Socorristas escrita por BlueBlack


Capítulo 43
"Alguns Cranks não gostam de gatos"




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 Quatro paredes brancas, como em boa parte da minha vida, cercavam-me com luzes claras, quase me impedindo de enxergar qualquer coisa. Apesar disso, podia sentir que havia muito espaço acima de mim, como se não houvesse teto. Minhas mãos estavam atadas a uma cadeira, tão firmes que eu mal as sentia.

 Com dificuldade, pude discernir um quadro translúcido preso na parede à minha frente, por cima da única porta do local. Era estranho, mas não questionei, especialmente se tinha a ver com o CRUEL.

 O Homem-Rato apareceu, vestindo um jaleco por cima das antigas roupas, virado para o quadro e escrevendo fervorosamente nele.

  — Eis o que você vai fazer. – ele disse. Largou a caneta que usava e se virou para mim, e de repente deu um tapa no vidro que fez, literalmente, as paredes tremerem. — Vai colocar a mão de Mike de volta! Vai fazer Tagarela uivar! Vai pegar todos os Cranks de Denver e reuni-los na Cozinha, para alimentá-los com gatos mortos e sopa!

 Sem tirar os olhos de mim, ele se aproximou, devagar.

  — Falhe na missão e todos serão mortos por parada cardíaca. E você será puxada Penhasco abaixo por aquele Verdugo. – avisou por fim, e o surgimento de outra figura perto da porta me distraiu. O Homem-Rato desapareceu, e minha mãe caminhava até mim, vestindo uma camisa social rasgada e suja, com calças folgadas e um estetoscópio pendurado no pescoço, o que não caía nada bem com as vestes.

 Ela parou na minha frente, encarando-me, inexpressiva.

  — Está só começando... não é? – perguntei, sem tirar os olhos dela, como se isso a impedisse de mentir.

 Minha mãe respirou fundo, seu olhar agora exatamente o mesmo dos Criadores enquanto me estudavam, até que ela baixou os ombros e sorriu ligeiramente.

  — Não precisa ser tão difícil quanto parece. – ela disse. Um brilho incomum tomava seus olhos. — Alguns Cranks não gostam de gatos.

 Abri os olhos ao ouvir passos soarem ao meu lado, mas não pensei em mais nada além do sonho, querendo guardar cada pedaço dele para mim. Assim que consegui decorá-lo, virei a cabeça e encontrei Thomas e Minho sentados numa cama ao lado, os olhos perdidos e a postura deixando claro que tinham tido uma conversa tensa. Olhando para Minho, lembrei de como havíamos deixado Newt naquele lugar. E então me lembrei do dispositivo.

 Apalpei meus bolsos com energia, as palmas das mãos já suando, com medo de que o tivesse perdido ao desmaiar na porta de carga, até que Thomas ergueu o aparelho para mim.

  — Acha que deu certo? – ele perguntou.

  — É claro que não. No meio daquela confusão, o guarda não ia ser dar o trabalho de chegar perto de Newt. – Minho disse com desprezo, olhando apenas para o piso.

 Eu sabia que era um pensamento realista, mas peguei o dispositivo, desejando acreditar, pelo menos por enquanto, que tinha dado certo e poderíamos encontra-lo depois. Minha prioridade agora precisava ser outra.

 Sentei na beirada da cama, sentindo meus machucados nas costas gritarem.

  — A cura... Como quer fazer isso? – Minho perguntou, levando algum tempo para me encarar. — Não entendi uma palavra do que escreveu naquelas folhas.

  — O mais importante que preciso conseguir é uma amostra do DNA de alguém infectado. Não precisa ser de alguém nos últimos estágios, mas é mais útil se o vírus estiver forte.

  — Newt. – Thomas sugeriu.

  — Era no que eu estava pensando antes de sermos rudemente mandados embora de lá. Agora quero aproveitar que preciso de mais algumas coisas e pegar essa amostra pelo caminho. E saber o que houve com Mike também...

 Os dois se entreolharam, pensativos, e pareceram fingir não me ouvir.

  — Que foi? – indaguei.

  — Você contou sua aventura pelo vale das ideias com essa história de cura. É a nossa vez de contar o que temos pensado. – Minho disse.

 Alternei o olhar entre eles, desconfiada.

  — Minho, precisamos tentar a cura e encontrar o Mike. – sentenciei.

  — Conversamos com Gally logo que chegamos à cidade e ele contou que o Braço Direito ainda está na ativa para lutar contra o CRUEL. E que Teresa está com um grupo que podemos convencer a ficar do nosso lado também. Mas confiar nas pessoas não é mais o mesmo nesse planeta de mértila, então ele disse que precisamos nos encontrar mais vezes.

 Soltei um profundo suspiro, tentando não me preocupar.

  — Encontrei com Gally, mas não contei a ele sobre essa ideia. Se querem a verdade, preferia que ninguém mais soubesse disso. – esclareci, por um momento me sentindo de volta a um Conclave.

  — Você não conheceu eles antes de perder a memória? – Thomas indagou.

  — Sim, eram minha família. Mas há muito mais deles por aí, não conheci nem a metade. E eles têm infiltrados no CRUEL, como vamos saber que Ava não colocou alguém no meio deles para serem observados? Podem estar fazendo isso há muito mais tempo do que imaginamos, e por isso o Braço Direito está tão atrasado. Não me entendam mal, confio plenamente naquelas pessoas. Mas nem começamos a trabalhar nessa cura ainda.

 Thomas assentiu com a cabeça.

  — Bom isso. Mas ainda quero ir descobrir qual o plano deles e por que há Imunes sumindo pelo mundo, exatamente como Mike. Se ignorarmos o que Gally nos pediu, vamos chamar atenção.

  — Vocês podem ir falar com ele. Eu vou manter os ouvidos atentos e vasculhar pela cidade para tentar achar tudo que Guilterson pede. Precisamos de um lugar para fazer isso também...

  — Quer ir sozinha? – Thomas ergueu as sobrancelhas em espanto.

  — Ei, achei que tivesse provado que consigo sobreviver.

  — É, dentro de complexos de alta segurança contra Cranks. – Minho replicou.

  — O que sugerem? Jorge e Brenda são amantes como vocês dois, não vão querer me acompanhar, sem contar que eles conhecem a cidade e todo o resto que perdemos para o Dissipador. Não podem ir sem eles.

 

Após alguma discussão, principalmente da parte de Thomas, enfim foram convencidos a me deixarem ir sozinha e não comentarem com o Braço Direito sobre a possível cura. O estresse causado pelo encontro com Newt fez de Minho a pessoa mais amarga e irritada que eu já vira, e Jorge sugeriu que eles passassem alguns dias no Berg para descansarem e se recuperarem. Eu concordei em permanecer apenas mais algumas horas, para comer, tomar banho e trocar o curativo, e então partiria.

  — Se algo der errado, vamos estar no apartamento de Gally. – Thomas comentou, parado à soleira da porta do quarto, enquanto eu calçava meus tênis.

  — E se algo der errado para vocês? – indaguei, tentando brincar, mas sabíamos que era uma possibilidade muito real.

 Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos, claramente sem uma resposta.

  — Se algum guarda aparecer, certamente seremos levados ao CRUEL. – Thomas disse.

  — Sempre terminamos lá de algum jeito, não é? – falei aleatoriamente e me levantei. — Acho que a partir de agora, a melhor coisa que podemos fazer é ser otimistas.

 Dei-lhe um aperto no ombro e peguei minha bolsa preparada num canto, saindo para procurar Minho pela nave. Ainda que não fôssemos melhores amigos, fazia-me mal pensar no que ele carregava após ver Newt daquela forma, ouvir aquelas palavras de alguém que conhecera por tanto tempo, com quem dividira experiências tão incomparáveis.

 O antigo Corredor estava num dos compartimentos principais, onde ficavam guardados armamento e comida. Estava sentado num banco, contra a parede, os joelhos dobrados até que seus braços pudessem cerca-los numa posição de derrota.

  — O que você quer aqui? – ele perguntou, sem tirar os olhos da parede.

  — Conversar, talvez.

  — Não está muito ocupada com sua grande aventura solitária?

  — Se quiser ir comigo, não vou te impedir. E não é minha, é nossa. Por quem você acha que estou me jogando de cabeça nessa cura?

  — Claramente não é por Newt, se é o que quer dizer.

 Soltei um suspiro prolongado e me aproximei para me sentar, mantendo o olhar sério sobre ele.

  — Às vezes esqueço quanto plong você tem na cabeça.

  — Escuta aqui...

  — Meu único propósito com o chip foi manter Newt sob alguma vigilância até podermos encontra-lo. – interrompi-o com o tom mais alto. — Não vi você precisar ser carregado de lá enquanto lutava bravamente para ficar e pedir de joelhos que ele voltasse conosco. Você sabe que precisamos seguir em frente.  

  — Então, é isso? – ele me encarou, o rosto congelado numa expressão que misturava fúria e incredulidade. — Agora decidiu desistir quando precisar desistir? Porque vou te dizer uma coisa: não me importa o quão mertilentas as coisas estejam, não vou parar de lutar contra isso.

  — Contra o que, Minho? O vírus que consumiu o cérebro de Newt em semanas e todo o resto da droga do mundo?

  — Ele. Não. Está. Morto. Pare de falar e agir como se estivesse.

  — Eu não estou. Mas... – fui cortada por um nó na garganta.

 Eu odiava dizer com todas as letras a realidade das coisas. Isso me matava, por mais que eu tentasse ignorar, por mais que aquela cura significasse tanto para mim. Newt ainda significava demais. Depois de tudo que tinha feito por mim, nada era mais injusto que sua não imunidade.

 Eu me levantei e pigarreei, cobrindo a boca por um momento, piscando para meus olhos não umedecerem. Minho desviara o olhar para o chão, ainda furioso, mas também abatido. Não encontrei o que dizer a ele. Naquele momento, falar era a coisa mais inútil.

 Assim, agarrei a alça da minha bolsa e saí do Berg.

 

Uma das coisas que nem a síndrome de Savant conseguiu me ensinar foi a ser discreta, e desde que acordara na Caixa eu tivera cada vez mais provas disso, e agora ainda mais com minha memória restaurada. Bruno e Herman precisaram invadir uma casa, uma vez, para conseguir suprimentos para o Braço Direito, como um teste para saber se éramos confiáveis e se nos arriscaríamos a qualquer coisa por aquele grupo. Eu era muito nova e tinha ficado com minha mãe, que não podia mesmo sair e ser exposta, mas tomei de súbito a decisão de ajuda-los. Quase fomos mortos (pelos Cranks da casa e depois pelo Braço Direito) por causa da minha língua grande e falta de sutileza, e quase não nos filiamos. Bruno sabia ser convincente e tanto ele quanto minha mãe possuíam habilidades que ajudariam contra o CRUEL. Além disso, prometeram me fazer ter modos para que eu não os atrapalhasse.

 Eu não sabia ao certo porque acreditava que minhas memórias eram realmente minhas e não implantadas pelos Criadores. Porém, já estava mais que provado que eles conseguiam às vezes ser tão sutis quanto eu. Uma vez, quando um dos médicos me levou comida na câmara anenoica, estava carregando uma pasta repleta de papéis amassados e bagunçados, e fiz questão de fazê-la cair para dar uma espiada. Pelo que pude ler, minha experiência com aquela máscara, recebendo minha vida de volta, tinha sido mais uma Variável, mas com a intenção de fazer com que eu me perdesse mentalmente, ao ponto de me entregar ao Experimento. Provavelmente supunham que funcionaria, acima de tudo, por causa de Newt. Eles não erraram de todo, afinal; ter conhecimento da não imunidade dele realmente me incentivou a ir atrás de uma cura.

 Andando pelas ruas daquela cidade agora, eu não me permitia pensar na proporção que aquela possível solução poderia tomar. Ainda que eu já não fosse mais a única a saber sobre ela, sentia como se fosse um peso enorme, afinal, eu estava sozinha ali, procurando o necessário para começar a trabalhar nisso.

 À medida que entardecia, fui deixando de buscar os utensílios médicos e parti para encontrar um lugar onde passar a noite. Era muito menos arriscado que sempre voltar ao Berg, dando bandeira para algum guarda nos encontrar lá. O apartamento de Gally estava situado a quilômetros e ainda havia o que explorar pela área em que eu estava, então fiz a vistoria por um prédio antes de escolhê-lo como abrigo por aquela noite.

 Minha bolsa com roupas e tudo que apanhara pelo caminho até então teve que servir de travesseiro, já que o local era uma antiga empresa importante, e me encolhi sob uma manta velha e usada, abraçando a mim mesma. Após longos minutos ponderando a respeito, abri a bolsa e tirei de lá o dispositivo de localização que deveria apontar Newt. Encarei a tela preta por muito tempo, arrancando peles soltas dos lábios, até que, por fim, o enfiei de volta e troquei o lado da minha posição. Eu não julgava Minho por pensar que eu estava desistindo de Newt; mas, se eu começasse a dar atenção a esse tipo de opinião, nunca conseguiria focar naquele plano. Concluir que eu estava separando as prioridades de modo conveniente bastou para me fazer dormir.

 

Não foi nada fácil encontrar um lugar adequado para colocar o estudo de Guilterson em prática, mas o fato de Denver atualmente ser uma cidade importante teve suas vantagens. Havia um laboratório escondido no fim da cidade, totalmente inabitado, atrás de uma floresta relativamente perigosa. Quem quer que o utilizara, colocara Cranks presos às árvores como cães de guarda, e alguns haviam escapado e destruído o lugar. Não era tão higiênico quanto precisava ser, por isso tirei o dia para limpá-lo e prender os Cranks restantes com correntes melhores. Não era o tipo de segurança com o qual eu sonharia, nem me orgulhava de fazer isso com aquelas pessoas, mas eu tentava pôr na minha cabeça que estavam muito longe de serem humanos, e que qualquer um pensaria duas vezes antes de ir além deles.  

 Deixei tudo o mais organizado possível, buscando e até misturando produtos de limpeza para que nada como a pele de um Crank se unisse à cura, e foi graças ao cansaço que consegui dormir naquela noite, pois pensar sobre quando tudo realmente começaria me deixava ansiosa.

 Eu estava no centro da Clareira, próxima à Caixa aberta, observando a rotina dos garotos no meio do dia. Todos eles pareciam mais cansados que o normal, mas continuavam trabalhando. Poucos conversavam ou se dispersavam do próprio serviço. Por alguma razão, tudo parecia ainda mais triste do que realmente fora.

 Alguém discutia em algum lugar, mas girei ao redor de mim e não vi nada parecido. Também não pude ter certeza dos donos das vozes.

 Uma mão no meu ombro me parou, e Newt estava na minha frente. Ele respirava pelo nariz como um touro raivoso e tinha um ódio cru nos olhos. Estava fora de si. Veias roxas, negras e vermelhas começaram a aparecer nitidamente em seu pescoço, crescendo até o maxilar. Tentei dizer alguma coisa, mas, de repente, ele gritou e me empurrou com toda a força em direção à abertura da Caixa, e mal senti meus pés tropeçarem antes de bater no fundo e as portas se fecharem.

  — Eu ainda estou aqui.

 Ouvir a voz de Andrômeda, mesmo com meu coração bombeando o medo dentro de mim, conseguiu fazer eu me sentir segura por alguma razão. Eu estava no breu, com o metal frio da Caixa sob minhas mãos. Sentia a presença dela e, como da última vez, sabia que não a encontraria, mesmo que tentasse.

  — Andrômeda...

  — Me meti numa enrascada. Infelizmente, não sou tão confiável para que acreditassem em qualquer porcaria que eu inventasse.

 Ela ficou em silêncio e tive a impressão de que estava com medo, talvez até profundamente triste. Eu não soube o que dizer, queria apenas me afundar na calmaria que a presença dela na minha cabeça trazia.

  — Não tem perguntas a fazer? – Andrômeda indagou.

  — Muitas. E, sem ofensas, mas quero começar por como eu tiro esse seu dispositivo da minha cabeça.

 Ainda me incomodava que um aparelho do CRUEL estivesse enraizado em mim.

 Sua risada leve ecoou pela Caixa, como se houvesse vários metros quadrados a mais ao meu redor.

  — Uma cirurgia deve resolver. Mas só alguém que conhece os procedimentos do CRUEL sabe tirar.

  — Por exemplo, a mesma pessoa que meus amigos estavam procurando para tirarem o que os controlava.

  — Exatamente. Mas tentei localizá-lo para você antes de perder meu posto e Hans não está mais na cidade.

  — Hans ia me ajudar a ficar longe do CRUEL enquanto era vigiado por você? Que mértila, Andrômeda...

  — Não é bem assim.

 Seu silêncio retornou, deixando uma nuvem muito mais densa sobre as palavras dela. Eu precisava fazer bastante esforço para não perder a paciência com sua mania de fazer suspense.

  — O que quis dizer com perder seu posto? – indaguei.

  — Bem, não podiam mais me deixar como inspetora-mirim depois de ter ajudado você. E há bastante tempo eles queriam uma razão para não confiarem nas minhas razões.

 Meus miolos deram um nó numa interrogação.

  — Do que está falando? – eu disse.

  — Soube que conseguiu chegar a Denver. – desconversou. — Me surpreende que tenha durado dois dias com todos aqueles guardas atrás de vocês, admito, mas que bom que conseguiu. O que está pensando em fazer? Não me diga que vai montar um exército contra o CRUEL e atacar o complexo.

 Respirei fundo para ainda manter minha paciência e fechei os olhos por um momento.

  — Honestamente, ainda não tenho completa certeza do que estou fazendo.

  — “E uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiado certos de nossas certezas”. – ela disse, claramente citando a frase de alguém.

  — Isso não é nenhum incentivo, considerando meu atual estado. – falei com uma nota de raiva, desejando que aquela interrupção do meu sonho se tornasse algo mais útil.

  — Não existe certo ou errado, Jordan.

 Por uma fração de segundo, senti como se ela tivesse falado o nome de uma estranha. Andrômeda nunca havia me chamado sequer pelo nome falso que recebi e, até então, parecia incômodo para eu adotar meu nome real outra vez. Contudo, involuntariamente desejei que ela me chamasse assim para sempre.  

  — Tem alguma razão para ter impedido meu descanso essa noite? – perguntei ao me lembrar que o para sempre não seria por muito tempo, já que eu mal sabia quem ela era. Mais cedo ou mais tarde, eu me livraria daquele dispositivo. Por mais que fizesse eu me sentir bem, Andrômeda ainda estava ao lado do CRUEL. E se pudesse ler meus pensamentos sobre a cura?

  — Só queria checar se estava viva. Espero que tenha conseguido encontrar seus amigos.

 E assim, no instante seguinte, ela desapareceu e eu acordei na empresa que servia de abrigo. Eu sentia uma dor rotunda e contida na parte de trás da cabeça, contudo, além disso, tinha um mau pressentimento também. Andrômeda sempre carregara um tom de estar escondendo as coisas, desde a primeira vez em que nos falamos, mas desta vez este soara ainda mais pesado de algo ruim.


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Notas finais do capítulo

Se tem uma coisa que eu amo, é a relação entre Nelly e Andrômeda =3

O que acharam?



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