Save My Heart. escrita por RaySmoak, Natty Lightwood


Capítulo 22
21- Broken Hearts


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaa anjos!! Olha eu de volta aqui. Quero contar para vocês que estou muito feliz pela linda RECOMENDAÇÃO DA MARCIA, essa garota me levou as lágrimas. Eu e a Natty agradecemos por todo o carinho e amor por SMH. Sua recomendação e opiniões são importantes para nós. Também quero agradecer a todos as pessoinhas dos comentários, eu choro e riu com todos vocês. Lembrando aqui as meninas do TWITTER que são sempre umas maluquinhas!! Amo vcs. Alias, eu amo todos vocês. Sem mais delongas, aproveitem o capitulo. Bye!
Música -Certain Things - James Arthur-



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Não posso negar o meu destino e nem as minhas escolhas. O amor que me consome nesse momento, é o mesmo que pode, destruir-me. Mas, eu sei de uma coisa amor, eu sempre vou lutar pelo nosso amor. -Autor desconhecido-

FELICITY SMOAK

— Pronto bonitinha. – Eu disse colocando uma touca cor de creme na cabeça de Bea para protegê-la do frio lá fora. Vesti nela uma calça leggin algodão na cor preta, uma bata de mangas longas na cor branca e em seus pés, uma mini bota na cor preta também e por fim luvas em suas pequenas mãos. – Agora minha menina está pronta e bonita para nós sairmos. – Ela pulou em cima de mim com um sorriso no rosto. – Vamos? – Olhei para ela e depois para meu relógio de pulso que marcava 09h30min da manhã.

— Sim, mamãe. Vamos! – Disse Bea fazendo um biquinho fofo, e eu sorri com carinho.

— Mas antes eu preciso achar o meu casaco amor. Senão, eu congelo nesse frio que está fazendo lá fora. – Explico pra ela que faz uma careta para mim de pensativa.

— Aqui está! – Disse Oliver com o meu casaco em mãos. Ele estava escorado no batente da porta, como se já estivesse ali um bom tempo. Assim que a Bea o viu correu para seus braços e, com um sorriso no rosto ele a agarrou e cheirou seus cabelos.

 – Pai, pai, pai... – Cantarolou Bea tocando no rosto do Oliver com as duas mãozinhas para chamar sua atenção. – Eu e a mamãe vamos sair para tomar chocolate quente. – Contou ela eufórica. Ele sorriu e assentiu.

— Nessa chuva? Pequena menina bonita. – Perguntou ele franzindo o cenho, mas no seu rosto continha um sorriso escondido.

— Papai, não tem hora para tomar chocolate quente. – Repreendeu minha pequena mexendo na gravata dele. Oliver arregalou os olhos para mim e sorriu.

— Se a senhorita diz, eu concordo. – Voltou seu olhar para ela, beijou a sua testa e a colocou no chão segurando sua mão livre.

— Precisamos ir... O Sebastian está nos esperando lá na sala.  – Eu pronunciei ficando de frente para o Oliver. Ele entregou-me o casaco e eu o vesti.

Eu usava calças jeans skinny preta, meu coturno preto e uma blusa de mangas longa branca por baixo do casaco que ia até a metade das minhas coxas. E por fim eu usava uma touca na cor preta deixando meu cabelo solto por baixo dela.

— Tem certeza de que não vai precisar de mim? – Falou acariciando a minha bochecha, e eu neguei com a cabeça.

— Eu sei o quão é difícil para você nos deixar ir...

— Não, não sabe... – Negou com a cabeça olhando para mim. – Se algo acontecer com as duas, eu nunca vou me perdoar Felicity. – Disse com apreensão.

— Oliver... – Encostei minha testa na sua. – Não vai acontecer nada comigo ou com a Bea. Por favor, fique calmo. – Eu assegurei deixando um beijo em seus lábios.

— Prometa para mim que se você perceber algo suspeito sairá de lá junto com a Bea e o Sebastian. Por favor? – Murmurou entre meus lábios.

— Sim, eu prometo. – Assenti. Ele levou seus lábios em minha testa e deixou um beijo demorado na mesma.

Descemos os três juntos, uma Bea saltitante segurava em nossas mãos. Eu contei para ela que iriamos tomar chocolate quente, porque se eu dissesse que íamos nos encontrar com a sua verdadeira mãe, ela iria chorar novamente. Ontem à noite depois que Oliver e eu descemos para conversar a respeito do casamento, Bea veio até a cozinha e ficamos os três fazendo uma baita bagunça, e eu expliquei para ela que íamos encontrar com a sua mãe Helena. Porém ao invés dela ficar contente, a Bea começou a chorar. Depois de longos minutos nós conseguimos acalma-la. Oliver disse a mim que a Helena era muito rude com a Bea, e que quando ele não estava em casa ela gritava com a menina, mas a Ana a protegia e dizia a ele quando chegava a casa depois do trabalho.

— Sebastian... – Disse Oliver tirando-me dos meus pensamentos. Oliver estendeu a mão para Sebastian em cumprimento e o mesmo retribuiu.

— Senhor Queen... Senhorita Smoak. – Assentiu dando um sorriso de canto para nós dois.

— É um prazer conhece-lo Sebastian. – Digo formalmente. Então é desse cara que o Tommy fala o mesmo cara que ele diz que anda pelas sombras e surge do nada. Rir internamente por Tommy sentir medo dele.

— Toma conta delas Sebastian... Qualquer coisa suspeita, não hesite em tira-las de lá, por favor. – Pediu Oliver o olhando sério.

— Sim, senhor. – Respondeu.

— Eu preciso ir agora. – Virei-me para Oliver. Sua feição era de preocupação e medo, mas eu não podia voltar atrás agora. – Vamos ficar bem... Ok? – O beijei e ele segurou meu rosto em suas mãos.

— Ligue para mim quando sair de lá, está bem? – Eu assenti. Peguei minha bolsa, segurei na mãozinha de Bea e saímos juntas com Sebastian.

[...]

— Você trabalha na empresa do Oliver também? Sebastian. – Eu pergunto quebrando o silencio. Estávamos na lanchonete Central de Star City, esperando Helena numa mesa um pouco distante das outras pessoas.

— Sim. – Respondeu. Eu assenti e voltei a dar o chocolate quente a Bea. – Eu entendo a preocupação do senhor Queen... – Falou Sebastian quebrando o silêncio. Ergui meu rosto para olha-lo.

— Entende? – Franzi o cenho.

— Sim, eu entendo. – Falou.

— Como assim? – Eu questionei.

— O senhor Queen me deixou informado de algumas coisas sobre o seu passado, ele disse que era necessário para que eu não ficasse no escuro, quando o cara aparecesse e quisesse fazer algo contra você. – Eu assenti compreendendo o ponto de vista do meu noivo.  

— Eu só não entendo aonde você quer chegar. – Juntei as sobrancelhas.

— Minha esposa Clary, passou pela mesma coisa que você está passando agora, na época ela estava sendo ameaçada pelo seu ex-namorado... – Começou ele. O nome dela me era familiar.

— E como foi que você resolveu tudo isso? – Perguntei tentando pegar um guardanapo. Falhei. Sebastian pegou o guardanapo e eu agradeci.

— Então... Qualquer tentativa que fazíamos, era em vão. Até a Clary ser sequestrada por ele. Na época eu não conhecia mais ninguém com capacidades para resgata-la de onde ela estivesse. Então eu recorri ao senhor Queen e ao senhor Diggle. – Contou-me colocando uma batatinha na boca. Analisei tudo que ele me disse, e isso soou tão estranho aos meus ouvidos.

— Eu imagino o quanto isso foi difícil para você. Apesar de tudo, vejo que você ama a muito. – Constatei e ele assentiu.

— O senhor Queen também ama você, é por isso que ele tem tanto medo de te perder. Sabe por que Felicity? – Eu neguei com a cabeça.  – Porque você se tornou o mundo dele, e quando a pessoa se torna o nosso mundo temos medo de perdê-la, porque sem ela o mundo não existe. É por isso que ele te ama. – Disse ele com convicção. Olhei de boca aberta para ele que continuava a comer sua batatinha totalmente despreocupado.

Antes que eu pudesse responder, vejo Helena adentrar a lanchonete procurando-me com o olhar. Assim que seu olhar bate com o meu ela vem em passos decididos até ao meu encontro.

— Bom dia Felicity. – Cumprimentou Helena com um sorriso falso. Dei um olhar entediante para ela.

— Helena. – Eu quase cuspi o seu nome. Bea enlaçou seus pequenos braços ao redor da minha cintura e afundou seu rosto entre meus seios. Eu a abracei bem forte.

— Sebastian, não sabia que estava por aqui? – Disse ela apontando para o local.

— Também é bom te ver Helena. – Disse Sebastian com desdém sem olhar para ela e depois bufou.

— Vocês se conhecem? – Eu perguntei apontando para dos dois.

 – Não. – Disse Sebastian cético.

— Como não? Você foi um dos meus seguranças, lembra? – Questionou Helena.

— Corrigindo... – Ele olhou para ela. – Eu sou segurança do senhor Queen, e não de você. – Disse ele simples assim, deixando a Helena com cara de taxo.

 Uma gargalhada suprema queria passar por minha garganta. Caramba! Ninguém gosta dessa mulher. Helena segurou sua pose de durona e olhou para Bea.

­ – Não vai falar com a mamãe Bea. – Perguntou Helena agachando-se perto de nós duas. Olhei para Sebastian e ele estava atento olhando para Helena.

— Não. – Bea Respondeu. Helena travou seus lábios e olhou para mim. Eu, porém, dei de ombros.

— E por que não? – Perguntou a cobra cascavel.

— Porque você não é a minha mãe! – Bea virou o rosto pra ela. Nossa! Eu não sei se estou surpresa da minha garotinha ou se estou orgulhosa. Acho que os dois. Por dentro eu estou gargalhando. – Minha mamãe é a Licy. – Disse por fim escondendo o rosto entre meus seios novamente.

— Olha aqui garotinha...

— Eu acho melhor você baixar o tom Helena... – Eu Rosnei para ela. Helena ficou em pé dando um olhar mortal para mim. – Sebastian você poderia levar a Bea para uma daquelas mesas ali. – Apontei para uma mesa um pouco distante de nós. Ele assentiu.

— Vem pequena Bea... Vamos comigo. – Chamou ele vindo até a nós e agachando-se em nossa frente. Bea virou o rosto, olhou para ele e depois para mim.

— Vá com ele meu amor, pode confiar no Sebastian, e compre quantos chocolates quentes você quiser. – Ela assentiu e deixou um beijo estalado no meu rosto.

Helena olhou de mim para Bea e bufou.  Sebastian segurou na mãozinha de Bea e saiu com ela para a mesa que eu lhe falei. Ele deixou Bea sentada na cadeira e foi pedir mais chocolate quente, volto meu olhar assassino para Helena e ela está com um sorriso presunçoso nesse rosto de naja.

— Bem, o que você quer falar comigo Helena? – Fui direta ao ponto. Não estava com paciência para ficar muito tempo aqui com ela.

— Há quanto tempo você trabalha para o Oliver, Felicity? – Rebateu.

— E o que isso tem haver com essa conversa? – Inclinei-me um pouco para frente.

— Só apenas responda tá legal?

— Ok, Helena. Eu vou entrar no seu jogo. – Eu disse decidida, ela semicerrou os olhos em minha direção e prosseguiu. – Diga-me o que você quer saber. – A desafiei.

— Comece respondendo a primeira pergunta. – Falou com desdém.

— Na verdade, eu não trabalho mais para o Oliver, porque ontem mesmo ele disse que não era necessário já que eu sou a sua noiva. – Contei vendo seus olhos saírem faíscas de fogo.  

— Não acha muito cedo?

— Quando se ama de verdade, não existe cronômetro. – Respondi.  

— Eu só não entendo o que foi que eles viram em você. – Cuspiu as palavras negando com a cabeça.

— Eles? Quem é o outro cara Helena? – Inquiri, vendo seu rosto empalidecer. – Vamos lá Helena... Sem enrolação, por que me chamou aqui? – Eu queria que ela dissesse o nome do Adrian, só assim eu poderia tirar perguntas suas.

— Eu quero minha família de volta Smoak, a família que você tirou de mim. – Desviou do assunto.

— Eles não são mais a sua família, Helena. – Discordei.

— E quem disse isso? – Falou acomodando-se a cadeira.

 – O próprio Oliver. – Respondi vendo o seu rosto entrar em decepção. – Porque você fez isso com a sua família? Achou o quê? Que não se arrependeria e que Oliver não iria seguir em frente? Amadureça Helena. – Dei um aceno negligente de mão para ela.

— Você não entende... Eu tinha uma grande carreira como modelo e não seria ninguém que iria me parar. Nem o Oliver e nem a Bea. – Disse com tom de obsessão.

— E você ganhou o que com tudo isso? Por que você perdeu todos com esse seu orgulho e obsessão por um trabalho que não te trouxe felicidade nenhuma. Você não vê? Que todos te desprezam pelo o que se tornou? – Questionei franzindo o cenho.

— Eu não me importo com o que os outros pensam ou dizem de mim. – Deu de ombros fingindo que as minhas perguntas não a afetaram. Se eu quisesse tirar respostas da Helena, teria que atingir na sua ferida. É um golpe baixo, eu sei. Mas é o único jeito.

— Tem certeza?

— Aonde você quer chegar com tudo isso? Já não tirou o bastante de mim? Tirou até o amor que Oliver sentia por mim.

— Eu não fiz isso Helena. Foi você mesma que destruiu a sua família com sua obsessão doentia pelo trabalho. – Eu disse. Levei meu olhar para Bea e o Sebastian, e vejo que os dois estão se divertindo tomando chocolate quente.

— Você tem razão... Fui eu que destruí minha família e me arrependo disso. Sabe por quê? Porque a Bea já não me chama mais de mãe, e o Oliver sente desprezo por mim. Basta olhar nos olhos dele para saber disso. – Admitiu. Ótimo! Ela estava chegando aonde queria que eu chegasse.

— Por que deixou a sua família? Você se interessou por outro cara? – Questionei.

— Não existe outro cara. – Cruzou as pernas. – Vi que o Oliver colocou o Sebastian como seu segurança. – Desconversou. Helena virou a cabeça pra olhar para o Sebastian. – Por quê?

— Será mesmo que você não sabe? – Devolvi trazendo sua atenção para mim.

— Por um acaso está insinuando algo?

— Eu pareço está? – Apoiei minhas mãos em baixo do meu queixo. Ela olhou para mim desafiadoramente.

— Ok. Você venceu. Pergunte o que quiser, eu responderei. – Falou. Ótimo.

— Você é amante do meu ex-namorado, sim ou não? –Perguntei fazendo-a arregalar os olhos.

— Como você sabe disso? – Disse assustada. Quando eu ia perguntar mais alguma coisa seu celular começou a tocar. Ela tirou o mesmo da bolsa, olhou a tela e disse. – Preciso ir. – Falou rapidamente pondo-se de pé.

— Esse cara que está te ligando Helena é o Adrian Chase, não é? – Fiquei em pé em sua frente. Ela negou veemente com a cabeça. – Ele só está te usando para chegar até a mim Helena, pense nisso. – Eu disse. Ela passou por mim como um raio saindo da lanchonete.

Sebastian veio até a mim junto com a Bea, eu suspirei e peguei minha menina nos braços dando beijos em sua bochecha.

— Vocês duas não se mataram. – Comentou Sebastian.

— Por pouco. Mas ela vai ligar de novo. – Eu disse convicta. – Vamos? Não temos mais nada a fazer aqui. – Saímos, rumo para casa. No caminho eu ligarei para o Oliver.

[...]

DANTE FOSTER

— Tommy? Eu ainda não estou acreditando que você vai fingir que está na faculdade para viajar a garota. – Eu digo colocando café em meu copo. Tommy olha para mim e revira os olhos.

— O que eu posso fazer? – Ele jogou o prato na pia. – Foi um pedido do presidente. Ele disse que não era bom que eu fosse de guarda-costas, porque ele tinha prometido a Caitlin que a deixaria livre. – Contou encostando-se ao balcão.

— Uh, mentindo para filha. – Eu arregalei os olhos. – Isso consta que você também está mentindo. Você vai ser o que? Um amigo nerd? – Debochei com um sorriso.

— Não seja idiota. – Bufou. – Nós não vamos ser amigos. Eu vou apenas vigia-la de longe, e nem vamos ficar na mesma sala. – Ele saiu da cozinha indo em direção à sala.

— E o que aconteceu com outro cara? – Questionei pegando minha jaqueta preta que estava no sofá, e vestindo-a.

— Ele se apaixonou por ela, e acho que ela por ele também. – Ele disse.

— Isso não pode acontecer com um guarda-costas. Mas ninguém manda no coração, Thomas. – Eu falei dando uma tapa camarada no seu ombro. Ele assentiu.

Tommy foi até a mesa de centro, pegou sua Glock e a colocou na bolsa de costas. Eu fiz o mesmo colocando a minha na cintura por baixo da camisa preta, cobri o volume fechando a jaqueta.

— Por que você não foi à casa do Queen ontem? – Perguntou ele vestindo a jaqueta marrom. Lá fora estava chovendo e fazendo um frio dos infernos.

— Tive alguns problemas com a Queen caçula. Não podia deixa-la sozinha no estado em que se encontrava. – Respondi. Tommy olhou para mim e depois assentiu sorrindo. Ele fechou a porta do apartamento e saímos rumo à garagem.

— O que aconteceu? – Ele quis saber.

— O amolfadinha do namorado dela terminou com ela da pior forma. E graças a Deus que ele foi embora. – Contei de cara feia e Tommy sorriu.

— Cuidado meu caro Dante... – Tocou em meu ombro. – Como você diz: ninguém manda no coração! – Ele destravou sua BMW e olhou para mim.

— O quê? – Franzi o cenho não entendo aonde ele queria chegar com isso.

— Está envolvido sentimentalmente por ela. – Disse Tommy sorrindo. – E digamos que você entra em relacionamentos muito rápidos.

— Não! Eu não estou. – Neguei destravando o meu Jeep. – Diferente de você, que um menino de cinco anos faz escolhas amorosas melhores. – Retruquei.

— Não negue o que está na sua cara e nas suas ações Dante. – Falou entrando no carro. Eu sorri e baixei a cabeça.

— Um conselho Thomas?!­ – Chamei-o. Ele colocou a cabeça para fora e esperou que eu falasse. – Não se apaixone pela garota. – Ele sorriu e deu partida no carro. Logo em seguida, eu parti rumo à cafeteria da Queen.

[...]

THEA QUEEN

FLASHBACK ON

— Roy o que está acontecendo? – Perguntei olhando para pilha de caixas em seu apartamento. Ele estava sentado no meio da sala empacotando algumas coisas. E assim que me vi levantou-se a sacudiu a roupa.

— Por que está aqui? – Perguntou olhando para um dos caras que passavam com uma caixa.

— Como assim, “porque eu estou aqui”? – Eu olhei para ele abismada. Ele me conduziu até o seu quarto. Olho para o cômodo vazio e sem nenhum móvel. – Você ia embora sem falar comigo? – Questiono cruzando os braços.

— Sim. – Respondeu sem olhar-me.

— Mas Por que Roy? Eu fiz algo de errado para merecer isso de você? – Aproximei-me dele, mas o mesmo deu um passo para trás. Eu balancei a cabeça em descrença.

— Não. Mas eu não podia ferir mais você. – Voltou seu olhar para mim.

— Mas você já está ferindo. O nosso namoro não significou nada para você? Que a primeira proposta que surge você aceita, assim sem mais nem menos?­ – Perguntei segurando o choro.

— É claro que o nosso namoro significou muito para mim, Thea. E eu te amo muito. – Disse dando um passo a minha frente, eu o parei com um aceno de mão. – Mas eu não posso abandonar o meu sonho por causa de nós dois. – Uma tapa na cara doeria menos depois dessa. Eu entendi que não tinha espaço para mim em sua vida, e que Roy queria seguir em frente... Mas sozinho.

— Eu entendi... – Balancei a cabeça secando as lágrimas que escorriam por meu rosto. – Você me magoou profundamente Roy. Eu esperei você dizer que não ia embora e que ficaria comigo...

— Mas eu pensei que você me apoiaria. – Gritou. Eu dei um passo à trás em defesa, Ele olhou para e pediu desculpas, que eu não aceitei.

— Mas eu te apoiei Roy... O tempo todo. – Apontei para ele decepcionada.

— Só que isso, Thea... Não me faz querer ficar aqui. – Colocou as mãos no bolso e baixou a cabeça.

— Ok! Eu só não posso prometer que vou simplesmente esperar você voltar.

— Então tá. Eu acho que a gente deveria terminar. – Falou fechando a cara.

— Ótimo! Se quiser assim, desejo concedido. – Dou as costas para e saio sem dizer nem mais uma palavra.

FLASHBACK OFF

— Oh moça? Eu quero o meu café! – Estalou um homem de cabelos grisalhos na minha frente. Creio que não era a primeira vez que ele chamava-me.

— Oh sim. Desculpe-me. – Eu pedi. Ele bufou e eu entreguei o café a ele.

Sentei na cadeira afundando minhas mãos em meus cabelos curtos e dando um longo suspiro. Eu precisava tirar essa cena decepcionante da minha cabeça, senão eu vou enlouquecer.

— Um café bem forte ao leite, senhorita. – Levantei minha cabeça e vi o Dante sentado no banco a minha frente com um sorriso no rosto. Seu cabelo castanho estava arrumado para o lado, sua barba por fazer complementava seu charme galanteador, mas era seus olhos castanhos que me traziam algum tipo de paz.

— O que está fazendo aqui? – Perguntei apoiando minhas mãos no enorme balcão que fazia divisa entre nós.

— Sendo apenas seu guarda-costas. E esse guarda-costas aqui... – Ele apontou para si mesmo. – Está precisando de um café bem quente para não morrer de frio. – Falou dramático.

— Você poderia voltar pra casa e ficar na sua cama, é disso que você precisa. – Falei. Ele fez uma careta e revirou os olhos.

— Onde está aquela velha trégua sem brigas de ontem?

— Desculpe-me. – Eu disse indo até a maquina de café. Despejei o café com o leite no copo e levei até ele.

— Thea... – Ele segurou a minha mão. – Isso vai passar... Para tudo tem o seu tempo. – Eu assenti e suspirei. – Mas você ainda gosta dele. – Retirou suas mãos da minha e pegou o copo.

— Mas passa. Você não falou que passa? – Olhei para ele.

— Quando a gente quer, passa. – Disse olhando nos meus olhos.

— E eu quero. É tudo que eu mais quero. – Digo convicta. Ele assentiu e outro cliente me chamou, deixei-o só e fui atendê-lo.

[...]

Tommy Smoak

Estaciono o carro na garagem da faculdade Central de Star City, pego minha bolsa que estava no bando do passageiro, e retiro da mesma uma pasta onde dizia “Vaga aceita para bibliotecário”. Mas uma do meu querido presidente. Ponho as luvas pretas em minhas mãos e saio de dentro do carro, travo o mesmo e dou um longo suspiro. A chuva tinha dado uma trégua, mas estava fazendo muito frio. O inverno já tinha sua morada. Star City. Balanço a cabeça e sigo em frente vendo uma enorme porta se abrir e alguns alunos passarem por ela, garotas passam por mim e sorrir, eu uso apenas meu habitual piscar de olho e sido em frente. Até por que eu não vim aqui em busca disso.

Olho para os lados e vejo armários coloridos e mais alunos encostados neles, uns conversando outros estudando, outros se beijando, outros sozinhos... Enfim, isso é a faculdade. Viro a minha direita e encontro muitas portas, e bem lá no fim vejo o nome biblioteca. Antes de vim para essa faculdade eu estudei toda a extensão dela, onde ficava cada sala, dormitório, cozinha, e até mesmo a sala que a Caitlin cursava moda. E por falar nela, eu rastreei o GPS do seu celular para saber onde ela estaria, para onde iria. Por precaução.

— Oh meu Deus! – Exclamou uma voz feminina esbarrando em mim e caindo ao chão junto com seus cadernos.

— Desculpe-me! Eu estava distraído. – Digo ajudando a recolher seus cadernos do chão.

— Tudo bem! Eu que estava distraída. – Ela levantou a cabeça e olhou para mim. Só então eu percebi o quanto ela é linda, e doce a minha protegida. Ela sorriu e balançou a cabeça apanhando os papeis do chão.

— Deixe-me te ajudar. – Eu pedi saindo do meu transe. Recolhemos tudo e eu a ajudei a levantar-se.

— Obrigada. – Disse ela jogando sua franja para um lado, com m sorriso sem jeito.

— Você trabalha aqui...  — Apontei para trás dela, e ela franziu o cenho. – Digo... Na biblioteca.

— Oh! Não, não, não. – Negou com a cabeça sorrindo de verdade agora. – Eu só vim conversar com uma amiga. – Explicou mordendo o lábio inferior.

Ela era uma mulher encantadora, com essa touca cor de vinho em sua cabeça deixando seus cabelos ondulados cair abaixo dos seus ombros. Usava um cachecol bege que enrolava em seu pescoço, um suéter na cor preta, calças jeans e botas. Uma linda mulher. Sacudo a cabeça para tentar tirar a imagem da minha cabeça e focar no meu trabalho, não posso me envolver.

— Então... Eu preciso ir para lá. – Apontou sem jeito para trás de mim. Eu assenti e sorri.

— E eu preciso ir para lá. – Apontei na direção ao contraria. Nossos olhares bateram novamente, e ela baixou a cabeça.

— Boa sorte no que quer que vá fazer. – Ela disse gentil.

— Você me verá todos os dias se vier à biblioteca senhorita. – Contei sorrindo.

— Caitlin... Pode me chamar de Caitlin. – Eu assenti.

— Prazer em conhecê-la Caitlin... – Eu disse estendendo a mão e a mesma a apertou. – Sou o Tommy.

— Ok, Tommy... É o seu primeiro dia? – Ela perguntou e eu assenti. – Então... Boa sorte! Agora eu preciso ir. – Ela sorriu e se afastou. Continuei a olha-la até ela sumir pelo corredor. Será que eu não vou me apaixonar por ela também?

— Até logo, Caitlin Snow. – Sussurrei.

Dou um passou para direção ao contraria e vi algo brilhando no chão... Era uma corrente cor de ouro, apanhei e vi um nome escrito “Caitlin Snow”.  Coloquei em meu bolso e entrei na biblioteca me perguntando como eu entregaria isso a ela, e me questionando aonde eu fui me meter. Só tenho uma palavra para isso... Estou lascado!


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Notas finais do capítulo

Então anjos!! O que acharam do capitulo?? E essa conversa da Felicity com a Helena? E a Bea dizendo que ela não é a mãe dela? morta estou kkkk Olicity sempre fofo né gente? esse sim é um otp. Esse Oliver todo protetor é algo divino. Amo essa proteção dele com a Felicity. E vcs? E Roy? Que sacanagem o que ele fez com a Thea. Digam-me vcs... Vocês deixariam a pessoa que ama por um sonho? Mesmo que isso custe o seu amor para sempre? vcs esperariam por ela ou ele? Eu quero essa resposta nos comentários. E DanThea minha gente? Será que a Thea amara novamente? Será que o Dante é capaz de curar seu coração? Só sei que uma amizade de superações e segredos vem surgindo. E ah, quero opiniões de vcs. SnowMerlyn na área!!! Tommy trabalhando na biblioteca para proteger a Caitlin? kkkk Vamos ver até onde essa mentira toda irá dar. Só posso dizer que vai ser divertido ver o seu lado universitário. Só quero ver quando Cait descobrir essa mentirada toda hahahaha!! Bjus pessoal e até o próximo. Esperando vcs nos comentários. Bye!!



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