Save My Heart. escrita por RaySmoak, Natty Lightwood


Capítulo 9
08- Salvation


Notas iniciais do capítulo

Olá meninaasss... Sou eu a Ray!! Estou tão feliz com cada comentários de vcs e dos favoritos... Realmente vcs não existem kkk. Cada comentário dizendo que estão amando a historia me deixa de coração alegre. Então aqui vai mais um capitulo no dia certo kkkk. Espero que gostem girls. E qualquer duvida, vão nos comentários que eu responderei kkk ( é claro, sem dá spoilers). E me desculpem qualquer erro. Bjuss meninas..



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Vim pra lhe encontrar, dizer que sinto muito
Você não sabe o quão amável você é
Tenho que lhe achar, dizer que preciso de você
E te dizer que eu escolhi você
Conte-me seus segredos, faça-me suas perguntas

Coldplay- The Scientist-

 

 

FELICITY SMOAK

— Pela milésima vez, Tommy. Eu não achei que fosse necessário te contar e pensei que você sabia para quem eu trabalhava. - Disse eu sem paciência, por ele insistir nesse assunto mais de mil vezes de; Eu não sabia que você trabalhava para Oliver Queen.

— Felicity, eu não sou o gênio da lâmpada. – Zombou revirando os olhos. Levantou-se da mesa e foi até o armário pegar uma xicara e depositou um pouco de café na mesma. Permaneci em silencio. – Eu não quero me intrometer na sua vida maninha, mas quando se trata de Oliver Queen... Sim, eu viro o irmão alfa que você odeia. – Falou sentando-se novamente e pegando uma rosquinha e levando-a para boca.

 - Isso é tão idiota da sua parte Tommy. Qual é o seu problema, afinal? Eu não sou mais uma garotinha indefesa, eu cresci e amadureci. E você vê coisas onde não tem... – Bufo frustrada. – E não precisa se preocupar com Oliver Queen. Nós não temos nada, ele é apenas meu chefe, assim como ele é seu. – Acrescentei querendo que ele acreditasse nas minhas palavras. Mas será que eu acreditava? Se ele soubesse dos meus verdadeiros sentimentos, apostaria muito que Tommy iria a loucura.

— Não me pareceu isso. – Estreitou os olhos em minha direção. Ele é esperto. – Parecia que tinha algo há mais ali Felicity. Eu não sou nenhum tolo. – Voltou a morde outra rosquinha ainda com os olhos em mim. Por um segundo eu me senti afrontada e tremula.

— Argh Tommy! Pare com isso. Apenas pare. – Abano com as mãos colocando meu celular e chaves dentro da bolsa. Até perdi a fome. Vou pedir um café bem forte quando chegar na ‘Book&Coffee’.

Tommy e eu estávamos desde cedo conversando sobre isso, e quando ele cisma que tem algo acontecendo, ele não para até que a pessoa conte. E isso é irritante. Eu não sou mais uma garotinha de doze anos que precisa ser pressionada pelo pai quando se faz alguma besteira. Eu cresci e Tommy tinha que entender isso de uma vez por todas.

— Eu sei que você não quer me ouvir agora Felicity. Porque acha que não precisa de mim agora depois que cresceu. Mas vai por mim irmã... Eu só quero o seu bem. Eu não quero que mais ninguém a machuque. Não vê isso? - Vi preocupação rolar em seus olhos. Eu o entendo perfeitamente, mas poxa eu quero dá meus próximos passos sem ter ninguém dizendo o certo ou errado para mim, se eu errar? Vai ser meu erro, eu não quero ouvir o “eu te avisei”. Só porque fiz algo do meu jeito e não deu certo.

— Tommy... – Saio do balcão e me aproximo dele. – Você não precisa se preocupar comigo. Eu realmente não tenho nada com Oliver Queen. Por Deus! Ele é casado. – Dou um sorriso decepcionado que não passou despercebido por Tommy. – Realmente, não precisa se preocupar. – Dessa vez dou um sorriso confiante.

— Besteira! – Sussurrou indo até a pia e deixando a xicara lá. Alguns segundos se passaram até ele dizer – Olha Felicity, eu só não quero que você se machuque. Não dessa vez. Eu não iria suportar ver você sofrer novamente. – Culpa cintilou em seus olhos.

— E eu te amo por se preocupar tanto comigo. – Dou um beijo em sua bochecha. – Mas não precisa se sentir culpado pelo o que aconteceu no passado Tommy. – Envolvo os meus braços por sua cintura e ele joga os seus em torno de mim. – Realmente, não precisa. – Sussurro o abraçando mais forte. Sinto seus lábios em minha têmpora.

— Você sempre vai ser minha irmãzinha Felicity. Sempre vou me preocupar com você. – Disse.

— Sim, eu sei disso. – Saio do seu aperto de urso. – Por que não gosta do Oliver? Ele é seu chefe. – Pergunto franzindo o cenho e mudando completamente de assunto.

— Não é que eu não goste dele. – Caminhou até a sala e eu fui atrás dele. – Eu só gosto de irritar ele. – Sentou-se no sofá e pegou o controle. Tinha um tremendo sorriso em seus lábios. – Ele é um bom homem, contanto que esteja bem longe de você. – Apontou com o controle da TV pra mim. Revirei os olhos.

— Você é tão idiota, Tommy. – Ele piscou para mim e mandou um beijo. – Cuidado pra ele não demitir você. – Digo achando graça disso.

— Eu sou bom demais para ele fazer isso. E ele sabe que sou bom, tanto quanto qualquer um em sua empresa. Ele não faria isso. – Seu ego era surpreendente grande.

— Seu ego é tão grande quanto a sua cabeça. – Um sorriso apareceu em seus lábios. – Eu preciso ir. Se não Thea me mata. – Dou uma tapa de leve em seu ombro e caminho até a porta.

— Lembrando Smoak... – Diz. Viro-me para olha-lo da porta. –Eu sei que você sente algo por ele. – Concluiu levantando um lado de seu lábio. E diversão pairava por seus olhos. Fiquei chocada com isso e com certeza meu queixo caiu, fazendo com que o seu sorriso se abrisse mais.

— Você é um bastardo Thomas! – Explodo. Pego sua carteira que estava na mesinha perto da porta e jogo nele. E o desgraçado se esquiva mais rápido que o flash. – Você é irritante Tommy. – Saio e bato a porta com força. Vou pisando duro pelo corredor e pressiono meus dedos no botão com força para chamar o elevador.

— Cuidado para não quebrar os botões Felicity. Eu não trabalho com isso. – Disse ele aparecendo na porta rindo de mim. Eu queria mata-lo. – Ah! E outra coisa, eu não faço portas também. – Zombou de mim.

Simplesmente eu dei o dedo do meio para ele e entrei no elevador dando um sorriso debochado. Tommy fez um gesto com os dedos. Tipo; uma tesoura. Eu dei de ombros e as portas se fecharam. Meu irmão quando quer ser irritante ele sabe agir perfeitamente.

[...]

Ao longo do caminho até a ‘Book&Coffee’ eu vou pensando o quanto a minha vida mudou completamente. Antes de vir para Star City o meu pensamento era de refazer minha vida longe de confusão e esconder os meus mais obscuros demônios que atormentam meus pensamentos. Mas desde que Oliver e sua família apareceram em minha vida, a minha concepção a respeito disso mudou. Meus pensamentos mudaram. Eu sinto que eu mudei. Quando o encontrei pela primeira vez, nunca pensei que fosse sentir algo tão forte e tão verdadeiro.

Eu realmente tento fugir dele, faço de tudo para o manter afastado. Mas ele não desiste, ele é teimoso. Ele insiste em conversar sobre nós. Já existe um “nós” em minha cabeça? Isso é completamente errado. Porque eu não quero magoar Oliver, eu não o quero perto da confusão que sou. Eu sou egoísta sim. Porque eu quero que ele seja feliz, eu o quero ver sair desse casamento que tanto o deixa infeliz. E se ele estiver feliz... Mesmo que seja sem mim... Eu estarei feliz por ele. E sua filha? Um doce de menina. Eu já estou completamente apaixonada por ela. O meu carinho, afeto e proteção por Bea cresceu gradativamente e eu não sei o que eu faria se algo acontecesse com ela. Não posso nem imaginar.

Porém, Oliver Queen é como uma droga viciante que eu não consigo parar de pensar. Mas que droga Oliver? Por que apareceu em minha vida justo no momento em que eu não queria ninguém por perto? São perguntas que nem eu posso responder.

Só sei de uma coisa; perto dele eu me sinto vulnerável e incrivelmente protegida. Sinto que posso confiar nele. E isso me faz querer dizer tudo a ele. Tudo que eu escondo dentro de mim. Tudo o que me perturbada. Porque eu tenho certeza que o único que pode me ajudar é ele. E isso me deixa com mais medo ainda, medo por ele não suportar e ir para longe de mim. Isso eu não suportaria.  

Deixo os meus pensamentos para trás assim que entro na ‘Book&coffee’.

— Olá Roy! – O cumprimento batucando meus dedos no balcão chamando sua atenção. Ele estava mexendo na grande maquina de café.

— Olá moça parecida com a branca de neve. – Deu um sorriso cordial para mim e entregou o copo para um rapaz que estava ao meu lado. – Chegou exatamente no horário. Thea ainda não chegou, disse que tinha que resolver algumas coisas com Oliver. – Só em ouvir seu nome sentia meu sangue esquentar rapidamente.

— Ok. Mas não me chame assim. – Aviso com uma carranca para ele e sentando numa cadeira que tinha perto do grande balcão. – Thea me disse que eu ficaria na parte dos livros. Ela disse que queria que eu organizasse alguns e checasse se está faltando alguns. – Ele assentiu e me serviu um copo de café com leite. O meu preferido. – Obrigada. Mas como sabia que esse é o meu gosto? – Perguntei juntando minhas sobrancelhas.

— Não sei. Apenas chutei. – Deu de ombros. – Trabalho muito tempo com isso e acho que só de olhar para a pessoa sei do que precisa. – Disse ele pegando o dinheiro do rapaz que estava ao meu lado.

— Você é a droga de um vidente Roy. – O rapaz o acusou. E Roy sorriu.

— Não seja insolente Tyler. – Roy disse balançando a cabeça. – Felicity? Este aqui é Tyler Black, ele vai te ajudar na parte dos livros hoje. Seja gentil Tyler. – Ordenou ele em tom serio. Tyler por sua vez revirou os olhos e olhou para mim.

Tyler era um garoto muito bonito. Thea mencionou o seu nome quando apareci aqui pela primeira vez, mas eu não o tinha visto. Ele tinha um cabelo castanho claro, olhos cor de mel, cabelos lisos jogados para um lado deixando um topete na frente, pele clara, nariz perfeitamente perfeitos que até me casou inveja. E ah, lábios finos e avermelhados. Usava uma calça jeans preta e uma camisa cinza de mangas longas e sapatos.

— Eu não mordo, Roy. – Estalou Tyler levantando-se e estendendo a mão para mim. – Vamos senhorita. – Fiquei alguns segundos olhando para a sua mão estendida e ele viu que eu não a pegaria. – Eu fui gentil. – Levantou as mãos para cima. Ele era um completo de um arrogante.

— Vá com ele Felicity. Não se preocupe. Tyler é arrogante mais às vezes se supera. Se ele te fizer alguma coisa, não hesite em falar para mim. Eu dou um jeito nele. – Ameaçou Roy com graça em seus olhos.

— Que seja! – Tyler disse passando por mim. Eu fiz uma careta quando ele passou por mim. – Você não vem menina bonita? – Perguntou subindo as escadas.

— Ele é tão rude assim? – Sussurrei para Roy que sorriu de volta. – Ele é um idiota. E eu tenho nome senhor Black. –Soltei áspera virando-me para Tyler. Ele deu as costas para mim subindo os degraus. Idiota! Dei um aceno para Roy e subi atrás dele.

Durante toda a manhã Tyler me explicou o que deveria fazer e o que não deveria. Ensinou-me a como botar os livros em ordem, mostrando onde cada um teria que ficar. Disse que teria que ficar em ordem alfabética e que cada livro fosse guardado limpo de poeira. Isso não era difícil para mim nem um pouco. Logo eu? Uma grande fã de livros? Então realmente não haveria nenhum problema nisso. Está rodeada de livros é algo impressionante e maravilhoso. Sinto-me completamente em casa. Depois que ele saiu eu suspirei aliviada, é completamente um arrogante. Eu não sei qual é o problema dele. Parece que é mal amado ou chupou limão e não gostou. Mas eu percebi algo... Enquanto ele me falava sobre os livros vi um misto de alegria passar por seus olhos. Pude perceber que ele realmente ama tudo isso aqui. Pelo menos é algo que temos em comum. Só é isso e nada mais. Para deixar claro como água.

— Olá senhorita. – Uma voz feminina atrás de mim chamou minha atenção. Estava de costas organizando alguns livros na prateleira cinza enorme. – Pode-me dizer onde fica a seção de livros sobrenaturais? – Perguntou em um tom angelical.

— Claro que sim. Acompanhe-me. – Passo me esquivando de algumas caixas que estavam no chão com ela em meu encalço. – São esses aqui. – Aponto assim que chegamos à frente de outra prateleira de muitos livros bem empilhados. – A propósito, me chamo Felicity. Se precisar de mim estarei onde me encontrou. – Digo com um sorriso.

— Obrigada Felicity. Eu sou Clary. – Estendeu a mão para mim e eu retribuo o seu gesto. – Alguma dica de um desses livros? – perguntou animada.

— Sim. Não escolha um livro pela capa, não sem antes lê-lo. Às vezes a capa pode ser feia por fora, mas por dentro pode ser tão bonito quanto, ou vice versa. Mas enfim... – Balanço a cabeça dando um sorriso bobo. – Escolha um livro que te prenda na leitura, que a faça sentir como se estivesse nele. Eu diria para escolher um livro que seja baseado em: Mistério, drama, amor.  Um livro que a faça sentir o quanto você desejaria que acontecesse com você. – Concluo besta com que acabei de dizer. Mas orgulhosa de mim mesma.

— Uau! – Suspirou Clary surpresa com um sorriso nos lábios. – Você sabe mesmo do que está falando. – Disse surpresa. – Vou levar sua dica comigo Felicity. E obrigada mais uma vez.

— Por nada. Só estou fazendo meu trabalho. – Com um aceno de mão saio e volto para o meu lugar me sentindo o máximo.

O resto da manhã de sábado passou rápido. Assim que olhei no meu relógio de pulso vi que era a hora do meu descanso. Saio à contra gosto do emaranhado de livros, pego minha bolsa e casaco e vou até onde Tyler está. Ele se encontra por trás da bancada que fica no centro da biblioteca. Passo por ele sem dizer nenhuma palavra, não lhe devo explicações. Assim que vou descendo as escadas, o meu corpo trava no segundo degrau. Ele estava de costa para mim conversando com Thea e Roy. E pela primeira vez na vida minha pude ver nada mais nada menos do que Oliver Queen sorrindo. E o seu sorriso aqueceu meu coração de tão brilhante que era. Eu só queria saber o motivo dele. Então Roy olhou em minha direção e acenou com a cabeça para onde eu estava parada, e como se tudo ao meu redor estivesse em câmera lenta como se o mundo estivesse suspenso. Oliver virou sua cabeça, seus olhos azuis e penetrantes como de uma águia pousaram nos meus, e por um breve momento pude notar que ele suspirou e o ar faltou em meus pulmões. 

Depois disso eu realmente não sei o que aconteceu. De repente eu estava em pé parada na escada e do nada estava no chão sentindo um ardor tremendo em meu tornozelo.

 

OLIVER QUEEN

O único impulso que tive foi correr ao seu encontro e ampara-la. Ela não percebeu que estava em uma escada não? Passei um abraço ao redor da sua cintura e a segurei firme, ela olhou em meus olhos e tinha a plena convicção de que estava um pouco atordoada. Ela passou um braço por cima de meu ombro tentando ficar em pé. Falhou miseravelmente. Logo soltou um grito preso de dor suspendendo o pé que tinha torcido antes de despencar no chão.

— Você não olha por onde anda não? – Perguntei irritado segurando sua cintura a prendendo ao lado do meu quadril. – Poderia ter quebrado a cara mulher. – Ela virou o rosto para mim tão rápido como um raio fazendo com que nossos narizes se tocassem. Eu poderia encarar isso de uma forma muito boa se ela não estivesse tão irritada agora.

— E você poderia ser menos grosso... – Rosnou entre gemidos. Seus olhos estavam vermelhos de raiva e dor. – Eu não tinha percebido que havia mais uma droga de um degrau.  E agora o meu tornozelo esta doendo pra caramba. – Suspirou fazendo uma careta. – Ai que vergonha... Todos estão olhando o quão patética sou. – Colocou as mãos em seu rosto para cobrir a vergonha e eu ri de sua situação. – Eu não vejo graça nenhuma Oliver. – Quis mais uma vez sair do meu aperto. Eu não deixei. – Me solte. Você... Você é um estupido.

— Você não consegue nem ficar de pé Felicity, quanto mais andar. Venha que eu vou te ajudar. – Peço com um sorriso doce.

— Não! E pare de sorrir assim para mim seu homem das cavernas. – Avisou tentando mais uma levantar-se. O que foi inútil. – Eu posso muito bem me virar sozinha. – Levantou o queixo petulante.

— Não, não pode. Você não consegue nem fixar o pé no chão. – Corrigi aborrecido por sua teimosia.  – E pare de ser tão teimosa. Estou tentando te ajudar e você está se comportando como uma criança birrenta.

— Vocês querem parar de discutir? – Disse Thea estressada. – Isso é ridículo! Parecem duas crianças. Roy eu quero que você vá lá ao frízer e traga um pacote de gelo para colocar no pé de Felicity. – Pediu e Roy assentiu.  – Agora tire-a daqui, antes que os clientes presenciem mais algo frustrante. – Exigiu.

— Eu não vou com ele. – Recusou Felicity.

— Ah você vai sim, quer queira ou não. – Coloquei-a em meus braços como os recém-casados faziam. Obvio que ela protestou. Mas eu não liguei. Subimos as escadas e fomos para o lado direito onde ficavam alguns sofás.  – Se você prestasse mais atenção por onde anda, não estaria nessa situação. – Sussurro com a voz rouca próxima ao seu rosto.

— Eu vou atrás do Roy. Porque eu tenho certeza que ele foi fazer a droga do gelo. – Falou Thea nos dando as costas e deixando-nos a sós.  

— Agora você pode me colocar no chão. – Exigiu querendo descer.

— E se eu não quiser? – Desafiei aproximando-me novamente de seu rosto e observando sua feição de surpresa.

— Eu vou bater em você. – Sussurrou com a voz falha. Toquei o meu nariz no seu e ela fechou os olhos. Eu queria beija-la agora. Minha boca ardia por isso, todo meu corpo ficou rígido precisando de algo a mais.

— Não, não vai não. – Respondo baixo chegando próximo de seus lábios. Ela nem se quer se mexeu ou hesitou. Eu sabia que ela queria o mesmo que eu. Eu quero provar dos seus lábios desde o dia em que a conheci. Felicity não tem noção o quanto ela é viciante para mim. Ela coloca a mão que estava solta sobre minha bochecha unindo nossas testas, minha respiração mesclando junto com a sua, nossos corações batendo com uma velocidade estrondosa. É como se um tempo tivesse parado ao nosso redor e nada mais existisse só nós dois.

— Eu consegui o gelo... – Gritou Thea ofegante. Droga Thea! – Ops! Eu cheguei na hora errada. Eu sempre faço essas coisas. – Choramingou. Vi as maçãs do rosto de Felicity ficarem vermelhas que nem tomate. E ela recuou.

Sem mais delongas coloquei-a sentada no sofá, sentei ao seu lado e puxei seu tornozelo com cuidado tirando seu coturno preto. Ela quis protestar, porém, segurei seu pé para que ela não puxasse de volta.

— Isso está feio Felicity. – Apontou Thea para o seu pé.

 – Realmente... Está muito roxo. – Eu disse preocupado passando o gelo sobre o lugar. – Eu vou te levar no hospital. Lá eles vão bater um raio-x do seu pé, para ver se não ocorreu nenhuma fratura ou deslocou.

— Eu não vou para o hospital... – Revirei os olhos com sua teimosia e Thea bufou. – E tenho certeza que não deslocou, foi só uma torção. – Puxou o pé de volta e eu o trouxe de volta até minha perna novamente.

— Eu não terminei Felicity. – Aviso sem paciência. Ela virou a cara e faz bico. Chata!

— Vocês são fofos... – Solta Thea suspirando como se acabasse de ver seu casal favorito da TV se beijando. Se ela não tivesse chegado, com certeza tinha acontecido um beijo.

— Cala a boca Queen. – Felicity disse sem jeito. – Eu não quero ir para o hospital. Tenho pavor de hospitais. – Passou a mão no cabelo desenrolando-o e deixando aquele emaranhado negro cair sobre seu rosto e ombro. Por um momento eu prendi a respiração por causa de sua beleza. Ela é linda.

— Uh, eu vejo alguém totalmente hipnotizado. – Cantarola Thea em meio a risos. Pisco os meus olhos para me concentrar e manter o foco. – Você não pode ficar aqui assim Felicity... – Lembrou Thea. – Vá para casa. E se estiver melhor, venha amanhã. E não deixe de me ligar. – Disse mandona. Felicity agradeceu.

— Hã... Eu posso te levar pra casa então. – Me ofereci. Eu não poderia deixa-la ir para casa desse jeito. Não comigo por perto. E pela primeira vez ela não discutiu e sim concordou. – Assim tão fácil? – Perguntei surpreso.

— Se você quiser, eu posso começar uma terceira guerra mundial para não ir com você. – Respondeu olhando para mim. Encrenqueira.

— O inferno que vai! – Digo levantando-me e colocando-a em meus braços novamente. Ela gritou em surpresa e Thea riu. – Se eu não levar você para casa não ficaria em paz comigo mesmo. – Murmuro só para ela ouvir. De soslaio vejo Thea pegar suas coisas.

 Thea nos leva por uma porta que fica aos fundos do segundo andar. Uma porta de emergência que vai direto para a garagem. Vejo que Thea foi à frente nos deixando um pouco sozinhos.

— Eu poderia ir andando, sabia? – Questionou petulante.

— Largue de ser tão teimosa. E além do mais, isso não é nenhum sacrifício para mim. Eu quero fazer isso. Na verdade, eu quero fazer muitas coisas. – Digo sugestivo. Felicity da uma tapa em meu peito.

— Deixe de ser tão galinha. - Disse constrangida. E eu ri. – Gosto do som do seu sorriso. – Virei-me para ela que olhava para mim com um sorriso doce nos lábios. – Gosto como sorrir. Seu rosto todo se ilumina. E isso me deixa feliz. – Confessou tocando meu rosto com a palma de sua mão.

— Eu vou beijar você. – Ela prendeu a respiração e corou.  – Acho encantador quando fica envergonhada.  – Ela deitou sua cabeça em meu ombro colocando o nariz em baixo do meu queixo. Isso me trouxe paz.

 – Pombinhos... – Thea chama cantarolando que nem um passarinho.

Aproximo-me do carro que já estava com a porta aberta e coloco Felicity no banco da frente, ajudo-a a colocar o sinto de segurança. Fecho a porta e dou a volta no carro pegando suas coisas que estavam na mão da minha irmã, dou um beijo em sua testa e antes de entrar no carro Thea diz.

— Não deixe de contar a ela a grande novidade... – Falou animada e piscou para mim. Faço que sim com a cabeça. – E não a magoe Ollie. – Acrescentou serio.

— Nunca. – Foi à única coisa que disse antes de entrar no carro e sair do estacionamento.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Espero os comentários amores!!! Bjuss e um bom final de semana... Divirtam-se!! Bye. Até mais...



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