Save My Heart. escrita por RaySmoak, Natty Lightwood


Capítulo 18
17- The pursuer


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa genteeee!! Mas um capitulo para vcs. Como sempre, eu agradeço aos favoritos e os comentários. Amo vcs do fundo do meu coração. Vamos a leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/732434/chapter/18

Você nunca saberá o que lhe atingiu
Não me verá se aproximando
Eu o farei sofrer. Oliver Queen.

ADRIAN CHASE

— O que você faz aqui?­ – Perguntei a Helena assim que saí do banheiro. Ela estava sentada na minha cama e estava com minhas chaves girando em seus dedos com olhar satisfeito.

— Eu vim te ver. Estava com saudades de você, querido. – Disse ela com um sorriso doce. O que me enjoou um pouco, nunca gostei de mulheres doces demais, sempre me trazem problemas.

— Aprenda a mentir melhor Helena. – Devolvi um sorriso de canto pra ela. – Como conseguiu minhas chaves? – Fui até a cama e peguei minhas roupas. Ela olhou para mim e sorriu mais uma vez.

— Da última vez que eu vim aqui, eu peguei suas chaves emprestado e fiz uma copia para mim. – Respondeu fazendo pouco caso.

— Não deveria ter feito isso. Não gosto de pessoas entrando no meu apartamento sem permissão. Ou será que eu vou ter que te ensinar isso da pior forma, querida?! – Eu disse em um tom de ameaça. Ela olhou para mim e se levantou da cama. Continuei a me vestir, porque o dia de hoje será emocionante.

— Onde você pensa que vai? – Perguntou Helena ficando na minha frente com um questionamento fútil.

— E quem é você para tirar respostas minhas? – Travei o maxilar me irritando com o seu tom. – Escute bem uma coisa querida... – Apertei seu maxilar com uma força razoável.  – Eu não te devo satisfações nenhuma. Você me entendeu? – Ela deu uma tapa em minha mão fazendo com que eu largasse do aperto.

— Ah, você deve sim. Ah, como deve... – Dizia alterando-se. Olhei para ela e cruzei os braços, nunca me senti intimidado, e não seria agora que uma mulher como Helena me faria se sentir assim. – Ou você esqueceu que eu sei tudo sobre você e que a qualquer momento eu posso te entregar. – Sorriu debochada olhando em meus.

— Isso é uma ameaça? – Questionei me aproximando dela. Ela deu alguns passos para trás batendo com suas costas na parede. Coloquei as duas mãos uma de cada lado da sua cabeça e olhei fixamente em seus olhos. – Você está me ameaçando? É isso? – Perguntei mais uma vez com o tom cortante. Ela arregalou os olhos e negou com a cabeça. – Ótimo! Porque por alguns segundos atrás eu achei que fosse. Porque se fosse, hoje mesmo eu te mataria. Pessoas que sabem demais uma hora ou outra tem que morrer. – Sussurrei perto do seu ouvido sentindo seu corpo tremer com minhas palavras.

 – Você não teria coragem. – Rosnou trazendo seu olhar até o meu.

— Ah, minha querida Helena... – Gargalhei soltando-a. – Você realmente não sabe do que eu sou capaz. – Fui até a cômoda peguei minha carteira e chaves. – E ah, me devolva as minhas chaves. – Ela negou. – Agora! – Gritei virando-me para ela.

— Você não deveria me tratar assim! – Praguejou jogando as chaves na minha cama.

— O que você quer? Respeito? – Zombei dela. – Como é que eu vou dá o respeito a uma mulher que saiu da sua cidade para se encontrar com outro cara em Londres, abandonou a própria filha para se dar prazer?

— Você é um canalha idiota! – Vociferou com raiva. – Eu pensei que você era um cara diferente quando o conheci em Nova York. Mas pelo visto é só um psicopata desprezível.

— A verdade dói baby. Você sabe Helena que o que tivemos foi coisa de momento. Meu coração pertence à outra mulher, e essa nunca será você. – Respondi me ajoelhando e tirando uma caixa que estava debaixo da cama.

— Felicity. – Disse ela com desgosto. – Se você pensa que ela vai voltar com você Adrian, está muito enganado. – Tirei a arma que estava dentro da caixa e coloquei na cintura.

— Você está errada. Porque o que é meu sempre volta. E mesmo que ela esteja noiva, como você disse... Ela será minha mesmo que não queira. – Eu disse indo até a porta. – Seu ex-marido é um idiota, e tira-lo do meu caminho será fácil.

—Oliver vai matar você. Ele ama aquela garota... – Contou com desdém.

— Então eu o matarei primeiro. – A interrompi segurando a maçaneta da porta. – Dessa vez ele não vai ficar com o que é meu. – Fechei a porta atrás de nós e segui para o elevador.

— Como assim dessa vez? – Especulou Helena ao meu lado.

— Um dia você saberá. Mas agora eu preciso fazer uma visita a minha querida prima. Ela merece uma visita minha, apesar dela nunca ter me visto. – Respondi apertando o botão para chamar o elevador.

— Que prima? – Helena abriu a bolsa procurando por algo. As portas do elevador abriram-se e eu entrei.

— Thea Queen. – Eu sorri pra Helena. Vejo seus olhos arregalarem e sua boca abrir em surpresa. Dei um tchauzinho a ela e as portas se fecharam.

Os meus planos estavam todos arquitetados. Eu traria Felicity de volta, nem que para isso, eu o mate. A minha história com o meu querido primo começou muito antes de nascermos. O pai da sua mãe adotou a minha mãe, nosso avô viu mamãe em meio a uma tempestade e sozinha na estrada. Ela era uma garota de rua.  Então ele a levou para sua casa e cuidou dela como uma filha. Moira, era a sua única filha até minha mãe aparecer. As duas logo criaram um afeto e uma amizade forte. Moira por ser sozinha, amou ter uma irmã mais nova. Com o tempo, Moira engravidou do seu marido Robert e nasceu Oliver, mamãe já estava grávida de oito meses de mim quando meu primo nasceu.

Ele por ser o primeiro neto, com certeza era o mais amado por todos e eu sempre ficava de lado. Tudo girava em torno de Oliver Jonas Queen. Até minha mãe amava-o mais do que a mim. Ela dizia que não, que eu sim, era seu filho querido. Mas eu nunca acreditei. Então com o tempo meu pai conseguiu um emprego na Florida. Quando eu parti com minha família, eu tinha seis anos de idade. Apesar de tudo, Oliver e eu éramos melhores amigos. Até eu o ver sendo beijado pela garota que eu gostava. Então desde desse dia eu jurei que um dia eu voltaria para destruir Oliver Queen. Tirar tudo que ele tirou de mim. Como o mundo da voltas, não? Nunca pensei que um dia eu voltaria para essa cidade de merda, mas eu descobri que minha doce Felicity está aqui. Por isso que eu voltei. O que mais me deixou irritado é que ela está noiva do meu primo. Aquele cara que eu sempre jurei nunca mais querer vê-lo.

Nunca mais entramos em contato com os Queen’s porque o meu pai era um doente psicótico, e só descobrimos isso quando ele bateu na minha, ela acabou descobrindo que ele tomava remédios para loucura. Nós nunca desconfiamos de nada, porque o bastardo sabia esconder bem.  Vai ver que eu puxei isso dele. Deixo um sorriso escapar de meus lábios e entro no carro. Então em uma discussão onde eu estava presente, meu pai matou a minha mãe por ciúmes que não existia. Para vingar a minha mãe não pensei três vezes, e então o matei.

Eu fui embora para Central City, entrei na faculdade, conheci aquela garota. Eu fiz tudo para ficar com Felicity, tirei até seus pais dela, tentei matar seu irmão para vivermos juntos e sozinhos. Mas eu errei em deixa-lo vivo e dessa vez isso não vai acontecer. Eu fiz de tudo para seguir em frente, mas isso não adiantou de nada. Porque querendo ou não o mundo girou em torno de Oliver Queen mais uma vez. Mas isso vai acabar. Porém hoje só irei deixar um aviso.

Estaciono o carro na garagem da cafeteria e com alguns minutos adentro a mesma. E assim que entro a cafeteria vejo todos eles reunidos em umas das mesas bem no fundo, olho para os lados e não á ninguém. Há não ser a minha presença e de outras pessoas acima de nós. O ambiente está perfeito para o que eu quero fazer. No momento em que eu vou me aproximando, Tommy e o cara que está ao seu lado levanta-se junto com ele.

— Ora, ora, ora... Eu vim atrás de um coelho e peguei quatro com uma cajadada só. – Eu disse sorrindo para todos eles e vendo suas caras de surpresos. – Olá, Oliver meu querido primo! – O cumprimento em um tom frio. Vejo Felicity olhar dele para mim assustada por minha presença e creio que, por descobrir que somos primos.

[...]

FELICITY SMOAK

— Adrian. O que você faz aqui? – Perguntou Oliver dando um passo afrente. Chase primo do Oliver? Nesse momento eu estou muito confusa e assustada.

— Não é obvio? Eu vim conhecer os amigos da mulher que você roubou de mim. E posso ver que há alguém novo na parada. – Seu olhar caiu em Dante que não se deixou ser intimidado. Chase não desconfia que ele seja o nosso investigador particular.

— Você está errado! E Felicity não lhe pertence mais! – Rosnou Oliver para ele. – O que foi que aconteceu com você Adrian? Não parece mais aquele garoto que não era capaz de machucar nenhuma mosca se quer. – Questionou em descrença.

— As pessoas mudam Oliver. E vejo que você mudou também. – Adrian deu um passo a nossa frente. Tommy ficou a minha frente e Dante colocou Thea ao seu lado. – Essa é sua filha? – Perguntou apontando pra Bea. Oliver balançou a cabeça positivamente, suas mãos estavam em punhos, eu sei o quanto Oliver estava se segurando para não ataca-lo.

Eu não conseguia agir ou pensar. Meus pensamentos estavam travados, o meu assassino estava na minha frente mais uma vez e ele é primo do meu noivo. Parece que todas as perguntas fugiram, desapareceram. Aperto Bea em meus braços e o olhar de Chase cai sobre mim mais uma vez.

— Você não tem a mínima noção do perigo não é Chase? – Tommy disse interrompendo meus pensamentos. Chase lhe deu um olhar mortal que me fez encolher, mas a Tommy não. – Não pense que dessa vez eu o deixarei vivo. – Dizia Tommy furioso. Chase olhou para ele e sorriu.

— Não me subestime Thomas. – Balançou a cabeça e deu um sorriso de canto. – Você não está na posição de jogar ameaças. Porque quem está na mira de uma arma, são vocês. – Disse com arrogância olhando para nós. E mais uma vez seu olhar permaneceu em mim. – Vejo que você não mudou nada Sunshine. Está a mesma garota doce e linda que sempre foi.

— Não dirija a palavra a Felicity, Adrian. – Cortou Oliver com um aceno de mãos.

— Está apaixonado por ela. Mas você já disse que a amava, Oliver? – Voltou seu olhar para ele. Aquela simples pergunta me balançou um pouco, afinal eu me entreguei a Oliver de corpo e alma, mas ele ainda não tinha dito as palavrinhas magicas de volta. – Porque se eu fosse você, começaria a dizer. – Senti uma ameaça em seu tom de voz e recuei um passo.

— Isso não é da sua conta Chase. – Eu disse encontrando minha voz. – Se você pensa que eu vou me sujeitar as suas chantagens, está muito enganado. – Aproximei-me de Oliver e entrelacei nossas mãos. Bea estava em meus braços um pouco assustada, ela encostou sua cabeça no meu ombro e me apertou fortemente.

O olhar do meu assassino caiu em nossas mãos unidas, e depois passou alguns segundos olhando para o anel que estava em meu dedo. Voltou seu olhar para nós que reluzia fúria.

— Como sempre Oliver Jonas Queen, roubando tudo que é meu mais uma vez. Mas isso irá mudar. – Voltou a apontar a arma para nós.

— Oh meu Deus! – Thea exclamou. Ela agarrou Dante de lado e escondeu seu rosto no peito dele como se sua vida dependesse disso. Eu estava prestes a surtar. Estamos desarmados na mira de um assassino que não tem sentimentos se alguém sair ferido.

— Você está maluco cara? Aqui tem uma criança envolvida na bagunça que você causou. – Vociferou Dante. – Você se acha o fodão, porque estamos desarmados aqui. Sem essa arma e sem essas suas ameaças infundadas, tu não é nada. – Dante lhe deu um olhar mortal. Nossa! Nunca o tinha visto assim. Dante coloca Thea por trás dele e depois dá um passo à frente. 

— E quem é você? – Chase apontou arma pra ele com arrogância.

— Isso será algo que eu nunca vou te responder meu caro. – Respondeu. Oliver voltou seu olhar para Dante dizendo para ele ter calma. 

Apesar de tudo estamos desprotegidos aqui. E tem pessoas lá em cima que não faz ideia do que está acontecendo. Tyler e Roy estavam no andar de cima também.

— Adrian, tem pessoas aqui, não às envolva nisso. – Disse Oliver em um tom brando.

— Engraçado... Eu vim aqui conhecer a minha prima Thea e acabei encontrando todos vocês. O mundo é pequeno, não é mesmo? – Desdenhou fazendo uma careta.

— Deixe-a em paz Chase! Thea não tem nada a ver com isso. – Sinto Thea tocar em meu ombro e pegar Bea. Em nenhum momento os olhos de Dante deixaram de segui-la.

— Eu te quero de volta Sunshine. – Sibilou ele. – Mas eu estou vendo que para ter você de volta muitas coisas vão acontecer. – Chase deu um passo à frente para chegar mais perto de mim.

— Ei! Não dê mais nenhum passo Chase. – Gritou Tommy com uma Glock em mãos fazendo Chase recuar. Mais que diabos?

— Você estava armado o tempo todo cara? – Disse Dante alterado. Tommy deu de ombros.

— Vocês não têm a mínima ideia do que eu posso fazer para ter a Felicity de volta. – Ameaçou Chase.

— E você não tem noção do que eu sou capaz de fazer por ela. Eu nunca... Jamais Adrian, mesmo sendo meu primo... Nunca vou te perdoar pelo o que você fez com ela. Sua mãe teria desprezo de você pelo o que se tornou. – Disse Oliver.

— Você não tem noção do que aconteceu com minha mãe! – Gritou Chase. – Minha mãe morreu porque meu querido e falecido pai, a matou. – Meu cérebro nesse momento parou. – Mas eu a vinguei. Eu o matei para honrar a memória da minha mãe... – Contava com um sorriso psicótico. – E mais uma vez, você não estava presente Jonas.

— Nós tentamos entrar em contato com vocês. Mas não conseguíamos encontra-los. – Oliver se aproximou do Chase fazendo com que o mesmo encostasse o cano da arma em seu peito.

— Oliver! – Eu gritei desesperada chamando a atenção de algumas pessoas. – Por favor, Chase não o machuque. – Eu implorei deixando uma lágrima escorrer. Chase olhou para mim com descrença, mas não baixou a arma.

— Põe essa arma no chão Chase. Agora! – Ordenou Tommy e ele negou. Eu ouvi um sussurro vindo de detrás do balcão. Era a voz de Tyler! Mas ele não estava lá em cima? E parece que ele estava no telefone. Eu acho que só eu o ouvi.

— Eu só tenho algo a dizer a cada um de vocês... – Olhou para nós, e depois seu olhar caiu sobre mim e Oliver. – Eu só espero até quinze dias para vocês trazerem Felicity até a mim, se passar disso... Muitas mortes aconteceram. E dessa vez Oliver, vou tirar tudo de você.  – Prometeu. – Começando por essa daqui. – Chase pulou por cima do balcão tão rápido quanto um Flash e sem hesitação nenhuma atirou no Tyler.

— Santa merda! – Exclamou Dante. Thea soltou um grito acompanhada de todas as pessoas que estavam presentes na cafeteria.

— Estão avisados... Quinze dias Oliver. – O lembrou antes de sair pelos fundos. Todos nós ficamos parados como pedras.

Eu estava sentindo todas as emoções nesse momento, sendo as mais principais; medo e pânico. Chase está vivo como eu pressentia, ele é o primo do meu noivo e está em busca de vingança a todo custo para me ter como sua. Tudo agora se tornou uma bagunça. Parece que de uma hora para outra tudo mudou e eu sei muito bem do que ele era capaz. Em um momento estávamos bem, e em outro o mundo virava de cabeça para baixo. Porque o Oliver não me disse que Chase era o seu primo? Será que por medo de deixa-lo? Mas eu nunca faria isso. Eu só não estou entendendo como o mundo girou tanto e eu acabei me apaixonando pelo primo do meu assassino. O que será que o universo está querendo com isso?

[...]

OLIVER QUEEN

— Dante. – O chamei. Ele olhou para mim e esperou que eu prosseguisse.  – Tire Thea e minha filha daqui. Por favor. Leve-as para o meu apartamento, daqui a trinta minutos eu chegarei lá.  – Eu disse e ele concordou. – Pegue as chaves do meu carro e não pare em lugar nenhum. – Ele levou as chaves ao bolso e deu um aceno de cabeça para mim.

— Pode deixar que eu as levarei, cara. – Disse Roy. Eu não sabia que ele estava por trás de mim. Estava tudo um caos e uma bagunça.

— Eu não acho uma boa ideia. – Dante falou olhando para Roy com uma careta.

— E por que não? Thea é a minha namorada. – Confessou Roy irritando-se. Dante travou o maxilar e eu podia ver faíscas em seus olhos.

— Vocês dois querem parar! – Interrompeu minha irmã entre dentes. Ela estava entre os dois tentando afasta-los.

— Já chega!­ – Gritei perdendo a paciência. – Hoje pessoal, não está sendo um bom dia para discussões infantis. – Voltei meu olhar para Roy. – Portanto Roy, o Dante vai levar a Thea e a Bea para casa porque ele é um dos meus seguranças, desculpa cara mais ele sabe usar uma arma e sabe defesa pessoal. – Eu menti dando um olhar significativo para Dante e Thea. Roy não poderia saber que Dante era um investigador e muito menos sobre toda essa bagunça. – O cara que matou o Tyler ainda está à solta e eu não posso deixa-las ir com você. É para a proteção delas. E Dante foi treinado para isso.  – Demorou alguns segundos para ele concordar mesmo irritado.

— Fique aqui Roy. Tyler trabalhava para nós e além de tudo ele era nosso amigo. Depois eu te ligo, está bem? – Pediu minha irmã. Roy se aproximou dela e beijou sua testa. Dante virou sua cabeça para o lado olhando para um quadro ainda com a postura rígida e as mãos fechadas em punhos. Franzi o cenho olhando para ele, porém ele não disse nada, apenas balançou a cabeça.

— Eu vou cuidar de tudo por aqui. Qualquer notícia eu te ligarei. – Disse Roy. Ela deu um pequeno sorriso e antes mesmo que ela pudesse dizer mais alguma coisa, Dante saio puxando-a com Bea ao lado.

— O que aconteceu por aqui, Oliver? – Perguntou ele.

— Um assalto Roy. – Fui vago. Não queria me prolongar nesse assunto, porque eu estava preocupado com minha noiva. E com toda essa situação. – Eu só preciso que você ligue para a polícia. E informe aos pais do garoto. Eu sinto muito por seu amigo Roy. – Toquei em seu ombro e ele travou a cara contendo para não chorar. – Ele era uma boa pessoa e não merecia isso. – Falei. Ele passou as mãos nos olhos secando uma lágrima que caiu.

— Eu preciso ligar para a polícia. Pode deixar que eu resolvo tudo por aqui. – Disse ele saindo e indo em direção ao escritório.

Fui até Felicity e Tommy que estavam sentados na escada. Felicity estava com a cabeça deitada em seu colo e Tommy estava tentando acalma-la. Aproximo-me dela e toco em seu ombro.

— Amor, precisamos sair daqui. O Roy irá resolver isso para nós. – Aos poucos Felicity levanta seu rosto e seca suas lágrimas. Aproxima-se de mim e me abraça forte. Eu beijo seus cabelos e um suspiro de alivio passa por meus lábios.

— Tyler não merecia isso Oliver. Ele era um grosso, eu sei... – Dizia entre soluços. – Mas ele morreu por nossa causa. – Afundou seu rosto em meu peito. Tommy passou a mão nos cabelos e voltou a sentar na escada.

— Eu não posso acreditar que Chase é o seu primo Oliver. – Tommy murmurou perplexo olhando para mim. – Por que não nos contou?

— Quando Felicity me disse sobre ele, eu não sabia que ela falava do mesmo cara. Existem tantas pessoas com o mesmo nome. – Eu respondi olhando para ele.

— Se você desconfiou, porque não me falou nada? – Questionou minha noiva afastando-se de mim.

— Eu não poderia dizer o que não era certeza. E também não queria deixa-la preocupada amor. – Falei calmamente. Ela cruzou os braços e balançou a cabeça em negativa.

— Aqui não é o melhor lugar para se conversar sobre isso. – Advertiu Tommy olhando para nós dois. – Onde está o Dante, Thea e Bea? – Perguntou percorrendo o local com o olhar.

— Eu pedi para ele leva-las para o meu apartamento e nos encontrar em dentro de trinta minutos. – Eu informei. – No caminho ligarei para o Diggle pedindo que nos encontre lá.

— Vamos lá então. Eu dirijo Oliver. – Sorriu para mim e foi a nossa frente. Como é que ele poderia sorrir numa situação como essa? Idiota.

— Está brava comigo? – Perguntei preocupado voltando meu olhar para ela. Felicity entrelaçou nossas mãos e me conduziu até a saída da cafeteria.

— Depois de tudo isso que aconteceu hoje... Eu fiquei com mais medo de te perder. Pela segunda vez, eu vi uma arma apontada para você.  – Disse ela com um olhar distante entrando na garagem.

— Ei... – A parei. Ela virou-se para mim e eu juntei seu pequeno rosto com minhas mãos. – Quantas vezes eu tenho que te dizer que você não vai me perder? – Acariciei sua bochecha com o polegar e ela fechou os olhos. – Eu estou aqui. E não vou deixar ninguém machucar você. – Ela segurou meus pulsos com suas mãos concordando com a cabeça. Eu sorri para acalma-la e beijei seus lábios. – Vai da tudo certo. Eu não deixarei ele te tirar de mim. – Sussurrei olhando em seus olhos. Nem que pra isso eu tenha que mata-lo.    

— Ei pombinhos! Depois vocês procuram um quarto... Mas agora temos que resolver uma questão muito importante. – Gritou Tommy do carro. De mãos dadas fomos em direção ao mesmo.

Tommy foi dirigindo e Felicity e eu foi ao banco de trás, ela apoiou sua cabeça em meu ombro e ficou mexendo na corrente que estava em meu pescoço, enquanto eu fazia caricia em seus cabelos.  Várias coisas passam por minha mente; uma delas é que Adrian está atrás de nós e é meu primo, e a outra é que ele quer a Felicity. Minha Felicity. Jamais deixarei que ele toque nela. Adrian não é o mesmo garoto de antes, ele mudou e para pior. Ele se tornou um monstro horrível.

Quando nós éramos crianças ele sempre foi competitivo, sempre querendo ser o neto número um da família, já eu nunca dei a mínima para isso. Sabe por quê? Por que ele era meu primo e eu o amava. E independente de não ser neto de sangue, meu avô o amava. Mas Adrian não via isso.  Um dia antes de ele ir embora, Adrian não dirigiu a palavra a mim. Eu fiquei triste e decepcionado, queria saber o motivo da sua mudança repentina. E com o tempo eu descobri que foi por causa de uma garota que ele gostava, eu tentei ligar para ele e dizer que foi a menina quem me beijou e não eu a ela.

Porém, ele nunca atendeu as minhas ligações, e com o tempo eu passei a esquecê-lo e ignorar tudo ao seu respeito. Eu não imaginava que seu pai era um doente e que tinha assassinado sua mãe. Adrian não está em mínima condição de ser ajudado. A forma como ele estava hoje, o jeito que ele atirou no Tyler sem hesitar, foi assustador de se ver de um cara com quem eu passei a metade da minha infância.

Olho para a minha noiva e vejo que ela cochilou. Seu rosto está perfeitamente sereno ao meu ombro. Sinto meu coração se apertar e doer de só em pensar ela longe de mim, de Adrian leva-la e eu nunca mais vê-la. Eu amo minha filha e minha irmã, faria de tudo por elas. Mas Felicity foi aquela que me tirou da escuridão, curou meu coração, ela me ensinou a amar de novo. Ela é a única pessoa nesse mundo capaz de destruir meu coração, ela é aquela que me deixou vulnerável, assustado e com medo de perdê-la. Demorou muito tempo para eu entender que o que sinto por ela é amor e é forte demais. Eu a amo com todas as minhas forças. Esse anjo não tem asas, mas ela salvou a minha alma.

[...]

                                     Tommy Smoak

Estávamos todos nós reunidos na sala do apartamento do Oliver. Diggle chegou alguns minutos depois da nossa chegada. Informamos tudo a ele, coisas que ele não sabia da Felicity, e o assunto sobre o Chase ser primo do Oliver. Chase nos deu um prazo de quinze dias, mas isso não significa que temos que ficar de braços cruzados esperando o seu ataque. Eu não vou permitir que ele leve a minha irmã.

— Isso está passando dos limites gente. – Diggle disse passando a mão no queixo. – Vocês acionaram a polícia? Porque o Chase precisa ser preso.

— O problema John, é que não sabemos onde o infeliz está. – Respondeu Dante com um copo de água em mãos.

— Hoje ele deixou um recado bem “bonito” sobre o que ele queria. – Eu disse fazendo aspas. – Eu sinto muito pelo Tyler, Thea. – Digo sincero. Ela murmurou um tudo bem.

— Nós todos sentimos. – Disse minha irmã abraçando Thea. Oliver se posicionou ao lado da irmã e tocou em seu ombro como se quisesse dizer o mesmo. – O Chase não vai parar até me ter de volta. – Dizia minha irmã sentando-se no sofá. Todos nós olhamos em direção a ela.

— Uma coisa que eu não vou permitir. – Oliver falou furioso. – Adrian já não é mais o meu primo, o que eu vi hoje foi à prova perfeita que ele não me considera mais como a família dele.

— Então temos que pensar em um plano para deter esse cara. – Insinuou Diggle.

— Pensem comigo galera... – Thea estalou os dedos chamando nossa atenção. – A quenga da Helena tem um caso com o Chase... O que significa? – Olhou para nós esperando que respondêssemos.

— Que só ela sabe onde o Chase pode estar.  – Concluiu Dante olhando pra ela.

— Exatamente seu leso! – Exclamou apontando pra ele. Dante fez uma careta e revirou os olhos.

— Isso faz sentindo. Porque nem o Adrian e nem a Helena sabem que nós descobrimos sobre o caso deles. – Reafirmou o meu cunhado.

— Então você está sugerindo que nós deveríamos seguir a Helena? – Inquiriu Felicity olhando para Oliver. – Isso significa que ela vai praticamente conviver entre nós. – Estalou maninha irritada.

— Felicity. Entenda que essa é a melhor opção. – Diggle falou. – Nenhum de nós que estamos aqui, vamos deixar o seu ex-namorado ferir mais alguém. Principalmente a você. Então essa é nossa única opção nesse momento. – Eu fui até o seu lado e sentei junto com ela.

— Precisamos pega-lo e acabar logo com isso Felicity. – Eu disse para ela.

— Mas sempre alguém irá sair ferido Tommy. Pode até ser um de vocês! – Apontou para nós. – E eu não quero mais ninguém morrendo por causa disso. – Ela levantou-se e subiu as escadas.

— Pode deixar que eu converso com ela. – Disse Oliver quando Thea e a subir atrás dela. – Diggle, eu te contei sobre isso, mas eu não quero você envolvido. Você tem uma esposa e filha, não posso tirar isso de você. – Diggle não gostou de ouvir isso.

— Não adianta me dizer o que fazer meu caro amigo. Você precisa da minha ajuda e eu não vou deixa-lo sozinho. – Negou ele dando um sorriso de canto. – Depois eu ligo para dizer como devemos fazer tudo. – Oliver deu um aceno de cabeça e subiu as escadas.

— Então pessoal, eu vou indo. Tenho um psicopata para rastrear. – Despediu-se Diggle indo embora.

— Só ficamos nós três aqui. – Suspirou Dante sentando no sofá. Eu sentei ao seu lado e Thea fez o mesmo.

— Será que a Felicity vai ficar bem, Tommy? – Falou Thea olhando para mim.

— Ela é forte Thea, e além do mais... Seu irmão está com ela agora e sei que nada de errado vai acontecer. Nós estamos aqui. – Eu garanti a ela.

— Iremos fazer de tudo para proteger a todos. – Disse Dante olhando pra ela. É impressão minha ou ele está caidinho por Thea? Levanto uma sobrancelha em questão olhando para ele, mas o mesmo revira os olhos.

— O Tommy, Oliver e o Diggle podem muito bem nos defender. – Rebateu ela dando um sorriso de canto.

— Você é assim sempre tão má? – Perguntou Dante frustrado.

— Na verdade, essa sou eu sendo simpática. – Respondeu. Dante bufou e ela sorriu.

— Vocês estão flertando na minha frente? – Olhei para dos dois que ficaram desconfiados. – Por favor, parem. Isso é constrangedor. – Eu censurei dando um aceno de mãos. Ouço meu telefone tocar e levanto-me do acento para atendê-lo.

— Thomas Smoak? – Disse a voz grossa do outro lado linha.

— O próprio. Quem deseja falar? – Perguntei me afastando dos dois que discutiam algo sobre queijo. Dante não sabe nem conquistar uma garota.

— Aqui é o presidente. Eu vi você em ação no dia do comício e preciso dos seus serviços como meu guarda costas. Não aceito um não como resposta. – Falou sem rodeios.

— Onde posso encontra-lo senhor presidente?

Na minha casa Thomas. Pedirei a alguém para entrar em contato com você dizendo o dia e a hora. – Disse ele.

— Está bem. – Ele desligou o telefone e eu olhei para os dois que estavam na minha frente. – Era o presidente. Disse que precisava dos meus serviços para ser seu guarda costas. – Contei um pouco desanimado. Havia esse problema da Felicity e eu não queria me ausentar. Não agora. – Eu preciso ir para casa. Depois eu falo com os noivos sobre esse assunto. Vocês vêm? – Chamei-os indo até a porta. Os dois se levantaram juntos e me seguiram.

— Vamos pra casa. Hoje foi um dia cheio. Amanhã conversaremos. – Disse Dante fechando a porta.

Caminhamos em silêncio o caminho inteiro. Sabíamos o risco que estávamos correndo, mas tínhamos que lutar por nossas vidas e não poderíamos deixar mais ninguém morrer. Helena é a nossa única chance de encontrarmos o Chase. Então vamos usa-la para chegar nele. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O capitulo foi tenso hein? O que será que está por vir? Só os próximos capítulos poderão responder vossas perguntas. Espero minhas princesas e príncipes nos comentários! Bjuss!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Save My Heart." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.