocar as suas roupas. Elas estavam sujas e ensopadas. Você provavelmente contrairia uma pneumonia caso permanecesse com elas — dizia ele, de modo complacente, como se fossemos parceiros de longa data. A ideia de um sujeito anônimo me flagrando seminua me provocava enjoos. Afastei um pouco do cobertor a tempo de ver um pijama de flanela, ao menos três números maiores que meu físico esguio. — Acabei encontrando isso no bolso da sua jaqueta. — Lester sacudiu um pedaço de couro frente ao corpo. Minha carteira, onde jaziam todos os meus documentos.

— Ah. — Foi a única coisa que consegui sibilar. Eu estava exausta. Meu cérebro demorava tempo demais para processar as informações que pipocavam em minha mente.

Tentei me endireitar na cama de molas, mas fui repreendida por um ardor pungente que pareceu se expandir do abdômen para a região dorsal, como pequenos choques elétricos. Grunhi e depositei novamente a cabeça sobre o travesseiro, derrotada.

— Eu aconselho que não se mova. O ferimento é profundo e a sutura é bastante recente. O projétil atravessou de um lado a outro do seu abdômen. Foi uma verdadeira graça divina não ter comprometido nenhum de seus órgãos vitais. — Lester cruzou os braços contra o peito. Seus olhos cinzentos estavam vigilantes. — Eu a encontrei na hora exata. Você havia se esvaído em sangue. Mais alguns minutos, e... — Ele pigarreou. Meus ombros se retraíram. — Você deve saber.

Balancei, devagar, a cabeça em concordância.

— Você estava extremamente abatida. Quase pensei que não fosse conseguir salvá-la. Tive de repor seus eletrólitos com algumas bolsas de soro fisiológico. — Ele apontou para a embalagem plastificada e vazia acima da cabeceira. — Você apagou por cinco dias. Durante todo esse tempo, troquei suas bandagens e esterilizei as feridas. Além do disparo, havia incisões por todo o corpo, uma contusão grave no joelho direito e uma lesão no antebraço, como uma queimadura. Possivelmente, um tiro de raspão.

Meus lábios se entreabriram diante da tamanha precisão de suas considerações.    

— O senhor... — Pausa. Umedeci a garganta seca, — é médico?

— Na verdade, não. Minha mãe era enfermeira, e me ensinou alguns métodos de primeiros socorros durante a adolescência. “Nunca se sabe o que você pode encontrar”, era o que ela dizia. “Desde um acidente de trânsito a uma criança que cai da bicicleta”. É gratificante ser capaz de prestar assistência a alguém, pode apostar. — Ele me lançou uma piscadela. — Eu sou físico. E você?

— Eu... — engasguei. Eu precisava mentalizar uma resposta plausível, e rápido. Lester sustentava meu olhar, tão penetrante que parecia querer averiguar minha alma. — Eu trabalho em um pub. É, é isso. Trabalho em um pub — reiterei, dessa vez com mais firmeza. — eiterei, dessa vez com mais firmeza.  ausagens, a acima da cabeceira Fui apaziguar uma briga entre dois rapazes. Estavam bastante exaltados. Minhas tentativas de reconciliação foram acolhidas com uma garrafada e uma bala no abdômen.

Um segundo de silêncio. A atmosfera conservou-se inerte, como se houvesse parado no tempo. Cravejei os olhos na expressão de Lester, aguardando que esboçasse alguma reação. Eu não havia hesitado em enganá-lo, mas agora eu constatava gotículas de suor frio nas palmas das mãos. Lester exibiu um meio sorriso, para quebrar o gelo. Se ele havia acatado ou não meu relato, não pude desvendar. Ainda assim, fui tomada por uma onda de alívio.

— Como me encontrou?

— Era o início da alvorada. Eu estava a caminho de um mercado de pulgas, em uma tangente à Baker’s Street. As coisas são de um preço mais acessível por lá. E é coberto durante o inverno. Eu procurei ir bem cedo, a tempo de apanhar quinquilharias que realmente valessem à pena. No caminho, senti cheiro de sangue e acabei encontrando seu corpo inconsciente em uma vala. A neve já começava a se alastrar e, temendo uma morte por hipotermia, eu a resgatei. Eu a carreguei até o carro. Havia uma pilha de cobertores no porta-malas. Então, eu a cobri no banco de trás e a trouxe para um quarto desocupado da minha casa, na zona rural de Denton. — Lester tomou fôlego e lançou um rápido vislumbre para o relógio de ponteiros afixado na parede. Sete da noite. — Acho que já a estou deixando atordoada com todo esse falatório. Volto em um segundo.

Não demorou para que Lester regressasse com uma bandeja em mãos, que depositou sobre o criado mudo ao lado da cama de molas. Ele trazia consigo um comprimido e um copo d’água.

— O que é isso? — inquiri, franzindo o cenho.

— É analgésico. Vai fazer se sentir melhor.

Os dedos dele estavam subitamente em minha boca, sordidamente bem-vindos. Suguei os comprimidos e os engoli antes mesmo que pudesse levar o copo de água aos lábios. Em seguida, sorvi todo o conteúdo em um único e generoso gole.

Tive um sobressalto quando suas mãos desceram pelos meus quadris, afastando a flanela e deixando meu tronco desnudo.

— Não se preocupe, eu vou apenas trocar as bandagens. Eu as substituo ao menos três vezes ao dia, para que não acabem causando infecções.

Lester se inclinou e alcançou o criado-mudo. Depositou a mão sobre o puxador da gaveta e aplicou um pouco mais de força para desemperrá-la.

— Já está mais que na hora de aposentar esses móveis velhos — comentou enquanto apanhava um fardo de ataduras, esparadrapos, pomada e um pequeno frasco translúcido em spray, em cujo rótulo lia-se Cristalmina.

Forcei um sorriso.

Lester começou pela queimadura em meu antebraço. Exibi uma careta de desgosto quando ele removeu o curativo, revelando a pele avermelhada e inchada, com um orifício chamuscado acarretado pelo projétil ao centro. Apesar de todo o cuidado, havia um indício de infecção, com vestígios de pus nas extremidades. Lester aplicou uma camada generosa de pomada antimicrobiana com o dedo anelar e médio e voltou a cobrir o ferimento com ataduras e esparadrapo.

— Isso é para a secagem e cicatrização da ferida — explicou ele, gesticulando com o frasco de Cristalmina nas mãos.

Dessa vez, executou o procedimento em meu abdômen e costas — o tiro, como ele já havia elucidado, atravessara de um ponto a outro do dorso. A ferida estava assinalada por pontos de sutura e exibia maiores sinais de infecção. Tive de morder o lábio inferior quando as gotículas da Cristalmina entraram em contato com a pele para não soluçar. Meus olhos lacrimejavam.

Lester envolveu a contusão do joelho — indicada por um hematoma que mais se assemelhava a um teste de Rorschach — com as ataduras, de modo a exercer compressão sobre o local. Por fim, afixou as extremidades com um fragmento do esparadrapo. 

— Trabalho concluído! — Lester suspirou pesadamente, depositando as mãos na cintura. — Eu vou deixá-la descansar. Quanto maior o nível de repouso, melhor será a recuperação. Não tente se levantar ou fazer movimentos bruscos enquanto eu estiver fora.

Lester removeu a agulha do meu braço e os equipamentos médicos antes de dirigir-se para fora do quarto.

— Lester? — Ele, que já estava de costas, virou-se para atender ao meu chamado. — Eu gostaria de fazer uma ligação. Preciso de um telefone celular. Acho que podem estar sentindo a minha falta. Eu desapareci por cinco dias. Só quero alertá-los que não estou morta.

Eu havia flagrado meu celular pela última vez no interior da mochila de lona, que havia se perdido na casa de Earl. Eu pensava em telefonar para Tim, o sujeito com quem eu dividia os custos de uma pensão na periferia de Denton. Era um verme indolente, que remexia meus pertences à procura de cocaína quando eu não estava por perto. Eu duvidava que se importasse. Não permanecia um único dia sóbrio havia meses. Sequer suspeitaria da minha ausência. Contudo, ele era a pessoa com quem eu poderia contar para me levar de volta para casa. Se é que eu poderia chamar aquele covil de lar.

— Sem sinal. Não temos torre de celular nas redondezas. — Seu tom de voz se manteve natural, mas havia algo em seus olhos que os tornavam sombrios e desdenhosos. Houve um estranho intervalo de silêncio em que tive medo do que vi em seu rosto, pois não havia nada ali. Senti um calafrio. — Aqui é um bocado distante da civilização, se quer saber.

E, com isso, Lester fechou a porta atrás de si em um movimento suave.

Meus olhos esquadrinhavam, irrequietos, as rachaduras no teto de gesso. Questionei-me se eu não deveria especular mais. Havia muitas pontas soltas naquilo tudo, muitos fatos abandonados à deriva.

Por que, diabos, um sujeito resgataria uma garota baleada e ofereceria asilo dentro de sua própria casa – sem qualquer suspeita ou malícia – e sequer se preocuparia em comunicar às autoridades ou procurar uma unidade de saúde, com a intenção minimamente de ser prestativoPor que eu não estou em um hospital? Era a pergunta óbvia a ser feita. Tratava-se de uma situação quase inconcebível. Mas tudo ficava turvo demais. Desordenado demais. Ininteligível demais. As molduras nas paredes ficavam cada vez mais indistintas. Meu corpo adentrava um estado de inércia, e não tardou para que eu adormecesse pesadamente.  


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