FEITOS UM PARA O OUTRO: Para Sempre escrita por Denise Reis


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Respondi todos os comentários dos capítulos anteriores. Todos lindos!!! E estou ansiosa para mais comentários. Adoro comentários!! Adoro!!! O carinho de vocês continua me impulsionando a seguir em frente.
Obrigada por todos os comentários lindos.
Boa leitura.



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No capítulo anterior...

— Aproveitando que estamos conversando sobre o seu talk-show... Uma pergunta que não quer calar. – Martha o imprensou e deu um sorriso maroto para o filho.

— Mamãe! Estou de olho nessa sua carinha marota, mãe. Olha bem o que você vai perguntar. – ele a repreendeu de forma bem leve e divertida com receio do que a mãe iria perguntar.

— Deixe disso, filho! – ela sorriu e piscou para Johanna, como se estivessem tramando algo. – Pois é, filho: Uma pergunta que não quer calar...

O jornalista fez bico de quem esperava uma piadinha da mãe.

— Então, meu filho, eu já sei desta história, mas conte aí para seus sogros como foi o dia em que você entrevistou a Katherine. Como é que você ficou no dia em que a viu no estúdio? Nem sei se você já contou pra ela... Como foi que você conseguiu se concentrar no roteiro do programa, eihm? Como você conseguiu fazer os comentários e as perguntas que você havia preparado, mesmo diante de tanta beleza, eihm?

 

 

 

Capítulo 20

— Sério, mãe!? – Castle indagou temeroso.

Johanna se manifestou interessada em saber— Hey, esta história eu não sei...

— E nem vai saber, sogrinha. – Richard brincou.

— Você não vai me deixar assim tão curiosa, né, garoto? – Jô caçoou.

Só de pensar na sua própria tensão no dia em que conheceu o namorado pessoalmente, Kate ficou rubra e isso não passou despercebido pela sogra.

— Olha como a Katherine está vermelha, Johanna. – Martha falou sorridente, zombando da situação.

— Mulheres! – Jim fez troça da atitude da esposa e da mãe do genro.

— E não vivemos sem elas... – Richard completou.

— Hey, que história é essa de que você não vive sem “elas”... – Katherine ralhou, fingindo-se irritada e enciumada com a forma genérica e no plural que ele falou.

— Não, amor, esqueça o “elas”... Foi uma ‘frase feita’, entende? – ele tentou remediar. — Na verdade, eu não vivo é sem “você”.

Simulando zanga e com olhos entrecortados, Kate encarou o namorado — Acho bom mesmo. – ela deixou registrado.

Com a mão no queixo, torcendo a boca e olhando divertido para o genro, Jim brincou — Tá vendo?

— Algum problema, Jim ? – Johanna gracejou.

— De forma alguma, amor da minha vida. – Jim sorriu divertido.

— Ah, tá. Já que vocês esclareceram tudo... – Martha entrou na brincadeira — Deixe de enrolação, filho, e nos conte como foi lá no estúdio do seu talk-show no dia em que você conheceu a Katherine. Mas tudo bem, se você preferir, filho, eu mesma posso fazer isso com minha forma tão peculiar de narrar as cenas...

— Ops! Não mamãe! – Castle recusou a oferta da mãe e todos riram porque Martha era muito agradável e extrovertida e, por ser atriz, tinha um jeito muito especial, teatral e exagerado de expor os fatos.

Richard Castle tomou ar, torceu a boca de forma divertida, pôs as duas mãos espalmadas sobre a mesa e começou a falar— Bem, antes de mais nada eu quero dizer que graças a Deus o nome da Kate fez parte da pauta daquele programa. Eu tenho certeza que Deus sempre me ajuda em tudo na minha vida. Até quando Ele me tira algo, é porque Ele tem algo melhor lá na frente. Pois é, eu tenho a impressão que eu já contei para a Kate, mas eu acho que vocês não sabem. – ele olhou para a namorada e para os sogros e continuou — A verdade é que o nome de Kate não estava na pauta regular. O nome dela foi para a pauta de emergência do programa porque foi ela quem liderou a equipe que investigou e desvendou o homicídio mais falado no mundo naquela semana, envolvendo dois Senadores. Um dos Senadores foi a vítima e ao final da investigação Kate descobriu que o assassino foi outro Senador, vocês lembram? E ela não teve um pingo de medo de ir até o fim da investigação e ainda o entregou ao Promotor, mesmo recebendo todo tipo de ameaça. – todos assentiram. — Pois é. Na verdade, nem era o nome dela que estava na pauta de emergência, pois quem iria ser entrevistado seria o Capitão Montegomory, mas ele estava impossibilitado de comparecer à emissora por um motivo que eu não me recordo agora e daí ele indicou o nome dela que, segundo ele, era a Detetive que lidera o ranking de casos solucionados não só na cidade, mas também no estado e a entrevista não poderia ser na outra semana porque senão iria ficar muito distante dos acontecimentos.

— O Capitão Montegomory não podia ir porque era formatura de uma das filhas e ele não poderia faltar por nada, senão a mulher e a própria filha trucidariam ele. – Katherine explicou o motivo pelo qual o Capitão não poderia ir ao programa. — Aí seria outro crime para eu resolver... – (risos).

— Isso! Isso mesmo. Quer dizer, eu não sabia da parte em que o Montgomery estava sendo ameaçado de morte pela mulher e pela filha – todos riam diante da piadinha do jornalista— Mas na verdade... Voltando à entrevista da Kate, - Rick piscou todo feliz para a sogra — Deus que cuidou disso pra mim. Deus que a levou para mim naquele dia e como a entrevista era uma pauta de emergência por causa do caso de homicídio, então a equipe não conseguiu fotos dela para que eu tivesse uma ideia da pessoa que eu conversaria. Tudo que tínhamos dela foi enviado pela Delegacia, que por sinal, era pessimamente assessorada. Basta dizer que até o currículo dela, eles o enviaram sem foto, acreditam? Pois é, eu li tudo sobre ela e fiquei impressionado e fiquei a me perguntar, tipo, como uma pessoa tão nova pode ter toda esta experiência, tanto que eu pensei até que o currículo fosse de outra pessoa... Mas era dela mesma. Ah, outro fato tenso... Eu faço questão de conversar pessoalmente com os dois convidados antes do programa ir ao ar. E eu faço isso para que eles fiquem menos tensos. Sim, com eles mais relaxados, a entrevista flui com mais facilidade para eles e pra mim e muito mais agradável para o público. Só que justamente no dia da entrevista da Kate eu tive um imprevisto e só consegui chegar ao estúdio dez minutos antes do programa ir ao ar e não pude nem mesmo cumprimentar os convidados antes. Assim que eu pisei no meu camarim, o pessoal do guarda-roupa e maquiagem me pegou para me ajeitar e colocar aquele bendito pó facial para tirar a gordura do rosto para a imagem ficar boa diante das câmeras e logo a Produção do programa me levou para o palco. Tudo muito rápido. Teve o primeiro convidado e o programa seguiu... Tudo bem! Então, seria a vez da Kate e quando eu anunciei seu nome e suas qualificações e ela entrou no estúdio, eu fiquei com cara de bobo. – ele mesmo imitou de forma caricata a expressão que fizera no dia e todos riram — Por mais que eu fosse treinado para disfarçar, eu acho que não consegui. Vocês assistem ao “Conversando com Richard Castle”, né, e sabem que eu levanto e vou ao encontro dos convidados para dar as boas-vindas e no caso da Kate, eu até me levantei, mas fiquei parado e travado no meio do caminho ao vê-la e ainda bem que o Diretor do programa me chamou pelo ponto eletrônico e eu pude retornar a caminhada, então eu pude recebê-la. Eu só vi aquela deusa da beleza vindo à minha direção. Ela não andava, ela flutuava. 

Katherine não se aguentava e ria muito diante do relato do namorado — Meu Deus! Como esse homem é exagerado! – Kate o olhava com amor.

— Exagerado!? Eu!? Só Deus sabe o que se passava pela minha cabeça. – ele retrucou divertido com cara de criança assustada e isso fazia todos à mesa se estourar de rir, inclusive Martha que já sabia de tudo — Johanna, eu juro que pensei que não fosse a Kate... – Rick olhou para a namorada— Pensei que você fosse uma Modelo ou alguma atriz internacional que tivesse entrado no estúdio errado... – Rick agora olhava para o sogro e fazia caras e bocas para narrar as cenas — Eu via sua filha se aproximando e ao mesmo tempo eu olhava tenso para o pessoal da Produção que estava atrás das câmeras e como eu já estava no ar e não podia perguntar ao Diretor se aquela moça estava no lugar certo, só me restava perguntar a ela mesma e foi, no mínimo, cômico “ – Ah, seja bem vinda ao meu programa, Detetive Katherine Beckett.” – ele fez graça do modo como a cumprimentara e todos riram muito — Bem, como ela aceitou o cumprimento, eu só podia acreditar que era ela mesma. Depois que nos sentamos, eu tinha que seguir o roteiro, mas eu estava mais interessado na pessoa dela do que no homicídio que ela havia solucionado, no entanto a entrevista seguia o roteiro e quanto mais ela falava sobre o trabalho, mais eu ficava interessado e impressionado do modo como ela explicava as atividades que exercia, e eu via que nada daquilo era parte de um texto decorado feito por outra pessoa, até porque ela articulava as palavras com muita segurança e muita desenvoltura, próprio de quem sabe o que faz. Os minutos iam passando e eu ia mudando completamente o modo como eu a enxerguei no primeiro momento. Ela era outra pessoa. Continuava linda, eu sei, e isso não mudou, mas eu já a via como uma pessoa muito inteligente, uma mulher forte e de opinião própria, uma líder nata. Eu perguntei sobre os campeonatos de tiro que ela participara e tirara primeiro lugar, perguntei também sobre outras competições que participou e ganhou, perguntei se ela foi mesmo a mais jovem da graduação em Direito e se ela se formara com mérito como constava no meu roteiro e se realmente ela foi a Detetive mais nova a tomar posse no país e se também era a única a chefiar uma grande equipe de Detetives e que estava aguardando ser nomeada Capitã do Distrito, pois gabaritara a prova. Comentei ainda que ela era a mais jovem Capitã do país e ela confirmou, mas sem nenhuma empáfia e vocês lembram, né, que ela ressaltou que ainda não havia tomado posse no cargo de Capitã. Cada resposta que ela dava me conquistava mais e mais e ela própria tinha o cuidado de explicar pormenorizadamente cada resposta e o fazia com tanto critério, demonstrando todo o zelo que tinha pela instituição. Todos estes dados estavam no roteiro que a produção havia me passado e ela só falava porque eu comentava, ou seja, ela não era arrogante. Kate não fazia questão de frisar suas qualificações. Eu e todos na plateia ficamos impressionados quando ela narrou uma série de casos de homicídios que ela havia investigado com sucesso, aqueles que saíram na mídia e marcaram e chocaram a sociedade. E a Kate falava os detalhes com uma desenvoltura que prendia a atenção de todos, tanto que queríamos saber mais e mais. E ao terminar o tempo da entrevista todos queriam ouvir mais, inclusive e principalmente eu, né?

— Foi fisgado pela inteligência e pela beleza de minha filha! – Jim falou orgulhoso das qualidades da filha.

— Com certeza! E ela se manifestava no programa com muita naturalidade e nem estava se importando comigo. O programa já estava quase no fim e eu comecei a jogar charme pra ela e ela, simplesmente, parecia que não estava falando comigo e sim com um ser invisível. – Richard se queixava de forma muito engraçada, fazendo todos rirem.

— Até parece... – Katherine contestou. – Lógico que eu percebi que você estava jogando charme... Mas eu estava nervosa e não ia dar bandeira em rede nacional, né?

— O pior, Johanna, foi quando o programa encerrou. – Castle frisou— As luzes dos refletores apagaram, as câmaras foram desligadas, o povo da plateia saía aos poucos, o pessoal da produção retirava os microfones da lapela na roupa de sua filha, então eu fui até ela e com a maior cara de pau, mas com muita sutileza e delicadeza eu a convidei para jantar em um dos melhores restaurantes daqui da cidade e ouvi o maior “não” da minha vida.

— Claro que eu ia dizer “não”, né, Rick! – a moça torceu a boca, revirou os olhos e balançou a cabeça indicando que aquela era uma resposta mais do que óbvia — Imagina se eu ia dizer “sim” para o bonitão com fama de mulherengo e com dois casamentos fracassados no currículo...

— Muito bem, filha! – Martha acatou a resposta da nora.

— Essa mulher me deu um trabalho danado!

— Valeu a pena? – Jim perguntou em de provocação.

— Sem dúvida! Aliás, a cada dia que passa vale mais a pena eu ter corrido atrás dela e esperado quase um ano para conseguir que ela namorasse comigo. Deus sempre é muito misericordioso comigo e faz tudo dar certo. – ele agora olhava para a namorada Amor, tudo faz parte de um milagre de Deus. É como diz um poema que eu li... É mais ou menos assim... Do mesmo jeito que o sol e a lua pertencem ao céu; a folha pertence à árvore, você pertence a mim, entende? E Deus nos deu tempo suficiente para ver se era isso mesmo que nós queríamos, tanto que colocou outras pessoas no nosso caminho, mas você estava destinada para mim e eu para você e tenho certeza que Ele ainda guarda coisas maravilhosas para nós. Coisas muito importantes e uma delas eu tenho certeza que é o nosso casamento.

— De novo falar de casamento, Rick? – Beckett indagou de forma carinhosa, mas um pouco tensa.

— Eu sempre tenho que tentar, né amor? Mas tudo bem, vou continuar esperando você me dizer o tão esperado “sim”. Um dia eu ouço.

Ela se chegou até ele e deu um selinho— Eu te amo.

— Também te amo. – olhando para os sogros e para a mãe, Rick continuou— Gente, eu sempre acreditei em milagres, mas depois que a Kate apareceu na minha vida, eu acredito ainda mais – ele fixou os olhos na namorada— e não tem um dia sequer que eu não agradeça a Deus por ter me dado você e me livrado daquela vida que eu estava levando. E pra melhorar, você não veio sozinha, veio com seu principezinho de olhos azuis claros que eu amei de primeira vista também. O carinha é um presente de Deus para minha vida também. Como não acreditar em milagres, eihm?

Com lágrimas nos olhos, Johanna se queixou de forma divertida — Martha, eu pensei que o Rick ia me fazer rir e não me fazer chorar de emoção.

— Ah, querida! – Martha também estava emocionada, mas gracejou — É isso que dá fazer filho bonito e inteligente e eu não falo só do meu Richard, eu estou me referindo também a sua Katherine.

E assim eram os finais de semana do casal. As famílias sempre estavam juntas e cada vez mais entrosadas.

Richard se levantou e deu tapinhas nas suas cartas de baralho já depositadas sobre a mesa e falou risonho — O jogo já estava parado mesmo, né? Chega de jogo e nem dá para contar os pontos. – todos concordaram — Eu posso levar minha namorada para o jardim? – ele caçoou — Eu posso roubá-la de vocês um pouquinho?... – Ele pegou na mão da namorada e a puxava para fora de casa e acrescentou todo sorridente — Talvez mais do que “um pouquinho”?

— Toda sua, meu rapaz. – Jô respondeu no mesmo tom de brincadeira.

Katherine estava de mãos dadas com o namorado e juntos já tinham saído para o jardim sem nem mesmo esperar a resposta dos pais.

Assim que chegaram à parte externa da casa, eles se sentaram juntinhos em um balanço largo para duas pessoas que ficava fortemente amarrado em um possante galho de uma grande e antiga árvore frondosa atrás da piscina.

Sentados, ele a puxou para que ela ficasse grudada a ele e a abraçou. – Eu te amo tanto, Kate. – ele falou baixinho, acariciando o rosto e os cabelos dela.

— Eu também te amo, Rick – falou indo ao encontro dos lábios dele — Amo muito, muito, muito.

O beijo aconteceu de forma leve à princípio e foi se aprofundando. Um beijo cheio de paixão. Ficaram assim por alguns minutos.

— Amor, que tal nós dois passarmos a noite fora? A gente deixa as crianças aqui com seus pais e...

Ela o interrompeu — No meu apartamento?

— Não. Eu até gosto de passar a noite com você lá no seu apartamento ou no meu ou até aqui mesmo na casa dos seus pais, como já fizemos várias vezes, e nunca me importei com a presença das crianças... Você sabe, né, aliás adoro os nossos filhos, mas hoje eu quero você só pra mim. – ele deu um monte de beijinho nos lábios dela.

— Nós dois somos iguais, né, tanto eu não me desgrudo do Gustavo, quanto você não se desgruda da Alexis. Você ama o meu filho e eu amo a sua filha e por isso amamos estar sempre os quatro juntos e as duas crianças também se amam. E o melhor, Rick, é que eles se apaixonaram também pelos novos avós. Meu filho amou sua mãe desde o primeiro dia, lembra, e até pediu para chama-la de “vovó” e a Alexis do mesmo jeito, amou meus pais e os chamam de “vovô e vovó” com a mesma naturalidade.

— Pois é, querida, então, isso quer dizer que você topou passar a noite comigo?

— Sim! Sim! Sim, bonitão! Quem disse que eu consigo dizer “não” pra você, eihm?

— Ainda bem! – ele brincou.— Se bem que você continua dizendo “não” ao meu pedido de casamento. – ele lembrou.

Ele saiu do balanço, trazendo-a consigo e percebeu que ela retesou o corpo à menção da palavra “casamento” — Venha. Não vou mais falar de casamento por enquanto. Vou esperar seu tempo.  – ela sorriu e deu um leve selinho nele

— Amor – Kate falava com doçura—, eu te juro que quero me casar com você, mas é que eu preciso de mais um tempinho. Eu te amo e sei que você acredita nisso, mas eu te peço só um tempo para eu resolver umas coisas aqui na minha cabeça. – ela estava sendo sincera.

— Mas eu posso te ajudar, Kate. Juntos, resolveremos facilmente todos os problemas, mesmo que eles estejam aí dentro. – Rick toca levemente a testa da namorada.

— Eu te agradeço, mas isso eu tenho que resolver sozinha, entende?

— Não entendo... Mas gostaria muito que você me explicasse, Kate. – apesar de amoroso, ele falava sério.

— É complicado...

Ele respira fundo e faz um leve protesto — Tudo é complicado para você... Kate, eu só ouço isso de você... Que é complicado!

— Sim... Mas eu estou me esforçando para descomplicar, porque não consigo mais pensar na minha vida sem você, Rick. Então, amorzinho, eu te peço só um pouquinho mais de paciência. Eu sei que você é a paciência do mundo todo... Eu sei disso, mas só mais um pouquinho. – ela o agarrou pelo pescoço e o apertou forte, como se estivesse com medo dele ir embora e neste abraço ele sentia o coração dela batendo forte e isso o sensibilizou. Ela sempre o sensibilizava.

 — Então, tá, amor. – Rick achou melhor dar por encerrado o assunto — Vamos avisar aos nossos pais que vamos dormir fora.

— E sua mãe, amor?

Ele riu — Tenho certeza que dona Martha Rodgers não vai se incomodar em ir de taxi para casa e, se duvidar, Johanna vai convidá-la para passar a noite aqui. Mas não quero me meter. No entanto, como sou um filho de ouro, vou perguntar pra minha mãe o que ela quer. – ele sorriu fazendo graça.

— Mas antes eu quero ir ver as crianças. Você sabe que não gosto de deixar o Gustavo sem avisar que vou sair e você vai fazer o mesmo com a Alexis, não é?

— Perfeito! – De mãos dadas eles entraram em casa para falar com as crianças.

Caiu por terra o plano de o casal avisar aos filhos, pois assim que entrou na suíte dos Beckett encontrou o filme rodando sozinho, pois as duas crianças estavam dormindo emboladas sob o grosso edredom e pelo jeito, já dormiam há bastante tempo.

O casal se olhou e sorriu feliz — Pois é, brincaram tanto que não aguentaram nem mesmo assistir ao filme. – Kate concluiu. — Ainda bem que eu sequei os cabelos deles para não dormirem com cabelos molhados.

— O plano continua, não é, porque eu quero você... – ele fez uma pausa, a abraçou apertado - Quero você sem reservas - e sussurrou ao seu ouvido — Quero liberação total. – e em seguida a puxou para um beijo apaixonado.

Sem se desgrudar dos lábios dele, ela dizia — Nada me fará recuar, Bonitão! – ela o beijou — Hoje, a noite promete.

Ele interrompeu o beijo e a puxou para fora do quarto — Então, querida, vamos logo avisar aos nossos pais que vamos passar a noite fora e perguntar aos seus pais se as crianças podem passar a noite aqui com eles ou se eles também têm programação.

Muito rapidamente a notícia foi dada. Conforme haviam deduzido, Martha não se importou nem um pouco e disse que apenas não iria dormir na casa dos Beckett porque havia marcado com uns amigos uma programação matinal no domingo e se dormisse lá no apartamento seria melhor para ela.

Os pais de Katherine não se insurgiram quanto ao plano dos filhos deixarem as crianças. Ao contrário, ficaram muito felizes ao saber que os dois netinhos dormiriam na casa com eles.

— Papai, as crianças pegaram no sono na cama de vocês e nós não as tiramos de lá, mas o Rick vai carrega-las para...

— Não se preocupe, filha – Jim a interrompeu de forma serena —, eu e sua mãe ajeitamos tudo. Vão com Deus! Boa noite e até amanhã.

Todos se despediram.

 

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No hotel...

Sozinhos, Katherine e Richard estavam frente a frente na cabine do elevador do hotel e subiam para o andar onde ficava o quarto reservado para eles.

— Adoro quando você faz um rapto da minha pessoa com o meu consentimento. – Com olhar sapeca, Katherine dá um leve gemido sensual ao passar seu dedo indicador direito sobre o peito do namorado.

Richard pisca o olho e retruca de forma sedutora — A vítima está protestando? – ele recebeu uma resposta negativa, devolveu um sorriso travesso e continua provocando— Eu, por acaso ouvi um gemido.

— Sim, você ouviu um gemido, mas não foi de protesto. Jamais! – ela responde sussurrando. Continuando o clima de sedução, Kate piscou o olho demoradamente, torceu a boca e acrescentou — E pelo jeito que a coisa sempre é com a gente, tenho certeza que vamos ouvir gemidos a noite toda.

O elevador parou e logo chegaram ao destino, quarto 1403. Assim que entraram Rick mantinha o olhar de desejo e a empurrou até a cama. Ele a derrubou sobre o colchão, caindo por cima dela.

Ambos estavam pegando fogo, então as carícias ardentes e ousadas eram feitas de modo natural e espontâneo. Roupas e sapatos eram arrancados e jogados à toa, sem noção de onde iriam parar. Os sussurros sensuais, as declarações de amor, as mensagens e informações eróticas e apaixonadas também seguiam sem restrição. Lambidas, mordidas, carinhos e beijos eram espalhados pelos corpos sem moderação de qualquer espécie e quando os corpos se acoplaram, os gemidos aumentaram, indicando que o prazer estava em alta até que atingiram o orgasmo.

 

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— Rick, cada dia que passa você me surpreende mais. – Recostada nos travesseiros, Kate confessou.

— A que exatamente você está se referindo, amor?

— Ah! Eu me refiro a tudo. Seu jeito espontâneo de me fazer surpresas de todo tipo, e não estou me referindo apenas a nossa ida àquele Resort e a todos os lugares que você tem me levado neste tempo que estamos namorando, o que inclui este hotel aqui mesmo na nossa cidade. Adoro seu jeito de me agradar e me mimar. – Katherine sai dos travesseiros e vai para os braços do namorado, apertando-o apaixonada — Amorzinho, sua forma sensacional de me acariciar, me excitar e fazer amor comigo, me leva à loucura. – Ela se ergue um pouco, o suficiente para depositar um monte de beijinhos nele.

— Mas tudo o que eu faço, Kate, é impulsionado pelo amor e pelo desejo monstruoso que eu sinto por você. Você é que me deixa louco. É tudo uma questão de “ação e reação”. – ele a aperta ainda mais nos braços, girando o corpo, ficando sobre ela, fazendo-a perceber como ele estava novamente excitado. Não que ele quisesse esconder, mas naquele momento seria impossível disfarçar seu estado de ereção.

— Ah, tá!! – Diante da evidente excitação do namorado e também a sua própria, Katherine começa a mexer seu corpo de forma sensual, atiçando-os ainda mais e, sem aviso prévio ou outras preliminares ele apenas afasta as pernas da namorada, se posiciona entre elas e a penetra e passa a se movimentar de forma acelerada e profunda e o que se ouvia era o som oco do choque dos corpos e as respirações ofegantes.

A noite deles foi regada a muita paixão, romance, amor e sexo. Eles faziam amor com muito sexo de ótima qualidade e isso aumentava a intimidade e a proximidade dos dois. Não era à toa que desde que começaram a namorar os dois não precisavam ter motivo para rir e isso era notado por todas as pessoas com quem eles lidavam, seja na vida profissional ou na pessoal.

O amor e a felicidade guiavam a vida de Richard Castle e Katherine Beckett.

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Continua...

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

A Kate ainda está com medo e já avisou que em em breve tudo vai se resolver... Será mesmo? Vamos torcer que sim e que ela diga o tão esperado "SIM"!!!
IMAGEM DO CAPÍTULO:
https://n1.picjoke.org/useroutputs/3324/2019-08-26/1-pt-afecc1f37504f2f8b9f23d2f461bc800.jpg



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