Save My Heart. escrita por RaySmoak, Natty Lightwood


Capítulo 21
20- Following The Heart


Notas iniciais do capítulo

Oláaa pessoas que amo!! Estou aqui com mais um capitulo de SMH. E desde já, eu quero agradecer aos comentários, ainda não respondi, mas vou responder kkkk Todo comentário sempre é bem vindo. Siimm e aos favoritos também. Vocês sempre são uns amores e eu amo vcs guys!! Sempre agradecendo as girls do twitter, obrigada a vcs também meninas. Natty e eu vamos a loucura com os surtos de todos vocês. Sem mais delongas... Vamos ao capitulo! Espero que gostem. Boa leitura!



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O nosso amor brilha até mesmo nas sombras da noite, mas, até mesmo, nas noites mais escuras amor, eu sempre vou te procurar no meio da multidão.

 

FELICITY SMOAK

— Felicity, você tem pensado nos preparativos para o seu casamento? – Perguntou Ana sentando-se na cadeira de frente para mim.

Estávamos na cozinha, ela preparava algo para o jantar, enquanto eu dava a comida da Bea. Até o momento, eu não havia pensado no meu casamento. Há tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, que não parei para pensar nessa hipótese.

— Não. Eu ainda não pensei nisso Ana. – Suspiro com a frustração corroendo meus nervos.

— Mas deveria pensar querida. – Disse ela indo até a pia para lavar algumas batatas.

— É tão difícil pensar no meu casamento com tantas coisas acontecendo. – Falei limpando a boca de Bea que estava suja de suco. Ana não sabe do meu segredo, eu pensei em muitas vezes dizer a ela. Mas só a colocaria em perigo.

— Eu entendo você querida. – Ela virou-se para mim com um sorriso doce. – Mas não prive a sua felicidade, porque coisas ruins estão acontecendo. Pense em você, no Oliver. No quanto vocês podem ser felizes. – Aconselhou-me séria.

Ela tinha toda razão. Eu estava privando a minha felicidade por causa do Chase. Há muito tempo eu não me sentia tão feliz como agora. Oliver me proporcionou isso, ele me trouxe de volta. Sabemos que tudo está acontecendo rápido, mas queremos assim. Não queremos deixar para o amanhã, o que podemos fazer hoje. E no momento em que ele apareceu tudo mudou. O momento em que estamos passando agora, não possa ser dos melhores, mas juntos podemos vencer o Chase e qualquer um que se meta em nosso caminho.

— Você tem razão Ana. – Eu disse com um sorriso. – Oliver e eu já passamos por tantas coisas para chegarmos aonde chegamos. Mas só, que ás vezes eu penso que foi tudo muito rápido. – Conto fazendo uma careta. Ela sorri para mim e balança a cabeça.

— Quando eu olho para você, eu vejo a mim em você. – Disse Ana secando suas mãos com o pano. Eu juntei as sobrancelhas e olhei para ela. – Quando eu me casei, eu tinha a sua idade querida. Eu achava que era nova demais, mas quando se ama tão intensamente como eu amei meu marido, não há como dizer que foi tudo muito rápido.

— Você fala como se ele não estivesse mais aqui. – Eu disse dando uma colherada da sopa de legumes a Bea.

— É porque ele já se foi há muito tempo querida. – Meu coração se apertou com sua declaração. Ana falava muito pouco da sua vida pessoal. Na verdade, ela nunca me disse nada sobre a sua família.

— Sinto muito Ana. – Lamentei sincera. Ela assentiu e sorriu.

— Tudo bem, Felicity. Isso já aconteceu há muito tempo. – Suspirou voltando para as batatas. Ela encheu uma panela com água e colocou as batatas dentro.

— Você tem filhos Ana?

— Não. Meu marido não podia ter filhos. – Explicou ela. Nossa! A Ana era sozinha no mundo.

— Não tem familiares por perto Ana? – Ela negou com a cabeça. – Eu sinto muito por está perguntando tudo isso. Eu não deveria...

— Está tudo bem, querida. Faz um bom tempo que eu não converso isso com alguém. – Eu balancei a cabeça e voltei a dá a comida para Bea.

— O Oliver sabe disso? – Questionei voltando o meu olhar para ela

— Sim. O senhor Queen conhece a minha história. Eu tenho O Oliver como um filho que eu nunca tive. – Por isso que o Oliver é tão amoroso com a Ana, ele a tem como se fosse a sua mãe.

— Fico feliz por estar aqui Ana, conosco. – Eu sorri pra ela que retribuiu o sorriso.

— Mamãe, eu quero dormir. – Disse minha pequena bocejando. Eu sorri para ela e assenti.

— Vamos lavar essa boca e escovar os dentinhos antes de dormir, mocinha. – Eu disse. Levantamo-nos da mesa e Bea se jogou em meus braços deitando a cabeça no meu ombro.

— Bea adora você. – Ana falou contente. – Pense no que eu disse Felicity... Sobre o casamento. Já está na hora de pensar na sua felicidade e deixar o medo de lado. – Eu assenti mais uma vez. Fui até ela e dei um beijo em sua bochecha.

Assim que sai da cozinha ouvi a porta da sala ser destrancada, e Tommy entrar por ela, assim como Diggle e por ultimo o Oliver.

— Olá irmãzinha. – Disse Tommy vindo até a mim e depositando um beijo em minha testa. – Como vai à garota do titio? – Olhou para Bea, e ela sorriu pra ele. 

— Com muito sono tio Tommy. – Respondeu com a voz arrastada de doce. Tommy passou a mão nos cabelos dela em forma de carinho.

— Olá Felicity. Como está? – Perguntou Diggle.

— Estou bem Diggle. – Eu disse me sentindo um pouco cansada. Ele sorriu e cruzou os braços. – Aconteceu alguma coisa? – Questionei olhando para os três.

Tommy afastou-se de mim e foi sentar no sofá. Diggle fez o mesmo. Olhei para o Oliver franzindo o cenho, ele até agora não havia se pronunciado. Seus olhos observava-me como se procurasse por respostas, seu olhar estava tenso para mim. Não entendia o motivo disso.

— Precisamos conversar sobre algumas coisas. – Oliver disse vindo até a mim e deixando um beijo cálido na minha têmpora. – Eu senti a sua falta. – Voltou seu olhar para os meus olhos.

— Eu também. – Respondi dando um sorriso de canto. – Só me deixa preparar a Bea para dormir, está bem? – Ele assentiu e eu subi.

Escovei seus dentinhos e a coloquei na cama. Não demorou dois minutos e Bea já estava dormindo. Deixei-a bem aconchegada em sua cama. Desci em busca dos meninos e eles estavam conversando sobre futebol. Conversa de homens.

— Pronto, ela já está dormindo. – Anunciei ficando ao lado de Oliver. Diggle e o Tommy permaneceram sentados. – O que houve? Vocês estão tão tensos. – Olhei para os três homens que estavam ali.

— Eu posso começar primeiro. – Disse Tommy levantando o indicador. – Eu fui me encontrar com o presidente, e ele quer que eu seja o guarda-costas da filha dele. Esse foi o motivo da ligação dele. – Informou.

— Você aceitou? – Eu perguntei. Tommy assentiu com um olhar de culpado.

— Sinto muito maninha, eu não podia dizer não, e...

— Tudo bem Tommy. – Eu disse indo até ele e me ajoelhando a sua frente. – Não é preciso se sentir culpado por isso. Eu entendo... É o seu trabalho...

— Mas tem o Chase, e eu não posso te deixar sozinha. – Interrompeu-me preocupado.

— Você não pode parar a sua vida por minha causa, Tommy. – Juntei nossas mãos. – Você precisa refazer a sua vida. Além de tudo, eu não estou sozinha. Tenho o Oliver e o Diggle também.

— É cara, não vamos deixar que nada aconteça com sua irmã. – Diggle falou.

— Então não há problema? – Ele olhou para mim.

— Não. Só não faz besteira Tommy. – Avisei. Ele assentiu e sorriu para mim.

— Não precisa se preocupar Tommy. Até porque, todos nós somos meio que ocupados. Coloquei o Dante para fazer a guarda da Thea, e já contratei mais alguém para fazer a guarda da Felicity. – Disse Oliver. Virei minha cabeça para ele, e seu olhar caiu no meu.

— Quem? – Falou Tommy e Diggle juntos.

— Sebastian. – Quem era Sebastian? Levantei-me e fiquei ao lado do sofá.

— O quê? – Tommy elevou sua voz.

— Quem é Sebastian? – Eu perguntei cruzando os braços.

— Sebastian trabalha para nós. Ele é um dos nossos seguranças mais ágil e competente da empresa. – Explicou Diggle.

— Ele é um ninja! Isso sim. Aquele homem surge das sombras. Ainda acho que ele tem pacto com o capiroto, pois sair das sombras não é coisa divina. – Eu franzi o cenho e Diggle e o Oliver riu dessa cena cômica do Tommy. Oliver deu um suspiro e prosseguiu.

— Eu pedi a ele que fizesse a sua proteção, quando eu não estivesse por perto. Não posso deixar que você saia sozinha por ai com o Adrian solto. – Oliver falou olhando em minha direção.

— Não poderia ter escolhido outro cara? – Fala Tommy.

— Não. Não tinha outra pessoa de confiança que pudesse fazer isso. – Oliver respondeu. Tommy bufou e revirou os olhos.

— Qual é o seu problema com o cara Tommy? – Eu perguntei.

— Isso é uma longa história chata e entediante, maninha. – Deu um aceno negligente de mão.

— Oliver, eu fui até a ARGUS como você pediu. Mas eles até agora não sabem do paradeiro do Adrian. – Informou Diggle. Oliver travou o maxilar e o Tommy soltou um palavrão baixo.

— Por favor, continue investigando Diggle. Precisamos encontra-lo o quanto antes. – Diggle assentiu.

— Vamos pega-lo Oliver. – Diggle falou pondo-se de pé. Seu celular tocou em seu bolso e ele atendeu.

— Algum problema? – Eu falei olhando pra ele. Sua feição estava preocupada.

— Eu preciso ir agora. Laila disse que a Sarah está doente. – Eu assenti. Ele veio até a mim e deu-me um abraço.

— Melhoras para a sua filha, Diggle. – Eu falei. Ele disse um obrigado e foi até os rapazes se despedindo deles, em segundos Diggle havia sumido deixando só nós três.

— Felicity, você disse que tinha algo para falar conosco. O que houve? – Oliver perguntou. Sentei-me ao lado do meu irmão, porque essa conversa não seria fácil.

— A Helena ligou para mim e disse que queria me encontrar. – Soltei. Oliver olhou para mim incrédulo e Tommy girou a cabeça como uma pessoa possuída.

— O que você disse? – Tommy falou.

— Eu não vou falar de novo Tommy. – Respondi.

— O que ela quer com você? – Oliver veio até a mim e sentou na mesinha de centro de frente para mim.

— Eu não faço a mínima ideia. – Mordi o lábio olhando para ele.

— Eu não posso deixar você ir Felicity. Eu não confio na Helena, e eu não tenho a mínima ideia do que ela é capaz de fazer com você. – Dizia Oliver em tom de desaprovação.

— Mas eu já disse que eu vou, Oliver. Não posso voltar atrás. – Discordei.

— Eu não posso deixar que você encontre-se com a Helena sozinha. – Sentenciou Oliver.

— Oliver, se eu não for ela pode machucar a Bea. – Seus olhos encontraram com os meus.

— Ela não faria isso. – Disse ele perplexo.

— Ela faria Oliver. Ela fará algo com a sua filha se eu não for encontrar-me com ela amanhã. – Ele negou com a cabeça e levantou-se afundando os dedos em seus cabelos curtos.

— Eu não acredito que a Helena será capaz de machucar a própria filha, se você não fizer o que ela pediu.  – Tommy falou surpreso.

— Aqui ponto a Helena foi capaz de chegar para ameaçar a minha filha? – Questionou Oliver irritado.

— Ela é capaz de fazer tudo para ter sua família de volta, Oliver. – Eu disse. Ele olhou para mim e negou com a cabeça.

— Ela não faz mais parte da minha vida ou da vida de Bea, há muito tempo. – Disse ele com convicção.

— E se for uma armadilha Felicity? – Tommy perguntou olhando para mim.

— Mais um motivo para eu não deixar você ir. E se algo acontecer com as duas? Eu não posso perder vocês. Pode ser uma armadilha Felicity, como o Tommy disse. – Indagou preocupado. Fui até ele e fiquei em sua frente.

— Nada vai acontecer comigo ou com a Bea. Confie em mim, por favor. – Pedi. Seu olhar caiu até o meu e ele segurou em minhas mãos.

— Eu confio em você. Eu não confio é na Helena. – Ele disse juntando as sobrancelhas.

— Chame o Sebastian para ir com você Felicity. – Tommy pronunciou-se.

— Eu posso ir com você. – Oliver falou Ignorando Tommy.

— Não seria uma boa ideia. Helena quer se encontrar comigo e a Bea, e se você estiver lá, ela não vai nos dar pistas do Chase. – Neguei calmamente. – Seria um bom momento para saber de alguma coisa e descobrir os motivos dela estar fazendo isso conosco. O porquê dela está com o Chase.

— Eu não estou acreditando no que vou dizer, mas a Felicity tem razão Oliver. – Tommy veio até nós. – Felicity pode descobrir pistas sobre o Chase, e só a Helena pode dizer onde ele está. – Oliver negou com a cabeça.

— O Sebastian vai estar lá Oliver. De um jeito meio torto, mas ele vai. – Eu insisti novamente.

— Que jeito torto é esse? – Perguntou Oliver.

— Seria um pouco distante de nós? – Respondi com uma pergunta. Ele travou seu olhar para mim ainda relutante com esse encontro.

— Deixe de ser teimoso Oliver. Não vai acontecer nada com a Felicity, Chase não seria tão louco em aparecer em público novamente assim, sabendo que a polícia e a ARGUS está atrás dele. – Contou Tommy. Eu pisquei para o meu irmão e ele deu um leve sorriso de canto.

— Promete que vai tomar cuidado? – Oliver olhou para mim.

— Eu prometo. – Assenti sorrindo.

— Aleluia! – Gritou Tommy levantado as mãos dramatizando. – Agora que está tudo certo... Eu estou indo pessoal. Amanhã eu tenho que proteger uma garota. – Foi até o sofá e pegou suas coisas. – Tome cuidado maninha. – Eu assenti e ele beijou minha testa.

— Só mais uma pergunta Tommy? – Oliver falou fazendo-o parar de andar. – Porque o Dante não veio?

— Eu não faço a mínima ideia. Eu deixei uma mensagem para ele, mas ele não respondeu. – Informou meu irmão dando de ombros.

— Eu sei o motivo. – Falei. Os dois encararam-me querendo respostas. – Longa história garotos. – Eu disse dando um selinho em Oliver e me afastando deles subindo para o quarto.

— Mulheres! – Ouvi os dois dizerem. Dei um sorriso e reverei os olhos.

Eu não sei o motivo da Helena marcar esse encontro. O meu coração diz que não seria saudades da Bea, e muito menos para uma conversar amigável. Mas eu preciso descobrir onde o Chase está e só ela irá me responder.

[...]

OLIVER QUEEN

— O que foi isso no seu pulso? Assim que eu entrei foi à primeira coisa que eu vi, só não quis perguntar na frente dos garotos. – Questionei dando um susto em Felicity.

— Você realmente precisa parar com isso. – Com a mão no peito ela encaminhou-se para a cômoda. Eu sorri e fui até ela.

— Você me deixa muito preocupado com você. – Falei puxando seu braço com cuidado e subindo um pouco a manga do seu suéter. – O que aconteceu?

— Eu derramei chocolate quente sem querer. – Ela respondeu olhando para o machucado.

— Precisa tomar mais cuidado amor. – Ela assentiu. – Você foi ao hospital?

— Não. Não precisou. E você sabe que eu não gosto de hospitais. – Olhou para mim deixando os ombros caírem.

— Está tudo bem? Parece cansada.

— Só estou pensando em algumas coisas. – Sentou na cadeira de frente para a cômoda onde tinha um espelho e começou a pentear seus cabelos.

— Me deixa fazer isso. – Pedi estendendo a mão para ela. Ela sorriu e me entregou a escova. – O que está preocupando a minha futura esposa?

— O nosso casamento. Ainda não pensamos em nada ou conversamos sobre isso. – Respondeu fechando os olhos. – Não sabia que tinha mãos de fada amor. – Ela zombou dando um sorriso.

— Engraçadinha. Pronto, terminei. – Deixei um beijo em seu pescoço e fui até a cômoda deixando a escova lá. – Vem, vamos para a cama. Você precisa descansar. – Ela enlaçou nossas mãos e fomos para cama.

— Você está estranho hoje. – Disse tirando alguns travesseiros da cama e jogando no chão.

— Eu só quero cuidar de você.  – Abracei-a por trás, e sua risada ecoou no quarto.

— Você não existe sabia? – Virou-se nos meus braços ficando de frente para mim.

— Não, eu não existo. – Roubei um beijo seu e a conduzi até a cama em meus braços.

— A Ana está lá em baixo... – Murmurou cortando o beijo.

— Eu disse para ela ir pra casa. – Ela sorriu e negou com a cabeça.

— Eu preciso conversar com você a respeito do nosso casamento amor. – Ela roubou um selinho meu e me empurrou para o lado.

— Não podemos deixar isso de lado só por hoje? – Ela fez bico e negou com a cabeça. – Ok, senhorita Smoak. – Eu disse. Tirei os sapatos e a gravata, abrindo alguns botões da camisa. Levei as mangas da minha camisa social preta até os cotovelos. – Tem uma baba escorrendo por sua boca amor. – Eu apontei para o canto da sua boca. Ela balançou a cabeça e corou. – Eu adoro quando você fica corada. – Deitei na cama e a puxei para apoiar sua cabeça em meu peito.

— Você sempre me deixa sem jeito. – Eu sorri. E ela deu uma tapa em meu peito de leve.

— Não seja tão modesta.

— E você não seja tão convencido. – Ficamos alguns minutos em silencio apreciando a companhia um do outro. – Você tem certeza que quer casar comigo? – Sua voz quebrou o silencio.

— Felicity... É o que eu mais quero. – Respondi. Ela levantou a cabeça e olhou para mim. Seus olhos azuis oceano brilhavam como o céu cheio de estrelas em minha direção. – Você é linda. – Digo passando o polegar em sua bochecha. Ela sorrir e desvia o olhar.

— Precisamos conversar com o pessoal sobre a ornamentação de tudo. – Explicou voltando o olhar para mim. – Thea será a minha madrinha. Tommy, Dante e o Diggle serão os seus padrinhos. Então, precisamos falar com eles.

— Dante, e Tommy? – Fiz uma careta acompanhado do sorriso dela.

— Sim.

— Eles vão ser os piores padrinhos. Não confio naqueles dois juntos. – Bufei olhando pra minha noiva.

— O mínimo que vocês podem fazer, é se matar. O resto é o de menos. – Deu de ombros.

— Felicity!

— Eu estava brincando Oliver. – Suspirei. – Não na questão deles serem seus padrinhos, porque eles vão. – Peguei um travesseiro e coloquei no meu rosto.

— Deixe de ser dramático, você não vai morrer. Só não aceito despedidas de solteiro com stripers, Oliver. – Baixei o travesseiro e dei um sorriso pra ela. – Nem pense nisso Oliver. Ou você quer Stripers homens na minha despedida de solteiro também? – Ela balançou as sobrancelhas, fechei a cara e neguei.

— Nem pense nisso mocinha. – Avisei ficando por cima dela. – Eu destruo a festa e te sequestro de lá. – Ela escondeu o rosto no meu peito sorrindo.

— Então estamos quites?

— Sim, estamos quites. – Jurei colocando uma mecha do seu cabelo para trás.

— Sabe Oliver? Eu estou morrendo de fome. – Eu gargalhei e olhei pra ela.

— Você não cansa de comer?

— O quê? Comer é vida, querido. – Saiu debaixo de mim, ficando de pé e indo até a porta.  – Você não vem? A nossa conversa sobre o casamento ainda não acabou, futuro marido. – Cantarolou sumindo.

Por mais que tantas coisas ruins estejam acontecendo, nós temos que viver as nossas vidas. Não podemos colocar um impasse chamado Adrian em nossas vidas. Eu quero seguir enfrente com Felicity, quero casar com ela e ter filhos e não será Adrian ou Helena que me impedirá de viver isso. Mas enquanto eu viver, eu não vou parar até ver esses dois atrás das grades.

[...]

THEA QUEEN

— Por que está aqui sozinha? – Ouvi a voz de Dante soar nos meus ouvidos.

Eu estava deitada na grama verde do parque, eu me encontrava numa parte mais reservada, vamos assim dizer, de frente para mim havia um lago. Tinha algumas luzes ali, mas quem brilhava mesmo eram as estrelas e a lua que estava no céu. Senti seu corpo deitar ao meu lado. Eu não queria conversar, apenas queria ficar sozinha com os meus pensamentos. Por isso eu vim para um lugar distante da cidade, o som da água batendo nas pedras, o vento em meu rosto, traziam-me certa paz.

— Você deveria estar em casa, vai chover logo, logo. – Eu disse quebrando o silencio.

— Eu não posso ir. – Dante disse.

— E por que não? – Juntei as sobrancelhas sem olha-lo.

— Por que você está aqui, e meu dever é protegê-la. – Assenti.

— Como conseguiu me encontrar?

— Segredo de investigador. – Contou convencido. E eu sorri. – Por que mentiu para mim, Thea?

— Porque foi necessário...  – Respondi dando de ombros. – Eu precisava resolver isso sozinha, Dante.

— E resolveu?  Por que eu não estou vendo aquele almofadinha com você. – Rebateu irritando-se.

— Até ontem eu ficaria bastante irritada com você por chamar Roy assim... Mas agora... Para mim tanto faz. – Sentei-me cruzando as pernas, enquanto ele ficou deitado.

— Namoro muito longo? – Perguntou ele.

— Sabe aqueles relacionamentos que tem tudo para não dar certo? Mas a gente quer, a gente insiste? – Ele assentiu. E eu virei o rosto para esconder uma lágrima teimosa.

— Você está magoada. – Analisou-me. – Então ele realmente foi embora? – Eu balancei a cabeça positivamente.

— Não imaginava que o Roy fosse capaz de fazer isso com nós dois. Eu pensei que ele queria o mesmo que eu, mas pelo visto... Não era. – Eu disse magoada.

— Você não pode amar por duas pessoas, Thea. – Ele disse sentando-se de frente para mim. – Aquele garoto nunca amou você, porque se amasse... Ele teria lutado por vocês dois. – Dizia Dante meio distante.

— Como pode ter tanta certeza, se ele me amava ou não?

— Por que com toda certeza da minha vida, eu jamais deixaria alguém que eu amo ir embora. – Disse sincero.

— Você já perdeu um amor, Dante? – Ele olhou para mim e depois para o lago.

— Sim. Ela era uma alma pura, linda, e apaixonar-se por mim só lhe trouxe a morte. – Suspirou puxando a manga da sua camisa até os pulsos.

— Sinto muito, Dante. – Falei sincera. Ele assentiu e ficamos quietos por alguns segundos.

— Quando eu cheguei ao prédio onde ele morava, tinha alguns carros de mudanças parado em frente ao seu prédio, e eu o vi carregando algumas caixas até o carro. – Quebrei o silencio mais uma vez.

Mas por dentro continuo me questionando do porque está conversando isso com o Dante. De repente ele pareceu ser uma pessoal legal para se conversar nesses momentos.

— Então ele estava indo embora sem se despedir de você? – Eu assenti. E Dante exclamou um idiota.

— Ele disse que não queria me ver sofrer, que despedidas machucavam, e que não poderia olhar para mim, antes que partisse. – Dante bufou e revirou os olhos.

— Essa é a resposta mais esfarrapada que eu já ouvi em toda minha vida. – Falou incrédulo.

— É. – Eu balancei com a cabeça. – Eu só não entendo do por que, que ele disse que eu não o apoiava...  E olha que eu fiz isso durante anos.

— Isso se chama desculpas para se terminar um namoro, Thea.

— Verdade. – Sorri sem humor.

— Pela primeira vez não tentamos nos matar. – Dizia ele sorrindo.

— Isso é a mais pura verdade. – Sorri sincera.

— Você não é uma pessoa ruim, Thea. Só precisa se encontrar no mundo. – Eu assenti dando um sorriso de canto.

— E você não é o demônio que eu imaginei. – Ele colocou a mão sobre o peito dramatizando. – Vem! Vamos embora... Vai cair o maior temporal em nossas cabeças, se a gente não sair daqui. – Nos levantamos, sacudimos as nossas roupas e eu dei uma ultima olhada para um céu que antes estava repleto de estrela e agora estava sombrio e negro.

— Ei... – Chamou Dante segurando meu cotovelo. – Você vai ficar bem?

— Sim, eu sempre fico. – Respondi um pouco insegura. – Vamos! Eu vou ficar bem guarda-costas. Agora você precisa levar-me para casa, que amanhã eu tenho uma cafeteria para colocar em ordem. – Pedi olhando para ele. Dante assentiu e andamos em silencio. Acho que o silencio se tornou o meu mais novo amigo agora.

[...]

 

CAITLIN SNOW

— Oi. Eu posso entrar? – Falou papai com a metade do corpo para dentro do meu quarto.

— É claro que sim! – Eu disse com um sorriso. Ele aproximou-se da cama e sentou na mesma.

— Estou te atrapalhando? – Apontou para uns livros que estavam em minhas pernas.

— Não. Eu só estava olhando algumas roupas que irão ser tendência para esse inverno. Nada demais. – Expliquei jogando os livros para o lado. – Aconteceu alguma coisa?

— Não, filha. Só passei aqui para te ver. Ultimamente não tenho visto você em casa, soube que está indo muito bem na faculdade. – Disse contente.

— Eu só estou estudando muito pai. Cursar moda não é fácil, temos que construir o nosso próprio figurino e isso dá um pouco de trabalho. – Ele assentiu com um sorriso.

— Peça ajuda a Nancy, ela é boa com figurinos. – Nancy é a secretaria do meu pai, é ela quem me ajuda nos momentos tortuosos de faculdade. Vamos dizer que ela é uma estilista metida à secretaria. É uma mulher com um bom coração.

— Obrigada! Mas eu prefiro fazer isso sozinha. Não posso depender das pessoas para sempre. Já passei dois anos na faculdade, sobreviverei mais um. – Eu disse sincera.

— Tudo bem. – Ele disse. – Amanhã você vai ajudar a diretora a mostrar a faculdade para os novatos, não é isso?

— Sim, mas como você sabia disso? – Ele deu um olhar significativo para mim e depois sorriu.  – Nancy? – Eu chutei e ele assentiu.

— Amanhã alguns seguranças irão acompanhar você. – Avisou-me.

 – Pai, eu não quero seguranças no meu pé amanhã. Isso é constrangedor, eles mal deixam meus colegas se aproximarem de mim, ou conversar comigo. – Eu reclamei.

— Eles só estão fazendo o trabalho deles querida. E eu como o presidente não posso deixar você sozinha. – Contou tocando em minha mão. – Amanhã mesmo eu estarei indo para a casa branca, irei passar uma semana longe de você, por isso a Nancy vai ficar com você a semana inteira na mansão. – Eu bufei e revirei os olhos.

— O senhor mal chegou e já está indo embora?

— Você mesma disse que queria passar um tempo sozinha, Cait.

— Exatamente! Mas eu também queria passar um tempo com o meu pai. – Falei sincera.

— Quando eu voltar, eu prometo que eu te levo naquela sorveteria que você tanto gosta, hum? – Pode ser a coisa mais boba do mundo levar a filha em uma sorveteria, mas era lá que mamãe trabalhava antes de conhecer o meu pai, e estar naquele lugar, me dava à sensação de que ela estava mais perto de mim.

— Ok, chefe! – Eu fiz sinal de continência. – Pai, prometa-me que não vai mandar seguranças para me escoltar amanhã! Por favor. – Juntei as mãos e fiz a carinha do gato de botas.

— Eu prometo que eles não vão ficar perto de você, mas... Irá sim ter um segurança perto você. Ok? – Eu assenti ainda relutante. – É para a sua segurança Cait. Não posso te deixar desprotegida. Você me entendeu?

— Sim. – Fui até ele e o abracei. – Vou sentir a sua falta. – Afundei meu rosto em seu pescoço.

— Eu também minha doce Cait. Faz companhia a mim para comer aquele velho bolo de chocolate com o seu velho pai? – Perguntou afastando-se para olhar em meu rosto.

— Hum! Eu amo bolo de chocolate. – Dei um pulo da cama e fiquei em pé de frente pra ele. – Vamos? – O Chamei. Papai estendeu o braço para mim e eu enlacei o mesmo.

— Então vamos para a cozinha mademoiselle. – Meu pai sorriu e eu fiz o mesmo. Andamos pelos corredores da mansão do meu pai rindo das nossas lembranças na casa branca. Bons tempos que eu passei lá.

Slade Wilson era, e é um pai super protetor desde a morte da mamãe, foi bastante difícil entrar para uma faculdade distante de Washington. Quando eu disse que queria cursar moda em Star City, ele surtou e disse que eu não iria, mas com a ajuda da Nancy eu consegui. Ficar um pouco distante de Washington me faz bem, preciso esquecer um pouco que sou filha do presidente. Mas é difícil de esquecer quando o seu rosto está em todas as revistas, jornais e televisões do mundo. Muitos me chamam de filhinha do papai, garota mimada. Porém realmente são poucos que conhecem a minha história. Não sou isso que as pessoas dizem, mas provar isso para elas é perda de tempo.


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Notas finais do capítulo

Então pessoas!! O que acharam? E esse encontro da Helena com a Felicity e a Bea? Vai ser tenso pessoas!! E SnowMerlyn? Só tenho a dizer que o encontro deles vai ser muito bom. E terá surpresa por ai. E Danthea? Gostaram dessa conversa sem discussões? Ps: Danthea vai começar devagar, nada nas pressas. Com o tempo tudo se encaixa. Ainda tem muito capitulo para escrever. E a preocupação do Oliver com a Felicity e a Bea?? Sempre fofo o nosso Homem! Eu amo as falas do Oliver para Felicity. Sempre tão protetor e lindo. Então gente?!! Me contem do que acharam. Eu espero vcs nos comentários!! Um bom final de semana e até o próximo capitulo. Bye amores!



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