Save My Heart. escrita por RaySmoak, Natty Lightwood


Capítulo 11
Capitulo 10 - Firefly.


Notas iniciais do capítulo

hello babes. natty is back! então mais um capitulo maravilhoso para todos os nossos leitores perfeitos, eu e a Ray gostaríamos de agradecer o carinho de todos, por terem comentando no capitulo anterior e deixar seus favoritos... como eu disse antes; é de grande importância para a continuação dessa historia! sem mais delongas, vamos a mais um capitulo!

musica; Ed Sheeran - Firefly - Tradução



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/732434/chapter/11

OLIVER QUEEN

 

Ultimamente venho pensando como cada coisa ocorreu e como foi encachando-se no seu devido lugar.  No começo, antes de tudo, antes da Beatrice chegar ao mundo. O meu objetivo era viver de uma maneira totalmente diferente. Eu compartilhava momentos diferentes, tinha uma vida completamente á versa.  Depois da morte dos meus pais, tudo mudou. Passei a ter responsabilidades, é claro. Mas também, passei a sair todas as noites com várias mulheres, sem rumo de nada. Eu não tinha amor ou sentimentos por elas, era algo como; passa tempo, diversão e uma maneira de fugir da realidade. E uma bela noite em uma boate em Star City, conheci a Helena. Foi tudo tão rápido, que quando vi, já estávamos casados e ela grávida. No começo isso meio que me assustou um pouco. Uma criança. Eu iria ser pai. Tudo na minha vida iria mudar. Então eu o fiz. Mudei por minha filha, mudei porque eu não queria que a Bea me visse como um pai qualquer. Eu queria, eu quero que ela me veja como um bom pai, aquele pai que daria tudo por ela sem hesitar. Faria tudo por ela. Quando Thea contou-me que seria pai, eu fiquei em choque. Não sabia o que dizer ou que pensar. Mas quando eu ouvi o seu choro pela primeira vez... Meu coração aqueceu-se, de repente algo dentro de mim estalou-se dizendo que era para mim protegê-la-á a todo custo e ama-la até os últimos dias da minha vida.

Mas então, Helena passou a ser uma pessoa diferente. Ignorava Bea, não queria saber da menina. E isso fez com que nós dois discutíssemos no decorrer dos anos. Ela passou a colocar seu trabalho em primeiro lugar, menos sua família ou sua filha. E isso fez com que me destruísse mais. Não porque eu sentia algo por ela. Eu realmente, nunca a amei. Era mais o modo como convivíamos; Não tinha pressão, nem nada disso. Vivíamos por viver, por causa da amizade e porque temos uma filha. Thea sempre me dizia que eu tinha que acabar com esse casamento de uma vez, não era porque Thea tinha e tem uma antipatia por Helena. Mas sim por que ela sempre me dizia que eu não a amava e que só estava com ela por causa da minha filha. E isso era verdade. Eu tentei sentir algo por Helena no decorrer dos anos. Porém, não consegui. Chegamos ao um ponto tão catastrófico de nossas vidas, que tomei a iniciativa de pedir o divorcio.

E quando eu achei que tudo estava perdido, que nenhuma mulher poderia tocar meu coração. Ela apareceu. Felicity Smoak apareceu. Todas as barreiras que eu construí em meu coração para nenhuma mulher entrar, á não ser Beatrice, Felicity foi à única que destruiu. Ela apareceu com o seu jeito impulsiva e briguenta, mas ao mesmo tempo... Uma mulher forte e corajosa. O seu jeito menina de ser; uma menina mulher. Isso me encantou e assustou-me um pouco.  No começo, eu quis afasta-la, evita-la. Não queria que ela fosse trabalhar na minha casa, muito menos para mim. Porque o que eu senti por ela naquele dia foi forte demais. Foi intenso demais. Parecia que o meu coração estava esperando por ela, parecia que eu estava esperando por ela.

E no último final de semana, quando nós nos beijamos. Eu sabia que não poderia mais ficar um minuto distante dela. Quando ela disse que gostava de mim e que não conseguia mais ficar longe... Eu não tive forças para continuar resistindo a isso. E ela era e é tudo para mim. Além de Beatrice e Thea é claro. As três mulheres da minha vida.

Eu só não consigo parar de pensar em Felicity. Não tiro suas palavras da minha cabeça, seus beijos, suas caricias. Tudo nela envolvia-me. Eu sabia que Felicity escondia algo de muito profundo e sombrio, eu estava dando espaço a ela, para que quando estivesse pronta me contasse. Doía em mim vê-la sofrer, e de alguma forma eu queria arrancar a dor que estava em seus olhos. Por mais que ela tentasse esconder, ainda estava lá. A dor ainda estava lá. Algo dentro de mim sempre me ressaltava que o meu dever era protegê-la, cuidar dela. Desde a primeira vez que á vi, esse foi o meu primeiro instinto. E eu faria.

— Oliver, está tudo bem cara? – Perguntou Diggle quando entramos em sua sala. – Está tão calado. – Disse sentando-se na cadeira de frente para mim.

— Estou só pensando nos últimos acontecimentos que acarretaram em minha vida ultimamente. – Suspiro passando os dedos entre meus cabelos. E ele da um sorriso de lado.

— Entre esses acontecimentos está Felicity, não está? – Estreitou os olhos cruzando os braços sobre o peito largo.

— Sim... – Confirmei com um sorriso lembrando-me de sábado. – Ela disse que gostava de mim. – Solto, sentando na cadeira de frente para ele. Diggle abre um enorme sorriso com isso.

— Isso é bom Oliver... – Disse ele. – E vejo que você sente o mesmo por ela, não é? – Fiz que sim com a cabeça.

 – Ela é diferente Diggle. Felicity me fez sentir coisas que eu jamais pensei que sentiria por alguém. – Digo levantando-me e ficando de frente para ele.  – No último sábado, eu fui encontra-la na “Book&coffee” para dizer que Helena tinha assinado o divorcio e acabamos nos beijando. – Eu omiti algumas coisas. Mas também Diggle não precisava saber de tudo. Vi seu sorriso crescer mais ainda com as ultimas palavras que eu disse.

— Eu sabia que isso em uma hora ou outra aconteceria. Era só questão de tempo para os dois deixarem de negar o que sentem um pelo o outro. – Falou convencido. Eu revirei os olhos.  - Estava muito óbvio Oliver... – Continuou. – Da mesma forma como a Felicity precisa de você. Você também precisa dela... A Beatrice precisa dos dois. – Terminou apontando para mim.

— É... Eu sei disso. Nós precisamos dela também. – Afirmei franzindo os lábios e me adaptando com o som dessas palavras. No fim, acabei sorrindo com a imagem das duas na minha cabeça. – Eu realmente a quero em minha vida. – Digo convicto disso. Diggle balança a cabeça e sorri.

— Então vocês estão juntos agora? – Perguntou curioso.

— Estamos indo com calma. Sei que não foi fácil no começo, mas, não temos pressa em rotular algo entre nós... E Deus sabe como eu quero. Porém, quero ir com calma. – Conto despreocupado. Sei que é Felicity quem eu quero. Então não precisamos de pressa. Quando Diggle ia falar, ouve uma batida na porta o interrompendo.

— Desculpe interromper, Mr. Queen... – Diz Clary com uma parte do corpo dentro da sala. – Mas o presidente deseja falar com o senhor. – Aperto os olhos um pouco irritado por não ter lembrado desse detalhe.

— Onde ele está Clary? – Perguntou Diggle.

— Ele está nesse momento esperando do outro lado da linha na verdade. – Respondeu ela tirando uma mecha de cabelo ruivo que caia em seu rosto. – Preciso direcionar a ligação para a sua sala ou vai atender aqui mesmo Mr. Queen? – Dirigiu o olhar para mim.

— Não. Eu vou atender em minha sala Clary. Diga a ele que em um minuto retornarei. Ok? – Ela concordou e saiu.

— Então... Você vai fazer a escolta dele? – Diggle parou em minha frente acenando para a porta.

— Sim. Eu vou. – Respondi a contra gosto. Eu tinha uma leve impressão que algo não estava muito bem. – Preciso fazer isso. Não posso sujar o nome da empresa assim... – Conto dando alguns passos até a porta.

— Então leve com você o Tommy. – Sugeriu mais uma vez. Virei-me e olhei para ele. – Dê um voto de confiança para o garoto Oliver. Jogue o lado pessoal de lado... Ele só estava protegendo a irmã. Uma coisa que você feria também. Tommy é um bom segurança. Acredite. Ele é bom no que faz. – Disse.

— Está bem... – Respondo.  Diggle estava certo e eu odiava admitir isso. – Fale com ele e diga para encontrar-me em minha sala, ok? – Ele balançou a cabeça e soltou um sorriso convincente.

Saio de sua sala e vou direto para a minha. Ao chegar, entro em contato com o presidente afirmando que farei a escolta dele. Ele disse que precisava dos meus serviços ainda essa semana. Apreensivo eu aceitei. Não sei o porquê que meu coração dizia para eu não aceitar. Mas que droga! Eu sempre fiz isso e não era a primeira vez. Até por que, isso é o meu trabalho. Ele só ligou para mim, porque reconhece as minhas habilidades. Saio dos meus pensamentos quando ouço alguém chamar-me.

— Mr. Queen? Soube que queria falar comigo. – Falou Thomas da porta juntando as sobrancelhas. Ele ainda usava a roupa do tiro ao alvo.

— Sim, claro. Por favor, entre. – Pedi com um aceno de mão. Ele entrou e sentou-se na cadeira. – Eu não sei se o Diggle te falou Thomas...  Mas recebi uma proposta do presidente, me pedindo para fazer sua escolta pessoal. – Ele me olhava serio e com atenção. – Porém, eu sempre levo outro segurança comigo. Não porque eu não seja capaz de realizar isso. – Digo e ele da um sorriso de canto. – Mas sim, porque eu preciso que alguém faça a minha escolta também. É um trabalho bastante perigoso. Sei que existem várias pessoas querendo a cabeça de alguém tão poderoso, seja por inveja ou por coisas pessoais. Eu quero meus seguranças com os olhos em todo os lugares.

— Eu entendo. – Disse ele com um suspiro. – Diggle contou-me fragmentos disso. Ele me disse que fui convocado para fazer sua escolta enquanto você fazia a do presidente. – Divagou passando a mão em seu queixo. – É o meu trabalho Mr. Queen, é claro que vou aceitar. Fui treinado para isso. E quando aceitei esse trabalho, fui bem ciente dos riscos que ocorreria. – Ele disse por fim.

— Muito bem então. Faremos isso nessa semana. Ele vai está em um comício no centro da cidade e precisamos estar perto dele.  – Tommy concordou com a cabeça. – Estarão também outros seguranças na área. Na verdade, uma dúzia deles. Quando se trata do presidente, não podemos vacilar. Mas nós dois somos os importantes no caso. Somos os únicos que vamos está bastante próximo dele. – Termino levantando-me. – Eu peço para o Diggle avisa-lo sobre qualquer coisa, ok? – Ele fez que sim com a cabeça e levantou-se também. Estendeu a mão para um comprimento e eu retribuo.

— Claro. – Ele parou e ficou olhando serio para mim. Típico de quem quer perguntar algo. – Mr. Queen, desculpe a inconveniência... Mas há algo entre você e minha irmã? – Perguntou direto estreitando os olhos. Travei o maxilar sob sua pergunta. Como eu responderia isso? – Ela estava muito diferente está manhã. – Continuou ele estudando meu rosto. – Além do pé que ainda estava um pouco machucado é claro. E ela não quis me dizer o motivo... Mas ela estava... Feliz. – Eu sorri diante essa confissão. – Nunca vi minha irmã tão feliz como hoje. – Continuou Tommy balbuciando. – Então eu tenho a leve impressão que você tenha algo haver com a felicidade dela. – Apontou para mim e depois colocou as mãos em seu bolso da calça.

— Por que você acha que eu sou o responsável por sua felicidade? – Respondo com uma pergunta. E o vejo sorrir.

— Porque eu sei que ela gosta de você. – Disse ele. Mas tinha preocupação em sua voz. – Olha Oliver... Eu não estou aqui para ser o irmão chato. Só não quero que a machuque. Felicity já passou por muitas coisas... Coisas que a destruiu. E foi difícil para ela voltar a ser o que era antes. Então, eu não aceitaria que alguém a machucasse de novo. – Avisou-me sério. E eu entendia perfeitamente. Por ser só ele e a irmã, ele tinha essa responsabilidade de protegê-la. Eu faria a mesma coisa por Thea.

 – Eu não a machucaria, nunca. Se for o que te preocupa. – Falo olhando em seus olhos. – Não pense que eu quero brincar com sua irmã. Não sou esse tipo de cara. Felicity é diferente e eu nunca faria algo para machuca-la. – Digo convicto. E ele balança a cabeça dando um sorriso de canto.

— Eu sei disso... – Disse ele. Afastou-se com um aceno de cabeça e indo até a porta. Parou de costas para mim e disse. – Por que eu sei que você gosta dela também. E sei que faria de tudo para protegê-la. Fico feliz que esteja na vida dela Oliver. – Concluiu. Eu fiquei parado tentando assimilar o que acabara de acontecer.  Pela primeira vez desde que eu conheci o Tommy, passei nesse momento á ter outra imagem sua.

O dia passou-se rápido na empresa e eu estava ansioso para chegar em casa e ver as duas mulheres da minha vida. Mas de última hora surgiu uma reunião que tomou parte do meu tempo. Provavelmente chegarei tarde.

[...]

 

FELICITY SMOAK

— Felicity você está tão sorridente hoje. – Ana falou tirando-me dos meus devaneios. – O Mr. Queen estava da mesma forma hoje pela manhã. – Acusou-me com malicia nos olhos. – Há algo que precisa me dizer?

— Você é muito curiosa Ana. – Disse com um sorriso bobo. – Oliver estava realmente, feliz? – Perguntei apreensiva.

— Ele estava radiante. Nunca tinha visto-o assim dessa maneira. – Afirmou pensativa cortando as batatas. E eu sorri. – Eu não sei o que aconteceu entre vocês dois Felicity... Mas sei que vocês estão diferentes. – Ana pegou mais algumas batatas para descascar. Olhei fixamente para suas que vaziam o processo com tanta agilidade.

— Nós dois estamos tentando Ana... – Digo com a voz baixa. Algo em mim ainda não estava totalmente certo de nós dois. – Eu só não quero machucar o Oliver. Ele é importante demais para mim. – Suspirei me sentindo cansada. Por que todas as pessoas com quem me importo, se vão.

— Você tem medo de não ser verdadeiro, o que ele sente por você? – Perguntou ela.

— Não, não é isso. – Discordo levantando-me e me encostando-se ao balcão. – Eu tenho uma bagagem muito grande comigo Ana, e Oliver não merece isso. Ele não merece sofrer de novo. – Olho para ela e vejo seu olhar de compreensão.

— Isso é altruísmo da sua parte Felicity. Você é o tipo de pessoa que prefere sofrer ao ver alguém sofrendo. – Balancei a cabeça concordando. – Mas será que você também não precisa ser feliz? Não precisa ser salva querida. – Perguntou docemente olhando para mim.

— Eu não sei... Eu realmente, não sei. – Falei confusa. – As coisas aconteceram rápidas demais entre Oliver e eu. Por mais que eu tentei afasta-lo, deixa-lo longe de mim, para não vê-lo sofrer... Eu não consegui. – Conto para ela que me ouve atentamente.

— Às vezes Felicity, as coisas podem acontecer rápidas demais, porque já estava predestinada a acontecer. Não somos nós que décimos como algo vai acontecer... Ou quando o verdadeiro amor vai aparecer. Isto acontece naturalmente... Quando a pessoa certa aparece, muitas das vezes não estamos preparados, ou até estamos. As pessoas não são perfeitas Felicity, elas erram e muito para aprender algo. E vejo que você errou para aprender. Tudo que passamos nessa vida é uma lição. Só o tempo que irá nos dizer a como cicatrizar a ferida. E talvez... Só talvez... O tempo esteja te dando essa chance de ser Feliz... Com ele. Com Oliver. Então não jogue fora esse amor tão puro e verdadeiro querida. Confie nele. – Aconselhou-me. Sinto lágrimas escorrer por minha bochecha, suas palavras atingiram-me em cheio. Ana passou suas mãos secando-as.

— Obrigada Ana. – Agradeci abraçando-a. Ela retribuiu o abraço, sussurrando que estava tudo bem. – Eu te agradeço por tudo Ana. – Murmuro afastando-me do seu abraço. – Minha mãe não está mais entre nós, mas, eu vejo muito dela em você... E eu sou bastante agradecida por ser tão bondosa comigo. – Falo sincera secando algumas lágrimas com a costa da minha mão.

— Eu sempre vou estar aqui para você, Felicity. Pode ter certeza disso. – Disse convicta com um sorriso. – Você é como uma neta para mim. – Fez um carinho em minhas bochechas e eu sorri para ela.

— E eu me sinto grata mais uma vez Ana. – Agradeci novamente afastando-me do balcão para ir ver como Bea estava. – Preciso ver como está Bea, antes de vir aqui a deixei assistindo no quarto. – Ela balançou a cabeça em concordância e voltou a cortar as batatas.

— Felicity? – Chamou-me antes que eu saísse. Virei-me e a olhei. – Saiba que você e Oliver... Precisam um do outro. Dois corações machucados se curam juntos. – Disse ela com os olhos brilhando para mim. Concordei e saí logo em seguida.

Não posso negar que as palavras de Ana tranquilizaram-me. Vejo muito de minha mãe nela. Cada palavra que ela disse, abriu os meus olhos. Sei que o único que pode curar meu coração é o amor do Oliver. Mas eu tenho medo de quando contar a ele, tudo que eu passei o que eu fiz... Até o segredo por trás da minha tatuagem, eu não sei o que ele vai fazer. Não suportaria que meu coração se quebrasse mais uma vez, e dessa vez seria por perder um amor puro e verdadeiro.

Saio dos meus pensamentos quando chego ao quarto de Bea e a vejo brincar com suas muitas bonecas. Ela está no centro do quarto, sentada no chão em cima do seu tapete cor de rosa. Eu a observava da porta ouvindo dizer, como a Mel, que era o nome de uma das bonecas, estava sendo má com a Marissa. E eu ri disso. Bea é uma criança muito esperta para sua idade, eu geralmente nessa idade não sabia nem dizer meu nome direito e Bea falava corretamente. Só faltou nascer andando.

— Oi meu amor... – Chamo-a com cautela para não assusta-la. Bea sorri para mim. – Você precisa tomar um banho. – Digo sentando a seu lado e pegando uma de suas bonecas.

— Brinca comigo Licy... – Pediu fazendo bico. Foi o bico mais fofo que já vi.

— Só por alguns minutos, tá meu amor? – Ela riu e se jogou em meus braços, fazendo com que eu caísse de costas no chão.

— Eu te amo Licy. – Soltou baixinho abraçando-me forte. Eu retribuo seu abraço, abraçando-a forte. Mas com cuidado. Eu estava chorando. De novo. Suas palavras suas acalmou meu coração.

— Eu também amo você Bea. – Confesso entre lágrimas, mas sorrindo. – Você é muito importante para mim, quero que saiba disso. Quero que saiba, mesmo que não entenda... Eu daria a minha vida por você pequena. – Convicção passava por cada palavra minha.

— Não chora Licy... – Pediu passando suas pequenas mãozinhas em meu rosto.

— Está tudo bem meu amor. Estas lágrimas são de pura felicidade. – Abro um sorriso bem grande para ela, puxando-a para mais perto de mim. Beijo suas bochechas rosadas e ficamos ali, deitadas no tapete olhando para teto do quarto, em quanto Bea enrolava seus dedos em uma mexa de meu cabelo. Alguns minutos se passaram até eu falar.

— Agora você precisa tomar um banho mocinha. – Viro-me para ela fazendo cosquinhas em sua barriga. Ela dá altas gargalhadas.  – Seu pai vai chegar em poucos minutos e você não quer que ele te encontre bagunçada, não é? – Olhei sugestiva para ela. Ela fez uma careta e riu depois.

— Não, não, não Licy. Eu tenho que está bem bonitinha para o meu papai. – Disse com aquela voz doce.

— Então... Rumo ao banheiro mocinha. – Levantamos e fomos até o banheiro. Enchi a banheira, tirei suas roupinhas e a coloquei dentro. Joguei um pouco de água em seus cabelos e passei seu shampoo, que tinha cheiro de chiclete.

— Preciso pegar outra toalha para você, essa daqui... Está encharcada Bea. – Apontei para a toalha. Ela continuou brincando com o patinho. – Eu volto já. – Aviso saindo do banheiro.

Fui até seu guarda roupa procurar uma toalha. Eu só não conseguia alcançar por está muito alto. Mas quem diabos colocaria uma toalha lá em cima? Dei uns três pulinhos para ter alcançá-la. Isso é muito ridículo. 

— Quer ajuda Felicity. – Uma voz grossa diz um pouco distante. Levando uma mão ao coração por causa do susto, viro-me e vejo Oliver parado a poucas distâncias de mim.

— Meu Deus Oliver... – Começo ofegante. – Você tem que parar com isso. – Respondo tentando acalmar minha respiração trovejante. Vejo seu sorriso crescer ainda mais. E que sorriso. Meu Deus!

Ele usava uma camisa branca social, com as mangas até os cotovelos, sem a gravata, de calças e sapatos sociais pretos. Ele estava lindo.

— Para olhar é mais caro Felicity. – Disse ele tirando-me do meu devaneio com aquele sorriso cafajeste em seu rosto.

— Não tem graça Oliver. – Desconverso fazendo uma careta para ele. – Pode me ajudar a pegar uma toalha para Bea? – Peço. Ele faz que sim com a cabeça e se aproxima. – Eu não sei por que colocar algo tão alto. – Digo irritada.

— Quem manda ser baixa. – Zomba entregando a toalha e deixando um beijo em minha testa, senti seu sorriso acariciar minha pele. Dei um soco em seu peito, que pelo visto não fez efeito nenhum.

— Essa implicância toda, é saudades? – Pergunto com um sorriso. Passo meus dedos em seus cabelos ajeitando-os. Ele parecia cansado. Melhor dizendo... Preocupado.

— Se eu dissesse que não, estaria mentindo pequena. – Respondeu beijando a palma da minha mão. E eu sorri para ele. – Senti sua falta. – Sussurrou bem próximo a mim. Segurou meu rosto entre suas mãos e deixou um beijo demorado em meus lábios.

— Eu preciso buscar Bea... – Afasto-me um pouco ofegante colando nossas testas. Parecíamos dois bobos sorrindo um para o outro. – Se não ela vai congelar na banheira. – Concluo deixando um selinho em seus lábios e saindo do seu aperto. Tenho certeza que há um sorriso enorme em meus lábios.

Vou até o banheiro, tiro Bea de lá e levo-a até a cama secando-a e vestindo uma roupa confortável nela. Oliver nos olha atentamente com aquele par de oceanos azul, o que me deixa desconfortável. Quando ele me olha assim sinto cada pelo do meu corpo arrepiar-se.

— Você precisa parar com isso... – Aviso olhando para ele sem jeito. Ele sorri e abaixa a cabeça. – É intimidante. – Digo voltando o olhar para Bea que está em pé na cama. Penteio seus cabelos e coloco uma presilha puxando sua franja para um lado. – Pronto meu amor. Agora você pode abraçar o seu papai. – Ela rir e estende os braços chamando Oliver.

— Papai estava com saudades meu amor. – Disse Oliver beijando seus cabelos.

— Eu também, papai. – Bea deixou um beijo estalado na bochecha dele. Ela fez uma careta logo em seguida. – Isso machuca. – Colocou os dedinhos na barba rala do pai. Eu sorri da careta que ela fez.

— Papai não pode tirar meu amor, isso é o meu charme. – Revirei os olhos para ele. Oliver riu, beijou Bea e colocou-a no chão a pedido da filha.

— Você deveria parar de ser tão convencido Oliver. – Pego a toalha que estava na cama e levo até o banheiro.

— Não posso. Isso faz parte de mim. – Zombou entre risos.

— Oh meu Deus! – Exclamei batendo em uma muralha chamada Oliver. – Você realmente deveria parar de fazer isso Oliver. – Levantei meus olhos para olha-lo. Ele estava rindo e de mim. – Você é muito... Muito... Muito irritante. – Soltei exasperada dando uma tapa em seu braço. Ele segurou meu pulso com leveza e roubou um beijo meu.

— Eu amo vê-la irritadinha... – Disse ele entre gargalhadas. – É encantador Felicity. – Roubou outro beijo meu.

— Você é um idiota. – Digo sorrindo. Encosto meu rosto em seu peito passando meus braços por sua cintura abraçando-o forte. Ele abraça-me com a mesma intensidade. Sinto seus lábios em meus cabelos.

— O que foi Felicity, está tudo bem? – Perguntou afastando-se um pouco para olhar-me.

— Precisamos conversar. – Enlaço nossas mãos e o levo até a cama pedindo que ele sentasse. Sento-me de frente para ele e dou uma olhada pelo quarto para ver onde estava Bea. Ela estava brincando com alguns brinquedos que estavam dentro de uma caixa.

— O que houve? – Perguntou ele mais uma vez franzindo o cenho.

— Antes de mim, queria saber como você está. – Peço acariciando sua mão com o polegar. – Eu notei que você está preocupado.

— Eu só estou cansado Felicity. – Beijou minha mão e a soltou de leve encostando-se a cabeceira da cama e estendo as pernas sobre a cama. Com um aceno ele pediu para eu ficar ao seu lado. Me junto a ele.

— Por favor, não minta para mim. Eu sei que tem algo te incomodando. Eu sinto isso Oliver. – Olho para ele com um sorriso fraco. Ele me puxa mais para perto dele, eu apoio minha mão em seu peito e ele passa um braço por minha cintura.

— Não tem como esconder nada de você, não é mesmo?

— Não, não tem. – Afirmo deixando um beijo em seu pescoço.

— Daqui a dois dias eu vou fazer a escolta do presidente. Na verdade, seu irmão e eu. – Confessou. Ele estava incerto disso, eu podia sentir as vibrações do seu corpo de maneira tensa.

 – Por que sinto que você não quer fazer isso? - Pergunto preocupada. Levanto minha cabeça para olha-lo melhor.

— Eu não sei... Eu sempre fiz isso. Na verdade, esse é o meu trabalho. – Respondeu mordendo o lábio. – Mas você não precisa ficar preocupada.  – Disse. Ele uniu nossas testas e fez uma leve caricia com o seu nariz no meu.

— Não há como não ficar Oliver... – Murmurei fechando os olhos. – Por que as duas pessoas com quem mais me importo, vão fazer algo totalmente perigoso.  Eu sei que esse é o trabalho de vocês. Eu compreendo. – Deixo um selinho em seus lábios. – Eu não vou suporta se algo acontecer com um de vocês dois. – Abraço-o deitando minha cabeça em seu peito.

— Você não vai me perder Felicity. Nem a mim e nem ao seu irmão. Eu prometo isso a você. – Ele dissera com tanta certeza que aos poucos aquilo me tranquilizou. – Eu vou voltar. Eu sempre volto. – Concordei com a cabeça afundando meu rosto em seu peito quentinho e sentido seu cheiro. Era bom estar com ele, e a conversa que tive mais cedo com Ana me fez enxergar que Oliver era o cara por quem sempre eu esperei.

— Isto é tão bom... Estar aqui com você. Me trás paz. – Não estava olhando para ele, mas com certeza ele deu um daqueles sorrisos maravilhosos.  – Eu não quero que isso acabe. Eu não quero que você vá embora Oliver. Eu não suportaria isso. – Sinto algumas lágrimas escorrer por meu rosto molhando sua camisa. Ele desencosta da cabeceira fazendo com que eu fique de frente para ele.

— Ei, eu não vou fazer isso Felicity. Nunca faria isso. Você foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida. – Disse ele preocupado secando minhas lágrimas com seus lábios. – Por favor, não chora, eu não suporto te ver assim. Eu só queria tirar essa dor de dentro de você. Se eu pudesse, a transferia para mim só para não te ver assim. – Ele me puxou para junto dele. Apoiei minha cabeça á baixo de seu queixo, fecho os olhos apreciando esse momento. Ele me conforta, passa a segurança que eu preciso; o carinho, o amor, a preocupação. Oliver é perfeito para mim.

— Eu agradeço a Deus por você existir Oliver. Por você está aqui comigo, por você ser quem eu preciso... E eu preciso de você. – Confesso com a voz embargada. – Você foi o único que eu deixei entrar em meu coração. O único capaz de me fazer sentir esses sentimentos novamente. –Sussurro com a voz falha.

— Você não entende quando eu digo que é importante para mim, não é? - Disse ele roçando seus lábios nos meus. Eu suspirei com o seu toque. - Eu daria minha vida por você Felicity... Eu prometi protege-la e cuidar de você, e é isso que vou fazer. Você é uma das minhas prioridades agora. – Passo minha mão sobre sua bochecha sentindo a barba rala fazer cocegas nela.

  ­– Quem diria que nós dois estaríamos aqui... – Conto um pouco surpresa sorrindo para ele, ele olha para mim fixamente como se estivesse gravando cada parte do meu rosto. – Foi complicado, mas agora, estamos aqui e juntos. Não quero que isso acabe. – Beijo seus lábios. Um beijo terno, onde há amor e carinho.

— Eu prometo que não vai. – Afastou-se um pouco e depositou um beijo em minha testa. – Felicity. – Chamou-me com carinho. – Quando você estiver pronta para me dizer o que aconteceu com você... Eu estarei aqui. Eu não vou te forçar a me dizer algo que não está pronta para contar. – Disse gentil.

— Obrigada Oliver. – Agradeci por ele ser tão paciente comigo. Sinto algo subir na cama e quando olhamos era Beatrice sentada na ponta nos observando. Ops! Eu me esqueci de que minha garotinha estava ali.

— Papai e Licy estão namorando... – Disse cantarolando batendo as mãozinhas. Oh meu Deus! Olhei para Oliver e ele parecia gostar do que acabara de ouvir, por que ele estava rindo das graças que a filha fazia. Bea se jogou entre nós, ficando em nosso meio. Ela pegou a mão do pai e depois a minha, segurado firme ela levou até perto do seu peito e as deixou lá. Fiquei abobalhada com o seu gesto. Eu me aproximei mais dela e Oliver fizera o mesmo, sorrindo para mim e Bea ele disse.

— Agora eu realmente encontrei meu lar. – Eu balancei a cabeça concordando com suas palavras. Olhei para Bea e a vi fechar os olhinhos. Ela estava muito cansada. Não duro nem dois minutos para ela dormir.

— Eu preciso ir. – Falo baixo olhando para Oliver para não acordar Bea. Levanto-me a contra gosto. Passo os dedos entre meus cabelos para arrumá-los.

— Eu vou deixar você em casa. Não quero você andando sozinha e uma hora dessas por Star City... É muito perigoso. – Ele diz ajeitando Bea na cama e cobrindo-a. Eu concordei. Não iria discutir com ele sobre isso, apesar de tudo... Estava tarde. – Em algum dia vai contar-me o porquê da tatuagem? – Perguntou ele aproximando-se de mim. Eu estava com uma regata branca, o que a tornava mais visível.

— Sim. Eu vou. – Respondi um pouco sem jeito não querendo aprofundar-me no assunto. Vesti meu suéter cor de creme e calcei minha sapatilha da mesma cor. – Eu só quero que saiba, que falta pouco para isso. – Eu disse. Vou até Bea e dou um beijo em sua bochecha desejando uma boa noite de sono para ela. Oliver estava na porta esperando-me, enlaço minha mão na sua e saímos descendo alguns degraus.

— Espere aqui que vou falar com Ana, está bem? – Pediu ele beijando meus lábios com carinho. Faço que sim com a cabeça dando um sorriso para ele. Antes de ir ele acaricia minha bochecha com o polegar e depois vai rumo à procura de Ana.

Com alguns minutos ele está de volta. Passo o braço por sua cintura, ele envolve meu ombro com o seu braço e saímos juntos do seu apartamento. As coisas estavam do jeito que queríamos. Eu sei que ele é meu e eu sou dele. Isso ficou bastante claro para mim hoje.

[...]

 

LIGAÇÃO

— Sim... – Uma voz grossa atendeu do outro lado da linha.

— Estou vendo os dois sair do apartamento abraçados. – A voz da mulher era puro ódio. – Precisa acabar com isso. – Disse Helena sem paciência.

— Calma querida... As coisas não acontecem da forma como você quer. – Advertiu o homem irônico. – Tudo tem seu tempo... E você sabe que eu não posso machucar ela.

— Ela. Sempre ela. – A Helena retrucou com raiva e desgosto na voz. – Por quanto tempo mais vai ficar escondido? – Perguntou Helena.

— Estarei aparecendo em breve Baby. Em breve. – Ele disse paciente. – Só preciso dá uma lição nesse cara. Você contou-me que ele estará escoltando o presidente em dois dias, não foi? – Perguntou ele.

— Sim. Mas por favor, não o machuque. – Helena pediu desesperada.

— Não se preocupe Baby, eu não vou mata-lo... Ainda não. Vai ser apenas uma lição para ele ficar distante do que é meu. – Avisou o homem friamente. – Nos encontramos em dois dias querida. 

Assim a ligação foi encerrada e Helena partiu dali com sua consciência pesada. Mas não poderia voltar atrás por que ela estava com ódio e estava cega por vingança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem seus comentários e até a próxima semana! um grande beijo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Save My Heart." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.