Princess Haylley's Diary - Volume III escrita por Haylley Ashiz


Capítulo 6
Allies!




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O que eu fiquei me perguntando foi por que tudo estava cheio de plantas. Sei lá, a Megan com aquela roupinha de arbusto. Ela deve ter algum poder mágico relacionado a plantas ou sei lá, e espalhou algumas dessas pelo nosso castelo, só pra zoar, mesmo.

A primeira coisa que fizemos depois de capturar Megan foi voltar para Nárnia, para devolvê-la para o lugar de onde veio. Aproveitando que já estávamos lá, pedimos ajuda a Aslam outra vez, já que o plano da bomba não funcionou. Ele disse que Pinkie Pie havia ficado mais forte depois que se tornou humana, tanto no corpo quanto no espírito (exatamente o que eu falei), e que não era pra gente usar uma bomba normal. Ele também nos deu um livro chamado All About Dead and Undead Creatures.

— Aí terá tudo de que precisam para capturar Pinkie Pie — disse Aslam. — Agora vou indo.

— Aslam, espere! — exclamei. — Pinkie tem um exército de... lobisomens...

Mas ele já havia ido embora.

— Sara, você vem com a gente? — quis saber Elen.

— Não posso - respondeu Sara. — Tenho que... tomar conta dela.

Voltamos para o castelo e fomos até a biblioteca ler o livro. A maior parte dele era sobre zumbis.

— Ah, tô cansada de procurar! — reclamei, jogando o livro em cima da mesa.

— Passa pra cá — disse Ariana, pegando o livro. Ela passou umas duas páginas. — Achei! "Fantasmas são, ao contrário do que muitas pessoas pensam, diferentes de espíritos. Eles são uma alma quase sem corpo, porque não morreram totalmente".

— Até aí a gente já sabe — eu disse.

— Tem um negócio borrado aqui — disse Elen.

Ariana assoprou a página, um monte de poeira saiu voando e pudemos ver o que estava escrito:

 

"Do you wanna know what
Can hurt a ghost?
Use what you have
To take advantage
But you can never
Fight with your arms
Use a blade
If you want to be a ghost too
Awful can be the consequences
But you can mix something with cat fur".

 

— Que isso quer dizer? — perguntei.

— Não podemos usar os braços, nem uma espada — falou Ariana.

— Mas temos que usar o que temos e misturar alguma coisa com pelo de gato — continuou Elen.

— Mas e se acontecer alguma coisa com a gente? — eu disse.

— Pelo menos, vamos ter matado Pinkie — disse Elen.

 

Terça-feira, 1° de setembro de 2015

Essas férias de verão foram bem longas, e aconteceu tanta coisa que a gente nem teve tempo de fazer os trabalhos de casa. Acabou que a gente teve que fazer tudo no trem. Não deu muito certo, porque o pote de tinta ficava caindo toda hora e tínhamos que usar Reparo toda vez que isso acontecia. E era tipo um trabalho em grupo, todo mundo perguntava tudo pra todo mundo.

— A queima de bruxas no século XIV foi totalmente despropositada. Discuta — eu li. — Quê!

— Que hora pra Gabita dar um ataque... — disse Ariana.

— Ora, e por que não? — disse Gabita, com ar de inteligente.

— Ela vai salvar o dia! — exclamou Demi.

E ela começou a explicar como se tivesse decorado o livro História da Magia. Fiz só algumas linhas, mas é melhor que nada, né?

 

Sábado, 5 de setembro de 2015

Nesse fim de semana foi a visita para Hogsmeade. Ariana e Elen pediram para os pais delas assinarem o formulário de autorização, assim que chegaram as cartas.

O problema é que Demi, Gabita e eu não fazemos a mínima ideia de em qual parte do Universo a nossa mãe poderia estar, e a gente nem nunca viu o nosso pai, então foi difícil pedir pra alguém assinar esse negócio.

E quase que a gente não foi.

Acabou que a gente pediu pra Ariana assinar, porque tá escrito "pai ou guardião", ou seja, qualquer ser consciente que cuida de você pode assinar. Ariana não cuida da gente, mas, se eles aceitaram, tá excelente, maravilhoso.

E digo mais, excelente, maravilhoso.

— Aqui vende doce? — perguntou Gabita.

— Aqui vende TUDO! — exclamei.

Eu já li os livros várias vezes, mas quando você tá lá, você se perde totalmente. Tanto que, ao invés da gente ir pra Dedos-de-Mel, a gente foi parar no Três Vassouras. Vai entender.

— Como a gente veio parar aqui? — pensei alto.

— Não interessa — disse Ariana. — Vamos entrar.

— Oba! Eu quero batata frita! — exclamou Gabita.

"E aqui tem batata frita?", pensei.

Pra nossa sorte, tinha. Se não, Gabita ia ficar perturbando até conseguir, até ter uma crise de choro.

E claro, ninguém queria isso.

O resto de nós pediu cerveja amanteigada. Tem um gosto de chocolate branco, manteiga e leite quente, tudo misturado.

Tinha um cara muito estranho naquele bar. Ele parecia um mendigo, com a barba e cabelo brancos e as roupas sujas e rasgadas.

O sujeito não parava de olhar pra gente.

De repente, ele se aproximou e veio falar com a gente.

— Oi, tio! — cumprimentou Gabita, com a boca cheia de batata.

— Não são bem vindas aqui — disse o homem, com a voz rouca.

— Por quê? — questionou Ariana.

— Vocês atraíram o espírito maligno de Charles Davie para cá novamente — explicou ele.

— E daí? — disse Elen.

— Há muito tempo, ele visitou Hogsmeade, na tentativa de construir sua maligna casa da chás aqui. Davie era estranho, andava sempre com um sobretudo preto e um chapéu. Sempre falava que todos da sua família deveriam fazer o que ele fazia na casa de chás.

— O que ele fazia? — perguntei, curiosa.

— Ele matava todo tipo de criatura mágica para cozinhar dentro de cupcakes, e depois "brincava" com seus espíritos.

— Como ele morreu? — inquiriu Elen.

— Com um desses seus experimentos com espíritos.

— Por que a gente atraiu o espírito dele pra cá? —  quis saber Ariana.

— Porque a tataraneta dele está atrás de vocês. Agora vão embora!

Pagamos as bebidas e a batata e saímos do bar. Então quer dizer que Charles Davie é o tataravô de Pinkie Pie?

Ficamos andando por um tempo, até o pôr do Sol. Estava ventando bastante. Um vento muito frio, devo acrescentar. Andamos tanto que chegamos num lugar que, sei lá, parecia uma tribo de índios. Cheguei perto de um índio e perguntei:

— Que lugar é esse?

— Vocês estão na tribo Sói nhỏ — disse o índio.

— Como se volta para Hogsmeade? — perguntou Ariana, apressada.

— Está tarde, não podem voltar agora — respondeu ele.

— Que índio gatinho! — disse Gabita, correndo até um grupo de índios e começando a dançar com eles. Percebi que estavam dançando Conga la Conga (a dança favorita de Pinkie).

Pensei se não seriam mais aliados de Pinkie. Essa criatura tem aliados por toda parte! Nas florestas, em Equestria, e se bobear até em Nárnia.

Os índios, que na verdade eram índio-bruxos, nos disseram que "sói nhỏ" significava "pequeno lobo" numa língua lá. Acho que era vietnamita, mas não tenho certeza.

Aparentemente a gente tinha aparecido numa data especial ou sei lá, onde eles se reuniam em volta de uma fogueira e contavam histórias. Eles contaram a história de Davie, exatamente como o cara do bar, mas com mais detalhes.

Ele era uma criança como qualquer outra, mas que cresceu com o desejo de vingança (tá aí, é de família) porque seus pais foram mortos por criaturas mágicas, por isso saía matando todo mundo e colocando nos cupcakes. Ele achava que matar de pouquinho em pouquinho era a forma mais cruel de matar.

Então, depois da "hora da historinha", fomos dormir.

 

Domingo, 6 de setembro de 2015

Quando eram umas 2 da manhã, acordei com Ariana berrando:

— Corram! CORRAM!!

— Ai, Ariana, ficou maluca!? — indaguei, ainda meio sonolenta.

Senti meu corpo flutuar, e saí voando da cabana onde eu estava. Ariana tinha sua varinha em mãos, correndo, e Elen, Gabita e Demi flutuando também (Gabita e Demi dormindo).

— Que aconteceu? — quis saber Elen.

— Charles está aqui! — gritou Ariana. — Esses índios são aliados dele e da Pinkie!

— Eu mereço! — exclamei.

Com muuuuita sorte, chegamos no castelo de Hogwarts sem nenhum arranhão. Nós realmente tentamos descansar, mas foi bem difícil com aquele espírito do Davie rondando os portões do castelo.


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