Meu amado é um lobisomem escrita por Lailla


Capítulo 11
Capítulo 11: Escolhas precoces




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Eu era o tipo de pessoa que planejava. Planejava o que faria no dia seguinte, o que faria durante a semana e também o fim de semana. Meus planos eram tantos que quando entrei na faculdade em Tokyo, jurava que iria trabalhar lá quando me formasse. Iria me formar, começar a trabalhar, comprar minha casa, conhecer alguém, namorar, me casar e ter um filho. Mas isso não aconteceu. Meu pai faleceu e tudo mudou a partir desse momento. Meus planos mudaram.

Depois que tudo mudou e minha vida continuou em Okayama com Yuzo, eu passei a planejar menos. Pensava apenas o que cozinharia para as refeições, o que plantaria com Yuzo e o que venderia no dia. Depois que Shouya nasceu mais planos se dissolveram e mais coisas mudaram. Ele não me deixava ter tempo para planejar, precisávamos sempre ficar de olho nele. E em seguida, quando as coisas começaram a se encaixar, eu planejava com Yuzo para qual escola ele iria. Se para a da cidade, que era muito boa, ou para a da cidade vizinha, que também era muito boa, porém longe. Pensei que ele seria nosso único filho, comecei a me cuidar depois que ele nasceu. Porém engravidei de novo. E ao contrário do que pensaria antes, quando planejava tudo, eu fiquei muito feliz.

Enquanto eu estava em mais uma gestação, Sana teve um filho. Hajime. Ele era bem parecido com ela. Os cabelos um pouco mais claros e não pretos como os de Haku. Porém ele tinha os mesmos olhos que Haku. Depois que ela teve o bebê, passamos a ficar bastante tempo juntas. Hajime nasceu quando eu estava com seis meses. Nos dois meses que se seguiram, eu ficava na casa de Sana, ajudando-a e fazendo companhia a ela. Depois que tive Shouya e tentava ensiná-lo a não se transformar em lobo na frente dos outros, nos afastamos um pouco. Porém agora tudo havia voltado ao normal.

Enquanto conversávamos em sua sala, Shouya ficava brincando no chão. Sempre me mantinha atenta caso ele virasse lobo. Quando ainda era inverno eu o deixava encapuzado tanto pelo frio como por precaução. Porém agora estávamos na primavera. Ele havia feito um ano de idade no outono, em setembro. E agora com um ano e meio, um pouco maior, ele aprendera a andar. Shouya estava crescendo tão rápido. Seu cabelo estava grande, quase em seu ombro. Eu já o cortara antes, porém crescia como o de Yuzo. Me perguntava se ele teria algo parecido comigo, pois tudo parecia ter sido herdado de Yuzo. E logo eu teria nosso segundo filho. Será que seria também como Yuzo? Como optamos mais uma vez em tê-lo em casa, não sabíamos nem se era menino ou menina.

Shouya nasceu com oito meses, e eu estava com oito meses e uma semana. Esperava que esse ao menos esperasse até os nove meses. Mas como sempre, meus planos não se concretizaram.

— Ele está tão grande. – disse Sana.

— Hajime também. – sorri – Ele cresceu bastante desde que nasceu.

— Tsuki, você não quer mesmo saber se é menino ou menina?

— Queremos que seja surpresa.

Na verdade eu queria muito saber.

— Vai tê-lo em casa de novo? Como consegue?

Sorri, achando graça.

— O que está dizendo? Você também o teve com parto normal.

— Me deram uma injeção, não senti tanto como as outras mulheres. Se bem que a dor ainda é grande. Então, como consegue? Estou pensando até em parar em Hajime, mas Haku sempre disse que queria dois filhos.

— Talvez eu tenha cuidado redobrado agora. – sorri – Mesmo me cuidando, isso aconteceu. Mas eu prefiro que seja em casa, não confio muito em médicos quando se trata disso.

Não menti totalmente. Confiava em médicos, mas minha mãe fez um bom trabalho quando me teve em casa também. Na verdade foi na casa de senhora Kei. Elas estavam tomando chá quando minha mãe entrou em trabalho de parto. Meu pai correu para lá e conseguiram me ter mesmo sem nenhum preparo. Então acho que Yuzo e eu faríamos um bom trabalho novamente. Não seria nossa primeira vez, não é?

— Então boa sorte. – Sana riu.

Rimos juntas.

Voltei para casa de ônibus com Shouya. Yuzo e senhor Kenjiro estavam em casa. O pai de Yuzo havia chegado no mês anterior para nos ajudar com o bebê quando chegasse a hora do parto.

Senhora Kei se mudou de Okayama para ficar com sua filha. Ela conversara comigo sobre como as coisas estavam distantes e como achava que isso seria bom para ela e sua filha. Sentiria falta dela, porém isso era mesmo bom. Ela ficaria com a filha e o neto. Mesmo senhora Kei sendo como uma segunda mãe para mim, eu sabia que ela sentia falta de sua filha. Ela me disse para mantermos contato e mandarmos notícias sobre Shouya e nosso novo bebê. Ela se mudou quando eu estava com cinco meses. Então agora quando passava por sua casa fechada próxima do ponto de ônibus e não a cumprimentava mais, sentia que mais uma coisa havia mudado.

Shouya e eu subíamos pela estrada de terra. Estávamos de mãos dadas e ele usava uma camisa branca e calça jeans, segurando o bichinho de pelúcia com a outra mão. Há alguns meses eu comprara um pequeno lobo de pelúcia. Algo sentimental a respeito de Yuzo. Porém Shouya se apaixonou por ele e não o largava mais. Aquele lobo de pelúcia cinza parecia ser seu melhor amigo, porém eu sabia que era por causa de Yuzo. Quando ele se ausentava, Shouya ficava ainda mais agarrado com o bichinho.

Parei por um momento e me apoiei numa árvore. Estava ficando difícil de respirar, assim como ficou quando eu estava grávida de Shouya. Respirei fundo, tentando recuperar o fôlego e Shouya se aproximou.

— Haha... Tudo bem? – perguntou ele com sua voz de criança.

Sorri e assenti. Shouya começava a formar pequenas frases.

— Estou respirando. Seu irmãozinho ou irmãzinha está grande.

— Hum. Tira ele então.

Achei graça.

— Ele vai sair sozinho em breve. Vamos continuar? – ofereci minha mão.

Ele a pegou e fomos para casa. Ao chegarmos, Yuzo e senhor Kenjiro preparavam o jantar. Yuzo fizera o mesmo quando eu estava grávida de Shouya, ficava mais em casa e ia caçar às vezes, se ausentando apenas por um ou dois dias. Eu amava quando ele fazia isso, era ótimo tê-lo em casa.

Quando entrei, me sentei à mesa com a mão na barriga e Yuzo perguntou se eu estava bem. Era apenas uma leve indigestão. Melhorei durante o jantar, a conversa estava agradável e eu dava comida na boca de Shouya. Após o jantar, me deitei no quarto. A indigestão retornara ainda mais forte. As dores iam e voltavam. Shouya ficou preocupada comigo, eu o vi me olhando do lado de fora do quarto. Sorri e o chamei para deitar ao meu lado.

— Haha, tudo bem? – perguntou ele, sentando ao meu lado.

— Um pouco. – torci a expressão – Acho que vou fazer um chá.

Me sentei e Shouya abraçou o lobo de pelúcia enquanto me olhava. Respirava fundo, tocando minha barriga. Ofeguei de repente, olhando para a cama.

— Haha? – chamou Shouya.

O olhei, tentando manter a calma.

— Sho-chan, chame seu pai, por favor. O bebê vai chegar.

Shouya arregalou os olhos e deixou suas orelhas de lobo aparecer na cabeça. Ele levantou e correu para a cozinha. Yuzo chegou no quarto correndo e ajoelhou ao meu lado. Senhor Kenjiro trouxe tolhas e a tesoura esterilizada que usamos na última vez e pôs tudo ao meu lado.

— Pai, leve Shouya para o quarto. – Yuzo pediu.

— Não quer ajuda?

— Tudo bem.

Senhor Kenjiro assentiu e pegou Shouya no colo, que espionava ao lado da porta, ajoelhado no chão. Ele o levou para o quarto e nós o escutávamos contar histórias para Shouya enquanto eu entrava em trabalho de parto.

Yuzo levantou meu vestido e tirou minha calcinha. A bolsa havia rompido e ele olhava como estava a dilatação.

— Lembra-se da última vez, não é?

Assenti com a cabeça, segurando o gemido.

— Pode gritar, Tsuki. – disse ele, vendo minha expressão.

— Está doendo...

— Também doeu antes, você vai conseguir de novo. – ele segurou minha mão – Eu estou aqui.

— Tá... – gemi pela dor.

As dores eram intensas, eu odiava as contrações. Queria apenas que o bebê saísse e as dores acabassem. Porém, assim como fora o parto de Shouya, esse também parecia ser uma eternidade. Lemos bastante sobre parto quando estava grávida de Shouya, então sabíamos que para o bebê sair a dilatação deveria ter dez centímetros. Yuzo leu em alguns livros sobre como fazer o exame de toque na gravidez para saber quantos centímetros eu tinha de dilatação. E pela sua expressão enquanto o fazia, eu não estava com dilatação o suficiente. Então não podia ter o bebê ainda e precisava aguentar as contrações.

Yuzo me fez sentar e sentou atrás de mim, me apoiando em seu peito. Segurou minhas mãos e a cada contração que tinha, apertando fortemente suas mãos, ele dizia que eu ia conseguir. A dor era tão intensa que chorei, queria ter logo dez centímetros. Yuzo verificava de meia em meia hora, porém apenas duas horas depois os dez centímetros chegaram. Yuzo se pôs entre minhas pernas novamente e me mandou fazer força. A dor não tinha fim, porém quando ouvi o choro e senti o alívio de ter acabado, lembrei-me exatamente da primeira vez.

— É uma menina. – Yuzo sorriu.

Sorri, cansada. Yuzo cortou o cordão umbilical e a enrolou na toalha, deitando-a ao meu lado. Eu estava suada, cansada e tentava recuperar o fôlego. Yuzo deitou ao meu lado, nossa filha segurava seu dedo. Sorri, feliz e a olhava. Ela tinha pouco cabelo, mas era castanho como o meu.

— Escolha um nome. – disse à Yuzo.

Ele sorriu para mim e a olhou.

— “Haru”. Nossa primavera.

Sorri e o beijei. Ouvimos a porta se abrir e senhor Kenjiro perguntou se podíamos entrar. Yuzo assentiu e ele pôs Shouya no chão, que ficou acanhado em se aproximar.

— Shouya, venha conhecer sua irmãzinha. – disse, docemente.

Ele se aproximou e ajoelhou a frente de Haru. Ela havia se acalmado e emitia alguns sons, que o fazia rir. Shouya pareceu gostar da nova irmãzinha e senhor Kenjiro parecia admirado. Nossa Haru finalmente havia nascido.

Depois disso, as coisas começaram a mudar maravilhosamente.

Depois que Haru nasceu tudo pareceu se encaixar. Yuzo ficava na floresta por alguns dias, porém voltava com peixes e às vezes patos. Cozinhávamos sempre o que ele trazia no dia de sua chegada e comíamos todos juntos à mesa. Yuzo e eu sentados, Shouya na cadeira de bebê e Haru em meu colo, normalmente mamando em meu peito.

Quando Haru abriu os olhos pela primeira vez, Yuzo e eu vimos que ela era a metade de cada um. Sorri feliz ao mostrar-lhe. Haru tinha meus cabelos, porém tinha os olhos de Yuzo. Amarelos como o sol, como os olhos dele e de Shouya. Ela era linda. Perfeita, saudável e a cada mês crescia mais, assim como Shouya. Porém os dois eram diferentes. Haru era um pouco mais quieta que Shouya, não fazia bagunça e quase pensei que ela não havia herdado o lado lobo de Yuzo, pois se transformou pela primeira vez com dez meses. Na verdade ela começar a engatinhar, andar e falar foi tudo diferente de Shouya. Eu sabia que eles seriam diferentes, porém não imaginei que seria tanto.

Com a mudança de senhora Kei, sua casa ficou vazia e ela decidiu vendê-la. O pai de Yuzo desejava passar mais tempo conosco, ele morava sozinho em Nagano e nós estávamos aqui. Yuzo e eu dissemos que havia uma casa vendendo em nossa rua e senhora Kei vendeu feliz para o pai de Yuzo. Nós passamos a vê-lo quase todos os dias.

Quando Haru tinha um ano e meio, Shouya tinha três anos. Yuzo e ele pareciam estar conectados. Os dois iam para a floresta juntos e passavam quase o dia inteiro lá enquanto Haru e eu ficávamos em casa ou na companhia de senhor Kenjiro. Haru parecia não gostar muito da floresta. Ela gostava de passear na trilha, mas não como Yuzo e Shouya faziam. Haru era diferente. Ela parecia gostar mais de... Ser uma pessoa.

Muitas vezes presenciei Shouya indo com Yuzo em direção à floresta e Haru correndo atrás deles. Porém quando ela via que estavam indo para a floresta, pedia à Yuzo para voltar para casa. “Chichi, quero casa”. Eles eram tão diferentes. De certo modo eu ficava feliz, porém os dois eram um pouco distantes. E eu temia que quando crescessem ficassem ainda mais distantes. Cada um seguiria seu caminho, afinal. E isso ficou claro para mim quando Shouya começou a frequentar a escola.

Todos nós fomos juntos, no primeiro dia o levamos. Ele parecia desconfortável com o uniforme e o chapéu que precisava usar. Na cerimônia de abertura ele ficava inquieto, porém o pior foi quando o deixamos lá para irmos para casa. Ele não chorou, não brigou. Apenas nos olhou como se quisesse voltar conosco. Isso partiu meu coração. Ao contrário de Haru, que queria ficar na escola com as outras crianças.

A cada ano eu notava como nossos filhos escolhiam seu próprio caminho tão naturalmente. Shouya não gostava de ir para a escola, porém Haru amou quando começou a ir. Sempre que voltavam, Shouya arrancava suas roupas e pedia para Yuzo levá-lo à floresta. Haru queria fazer logo o dever de casa. Shouya não queria mais ficar um momento dentro de casa após ter aprendido a não virar lobo na frente das pessoas. Haru, nossa menina, gostava de ler e cuidar da horta comigo. Ganhei uma pequena ajudante.

Eram raros os momentos em que ela se tornava um pequeno lobo marrom. Isso acontecia às vezes, quando Yuzo e Shouya estavam brincando no cômodo principal de casa como lobos. Eles corriam um atrás do outro e Haru e eu assistíamos. No fim, Shouya puxava sua roupa com os dentes e ela se irritava, virando uma loba e correndo atrás dele, se juntando à brincadeira. Yuzo era quem eu observava mais. Eles ainda conseguiam falar mesmo como lobos, então eu conseguia ouvir suas risadas com nossos filhos.

Sempre que isso acontecia, Haru me olhava como se perguntasse por que eu não fazia o mesmo, me transformar como eles. Eu me juntava à brincava, rolando sobre Yuzo e rindo, mas ainda como eu. Haru era inteligente, provavelmente percebeu que eu era como as outras pessoas. E numa noite, ela me perguntou.

Haru faria em breve seis anos e Shouya estava com sete. Ambos estavam sentados em suas camas, feitas no chão sobre o tatame. Eu estava sentada entre eles, acabara de contar uma história para dormirem. Haru prestava atenção com seus grandes olhos amarelos em minha direção e Shouya segurava uma mecha de seu cabelo preto médio enquanto estava com a cabeça deitada em meu colo. Sorri para eles e me preparei para ir para o quarto, ajoelhando e cobrindo-os.

— Boa noite. – disse docemente – Amanhã tem escola.

— Odeio a escola. – disse Shouya, emburrado – É tão chato.

— Não é, não. – exclamou Haru – Não é, Haha?

Sorri, achando graça.

— Bem... – cantarolei – Precisamos aprender.

Haru deu língua para Shouya, que virou para o outro lado. Me preparei para levantar, porém Haru me chamou.

— Haha.

— Sim?

— Né, por que você não vira lobo?

Shouya se virou para ela e exclamou:

— Você é tão burra!

Pus a mão sobre sua cabeça e afaguei seu cabeço, desarrumando-o mais.

— Bem, – pensei – eu sou como as outras pessoas. Não consigo virar lobo, sou diferente.

— Mas é fácil. – disse Haru, sorrindo – É só você sentir, vem lá de dentro.

Ela balançou a cabeça e virou lobo. Sorri, afagando sua bochecha e dizendo:

— É, é bem fácil.

— Ela não pode virar, Haru. – murmurou Shouya, fazendo-me olhá-lo – Haha é normal. A gente que é diferente.

— Não somos não.

— Então você viu mais alguém como a gente?

— Eh...

Semicerrei os olhos, entristecida.

— Sho-chan, não é ruim ser diferente. Todos nós somos de um jeito ou de outro.

Shouya voltou-se para mim, olhando-me com o olhar sério que uma vez Yuzo me olhou.

— Então se eu virasse na escola as pessoas não se assustariam? – disse ele, deixando-me calada – Por que temos que esconder então?

— Algumas pessoas não entendem. Eu entendi. – sorri – Amo o pai de vocês.

Shouya se virou para o outro lado, cobrindo a cabeça e exclamando debaixo das cobertas:

— Quando eu crescer vou morar na floresta!

— Ah? – sorri – Não vai querer casar com ninguém? Ter alguém pra ficar ao seu lado? Como papai e eu?

— Não! Nenhuma menina vai gostar de mim. Meninas são chatas!

Haru abaixou o olhar.

— Quero casar com alguém como eu.

— Não existe gente como nós. Somos apenas nós! – Shouya tirou a coberta da cabeça.

— Existe sim!

— Não, não existe!

Haru virou para o outro lado, encolhendo-se. Semicerrei os olhos novamente, contendo as lágrimas que desejam se formar. Me deitei entre eles, abraçando-os.

— Vocês podem fazer o que quiserem. – dizia – Sho-chan, se você quiser morar na floresta, pode ir quando crescer. É um lugar maravilhoso, tenho que admitir. Mas não pense que ninguém irá amá-lo por ser quem você é. Foi por isso que me apaixonei por seu pai.

Ele se encolheu em meus braços.

— E Haru, eu não sei se há mais pessoas como vocês, mas a pessoa que se apaixonar por você quando você crescer vai aceitá-lo de todas as formas.

Haru se virou e me abraçou. Fiquei com eles até que dormissem. Quando caíram no sono, fui para o quarto. Yuzo me esperava acordado, deitado na cama. Ele sorriu e sentou, porém percebeu minha expressão.

— O que houve?

Me sentei ao seu lado, abraçando-o.

— Agora sei por que sua infância foi difícil. – comecei a chorar.

Yuzo pegou gentilmente em meu queixo, me fazendo olhá-lo e beijando meu rosto para limpar as lágrimas.

— Tenho medo.

— De que? – perguntou Yuzo.

— Shouya quer morar na floresta quando crescer e não quer se relacionar com ninguém. E Haru quer casar com alguém como ela. Existem mais?

— Não sei. – ele semicerrou os olhos – É difícil, Tsuki. Mas eles vão escolher. Estaremos aqui pra eles.

Assenti.

— Sempre vamos estar aqui pra eles, não é?

— Hum. – Yuzo assentiu.


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