Dentro do quarto deles, porta trancada e demonstrando todo seu desejo, Rick mais uma vez puxou Kate bruscamente para seus braços e ela se chocou contra o seu tórax, de frente a ele, podendo, enfim, abraça-la apertado.

Até poderia se dizer que ele usou de certa violência, mas como estavam em clima de paixão e romance, então ela não tinha nada a reclamar, muito pelo contrário, o que ela mais queria era se entregar ao prazer.

— Huummm! – Kate gemeu, cheia de desejo — Adoro quando você me pega assim, Rick... Forte... Com pegada... Determinado a me dar prazer... A impressão que eu tenho é que meu coração fica batendo na garganta! Adoro essa sensação!

— Eu sei que você adora. – Ambos ainda de pé, ele girou o corpo de Kate, colando as costas dela no seu peito. Arrastava as mãos pelos braços, ombros e por fim apalpava os seios dela, enchendo as mãos com satisfação. De olhos fechados, ela gemia e se entrega ao prazer. Em poucos segundos, eles já se desnudavam e as roupas já estavam sendo lançadas ao ar. — A minha maior ambição é te satisfazer, Kate e o meu prazer está em te dar prazer.

— Vamos encerrar o domingo gemendo de prazer para que a segunda feira comece quente – Era nítida a excitação do Castle e isso podia ser sentido no seu tom de voz mais grave do que o normal, deixando-a arrepiada. Ele a empurrou com paixão até a cama e juntos caíram sobre o colchão macio e os corpos balançaram.

Gemidos de prazer ecoavam pelo quarto do casal. Sem mistérios e sem falsos pudores, Kate e Rick fizeram amor e se satisfizeram de todas as formas possíveis até quase a exaustão.

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Com a respiração e os batimentos cardíacos já regularizados, Castle se esparramou nos travesseiros que estavam dispostos na cabeceira da cama e mantinha Kate presa nos seus braços com a cabeça confortavelmente recostada sobre seu bíceps. Ele puxou o edredom para cobrir os corpos nus e ao perceber que ela ainda não dormira, ele rompeu o silêncio— Uaaauuwww! Estou sem sono. – ele afagou os braços dela.— Eu te amo tanto, Kate!

— Eu também te amo, Rick e também estou sem sono. – ela murmurou.

Castle a puxou para que Kate ficasse deitada sobre seu peito, mais próxima a ele e ela adorou a posição. Enquanto acariciava as costas dela, ele falava — Eu fiquei maluco quando te vi pela primeira vez e ainda fico só de pensar que você está aqui comigo

— Eu as vezes fico pensando que parece um sonho que estamos juntos, amor.

— Você é especial, Kate! – ele não escondia que tinha verdadeiro orgulho da pessoa que ela era — Sim, Você é muito inteligente e poderosa lá no distrito com seu pessoal, com os suspeitos e testemunhas e fico impressionado com a sua força... Você derruba com um só chute as portas das casas de quem está envolvido nos casos.

— Mas essa Kate Beckett que derruba portas e intimida os suspeitos e as testemunhas é somente no trabalho, quando... – Kate ia se justificando, mas foi interrompida pelo noivo.

— Justamente. Só que eu fui percebendo que você não é assim nas 24 horas do dia. Há muitas Kate Beckett... Todas elas verdadeiras e com muitas qualidades... Tem a KB de antes, durante e depois da entrevista; Tem a policial forte, competente e corajosa; Tem a mãe determinada que educa os filhos com firmeza e carinho; Tem a filha exemplar e tem a mulher que dorme, acorda e faz amor comigo. Todas são inteligentes, deliciosas, marcantes, que exalam força e poder, mas com o tempo, Kate, eu descobri que por trás desta sua fortaleza se esconde uma mulher frágil gritando por colo, amparo, proteção e segurança, dizendo que não pode, não quer e não aguenta mais fazer tudo sozinha. Precisa do suporte que te dê a mão para ajudar a administrar tudo e às vezes até que te diga o que fazer.

— Você que é especial, Rick, pois enxergou tudo isso sem eu precisar dizer nada. Antes de eu te encontrar eu só me deparava com homens fracos. – ela declarou com franqueza.

— Mesmo sendo ‘alpha’, igual a mim, você é feminina o suficiente para reconhecer que não é autossuficiente e precisa da ajuda do seu parceiro e eu adoro que você me deixa fazer isso. Isso faz parte do seu charme, Kate. Eu adoro isso em você. Você me conhece e sabe que esse não é um discurso machista, tipo, “Eu sou o homem!... Sou o macho!... Eu sou o dominador!”, blá, blá, blá. Não é isso.

— Eu sei que não é isso, Rick. Eu me adaptei tanto ao seu modo de conduzir as coisas comigo e com as crianças que reconheço que nem foi difícil admitir que eu não posso e não preciso fazer tudo sozinha... Você fez parecer tão natural te pedir socorro... Aliás, eu nem preciso te pedir socorro porque você consegue enxergar tudo o que eu preciso e quando eu vejo, você já fez ou já providenciou. Você é o primeiro homem que eu encontrei que é capaz disso, Rick. Você lê meus pensamentos... E eu não estou falando somente com relação ao lado material... Você sabe disso. Eu estou falando sobre responsabilidades, cuidar da minha vida, da nossa vida, da casa, de criar filhos... Eu sou outra pessoa depois que você se instalou na minha vida. A Lanie diz que antes eu vivia na defensiva e que agora eu estou mais leve, mais sorridente, mais feliz. – ela sorriu para o noivo — Ah, o amor!!! Que maravilha!! Eu não sinto mais peso nos ombros e eu amo saber que você está atento a tudo.

— E eu amo ouvir você falar assim. Eu amo ver você sorrindo o tempo todo, pois sei que o meu amor, de certa forma, contribui para isso, e claro, além da felicidade e da saúde dos nossos filhos.

— Por eu ser forte, eu nunca aturei um homem banana... fracote, indeciso, sem atitude alguma, obtuso, que necessita ser empurrado e que não dá conta do recado e que pensa que ser forte é ser brigão, indelicado e um grosseirão. Ao contrário disso, encontrei você, o meu macho Alpha em todos os sentidos... Homem de atitude no lado profissional e no pessoal... Dentro de casa, com nossos filhos e aqui, claro, aqui na nossa cama – ela dá um sorriso malicioso e vai com a as pontas das unhas arranhando de forma sedutora o peito dele, seguindo lentamente pelo abdome, roçando cada centímetro, circula algumas vezes o umbigo e prossegue a incursão descendo até virilha, coxa e retorna o percurso parando no membro que, àquela altura, com tantos afagos, já estava ereto — Eu também me refiro a isso... Um homem completo com H maiúsculo, um guerreiro vigoroso que não foge à luta... Já está com a lança em riste pronta para um novo combate – Com a cabeça no peito dele, ela se move e lambe um mamilo dele, passando a suga-lo enquanto passa a massagear o membro dele de forma vigorosa — Eu quero você, Rick – ela sussurra e, sem dificuldade, apoiando-se no tórax dele, ela se senta sobre os quadris másculo e se encaixa gradativamente... O côncavo e o convexo e passa a se movimentar, levando-o ao delírio.

— Oh, meu Deus! – de costas no colchão, Castle geme e com movimentos repetitivos e acelerados, impulsiona seu corpo na direção do dela, favorecendo o encaixe e o desencaixe natural dos seus sexos — E eu pensava que o guerreiro não ia mais conseguir lutar hoje, depois de tanta batalha – ele seguiu falando no sentido figurado, enquanto segurava com vigor cada um dos seios dela, friccionando os mamilos com as pontas dos dedos polegares — Mas vamos à luta... Adoro essa batalha com você.

Com uma manobra rápida e sem se retirar dela, ele inverte a posição deles deixando-a deitada sobre os travesseiros e ele, de forma vigorosa, intensificou a evolução dos movimentos, penetrando-a de modo mais profundo, passando, inclusive a beijar e sugar seus lábios e seus seios.

O som dos corpos se chocando, os gemidos de prazer e o linguajar erótico com orientações e avaliações do desempenho de ambos era a trilha sonora ideal do amor deles e em alguns minutos ela sentiu os primeiros sinais do orgasmo. — Mais rápido, amor, estou chegando... Mais forte...

Ele atendeu ao pedido dela, acelerou os movimentos e foi premiado ao ouvi-la chegar ao orgasmo e imediatamente ele sente seu membro ser comprimido pela contração vaginal resultante do orgasmo de Kate. Castle geme alto, numa agonia violenta, mas não havia dor e sim, muito prazer envolvido naquela relação. Atingira também ao prazer máximo.

Como acontecia muitas vezes, ela o abraçou e além de querer ainda o peso dele sobre si, ela também não deixou que ele saísse de dentro dela e isso, ele já sabia, duraria mais alguns segundos, só que ele a ouviu chorando e, separando-se dela, ele deitou e a trouxe para seus braços — Hey, amor! – ele acariciou o rosto e os cabelos dela de forma doce ao se lembrar que ela chorara de emoção na primeira vez que fizeram amor e isso o comoveu, diante da explicação que ela dera à época — Você está chorando novamente hoje. Tudo bem? – ele a apertava nos braços para demonstrar sua máxima proteção.

Entre lágrimas, ela respondeu — Não foi a primeira vez que fizemos amor esta noite, mas agora foi diferente... Foi tão maravilhoso!

— E as outras vezes... – ele a provocou, como se estivesse se queixando.

— Não, seu bobo! – entre lágrimas, ela conseguiu sorrir, porque ele falou de forma engraçada — Foram maravilhosas também, mas... Não sei explicar... Agora foi diferente... Talvez porque conversamos sobre nossas vidas, nosso relacionamento, nosso encontro de almas e eu fiquei mais sensível.

— Eu lembro da explicação que você me deu na primeira vez que fizemos amor... Além de ter chorado, você também não queria que eu me afastasse de você. Mas amor, eu estou aqui agora, estarei daqui a pouco, estarei à noite toda, estarei amanhã, depois de amanhã, estarei todos os dias da nossa vida, amor... Eu não vou para canto nenhum sem você. Eu não canso de repetir. Não consigo mais imaginar a minha vida sem você. Fomos feitos um para o outro... Para sempre. E ainda tem nossos filhos. Nossa família. – ele a abraçou bem forte até os soluços dela diminuírem.

E assim, abraçadinhos, eles dormiram.

Cada dia mais felizes e cada dia mais apaixonados.

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A semana que se seguiu foi cheia de atribuições para Kate e para Rick, pois além de seus respectivos trabalhos, ainda fizeram uma pesquisa para encontrar pessoas qualificadas em organizar casamento e buscaram também empresas especializadas para fazer a mudança de Kate, tanto organizar quanto empacotar, carregar e transportar. Outra coisa urgente, foi contratar arquitetos e decoradores para modificar um dos quartos de hóspedes que seria transformado no quarto do Gustavo. Kate avisou para Castle que na mesma oportunidade, remodelaria o quarto da Alexis.

Essa conversa eles estavam tendo na segunda-feira pela manhã, enquanto se arrumavam para o trabalho.

— Mas Kate, o quarto da Alexis é novo. Eu o fiz quando ela saiu do berço. – ele contestou.

— Ah, tá... Isso tem cinco anos, certo? – Kate o provocou.

— Sim... Ok! Bingo!

— O meu objetivo, Rick, não é desperdiçar dinheiro, até porque o mundo passa por uma situação caótica. Mas é que está havendo muitas mudanças na vida da Alexis de uma vez só e eu não quero nem pensar na hipótese de vê-la triste ou se sentir inferior ao irmão. O Gustavo por si só, já é espaçoso. – ela riu... — Ele é idêntico a você e é a simpatia do mundo todo... Ele vem morar aqui... Então, ele vai chegar aqui na casa dela, no espaço dela e...

— A casa também é do Gustavo e eu não estou me recusando a fazer o quarto da Alexis por não querer gastar dinheiro... Não é isso. – Rick a interrompe.

— Eu sei, mas eu estou querendo dizer que até ontem, você era só dela... A casa era só dela. E de repente chega o Gustavo e mexe com tudo... Tudo muda. Ela tem que dividir o pai e a casa. Ela vê o irmão receber um quarto novo, todo lindo e maravilhoso, portanto, amorzinho, eu quero fazer um quarto novo também para a minha filha e já decorado para uma mocinha e vai demorar bastante tempo para ela querer modifica-lo, porque o que ela tem hoje, é de uma menininha...

— Mas ela “é” uma menininha. – Castle frisa a palavra “é”.

— Eu sei que ela é uma menininha, e, com certeza, iríamos reformar em dois ou três anos para tirar esse aspecto de menininha, mas se fizermos um quarto novo já com detalhes de mocinha, ela vai se sentir prestigiada. Ela não vai ver somente o irmão recebendo um quarto novo. Ela também vai receber um quarto novo. Colocaríamos os enfeites cor de rosa porque ela adora essa cor e mais tarde podemos substituir por outras cores, sem problema, sem afetar o projeto.

Ele a encarou e, convicto de que ela estava certa, torceu a boca e indagou — Por que você sempre me convence, eihm?

— Porque eu uso argumentos maravilhosos e além disso, estou sempre certa e você não tinha como recusar. – ela pilheriou e o enlaçando pelo pescoço — E também porque você me ama, eu te amo e resolvemos tudo numa boa, sem brigas. Sempre.

O beijo que se seguiu foi cheio de amor.

— Mas se você preferir, Sr. Castle, a nossa filha fica com o quarto como está e o nosso filho também, pois o quarto de hóspede já é perfeito... Um pouco austero demais para um garotinho de quatro aninhos, mas é perfeito! – ela o instigou, rindo da cara que ele fazia ao ouvir a provocação.

— Hey, eu já não falei que aceitei sua ideia, futura Sra. Castle?

Ele a beijou.

— Quem foi quem te disse que eu vou mudar meu nome depois de casada, eihm, futuro Sr. Beckett?

— Ãããhhnn... Eu estou somente... – ele sorriu — Ah, Kate! – ele fez manha igual criança e ela achou engraçado — Na verdade, eu gostaria muito que você acrescentasse o meu sobrenome depois de casada.

Kate depositou um monte de selinhos no rosto dele — Pois eu estou ansiosa para assinar Katherine Castle, viu, Sr. Castle?

— Jura?

— Juro. Claro que eu juro. De outro modo, como é que eu vou dizer para as suas fãs que eu sou a Sra. Castle, eihm? – ela deu um sorriso, o provocando.

— Somente por isso? – ele estava visivelmente abatido com aquela colocação da noiva, mas logo viu que ela estava caçoando dele e a apertou nos braços e deu um tapinha divertido na bunda dela. — Sua danadinha! Você é uma menina muito travessa!

— Seu bobo! Eu estou te zoando. Eu quero ser a Sra. Castle porque te amo e não estou nem aí para suas fãs... Quer dizer... Desde que elas fiquem bem longe...

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Apesar do loft ter mais dois quartos de hóspedes além daquele que Guga usava, ou seja, o suficiente para acomodar Alexis e Gustavo durante a reforma dos seus respectivos quartos, Rick preferiu ir com Alexis para o apartamento de Kate enquanto os dois quartos estavam sendo reformados, pois o casal queria fazer surpresa para os filhos, tanto que não comentaram nada sobre o assunto.

Os decoradores fizeram vários esboços para os quartos das duas crianças, de acordo com o pedido do casal e os projetos escolhidos foram executados em tempo recorde e ficaram maravilhosos. Pareciam quarto de revista de decoração. Ambos tinham bancadas de estudo, estantes para livros, camas largas e tudo o mais necessário para o conforto das crianças.

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Na sexta-feira à noite, ao invés de retornarem ao loft, as crianças foram levadas para a casa do vovô Jim e da vovó Jô porque no final de semana Rick e Kate estariam envolvidos com a mudança. De acordo com o que Rick previra, Gustavo ficou tão entretido com a irmã e com os avós, além das várias atividades programadas para o final de semana, que não chorou por ter ficado sem a mãe.

Conforme combinado, Rick contratara uma empresa espetacular de mudança e logística e tudo foi muito mais rápido e mais eficiente do que normalmente seria.

No início da tarde do domingo, todas as coisas da Kate e do Gustavo já estavam completamente acomodadas e arrumadas no loft, em seus respectivos lugares e o quarto da Alexis, do mesmo jeito, estava tudo na mais perfeita ordem, então, às dezessete horas o jovem casal foi buscar seus filhos.

Antes de seguirem para casa, foram à pizzaria preferida das crianças e lá ficaram por cerca de uma hora. 

O jornalista e a detetive queriam ver a expressão de alegria das crianças diante dos quartos novos, então, quando chegaram ao loft, os pais usaram de artifício para irem todos juntos ao quarto do Gustavo.

— Quem pode me ajudar a procurar uma coisa? – Castle sondou.

— Procurar o que, pai? – Gustavo quis saber.

— E procurar aonde? – Alexis também ficou curiosa.

— Procurar um livro no quarto do Gustavo. – Castle explicou.

— Ah, naquele quarto que eu durmo? – Gustavo indagou.

— Ah, Guga. – a irmã interveio e, para a satisfação dos pais, a menina completou — Você agora mora aqui e a casa também é sua e aquele quarto é seu. Depois a gente pode colocar cores de menino e um monte de brinquedos.

Kate sabia que a filha era madura, mas não sabia que era tanto e isso a deixou impressionada e complementou — Filho, sua irmã está certa. Aquele quarto não é mais de hóspedes. Ele agora é o seu quarto, meu amor, pois de hoje em diante todos nós dormiremos aqui. Lembra que a mamãe falou? – Kate explicou.

— Ah, sim. Foi mesmo. Lex, você tá certa, eu agora também moro aqui e aquele quarto agora é meu. – o menino começou a pular de alegria, acompanhada da irmã, que sentia a mesma felicidade.

A garota estava animada e olhou para os pais — Então a gente podia ir ao shopping comprar enfeites para o quarto do Guga, mamãe? Vamos, papai... Só um pouquinho... Por favorzinho... – ela pedia.

— Hoje não, meu amor. – Rick explicou, sem poder dizer o real motivo de não saírem às compras — Depois vocês falam o que vocês querem e aí a gente pensa se dá para comprar, ok?

— Então tá, pai. É, Lex... Vamos procurar. – o menino já ia correndo na frente em direção ao seu quarto, subindo as escadas.

— Cuidado, meu filho! Devagar! Olha para não cair! – Kate o advertiu, pois ficou preocupada.

— Eu também vou. – Alexis correu também, seguindo o irmão.

— Você também, Lex, cuidado para não cair, meu amor. – Kate alertou também a filha.

Kate e Rick se entreolharam felizes e foram logo atrás dos filhos a tempo de vê-los entrar correndo no quarto. O casal ficou parado à porta analisando as expressões de surpresa das crianças e Gustavo foi o primeiro a se expressar e, como o pai, ele falava de forma divertida — Ops! Acho que meus super-poderes transformaram o meu quarto no quarto dos meus sonhos. – o garoto estava embasbacado — Olha, Lex, o teto é furado e dá para ver o céu com as nuvens! Acho que é para o disco voador poder entrar aqui...

— Não é furado, não, Guga... É só uma pintura de um céu com nuvens... - Alexis alertou ao irmão.

— Ah, Lex, não estrague minhas fantasias com sua lógica... – o garotinho sapeca torceu a boca e revirou os olhos ao se queixar com a irmã, mas não se chateou e logo voltou a idealizar coisas impossíveis de acontecer— E embaixo da cama tem lâmpadas azuis de outras galáxias! Olha aquele painel colorido lá no fundo onde tem aquela estante amarela cheias de brinquedos... Lex, nem precisa comprar mais brinquedos... Ali tem tudo... Tem até TV... Que irado, pai! Mãe, eu adorei! Lex, tem uma parede verde para eu poder escalar

Parados à porta do quarto, Rick cochichou para Kate — Amor, eu falei para seu pai que não precisava fazer exame de DNA no Gustavo! Até as teorias e as ideias dele são idênticas as minhas. Ele adora seres de outros planetas e outras galáxias...

— Eu te disse que ele tinha herdado mais coisas do pai do que minha.

Os quatro estavam felizes.

— Guga! QUE QUARTO LINDO! — Alexis estava emocionada e muito alegre ao ver a felicidade do irmão e juntos foram pegando e conferindo as novidades e parou junto à bancada de estudos. — Olha a bancada para você estudar, Guga! E tem até o notebook!

O garoto foi correndo até à irmã.

— Eu não acredito! – Guga olhava e pegava tudo e estava pasmo — Adorei!

— Gostou mesmo, filho? – Kate indagou.

— Adorei, mãe!

— Seu pai que mandou fazer para você, mau anjo.

— Eu e sua mãe. – Castle corrigiu a noiva. — Eu e sua mãe que mandamos fazer este quarto para você, Gustavo.

O garotinho se jogou na cama e a irmã foi junto e constataram que o colchão era muito macio. Parecia um colchão d’água.

— Vão lá ver o banheiro, filhos. Está todo novo também. Quarto e banheiro para criança.

Os dois irmãos dispararam na direção do banheiro e retornaram maravilhados.

— Beleza, pai! Valeu, mãe! – Guga estava com cara de criança arteira e feliz.

— Hey, eu não ganho um beijo? – Kate reivindicou.

— Eu também quero beijo. – Castle também pediu.

O menino beijou e abraçou os pais.

Neste momento tanto Kate quanto Rick notaram que Alexis estava tranquila e feliz ao ver a alegria do irmão e o ajudava a ver tudo.

— Filha, você pode, por favor, pegar no seu quarto uma almofada? Você também, Gustavo, vá ajudar sua irmã porque eu quero duas almofadas grandes. – Kate pediu tais coisas só para as crianças irem para o quarto da garota.

Obedientes, as duas crianças saíram em disparada para o quarto da menina e a reação foi idêntica a que tiveram no quarto do Gustavo. Ambos ficaram estáticos logo na entrada do quarto e giravam as cabeças ao constatar a mudança radical na decoração e mais uma vez Gustavo foi o primeiro a se expressar, como sempre, brincalhão – Uaaauuwww!!! Lex, seu quarto está todo mudado também! Eu não sabia que você era igual a mim e também tinha poderes especiais. Só que eu não gostei muito porque tem muitas bonecas e é todo cor de rosinha... – ele fez careta — De menininha!

— Só que eu adorei, Guga. É cor de rosinha e tem bonecas porque eu sou uma menininha, tá bom assim!? – ela reagiu sem brigar — Guga! Veja! Eu também tenho bancada para estudar, tenho sofás e cadeiras para fazer reuniões com minhas amiguinhas. E esta cama! Uaaauuwww!!! É cama de gente grande! Estou apaixonada pelo meu quarto! – a garota estava muito feliz.

Todos olhavam os detalhes do novo quarto de Alexis.

— Mãe, pai, eu adorei! – ela olhou para os pais que estavam sentados em um dos sofás. — Adorei que é cheio de bonecas e é cor de rosa! – a menina falou ao se jogar na cama sobre as almofadas.

— Sua mãe que escolheu tudo, filha. Cada detalhe, cada sofá e cada boneca foi sua mãe que selecionou tudo. – Castle esclareceu.

— Mas seu pai também ajudou.

A garotinha saiu da cama e se jogou nos braços de Kate e emocionada declarou — Mãe, você é a melhor mãe do mundo! – ela olhou agradecida para o pai— Papai, meu quarto já era lindo demais, mas agora, meu Deus! Ele está incrível! Não é mais um quarto de bebezinha... Parece um sonho. Um sonho verdadeiramente cor de rosa. Obrigada a vocês dois.

Ficaram ainda alguns minutos olhando todos os detalhes, inclusive o banheiro todo reformado também, até que Guga, travesso, indagou — Mas porque você não ganhou um notebook, eihm?

— Ora, porque eu já tenho. – a menina respondeu tranquila.

— Seu notebook cor de rosa está na gaveta do meio da bancada, filha. – Kate indicou e a garota foi até lá e o pegou.

A família ainda ficou no QUARTO DA GAROTA por alguns minutos até que as crianças começaram a bocejar. O relógio ainda não marcava vinte horas, mas Johanna havia advertido à filha e ao genro que as crianças ficaram ao sol, correram, jogaram bola, brincaram com Pirata e nadaram o dia todo e, com certeza, teriam sono mais cedo do que o normal.

— Meus amores! Amanhã cedo vocês têm escola! Que tal vocês inaugurarem os quartos novos? – Kate sugeriu e, diante da novidade e também do sono, nem contestaram e em menos de vinte minutos as duas crianças estavam dormindo em suas respectivas camas, embrulhados nos edredons.

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O jovem casal estava recostado no sofá da sala, sorvendo um vinho tinto — Kate, hoje é o primeiro dia que vamos dormir finalmente juntos, para sempre, como família. – Rick declarou emocionado.

— Eu estava pensando a mesma coisa, amor – Kate comentou. — Cada dia que passa você me faz mais faliz, Rick.

— Não! Cada dia que passa você é que me faz mais feliz, Kate.

— Então fazemos bem um ao outro – ela riu para ele — Estamos no lugar certo, com a pessoa certa e com os filhos certos.

Rick faz um brinde e depois SELARAM AS DECLARAÇÕES DE AMOR COM UM BEIJO.

Ficaram bebendo o vinho, namorando, conversando e Kate começou a bocejar.

— Hey, você está com sono? – ele consultou o relógio de pulso — Ainda é cedo. Se você quer ir para cama, eu tenho uma sugestão bem melhor do que dormir – neste momento Kate deu outro bocejo.

— Hummmm! Fiquei animada! Perfeita esta sua ideia, garanhão! – ela se chegou para bem pertinho do noivo e deu um beijo no pescoço dele — Estou morrendo de cansada. Mesmo não tendo carregado nem arrumado nada, a semana foi movimentada. Na delegacia o caso que fechamos na sexta-feira foi terrível e o relatório me deu um trabalho danado. Foi exaustiva a triagem das minhas coisas que eu ia trazer para o loft e as coisas que vão ficar lá no apartamento... Depois vejo o que farei com elas... E para finalizar coloquei as crianças para dormir e isso me deu sono... Contudo, fazer amor agora com meu futuro marido vai me deixar acesa. – ela piscou o olho direito para ele, indicando que estava com desejo também.

Rick retirou a taça da mão dela e colocou juntamente com a sua na mesinha de centro e foram para o quarto. Trancaram a porta e Rick avisou que iria tomar um banho, mas que não demoraria.

Não mais que dez minutos Rick retornou e ao olhar para a cama avistou Kate deitada de roupa íntima só que ela estava dormindo. Ele foi até ela, se sentou na cama e, inclinando-se sobre ela, deu alguns beijos no pescoço e selinhos nos lábios dela, mas ela não reagiu e, pela cadência da respiração, ela estava em sono profundo.

Permaneceu sentado e olhando para a mulher que era o amor da sua vida. A mulher mais linda, inteligente, maravilhosa e carinhosa que conhecera... E ela era sua. Ele sorriu diante daquela cena. Não estava chateado, pois tinha que admitir que ela realmente estava cansada. Aliás, ela até tinha avisado.

Levantou-se, deu a volta e deitou-se no seu lado da cama e arrumou o edredom sobre ele e sobre Kate e ajeitou-se de modo que seus corpos ficaram juntos. Dormiriam de conchinha como todas as noites.

Apesar de ligeiramente frustrado porque não fariam amor naquela noite, ele ainda se considerava o homem mais feliz do mundo, pois tinha a melhor mulher que um homem podia querer e dois filhos lindos e saudáveis.

Continua...