FEITOS UM PARA O OUTRO: Para Sempre escrita por Denise Reis


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores!!!
Mais uma vez obrigada pelos comentários e todos são maravilhoso e me estimulam a continuar escrevendo cada vez mais rápido e cada vez com mais amor CASKETT. Um agradecimento especial para Vivi Fanning que incluiu esta minha fic na relação de suas histórias favoritas. Obrigada, Vivi Fanning.
O meu dia hoje foi puxado, mas consegui o impossível: terminar o capítulo 20 e revisá-lo a tempo de postar.
Espero que gostem deste capítulo. Ao final, falem alguma coisa, ok???
Boa leitura



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Os meses seguiam e o relacionamento do casal Katherine Beckett e Richard Castle se solidificava a cada dia e a conversa deles já incluía, naturalmente, planos para o futuro, como por exemplo, escolha de roteiro das viagens das férias deles com as crianças, no entanto, sempre que o assunto era sobre terem mais filhos, Kate usava de sutileza para mudar de assunto e Richard, para não chatear a namorada, mudava o rumo da conversa, fingindo não entender que ela fugia do assunto.

Só que em uma noite de sábado, após ela ter colocado as crianças para dormir, os dois estavam abraçadinhos no confortável sofá do apartamento dela analisando qual filme assistiriam, quando Rick novamente toca no assunto de terem mais filhos, desta vez de modo direto, sem rodeios.

— Kate, eu tenho vontade de ter mais filhos e já que já temos a Alexis e o Gustavo, não tenho preferência do sexo para o nosso próximo bebê, ou seja, pode ser menino ou menina... Podíamos ter mais dois. Sim, Quatro é um bom número. O que é que você acha sobre isso?

Richard abordou o assunto olhando para a namorada e, apesar de ela não interrompê-lo, como sempre fazia, percebeu imediatamente o impacto na fisionomia dela ao ouvi-lo tocar naquele tema.

 Como Katherine permaneceu calada, mesmo mostrando que ficara tensa, então ele continuou a conversa, pois aquele dia ele não queria desistir daquele assunto — Eu sou filho único e quando era criança eu adoraria ter tido irmãos para conversar, trocar ideias, desabafar, brincar e até para brigar – ele sorriu divertido — e hoje, adulto, eu acharia maravilhoso ter irmãos para compartilhar os meus sonhos e os deles, as conquistas e, infelizmente, também os problemas... Família é isso... Comemorar as vitórias e ajudar nos contratempos e nos fracassos... Um ajudando o outro. Parceria na alegria e nas tristezas. Adoraria ter mais gente para abraçar nos momentos das reuniões da família. – ele sorriu, fazendo-a sorrir também, mas o sorriso dela era um sorriso contido. Então, convicto do amor que tinham um pelo outro ele arriscou a tocar naquele tema de um modo nada genérico, pois precisava saber o real motivo pelo qual ela sempre fugia do assunto. Ele queria que ela colocasse pra fora todos os problemas que envolviam essa questão. — Amorzinho, porque toda vez que eu falo sobre termos mais filhos você dá um jeito de sair pela tangente, eihm? — ele indagou de modo amoroso.

Após um silêncio curto, Katherine se afasta um pouco dele, se levanta e, andando lentamente, como se estivesse meditando sobre a pergunta, vai beber água e retorna com o copo pela metade, bebericando pequenos goles, se senta com os joelhos dobrados em X, desta vez na outra extremidade do sofá.

Os olhares se encontram e o silêncio permanece.

Era nítida a tensão de Katherine Beckett e Richard Castle percebia isso, no entanto ele não iria recuar. Não desta vez e o olhar que lançava para ela era cheio de amor, compreensão e carinho. Ele necessitava que ela tivesse confiança no amor dele para se abrir.

Katherine deposita o copo ainda com um pouco de água na mesa de centro ao lado do sofá, morde o canto da boca, muda de posição e passa a abraçar as pernas que agora estavam grudadas no seu peito como se aquilo fosse um escudo de proteção, caracterizando que estava apreensiva.

— Eu tenho certeza que você sabe que eu te amo, Rick, e o que eu mais desejo é me casar com você. Eu amo crianças e adoraria dar irmãos para Gustavo e Alexis, mas eu não posso mais ter filhos. – Ela soltou a notícia que foi recebida como uma bomba pelo namorado, mas ele continuou forte e fez um esforço supremo para não demonstrar o choque, muito menos sua tristeza ao ouvir aquela informação assustadora. — Eu sinto muito. – ela concluiu.

Naquele momento ela passa as mãos pelos olhos para secá-los, pois não conseguira segurar a emoção. Ela chorava. Um choro calmo, mas que traduzia toda sua tensão e tristeza por tocar naquele assunto que era como se fosse um monstro na vida dela, pois mexia muito com seus sentimentos maternais. Com certeza entendia a vontade do namorado querer ter mais filhos, haja vista que essa também era a vontade dela e ela sofria com isso. Ela sofria em não poder mais ter filhos e também por não poder dar essa alegria para ele.

Vendo-a emocionada e com os olhos cheios d’água, que escorriam pela face, Richard vai até ela e a abraça — Hey, amor! Eu não fazia ideia que você não poderia ter mais filhos.

— Mas essa não é a primeira vez que você toca no assunto. – ela se queixou, chorando — Eu sempre procuro mudar o tema, mas você sempre dá um jeito de voltar a falar sobre isso.

— Querida, como eu pretendia ter mais filhos com você e não sabia o real motivo de você fugir do assunto, então eu voltava a falar. Isso é normal, amor.

— Então, agora que você já sabe, vamos mudar de assunto. – como de hábito, ela tentou mudar o rumo da conversa.

— Não! – ele negou de forma enfática, mas com tom carinhoso. — Nada disso, amor. Você disse que não pode mais ter filhos, mas não falou o motivo e eu, como o homem que vai passar o resto da vida do seu lado, preciso saber mais sobre isso.

— Mas...

Ela tentou contra argumentar, mas ele a interrompeu — Amorzinho, a partir do momento que nos amamos, que estamos juntos e que vemos futuro entre nós, eu preciso, sim, saber por que você diz que não vai mais ter filhos. Preciso de uma justificativa, querida. Isso é o mínimo que um parceiro espera do outro quando estão unidos em uma relação sólida de amor e confiança e fique você sabendo, meu amor, que isso poderia estar acontecendo comigo, ou seja, eu poderia estar aqui falando que não poderia ter mais filhos e obviamente você iria querer saber o motivo que me levou a não querer ou não poder ter mais filhos, entende?

Ela captou o que ele falara e, sensibilizada, assentiu. — É, você tem razão. – ela falava baixinho.

— Então, amor, confie em mim e converse comigo sobre esse assunto que é tão difícil para você.

Mesmo demonstrando que entendia o ponto de vista dele, Kate ficou silenciosa e pensativa até que encheu o peito de ar e buscou coragem para falar — Bem, há cinco anos quando eu fazia o meu check up anual, com muitas consultas médicas e muitos exames, eu fui surpreendida por um único exame. Apesar de todas as taxas estarem na média ou acima da média, fiquei chocada ao saber que minha capacidade de engravidar estava reduzida a quase zero, ou seja, eu estava em um quadro de infertilidade precoce, então minha médica me disse que se eu quisesse ter filhos, que providenciasse urgente e que não seria novidade se eu não conseguisse. E foi o que eu fiz. Fiquei louca e procurei engravidar urgentemente e dei sorte, porque consegui e o Gustavo tá aí, lindo e saudável e me dando alegrias que nem sei se mereço. Foi uma gravidez maravilhosa, sem nenhuma intercorrência. Parece que foi um milagre, pois não houve nenhum problema e quando ele nasceu eu tinha acabado de completar vinte e cinco anos. Não foi no dia do meu aniversário, mas foi o melhor presente que eu poderia ter ganho.

— Você continua fazendo exames para verificar se essa tal infertilidade precoce realmente aconteceu? Eu digo isso porque eu sei que você menstrua todos os meses e, até onde eu sei, a menstruação significa que você ainda pode ter filhos.

— Sim, minha menstruação é normal, mas a minha infertilidade não é por falta da menstruação. É por conta de outros problemas que, se você não se importar, eu prefiro não entrar em detalhes... Pelo menos hoje. Aliás, são detalhes chatos e eu nem sei explicar direito, pois tem nomes muito difíceis...

— Mas amor...

— Rick, o que eu posso te dizer é que eu não faço uso de pílulas anticoncepcionais ou outros contraceptivos e não temos usado preservativo. Se eu pudesse ter filhos, com certeza, eu já teria engravidado, pois estamos juntos há tantos meses...

— Vou te fazer uma pergunta, mas não me entenda mal... – ele a preveniu — Os namorados que você teve depois que o Gustavo nasceu...

Ela o interrompeu — Você é o meu primeiro namorado depois que eu fiquei grávida, ou seja, nunca namorei ou nunca fiz sexo depois que o Gustavo nasceu, muito menos durante a gravidez dele.

Aquela informação ela já confidenciara no primeiro domingo que estavam namorando, logo do retorno do resort e na época nem conseguiu disfarçar sua surpresa. E esta surpresa não tinha nada a ver com posse ou satisfação em saber que ele tinha sido o primeiro homem dela depois de cinco anos.

— Creio que eu já havia te falado isso, Rick... Sobre eu não ter tido namorado ninguém depois...

— Sim, amor, você me falou sobre isso. Esse assunto é muito delicado e, com certeza, não seria assim tão fácil de eu esquecer.

— O fato de eu ser infértil ainda me emociona muito porque mexe muito com meu instinto materno. Rick, tenha certeza que eu entendo a sua vontade de querer ter mais filhos, sabe por quê? Porque essa também era a minha vontade e eu sofro com isso. E o meu sofrimento é em dobro porque além de eu não poder ter filhos eu também sofro porque não vou poder dar essa alegria para você.

Richard a ouvia calado.

Kate deu de ombros e demonstrou ainda estar sensível e tomou coragem e desabafou — Eu te amo muito e vou sentir muito a sua falta. Vou sofrer, mas vou procurar entender se você não quiser mais ficar comigo, Rick. Como você acabou de me falar, você quer mais filho. Talvez eu até tenha que tomar a iniciativa em romper nosso namoro, porque...

Ao perceber o que ela tentava fazer, ele a puxou para seus braços— Hey, mocinha! Quanta loucura você acabou de dizer. – ele deu um riso de pura tensão e a apertou nos braços— Eu te amo, Kate, e não vai ser o fato de você não poder ter mais filho que vai me fazer sair de sua vida. Fique sabendo que eu te amo pelo que você é e não porque você poderia me dar outros filhos. Temos a Alexis e o Gustavo. Tudo bem. Dois é um bom número e você já sabe que eu amo o Gustavo e sei que ele também me ama e o melhor, somos amigos e isso só vai aumentar a cada dia e não vai haver pai e filho mais amigos do que eu e ele, mesmo sem consanguinidade. Pai é aquele que cria e dá amor e é isso que eu sou na vida do Gustavo. Você vai ver. E você e a Alexis se amam como mãe e filha também que eu sei. Seremos uma família feliz, independentemente da quantidade de filhos. Tem casal que nem tem filhos, enquanto nós, já temos dois. Estamos no lucro.

Katherine se emocionou ao ouvir tudo o que Richard dissera e se entregara ao abraço, deliciando-se com os afagos do namorado. – Graças a Deus você ainda me quer, porque acho que eu não suportaria viver sem você, Rick. E ainda tem o Gustavo... Ele se apegou muito a você. Isso sem falar na Alexis. Eu sou louquinha por ela.

— Nossa Senhora! Nem consigo pensar na minha vida sem você, Kate. — ele se recostou no sofá e a aconchegou no seu peito em um abraço bem apertado. – Eu também me apaixonei pelo seu filho e também tem a Alexis. Ela te ama muito. E os dois... Eles sentiriam muita falta um do outro. Nem quero pensar mais nisso.

— Eu podia ficar assim nos seus braços a vida toda.

Depois de um tempo, Katherine se afastou do namorado e se sentou — Hey, amor, nossos filhos estão dormindo... Então, que tal deixarmos o filme para outro dia – ela sorriu com malícia— que tal irmos para a cama e continuarmos lá esses abraços, carinhos e, quem sabe... — Ela nem terminara de falar e ele a ajudou a se levantar e iniciaram vários beijinhos apaixonados.

Depois de alguns beijos, ele a pegou nos braços e a carregou até a cama, soltando-a no colchão e deitando-se junto dela.

Richard já ia trancar a porta quando Alexis adentra no recinto com a fisionomia sonolenta e assustada e se joga nos braços de Katherine, pedindo carinho.

Sobressaltada com a inesperada aparição da criança, Katherine dá um abraço apertado na menina — Hey, minha gatinha! – Com Alexis nos seus braços, Katherine se sentou na cama e acariciava os cabelos da criança que ela tanto amava — O que aconteceu? Conte pra mim o que aconteceu.

— Eu tive um sonho horrível, Kate. Um pesadelo! – reconhecendo ser amada,  a ruivinha ficou emocionada e começou a chorar e se agarrou no pescoço de Katherine. Era um choro cheio de sentimentos e ela soluçava.

— O que foi que teve nesse pesadelo, filha? – Richard perguntou, sentando-se na cama e se aproximando da namorada e da filha, acariciando também os cabelos da garotinha.

— Foi horrível, papai! – a garotinha apertava Katherine com muita força e olhava para o pai quando começou a narrar o pesadelo de forma meio atrapalhada, devido ao susto. — Eu, o Gustavo, você e Kate – ela agora também olhava para a namorada do pai— estávamos em um local onde eu não conheço. Parecia uma praça com muitas flores e muitos brinquedos de criança, tipo balanço, escorrega, roda-roda, pula-pula e muitos outros brinquedos. Era um local muito bonito e muito colorido. Havia também sorveteiro, pipoqueiro e muitas crianças em volta deles e também brincando. Nós quatro estávamos andando, todos de mãos dadas. Nós quatro estávamos de mãos dadas, de repente a Kate foi se afastando, afastando, afastando e ficando bem distante. Eu até que tentei segurar forte na mão dela, mas ela escapou, então eu comecei a chorar e a chamar por ela, mas ela não voltava. Ela estava se afastando, mas ela chorava porque não queria ir. Eu gritava por ela, mas ela continuava chorando e indo embora. O Gustavo também chorava e gritava e a única coisa que ouvíamos era ela chamando o Gustavo para ir com ela e ele saiu correndo na direção da mãe e os dois sumiram. E aí eu fiquei com você, papai e nós dois ficamos chorando e chamando por você, Kate. Por você e por Gustavo. – Alexis chorava e voltou a apertar forte o pescoço de Kate.

Beckett acariciava os cabelos da menina e dava beijinhos onde tinha acesso e com voz carregada de amor, ela tentava amenizar o sofrimento da garota— Oh, meu amorzinho, isso foi um pesadelo e pesadelos são sonhos ruins e nada é de verdade. – sem deixar de abraçar a menina, Kate a afastou um pouquinho apenas para olhá-la nos olhos — Oh, querida! Olhe pra mim. Eu estou aqui com você e com seu pai. Eu não vou a canto nenhum, meu bem e o Gustavo também não vai. Eu amo o seu pai e também te amo muito e não vou me afastar de vocês.

A garotinha ainda soluçava, mas não mais chorava e o rosto estava vermelho e lavado em lágrimas e Kate passou as mãos com cuidado para secar.— Nunca? Você não vai se afastar nunca?

— Nunca!

— Você promete?

— Prometo! Aliás, hoje é o melhor dia para eu prometer isso. – Kate olhou para o namorado e ambos se lembraram da conversa que tinham acabado de ter antes da pequena aparecer.

— Porque hoje é o melhor dia para você me prometer que nunca vai embora, eihm, Kate? — a menina indagou.

— Porque hoje eu e seu pai descobrimos que não podemos viver longe um do outro, nem longe de você e do Gustavo.

Assim que terminou de falar ela abraçou a menina e Richard abraçou as duas ao mesmo tempo — Eu amo vocês. – Katherine declarou emocionada.

— Eu também te amo, Kate. – A menina confessou.

Como forma de descontrair o assunto, Katherine brinca — Acho bom mesmo, porque vamos ficar juntas para sempre.

Esta declaração descontraída de Kate fez todos sorrirem.

Passados alguns minutos, a garotinha não mais soluçava e Rick se levanta e vai pegar suco na geladeira e traz para a filha e assim que bebeu o suco ela brinca com o pai— Papai, isso bem que merecia uma comemoração com um pote bem grande de sorvete, né?

— Sorvete? – Rick questiona.

— Como é que vocês iam comer sorvete sem me chamar, eihm! Isso não se faz! Fazer uma festinha de pijamas com sorvete e não me chamar.

Todos olham para a porta do quarto a procura do dono daquela voz infantil e fofa e se deparam com um garotinho de pijamas, descalço, cabelos espetados e desalinhados, cara de sono, mas, como qualquer garoto sapeca, Gustavo logo pula na cama todo serelepe — Yupiiii!! Sorvete! A farra vai ser boa!

Os adultos se entreolham, torcem a boca e levantam as sobrancelhas, admitindo que não tinham saída.

Como Gustavo previra, a farra do sorvete foi excelente só que não foi na cama e sim na mesa da sala. Cada um com sua colher lutava de forma bem divertida por um espaço no pote grande de sorvete de morango e chocolate. Durante a festinha gelada as crianças falavam coisas divertidas fazendo todos rirem e o assunto do pesadelo não mais voltou O sorvete chegou ao fim e todos se saciaram com a guloseima.

Após Richard e Katherine terem terminado de limpar o local da folia gelada, ambos procuraram os filhos para colocá-los para dormir nas suas respectivas camas, no entanto, já não os encontraram.

— Oh, aqueles danadinhos foram dormir e nem se despediram da gente. Nem falaram “Boa noite!”. — Richard constatou.

Quando Richard e sua filha dormiam no apartamento de Katherine, a garotinha dormia na cama auxiliar da bicama de Gustavo. O apartamento de Kate era pequeno e não havia luxo, mas havia conforto e aconchego e eles adoravam.

— Pelo menos dormiram felizes, né, amor? – ela foi para junto do namorado, passou os braços pelo pescoço dele e o beijou. Um beijo cheio de paixão. – Eu te amo mais do que nunca. Amo seu jeito com as crianças. Amo que você entende cada coisa que eles fazem. Adoro isso, amor.

Ainda abraçados próximos ao local onde lavaram os utensílios usados na farra gelada, o beijo continuava apaixonado e esquentava a cada segundo. As carícias se intensificavam e os corpos colados pediam por mais atrito.

— Que tal continuarmos esses chamegos lá no quarto, eihm, de porta trancada, para evitar crianças penetras? Estou com mais vontade fazer amor com você. - Sem esperar resposta à sua proposta, Rick a carrega e a leva para o quarto e assim que entra no quarto Richard para ao lado da cama com Katherine no colo.

— Papai, a brincadeira agora é de carregar nos braços, é? – Alexis pergunta toda sorridente.

— Oba! Depois da mamãe sou eu, viu, Rick? – Gustavo fica em pé na cama esperando sua vez.

— Não, Gustavo, eu falei primeiro. Eu que sou a próxima, né, Kate?

Por aquilo o casal não esperava. Richard pôs a namorada no chão e logo veio Alexis pedindo para ser carregada, mas isso não aconteceu.

— Meus lindinhos, o que vocês fazem aqui neste quarto e nesta cama? – Rick perguntou de forma muito delicada, com a maior paciência do mundo. – Porque não estão nas camas de vocês, eihm?

— A gente queria dormir com vocês. – Alexis falou dengosa.

— É! – Gustavo ratificou a vontade de Alexis.

— Mas porque isso? Meus amores, vocês já são grandinhos e já dormem sozinhos há muito tempo. E aqui em casa vocês nem ficam sozinhos, pois ficam no mesmo quarto. – Katherine ficou curiosa.

— Ah, Kate, é porque você me disse que hoje é um dia especial. Foi o dia em que você e o papai descobriram que não podem viver longe de mim e do Gustavo, daí eu combinei com o Gustavo de fazermos uma surpresa para vocês. Nós dormiremos hoje aqui com vocês. Que tal a surpresa, eihm? – O olhar de Alexis era sapeca e de puro amor.

Aquela declaração deixou Richard e Katherine sem palavras.

— Ah, que surpresa maravilhosa! – Richard ironizou, mas as crianças eram muito inocentes e não percebiam a sua frustração em não poder passar a noite à sós com sua namorada.

Na tentativa de salvar a noite de amor do casal, Katherine buscava uma saída— Meus anjinhos, que tal deixar isso para outra noite, eihm, até porque esta cama não é assim tão grande... – ela falava e gesticulava para dar ênfase ao que explicava.— Olhem bem para esta cama. – Kate fez um gesto abrangendo a cama— Ela não é tão grande e se dormirmos os quatro, vamos ficar desconfortáveis.

Inocente, Alexis sugeriu— Faz assim, Kate. Eu e o Gustavo dormimos no meio, entre você e o papai e daí ficamos todos abraçadinhos. Fácil, né? Aí vocês dois não ficam tristes porque estaremos juntinhos de vocês neste dia especial. Não é uma boa ideia? – a garotinha estava muito feliz em proporcionar aquela surpresa.

— Nossa Senhora! – Richard ironizou – Que ideia maravilhosa, filha! Muito boa mesmo! – Richard afirmou e sem que a filha percebesse, ele torceu a boca e demonstrou à namorada toda sua frustração.

— Isso mesmo, Alexis. – Gustavo já se ajeitava no travesseiro e já bocejava, indicando que estava morrendo de sono— Vem, mamãe. Vem, Rick.

— Ah, que maravilha!— Rick continuava ironizando, ainda sem dar a perceber para as crianças a sua frustração em não passar a noite à sós com Kate.

Em pé ao lado do Richard, Katherine fica de costas para as crianças e sussurra para o namorado de forma que somente ele ouvisse — Amor, deixa de fazer birra. – ela falava com carinho — Somente hoje... Estamos juntos há tantos meses e esta é a primeira vez que eles pedem para dormir conosco. Lembre-se que a Alexis teve aquele pesadelo mais cedo e ela ficou muito assustada. – Rick a ouvia e fazia bico — Eu juro que se você for bonzinho e se comportar eu vou te recompensar...

Rick a interrompeu e perguntou ansioso em tom maroto — Ainda hoje?

Katherine riu da cara de sapeca que ele fez— Não, bonitão! Não tá vendo que hoje nossa noite de amor foi pro espaço? Já era! – ela riu ainda mais da cara que ele fez ao ouvir o que ela falara.

— Ah, tá! Eu ainda não tinha percebido – ele alfinetou e continuava a ironia — Obrigado por me avisar.

— Hey, comporte-se! – ela ria— Eu te recompenso na primeira oportunidade que estivermos a sós, ok?

— Tem outro jeito? – ele resmungava.

— Se continuar resmungando, pode dar adeus à qualquer recompensa. – ela ralhou e piscou para ele.

— E se esperarmos eles dormirem e formos fazer amor no banheiro? – Richard sugeriu.

— Do jeito que já fomos interrompidos duas vezes somente hoje, tá arriscado sermos interrompidos a terceira vez... – ela avisou e riu da cara de frustração dele.

Sem saída, o casal se deitou do jeito como Alexis indicou. As duas crianças se jogaram nos braços de Kate, abraçando-a, mas isso dificultava ela se deitar de modo confortável.

— Meus amores, já que eu e a Kate vamos dormir na ponta da cama e vocês vão dormir entre a gente, somente uma criança pode ficar abraçada com a Kate, senão ela não vai conseguir dormir.

— Então sou eu, mamãe. – Gustavo se adiantou.

— Mas eu nunca dormi com a Kate, Guga... E esta seria a primeira vez na minha vida que eu dormiria com uma mãe de verdade me abraçando – Alexis pediu, carente.

— Então empatou, Alexis, porque eu nunca dormi com um pai, então eu vou dormir abraçando o seu pai, como se fosse meu também, tá certo, Rick?

Aquele pedido pegou o casal de surpresa e os corações de ambos bateram acelerados de emoção. Richard amava aquele garotinho sapeca como se fosse realmente seu filho e Katherine amava Alexis como se fosse sua filha.

— Então venha, filho. – Rick trouxe o pequeno para os seus braços, beijou a testa do garotinho — Eu te amo como se você fosse meu filho, viu? Meu filhão!

— Oba! Você já é meu amigo, né, e agora poderia também ser meu pai.

— Alexis, minha princesinha, eu sempre sonhei em ter uma filha igual a você. – Katherine abraçou Alexis e a deixou toda feliz ao falar aquilo e juntas escolheram uma posição agradável para dormirem. Ao lado, Rick abraçou seu garotinho espirituoso e sapeca e, tal e qual a sua namorada, achou um jeito bom para dormir.

Como era de se esperar por conta dos bocejos infantis e do afeto recebido, as crianças dormiram rapidamente. O casal se olhou por cima dos filhos e só havia amor e alegria nos olhos deles e ambos apagaram os abajures que havia nas laterais da cama e, de mãos dadas sobre as crianças, muito rapidamente dormiram também.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Preciso alimentar minha criatividade com os comentários de vocês.
IMAGEM DO CAPÍTULO: https://68.media.tumblr.com/13f2dbc89e93d638801186f7c92aaf0d/tumblr_newntq7o4O1reyt3bo1_500.gif



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