Mais uma segunda-feira, mais uma semana, entretanto essa não vai ser como as outras, o clima estava diferente naquela manhã, não era apenas uma segunda-feira chuvosa, antes mesmo de Sam estar pronta, uma mensagem em chegou em seu celular lhe chamando atenção, ela parou de por sua blusa e foi ver de quem era a mensagem naquele horário.  

"Abra a porta para mim Sam, vim te buscar". 

—F. Benson 

Ela sorriu, não acreditando que ele estava ali fora, vestiu sua blusa rapidamente e correu até a porta, mas antes de abrir parou e respirou fundo -não querendo parecer desesperada- e quando abriu ele realmente estava ali, do lado de fora e quase congelando por causa da chuva e do tempo extremamente frio de Seattle. 

—Vai me deixar morrer de frio Puckett? 

—ah não, desculpe. -ela deu passagem para ele passar e quando entrou, ela ainda nervosa por ele pela primeira vez estar em sua casa. 

—Então Freddie, está tão cedo, sem querer ser grossa, mas oque faz aqui? 

—Bom, hoje esta chovendo tanto e eu sei que você vai de ônibus, então pensei em vir te buscar. 

Ela ficou surpresa, já tinha ido trabalhar tantas vezes sob chuva e só agora ele deu atenção a ela, oque estava acontecendo? Ela se perguntou, mas deixou isso para lá, talvez a proximidade do fim de semana tenha mudado alguma coisa nele. 

—Eu agradeço muito Freddie, mas cuidado eu posso me acostumar com isso.  

Ela sorriu para ele que já estava sentado no sofá. 

—Não acho que seja um incomodo eu vir te buscar.  

Ele piscou para ela e sorriu, ele estava lhe provocando, mas ainda não tinha chegado ao limite. Ela lhe sorriu também e perguntou. 

—Já comeu? Quer um café? 

—Não, eu já comi, obrigada. 

—Então eu vou terminar de me arrumar para a gente sair. 

—tudo bem, pode ir. 

Ela saiu e voltou ao seu quarto. 

—O que deu nele? De frente ao espelho ela se olhou, colocou seu blazer calçou os sapatos e foi prender o cabelo, contudo parou no meio do caminho e voltou a se olhar, deu um sorriso de canto e decidiu que hoje iria diferente, jogou suas madeixas loiras para o lado, passou um lápis de olho preto destacando seus olhos azuis, colocou um batom nude e completou a maquiagem com uma camada generosa de rímel, calçou seus saltos pretos, finalizou pegando sua bolsa e foi em direção a sala, onde Freddie estava assistindo o noticiário. 

—Vamos Freddie? 

Ele desligou a Tv e quando a olhou, viu que estava diferente, estava mais arrumada que o normal. 

—Está linda Sam. 

—Obrigada Freddie, agora vamos ou iremos nos atrasar. 

—sim, vamos.  

Eles foram para o carro correndo para não se molhar muito, já no caminho Freddie quebra o silêncio. 

—Sam, na viajem, você vai querer ir comigo de carro ou vai no da Carly? 

—Vou com você, se eu for com a Carly, seria muita contra mão, ela vir me buscar depois ir viajar. 

—Hum, então vamos passar uma semana juntos. 

Ele falou sorrindo. 

—Será que dessa vez iremos dormir juntos de novo? 

—Não sei, mas farei questão de pedir um quarto seu e da Tori. - Brincou Freddie fazendo a loira ficar furiosa. 

—Não ouse Benson, ela não sobreviveria um dia.  

—Calma loira, você sabe que estou brincando, eu também não gosto dela. 

—E qual seria o motivo? 

—Ela é muito vulgar, gosto de mulheres sensuais e não vulgares, ela ficou em cima de mim o tempo inteiro. 

—Por que você não deu uma desculpa para se livrar dela? 

—Eu dei, disse que você era minha namorada, e que se visse ela daquela forma você acabaria com a raça dela, mas ela ainda sim continuou e ainda disse que não tinha problema porque ela não era ciumenta. 

—Por isso que ela não gosta de mim, mas porque eu Freddie? 

—Por que é o mais provável, e a gente está sempre juntos, seria fácil convencer alguém que você é minha namorada. 

Ela sorriu para ele concordando. 

—Relaxa, se ela ficar dando em cima de você na viajem eu dou um jeito nela. 

—Não duvido. 

Não demorou muito e eles já estavam na empresa, Sam em sua mesa e Freddie preso no telefone como sempre. Sam tinha acabado de enviar os documentos que fizeram eles ficar até tarde na sexta-feira, ela logo após enviar foi em direção a porta da sala dele e bateu, ouviu o tão conhecido "entre". 

Ele estava falando no telefone quando viu ela entrar, deu uma desculpa e desligou. 

—diga Sam. 

—acabei de enviar os documentos para a filial da Coreia e logo eles retornarão, me certifiquei eu mesma de enviar para não ocorrer outro imprevisto. 

—Que bom, tanto trabalho teria que valer a pena, oque eu faria sem você? 

—Bom você nem sequer sairia de casa. 

Ela sorriu junto a ele, se levantou e foi em direção a janela observando a janela, ela foi e ficou ao seu lado. 

Samantha 

Ele observava a chuva e eu observava ele, cada detalhe do seu rosto, era como se o tempo não tivesse passado, mas passou, e eu não aproveitei, se eu ao menos deixasse de ser medrosa e dissesse oque eu sinto a tanto tempo, ou estaríamos juntos ou eu não estaria mais aqui, acho que é por isso que não digo nada, porque eu tenho medo e se ele não souber ao menos estou aqui, perto dele todos os dias, eu sei da vida dele, e faço parte dela. 

—O que tanto olha Freddie? - quebrei o silêncio para ele não perceber que eu o encarava. 

—A chuva, e como é agradável vê-la cair, isso me passa calma. 

—Hum. 

A conversa encerrou ai, me dei por vencida e fui me retirar de sua sala, só espero que ele não volte a ser como era.  

—vou voltar para minha mesa. 

—Espera Sam. 

Eu parei e me virei em direção a ele, ele vinha em minha direção, eu não tive como reagir, foi tudo lento e ao mesmo tempo rápido.  

Ele veio e quando estava perto o suficiente para eu sentir sua respiração o vi fechar os olhos, eu fechei também, senti suas mãos em minha cintura, e logo depois eu senti a melhor sensação, seus lábios roçaram no meu e eu abri levemente a boca, ele me beijou, no começo foi um selinho mas depois ele pediu passagem com a língua e eu cedi, eu já tinha cedido a partir do momento que ele me chamou, e naquele beijo ele quebrou todas as minhas barreiras.  

—Me desculpe Sam. - Ele disse ainda respirando ofegante com sua testa encostada na minha. 

Olhei em seus olhos e sorri, o beijei novamente e ele me correspondeu na mesma ferocidade, nos beijamos por mais tempo dessa vez, as mãos dele estavam em minha nuca e a outra estava na minha cintura me puxando para mais perto, eu já não sabia nem sequer onde eu estava. 

Mas uma frase veio em minha mente "Ele é seu Chefe, seu melhor amigo." Isso me deu coragem para me afastar dele, olhei em seus olhos ele encarava como se me perguntasse o porque eu tinha me afastado, sua boca estava vermelha e convidativa e eu não sei de onde eu tirei coragem para dizer. 

—Me desculpe Freddie, por favor finja que isso não aconteceu.  

Eu sai da sala ele ainda tentou me perguntar do porque eu tinha saído de lá, mas eu andei mais rápido e fui em direção ao banheiro feminino, garças a Deus não tinha ninguém lá, olhei para meu reflexo no espelho e finalmente tinha caído a ficha do que tinha acontecido e agora eu não sabia como agir, lagrimas se formaram em meus olhos eu o amava, e isso já faz muito tempo, entretanto esse tempo me deu experiência e eu não posso me jogar nos braços dele como se fosse a coisa mais simples do mundo.  

—Volte para a realidade, Sam. - disse para meu reflexo no espelho. 

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Te amar nunca foi tão difícil.  -Sam.