Socorristas escrita por BlueBlack


Capítulo 48
Sacrifício


Notas iniciais do capítulo

Olá, bebês! Como estão?? Assustados com o título? Hahaha

Trouxe esse capítulo para vocês e ele faz uma mudança significativa em Cura Mortal. Darei outros detalhes nas Notas Finais.

Boa Leitura!



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 —... E não sei que caminho é esse para o Labirinto, - apontei o mapa em sua mão. — porque não foi por onde eu e os Clareanos passamos ao sair de lá.

  — E por onde foi? – Gally perguntou, quase me interrompendo.

  — A Caixa.

 Nós três trocamos olhares que diziam tudo: que mértila. Nunca pensei que voltaria àquele lugar, muito menos pelo mesmo caminho onde tudo começou.  

 Tudo tremeu de novo e com muito mais intensidade. No fim de um dos corredores, foi mais um teto que caiu.

  — Certo. – Gally puxou Andrômeda para mais perto de si, tirando-a do meu pescoço e a tomando inteiramente nos braços. — Mostre o caminho. – disse a mim, deixando claro que não permitiria alguma discussão sobre aquilo.

 Voltamos a correr, Thomas se apossando da arma de Gally e ficando atrás de todos nós como cobertura. Vi a porta enferrujada que levava à sala de observação do Labirinto e ao próprio, mas sabia que usar o elevador e a Caixa nos economizaria muito mais tempo. Ultrapassamos a sala onde eu deveria ter recebido minhas memórias de volta com os outros, a princípio, até que, enfim, chegamos ao elevador. Ele se abriu no momento em que apertei o botão para chama-lo.

  — Eu devia ir atrás dos outros. – Thomas disse do lado de fora do elevador, pondo a mão sobre a porta para impedi-la de fechar depois que entramos. — Teresa, Minho...

  — Estão todos bem. – Gally afirmou, permitindo um descanso a si mesmo ao pousar Andrômeda no chão.

  — Não... Ava pediu para que eu fosse atrás deles...

 Seu último olhar pairou sobre mim, mas não encontrei o que dizer. Se bem agora eu fosse me preocupar com Ava, logo ela que sequer tinha se dado o trabalho de falar cara a cara com Thomas, nunca sairíamos dali vivos.

  — Nos encontre aqui, se puder. – falei e ele se afastou da porta, deixando que ela fechasse.

 À medida que descíamos, meu coração ia batendo mais rápido. Estávamos parados, esperando nada pacientemente pelo momento que poderíamos sair e voltar a responder à adrenalina no sangue. Era sufocante. Comecei a pensar em Newt, sozinho no Berg.

  — Como pudemos deixar ele sozinho lá? – murmurei para o chão, tomada pela incredulidade.

  — Preferia que um desses dois tivesse ficado? – Gally indagou após um tempo me encarando.

  — Não pense nisso agora. – Mallory pôs a mão sobre meu ombro num encorajamento.

 Comecei a respirar fundo para me acalmar, e então as portas se abriram. Andrômeda foi deixada ao lado da entrada para a sala da Caixa, muito pouco consciente. Tomei seu queixo em minha mão para vê-la melhor, mas não havia a menor chance de conseguir me responder. Não me agradava deixa-la ali sem ninguém como fiz com Newt, mas dali de baixo nem era possível ouvir as explosões. Preferi levá-la para um cantinho longe de mesas e armários na sala da Caixa.

 Lá dentro, lembrei-me de quando Herman me espancara ali antes de eu ser enviada para a Clareira, e cheguei à conclusão de que, se alguém tivesse me dito antes da Transformação que o motivo dos meus hematomas era meu irmão, nunca teria acreditado. Nada poderia deixar sequelas tão impactantes quanto o Experimento.

 Nós quatro entramos na Caixa e eu apertei um dos dois botões ao lado para coloca-la em movimento. As correntes bateram, o rangido e o tinido das polias encheram o espaço. A ansiedade crescia dentro de mim como uma bolha poderosa, tirando-me o fôlego. Eu tentava acalmar meu coração, convencer meu inconsciente de que estava ali numa situação diferente da primeira vez. Não funcionou. Eu me lembrava da impotência, do medo e do preconceito com todos aqueles garotos ao meu redor, zombando e totalmente indiferentes a como eu me sentia. Lembrava-me das dores, da amnésia, da minha vontade de ter ficado lá dentro do compartimento. Quanta coisa seria diferente se eu tivesse me negado a sair da Caixa naquele dia? Quanta coisa seria diferente se Newt e Minho tivessem me deixado entrar no Labirinto, e eu, sem a menor experiência e ajuda, tivesse sido morta pelos Verdugos? Talvez Mike não tivesse perdido a mão se eu não tivesse conversado com ele sobre o comportamento estranho de Alby; talvez Herman não tivesse ficado tão raivoso e muita coisa teria sido evitada; o menino que me salvara de ser levada pelos Verdugos não precisaria tê-lo feito; talvez Newt não teria conhecido os efeitos do Fulgor... Era demais pensar naquilo, mas, quando me dei conta, já tinha lágrimas nos olhos. Se eu não estivesse logo ao lado de Newt quando seu coração parou, será que ele não estaria melhor agora?

 Estiquei minha mão para o lado e segurei a de Gally. Só ele sabia o que era estar dentro daquela coisa e ninguém mais poderia ter pensamentos tão parecidos com os meus. E se Gally tivesse conseguido fugir comigo quando éramos mais novos? Seus dedos se apertaram com força ao redor dos meus e não pude deixar de fazer o mesmo, tentando reprimir um soluço.

 Eu fechei os olhos. Uma lágrima desceu. A Caixa parou.

 Gally subiu num caixote de madeira e empurrou a porta de uma vez. Por pouco ela não voltou a se fechar. Ele se puxou para cima e observou a Clareira por um momento ao ficar de pé, depois se agachou perto da entrada, enquanto eu também subia no caixote. Ele evitava me encarar ao estender as mãos para dar auxílio e temi pelo que encontraria do lado de fora.

 Assim que ergui meu olhar do chão, meus pés pareceram perder o apoio e achei que cairia de volta na Caixa. A Clareira parecia minúscula agora, ainda que portasse a Sede, o Campo-Santo, o Sangradouro, a Casa dos Mapas... Estava tudo exatamente como havíamos deixado, a não ser pelas centenas de pessoas ali. Mulheres, homens, crianças, bebês... O CRUEL tinha feito um absurdo para seguir com o Experimento e eu me sentia intimidada com todos eles nos encarando como se fôssemos algum tipo de deuses.

  — Ei, Nelly! – Caçarola gritou do meio da multidão e veio até nós.

  — Oi! – cumprimentei-o com um abraço desajeitado, sem conseguir tirar os olhos de toda aquela gente. Alguns estavam sentados, mas a maioria se aproximava.

  — Dá para acreditar que me puseram de volta neste lugar? Nem me deixaram cozinhar!

  — Deve gostar mesmo do trampo. – Gally comentou depois de ajudar Mallory e Kenan a saírem da Caixa.

  — Gally? – os olhos do antigo cozinheiro se arregalaram. — Gally está vivo?

  — Bom ver você também.

  — Caçarola, quantos de nós temos aqui? – perguntei após desistir de reconhecer alguém no meio da multidão.

  — Ah, todos que saíram do Deserto, menos Thomas, Minho e Newt. Recebemos as memórias, mas fomos sequestrados. Não é uma história muito longa.

  — É uma mértila de história, ham? – esbocei um sorriso forçado, dando tapinhas no ombro dele.

 Estava prestes a me aproximar para tentar encontrar Mike ou Sonya, mas vi Mallory e Kenan muito interessados nas pessoas, quase passando no meio delas. A maioria se dispersava para, de algum jeito, ficarem à frente e nos ver, e nisso localizei as meninas do Grupo B reunidas num único amontoado. O cabelo loiro e longo de Sonya me chamou atenção, e não conseguiria descrever seu olhar para mim mesmo que o encarasse o resto da minha vida.

  — Roman! – Mallory gritou com entusiasmo. Num espaço entre as pessoas, ela abraçava um dos garotos. Kenan estava logo ao lado, sorrindo com os olhos cintilantes.

 Eu estava prestes a perguntar se conhecíamos o rapaz, pois devia ter a nossa idade, até que percebi o quão estúpido seria dizer isso. O rosto dele entrou no meu campo de visão.

 Mike franzia as sobrancelhas por cima do ombro da cirurgiã, sem corresponder ao abraço, olhando ao redor como se a explicação para o ato estivesse entre a multidão.

  — Você ainda é o mais feio, cara! – Kenan disse, rindo e batendo amigavelmente nas costas de Mike.

 Gally, Caçarola e eu nos aproximamos dos três, e jamais me senti tão imbecil ao ver Kenan logo ao lado de Mike. A semelhança era gritante. Tinham exatamente a mesma altura, o mesmo corpo, os mesmos olhos e o mesmo nariz. Mas a grossura das sobrancelhas de Kenan, as pintas do rosto e o penteado diferente fizeram toda a diferença antes para que não conseguisse assimilá-los.

  — Cara... – Mike murmurou. Ele deu dois passos para trás, alternando o olhar abismado entre Mallory e Kenan, mas encarando especialmente o rapaz.

  — Meu Deus, sua mão! – Mallory exclamou, tomando o braço de Mike para si com a expressão assombrada, mas que logo se tornou afetuosa ao acariciar o rosto dele e abraça-lo outra vez. Era como se com apenas um olhar de Mike ela pudesse entender e ver tudo que ele passara. Ele dispensou o toque num movimento grosseiro, afastando-a. A surpresa dos dois foi evidente.

  — Quem são vocês? – Mike indagou, o semblante puro em incredulidade.

 Mallory e Kenan se entreolharam, ainda surpresos, e então decepcionados.

  — Meu, você não se recuperou da amnésia como todos eles? – o rapaz perguntou. Seu timbre era apenas um pouco mais grave que o de Mike, mas não se perceberia se não prestasse atenção. A sensação que a voz de Mike agora trazia de uma folha raspando pela minha mão era quase tão forte quanto a do irmão.

 Mike não respondeu, continuava olhando-os como se falassem uma língua estranha. Ele olhou para nós, mas parecia ainda atordoado.

  — Tudo bem? – perguntou.

 Eu soltei uma risada e o envolvi num abraço apertado. Estava bem, acima de tudo, e quem sabe um dia eu não precisasse me preocupar com isso como precisava desde que me tornei Socorrista.

  — O que vieram fazer aqui? – ele perguntou após se afastar.

  — Sair. Precisamos ir agora. – respondi.

  — Espera. – Kenan disse subitamente, parecendo irritado. — Nós dois passamos nove malditos anos longe de você, e não quer nem saber quem somos?

  — Cara, estou quase olhando para um espelho. Relaxe aí. – Mike respondeu, nem um pouco afim de manter uma conversa com o rapaz.

  — Sem essa, sua cara é toda amassada!

  — Roman... – Mallory murmurou, dando um passo para se aproximar de Mike, os olhos vermelhos.

  — Vamos ter tempo para isso depois. – eu falei, segurando-a pelos ombros e me colocando na sua frente. — O Braço Direito ainda está destruindo tudo, e tem centenas de gente a mais do que imaginávamos.

  — Vai ser duro tirar todo mundo a tempo. – Gally comentou.

 Eu olhei para ele e então para o buraco no chão por onde havíamos entrado, começando a ficar nervosa. Era assustadora a nossa responsabilidade ali.

  — Podemos usar a Caixa. – sugeri.

  — Reparou no tamanho daquela coisa? – Caçarola indagou.

 Ainda que ela fosse grande o suficiente para transportar, pelo menos, trinta pessoas de uma vez só, não daria tempo.

  — Lembra de quando precisamos desmontar e montar o elevador de carga para o depósito do complexo como castigo? – perguntei a Gally, que relanceou para o lado rapidamente, pensando.

  — Claro. Fizemos umas cem vezes até escurecer.

  — Acha que pode fazer de novo?

 Gally soltou uma risada fraca.

  — Fui declarado Construtor uma vez, trolha.

 

Reunimos as meninas do Grupo B, separando as que poderiam nos ajudar a desmontar a Caixa, e Gally avisou à multidão como as coisas funcionariam. Colocamos todos os bebês e o máximo de crianças, acompanhados de mulheres, que a Caixa pôde suportar, e descemos de volta para a sala. Rapidamente, todos iniciaram o trabalho.

 Pegamos ferramentas de uma sala de manutenção e começamos a desfazer o elevador o mais rápido possível. As três meninas se movimentavam rápidas, até mais ágeis que eu e Gally, e não trocavam uma só palavra durante o serviço. A parte mais difícil foi desfazer dos cabos que puxavam o elevador.

  — Ah-ah! – Gally exclamou de repente numa reprimenda, tomando o maçarico das mãos de uma menina. Ela retirou sua máscara de solda para olhá-lo. — Contaminação por graxa, perfeito para explodir suas mãos quando acender isso. – ele apontou algo negro e pegajoso no equipamento e deu um tapa amigável no ombro dela. — Eu cuido disso.

 A menina lhe lançou uma carranca e se retirou, vindo ajudar a mim e Dina a desaparafusar o último lado que faltava. Pouco depois, Gally anunciou ter terminado, e pudemos empurrar a Caixa para fora, deixando o grande buraco onde as pessoas poderiam descer por cordas. Quatro delas penderam dentro do compartimento, uma em cada face, com nós para que pudessem servir de apoio. O Grupo B foi dividido de modo que cada menina guiasse um grupo de trinta pessoas para fora do complexo, usando escadas de serviço, em vez do elevador. Os poucos Clareanos que estavam conosco também foi dividido. Eu os instruíra a seguirem para a saída do estacionamento, que felizmente ficava perto do hangar. Ainda não tinha pensado direito no que fariam estando do lado de fora, mas, no fim das contas, havia os Bergs. Eles deixariam alguém encarregado da segurança por lá para voltarem e pegarem mais pessoas.

 Felizmente, todos na Clareira estavam desesperados o bastante para descerem rápido.

  — Ow, calma aí! – um homem reclamou, furioso por ter recebido um chute não intencional do outro que descia logo em seguida. Olhei para os dois lá embaixo e agradeci mentalmente por não terem feito daquilo uma briga.

  — Isso é loucura demais... – Mike murmurou, ajudando uma moça a se agarrar nas cordas. — Nunca vamos conseguir salvar quinhentas pessoas de uma destruição dessas.

  — Já estamos salvando. Sonya avisou que o grupo dela já conseguiu sair. – informei, prendendo meu comunicador na cintura. Apesar disso, o grupo de Sonya era apenas o primeiro.

 Houve um estrondo, como o de pedras se fragmentando, e imediatamente me lembrei de quando os muros do Labirinto se movimentavam.

  — O que foi isso? – Gally indagou, com o mesmo olhar assombrado de quem estava ali e havia vivido a Fase 1 do Experimento.

 O barulho parou, deixando apenas um eco reverberando pelas Portas. Segundos depois, ele se fez de novo, e de novo, fazendo o chão vibrar, aumentando em intensidade e volume.

  — Certo, pessoal, vamos agilizar! – eu exclamei, puxando uma garotinha com menos gentileza que o pretendido.

 Encarei a multidão, constituída ainda de, no mínimo, trezentas pessoas. Um estrondo ensurdecedor preencheu toda a Clareira, e olhei a tempo de ver uma parte da Porta Leste desmoronar. Por sorte, a maioria do povo estava apinhada numa fila bagunçada para descer as cordas.

  — Fique lá embaixo e ajude o pessoal a guiar os próximos que descerem. – Gally ordenou para Mallory, que até então nos ajudava a descer todo mundo.

 Ela assentiu e estava prestes a segurar a corda, quando Kenan agarrou sua mão.

  — Não... Mãe...

  — Calado. Tome conta dele. – a mulher disse severamente, apontando para Mike.

  — Gally! Gally! – gritos vieram de dentro do buraco da Caixa pouco depois que Mallory sumiu no corredor.

 Thomas estava lá, com Brenda e Teresa logo ao seu lado.

  — Tem mais gente com você? – gritei de volta, sentindo minha garganta se apertar com a ansiedade e o nervosismo. Entre as curvas do Labirinto, os muros continuavam se desfazendo. Não havia onde se esconder, caso um deles pendesse outra vez para a Clareira.

  — Tem, bastante. – ele respondeu.

 Um sorriso escapou dos meus lábios.

 Novos grupos foram formados e ninguém foi poupado de tomar o risco. Brenda e Jorge trocaram um abraço antes da garota tomar seu grupo e guia-los para fora. Nosso desespero aumentava gradativamente. Gritávamos para que se apressassem, tremíamos, empregávamos uma força às vezes desnecessária. Minhas costas gritavam de dor pela posição inclinada e o suor pingava da ponta do meu nariz. Não havia mais nada que pudesse ser feito ou pensado até que todos tivessem saído.

 À medida que o número de pessoas a serem guiadas diminuía, o Grupo B e outros Clareanos paravam de voltar ao interior do complexo.

  — Ei! Temos um problema! – Teresa gritou lá do fundo do buraco até chamar nossa atenção. — O Homem-Rato está abordando todo mundo lá fora, está com guardas! Vai tentar levar alguns Imunes!

  — Esse cara de mértila não morreu ainda? – indaguei, sem parar de ajudar as pessoas. Thomas, no entanto, tinha parado, e seu semblante dizia tudo enquanto olhava para Teresa. Antes que eu pudesse impedir, ele se jogou e agarrou a corda, friccionando as palmas das mãos contra ela ao descer. — Thomas!

 Ele saltou no chão e saiu correndo.

  — O heroísmo desse trolho ainda vai nos matar. – Gally murmurou.

 Minutos mais tarde, não só o Labirinto tremia, como a Clareira também. Alguém gritou lá de baixo dizendo que a estrutura estava ameaçando desabar. Ainda faltavam mais de cem pessoas...

  — Vocês não vão conseguir sair se continuarem aqui. – um homem disse, parando ao nosso lado. Nenhum de nós deu atenção. — Já salvamos quem tínhamos de salvar, agora deem o fora. Nós nos viramos.

 A maioria dos que restavam era homens, pois seguraram as cordas que não tiveram onde serem amarradas. Alguns pareciam com professores de escola, outros com lutadores de boxe. O próprio que falava conosco possuía dois metros e treze de altura, a pele marrom-escura e o tom de voz muito grave. Era difícil acreditar que tinha sido contido pelos sequestradores.

  — Não é justo... – eu murmurei com minha garganta apertada. Estiquei a mão para dar apoio a uma mulher, mas ela não se moveu.

  — Vão. – ela disse, recuando. – Já ajudaram meu sobrinho a sair, é o que me importa.

 Ninguém mais usufruía a nossa ajuda para descer. Ter todos aqueles olhares voltados para nós, mostrando nada além de gratidão e absoluta certeza do sacrifício que estavam fazendo, trouxe uma avalanche poderosa de emoção, tão pesada quanto os blocos de pedra do Labirinto que caíam.

 O chão tremeu intenso sob nossos pés, um claro aviso de que precisávamos agir logo.

 Gally apertou a mão do homem com um estalo, numa longa troca de olhares, que dizia muito mais do que palavras fariam. Assim, Mike, Gally, Kenan e eu agarramos as cordas e escorregamos para o buraco.  


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acharam de um Clareano ter recuperado sua família? Justo? Injusto? Comentem!

Guys, decidi mudar o jeito que eles tiram os civis da Clareira porque, conversando com a Andrômeda, percebi que confiar numa carta da Ava foi a pior escolha do Thomas (sorry, not sorry, James). Ninguém tinha garantia de que não era outra mentira e outra Variável...
Espero que tenham gostado!

Até o próximo ♥



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