Retorne Ao Remetente escrita por Mandy-Jam


Capítulo 9
You're the one that I want


Notas iniciais do capítulo

Feliz Ano Novo, pessoal!

Depois de uma demora considerável, estou aqui de volta trazendo um capítulo novo dessa fic que eu tanto amo. Estou vendo muita gente nova começar a ler essa fic também! Isso me anima muito. Obrigada de coração pelas mensagens que vocês mandaram, os reviews, tudo!

Espero que vocês tenham uma boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/732314/chapter/9

HERMES

 

3:40

A hora piscava diante dos meus olhos, enquanto passava correndo pelas ruas. Desviava dos mortais atrapalhados no meu caminho, deixando um rastro de vento e xingamentos em grego. Mesmo que a discussão sobre Tróia tenha sido o suficiente para encerrar a reunião, eu passara muito da hora que Jenny havia marcado.

Parei em uma esquina para ter certeza se estava no lugar certo. Olhei ao redor, mas todos os prédios pareciam idênticos: antigos, com janelinhas pequenas e telhados escuros. Passei a mão pelo cabelo e busquei na minha memória a imagem da noite passada.

Acho que tinha um poste na frente, lembrei-me.

Localizei.

Subi os degraus de dois em dois, esticando minhas longas pernas, até chegar a porta de ferro. Ergui meu punho, pronto para bater com os nós dos dedos, mas meu movimento foi interrompido por um clarão.

Assustado, olhei para trás. Se você é uma criança que gosta de aprontar, entende muito bem o que é sentir medo constantemente, aquele arrepio na espinha e o gelo na barriga quando acha que seu pai finalmente o pegou fazendo o que não devia.

Busquei Zeus em meu campo de visão, já tentando inventar uma explicação para ele não pensar que eu estragara a reunião do conselho somente para ver uma mortal. O que encontrei, no entanto, foi Jenny em pé na calçada, apontando para mim uma polaroide.

Uni as sobrancelhas, ainda não muito familiarizado com aquela câmera, e meus olhos foram cegados novamente pela luz forte do flash. Fechei-os xingando em grego antigo, e ouvi a voz da mortal.

— Esse, senhoras e senhores, madames et monsieres, é o rosto de um homem 40 minutos atrasado para um encontro. — Disse pegando a foto recém tirada, e sacudindo-a no ar para que ficasse pronta. Olhou o retrato e inclinou a cabeça, como se ponderasse se o resultado havia ficado bom ou não. Depois, ergueu os olhos claros para mim junto com a foto — Gostaria de se ver?

— Olha, eu sei que eu estou 40 minutos atrasado, mas foi por uma boa causa. — Resmunguei e estava prestes a prosseguir, quando fui atacado por mais um flash — Argh!

— E esse é o rosto de um homem pronto para inventar desculpas esfarrapadas por deixar uma dama esperando. Parece que temos um enrolador aqui. — Continuou e repetiu o mesmo procedimento com a outra foto.

— Quer parar com isso? — Reclamei irritado — Chega de flashes!

— Estamos na França, senhor. — Disse olhando para mim diretamente nos olhos — Aqui pontualidade é uma coisa importante.

Obviamente, vocês mortais não entendem a regra básica de um encontro com os deuses. Nós nunca estamos atrasados, nós é que fazemos a hora. Naquele instante, eu estava começando a ponderar se deveria punir Jennifer pela insolência, ou se devia tentar exercitar a minha paciência com os mortais.

Por mais que eu fosse um deus extremamente tolerante, estava muito mais inclinado para o lado da punição. Desci um degrau com uma cara fechada, aproximando-me dela. Jenny não olhava mais para mim, e sim para a foto que havia tirado.

— A sua sorte — Começou a dizer enquanto eu me aproximava. Ergui meus dedos, pronto para estalá-los e transformá-la em uma gata de rua, quando Jenny sorriu para mim — é que você é um enrolador muito bonito.

Hesitei. Meus dedos continuaram parados, enquanto Jenny erguia a foto para que eu olhasse. Aquele momento tão puro de felicidade e paixãozinha me desarmou por completo. Não tinha como manter minha raiva vendo o brilho naqueles olhos, ou o sorriso bobo em seu rosto.

— Está com raiva? — Perguntou percebendo minha expressão. Balancei a cabeça.

— É que esse não é o meu melhor ângulo. — Menti. Jenny riu e deu dois passos para trás.

— Olha para aquele poste. — Ordenou.

— Quê?

— Olha para aquele poste, Hermes. — Obedeci sua ordem sem entender o que eu deveria ver ali — Ótimo, agora coloca as mãos no bolso e encosta casualmente na grade.

— Você está de sacanagem, não está? — Falei olhando para ela.

— Continua olhando para o poste! Anda! — Ordenou rindo. Fiz o que ela falou novamente. Minha mãos foram para os bolsos da calça jeans e apoiei-me na grade atrás de mim — Agora ri como se eu tivesse contado uma piada. Não, você está rindo pouco. Mais.

— Eu me sinto um idiota. — Revelei tentando rir para um poste na rua.

— Se você não rir, eu vou te fazer cócegas. — Ameaçou.

— Não vai não. — Respondi estranhando a ideia. Um mortal nunca me fizera cócegas em toda a minha vida.

— Vamos, ri! — Incentivou, ela mesmo rindo — Imagine seu irmão vestido de palhaço.

A risada irrompeu de minha boca sem que eu conseguisse prever, e o flash bateu. Curvei-me para frente ainda rindo da imagem de Apolo com um nariz de palhaço e Jenny se aproximou abanando a foto para mim.

— Agora pode se recompor. — Falou e mostrou para mim a foto — Viu? Gatão.

Olhei para minha pose na foto, e embora achasse que ficaria ridícula, eu estava de fato maravilhoso. Não lutei para conter um sorriso de orgulho. Finalmente aquela mortal estava me adorando como devia, idolatrando o suficiente a minha imagem para tirar uma foto dela.

— Se você quiser, eu autografo mais tarde. — Ofereci, sendo generoso. Jenny riu como se fosse uma piada, e assentiu com a cabeça, em sarcasmo.

— Ah, eu adoraria. — Respondeu guardando a foto dentro de sua bolsa de carteiro — Eu pensei em irmos ao cinema, mas nós já perdemos a sessão. Podemos dar uma volta no lago, que tal? Talvez tomar um sorvete.

Aceitei.

A casa de Jenny não ficava muito longe de lá. Andamos cerca de três quarteirões, e ela passou a maior parte do tempo procurando um cigarro dentro de sua mochila. Agradeci pelo silêncio que se instaurara, pois isso me deu tempo para pensar no que falar quando estivéssemos mesmo frente a frente e prontos para começar o encontro.

A verdade era que eu não saía em um encontro fazia, no mínimo, 3 décadas. Como Afrodite tanto gostava de apontar, eu falava demais e sentia de menos. Corrigir esse velho hábito em alguns minutos seria um desafio e tanto.

— Então, diz para mim. — Jenny começou a puxar o assunto — O que atrasou você?

— Meu pai. — Respondi honestamente — Ele precisava de mim para um trabalho, e-

— Duvido. — Cortou-me. Ergui uma sobrancelha para ela, e Jenny finalmente conseguiu pescar um cigarro da bolsa — Aposto que você tirou um cochilo depois do almoço, caiu da cama, viu que estava atrasado, e veio correndo até aqui.

Abri a boca pensando em rebater, mas me detive.

— Bem, você me pegou. Foi isso. — Ri fingindo estar sem jeito.

— Estou ofendida. — Falou forçando uma expressão fechada. Colocou o cigarro na boca e esperou para que eu oferecesse o isqueiro que nem na noite passada. De prontidão, tirei-o do bolso e acendi para ela — Você nem mesmo tomou um banho antes de me ver?

— Eu nem comi antes de te ver. — Assenti com a cabeça, sorrindo.

— O que você é? Um Gremilin? — Perguntou rindo — Nada de água nem comida?

Ri casualmente, fingindo saber o que um Gremilin era, mas Jenny viu através do meu rosto.

— Deus do céu, você nunca viu os Gremilins? — Perguntou chocada. A fumaça escapou por sua boca, quando ela se abriu em espanto. Encolhi os ombros.

— Quer dizer, eu devo ter visto. Eu só não lembro no momento. — Menti rindo — Todo mundo já viu os Gremilins, claro.

— Você é igualzinho a um Gremilin. — Falou. Como na hora eu não pude detectar a brincadeira em sua voz, sorri de volta para ela.

— Vou considerar isso um elogio. — Jenny riu para mim.

— Ele até sorri que nem você! — Falou com humor. Deu mais uma tragada, afastou o cigarro dos lábios e soltou a fumaça no ar.

Buscamos um espaço para nos sentarmos na grama, e logo nos acomodamos. Achando que talvez fosse cedo demais para puxá-la contra mim, e mantive-me somente do seu lado, com nossas mãos casualmente repousadas próximas na grama.

— Eu vi O Iluminado ontem a noite. — Confessei e Jenny assentiu a cabeça em aprovação — Aquela cena das gêmeas no corredor? Deuses.

— Então você não tinha visto antes. — Pegou-me na mentira, mas só deu uma risada — Você não é um cara de ir ao cinema.

— Só com boas companhias. — Lancei a indireta, fazendo-a sorrir torto.

— Eu gosto de ver ele quebrando a porta com o machado como um maníaco. — Contou ela — A adrenalina que aquela cena passa é absurda. Você ficou com medo?

Ri da ideia, e desdenhei.

— De um filmezinho? Ah, por favor. — Revirei os olhos.

— Nem um gritinho de terror? — Perguntou e esticou o dedo, cutucando a minha bochecha — Vamos, eu não vou te julgar. Fala a verdade.

Balancei a cabeça, rindo e desviando de seu dedo. Jenny tragou novamente o cigarro, e eu me aproximei um pouco mais na grama.

— Nós poderíamos ver os Gremilins juntos. — Sugeri, como quem não quer nada — Eu posso conseguir o VHS.

— Ah, não. Essa é uma experiência que eu quero que você tenha sozinho, e depois me conte o que achou. — Riu para mim, não querendo estar perto quando eu descobrisse ao que ela tinha me comparado — Mas estou admirada por você conseguir VHSs tão fácil assim.

— Eu criei a internet, Jenny. Posso conseguir qualquer tecnologia que você possa imaginar. — Respondi, gabando-me. Suas sobrancelhas se franziram para mim.

— Você vai mesmo insistir em dizer que você criou a internet? — Repetiu e resolveu ignorar — Tudo bem, vamos embarcar na sua história. Então você é inventor?

— É um hobbie meu.

— E seu pai? Ele é inventor também? — Quis saber.

— Meu pai não tem criatividade nem para escrever um cartão de amor para uma mulher. — Fiz uma careta — Eu sou o único inventor da família.

— Então você inventa, e ele vende? — Quis saber Jenny, e eu desviei o olhar sem saber ao certo qual resposta dar.

— Não exatamente. Meu pai não aprova minhas invenções. — Respondi encolhendo os ombros — Eu sou só o mensageiro dele. É isso que ele espera de mim, e é isso que eu faço. Eu procuro não envolvê-lo nos meus outros assuntos.

— Então você trabalha em um escritório, entregando mensagens? — Perguntou olhando para mim. Naquela época, isso era visto pelos mortais como um emprego estável e seguro, o que era impressionante. Afinal, todos queriam ter estabilidade financeira.

Ajeitei a postura e sorri para Jenny, tentando parecer impressionante.

— Eu uso terno e gravata também. — Sorri, mas o lábio de Jenny se retorceu em um espasmo de desagrado.

— Ah. Que legal. — Disse sem muita animação. Um leve desespero passou por mim.

— O quê? Você não acha isso legal? — Perguntei arrependendo-me de ter concordado — É um trabalho muito digno, e de grande importância.

— Aposto que sim. — Assentiu com a cabeça — Eu só acho que deve ser um saco.

— Um saco. — Repeti com irritação — Acha que o meu trabalho é um saco?

— Você não acha? — Perguntou analisando meu rosto — Trabalhar trancado em um cubículo, usando aquela gravata apertada e roupinha formal, enquanto mexe em pilhas de papel e faz telefonemas para pessoas desinteressantes o dia inteiro, só para ouvir seu chefe gritar com você no final do dia. Seja franco, isso tudo não faz você querer jogar tudo para cima?

Pensei no assunto.

Sim, concluí com um sentimento de urgência batendo contra meu peito. Eu quero.

— Sabe por quanto tempo eu faço isso? — A pergunta saiu baixa demais, por isso ergui um pouco a minha voz — Eu trabalho para o meu pai e todos os meus parentes. Eu passo o dia entregando mensagens, levando correspondências, e ouvindo broncas que nem mesmo são para mim. Eu nunca ganho elogios, mas um deslize, um mísero deslize, e meu pai quer a minha cabeça em uma bandeja.

Jenny fez um semblante de preocupação.

— É, você até que tem razão. — Assenti com a cabeça, ponderando — É um saco.

Seus dedos buscaram um cigarro na mochila e ofereceram para mim. Olhei para o objeto com desconfiança, e recusei uma vez com a cabeça. Jenny insistiu, e eu acabei cedendo (não façam isso, por favor, crianças). Diferente dela, o risco que eu tinha de desenvolver câncer era zero. Acendei-o, e tentei tragar com tanta elegância quanto ela.

— Eu te entendo. — Falou ela com uma voz doce — Família, trabalho, responsabilidades. Às vezes nós só queremos sumir.

Engasguei-me com a fumaça e comecei a tossir como um tuberculoso. Jenny gargalhou tanto da cena, que tombou para trás na grama. Amassei o cigarro com a sola do meu tênis e olhei para ela, deitada ao meu lado.

— Como você consegue? Você fuma isso com a graça da Audrey Hepburn! — Falei e Jenny piscou para mim.

— Você parecia um James Dean antes de começar a tossir. — Falou rindo. Fui para cima dela, apoiando meu corpo nos braços, um de cada lado de Jenny. Imediatamente, senti-me excitado e desejei aquela mortal mais do que eu já tinha desejado alguém em muito tempo — Nunca fumou antes?

— Não. — Admiti, sentindo-me como uma criança.

— Então eu acabei de tirar a sua virgindade? — Desviei o rosto rindo, mas meu rosto ficou um pouco vermelho — Olha só para você, corando e tudo. Calma, querida, dói no começo, mas vale a pena.

— Corta essa. — Mandei de volta. Rimos como um casal ri de bobagens que só eles entendem. Abaixei meu rosto e beijei-a na boca. Jenny enlaçou meu pescoço com as mãos, convidando-me a continuar.

Beijamo-nos como se estivéssemos em um quarto, protegidos pela privacidade que 4 paredes nos dão. Deitados naquele gramado, tocando um ao outro, línguas se entrelaçando, respiração ofegante, era como se não existisse mais ninguém naquele mundo.

Oh, mon Dieu! Je vais appeler la police. — Alguém falou perto de nós, com uma voz chocada. Saí de cima de Jenny e olhei para um trio de senhoras que estava parada logo a frente — Stupides adolescent!

Ah, aller à merde! — Gesticulou Jenny, ainda de bom humor. As senhoras fizeram uma expressão ofendida e começaram a reclamar ainda mais. Eu ri um pouco da situação absurda.

— Posso não ser fluente em francês, mas acho que entendi muito bem o que você disse. — Falei para a mortal que se levantava comigo. Jenny segurou a minha mão.

— Bem-vindo a França. — Ela apontou para uma direção — Agora vamos antes que a polícia venha nos prender por atentado ao pudor.

— Atentado ao pudor? — Repeti enquanto nos afastávamos em passos largos — Aquilo não foi nada! Não é como se estivéssemos transando ao ar livre.

— Se repetir a palavra “transando” em francês, aquelas senhoras vão enfartar. Chocante demais. — Falou apontando o queixo para algum ponto atrás de nós.

— Talvez não seja de todo uma má ideia. — Sorri para ela, maldoso.

— Sabe o que pode não ser uma má ideia também? — Jenny tinha um brilho desafiador nos olhos — Você gritar, o mais alto que você consegue, para o seu pai.

— Gritar o quê? — Ri gostando da ideia. Escolhi uma frase, olhei para cima e gritei — Eu quero férias!

— Isso. Isso é bom. — Incentivou ela, rindo — Agora grita “não enche o meu saco”! Está tudo bem, ninguém aqui fala a nossa língua.

Ei, não enche meu saco!

— “Pai, vai se foder!”

Congelei. A minha garganta deu um nó, e meus olhos se arregalaram para Jenny.

— Não, eu não posso gritar isso. — Falei temendo pela minha existência.

— Vamos, só grite para o céu. Não é como se ele fosse te ouvir. — Falou achando graça, mas nesse ponto as cores já estavam saindo do meu rosto.

— Você não entende. Eu não posso. — Falei negando.

— Pode sim! Coragem! — Incentivou-me novamente — Diz o que você realmente quer dizer a ele.

Olhei para o céu, tão limpo e azul que era impossível que Zeus não me encontrasse se ele quisesse. Se escutasse a minha voz xingando seu nome, eu seria partido ao meio ali mesmo. Jenny talvez também sofresse um destino terrível, e essa era a última coisa que eu queria.

Aller a merde! — Gritei, sem citar nomes. Olhei para a mortal e tentei transparecer em meu rosto que aquele era o mais próximo que ela teria do que desejava. Dando-se por vencida, ergueu os dedões para mim.

— É um bom começo.

— Vamos tomar aquele sorvete. — Sugeri — Minha boca está com um gosto amargo por causa daquele cigarro.

— É o gosto da sua inocência se perdendo. — Zombou Jenny. Fiz uma careta para ela.

— A sua já se perdeu? — Perguntei, sem conseguir me conter. Jenny ergueu as sobrancelhas.

— Eu nunca fui inocente. — Respondeu.

— Você entendeu o que eu quis dizer. — Disse virando-me completamente para ela, com um sorriso torto no rosto. Jenny se aproximou de mim e sussurrou em meu ouvido:

— Isso é uma surpresa. Você vai ter que descobrir. — Sua voz me arrepiou imediatamente. Suas mãos passaram pelo meu peito, por cima da camisa, mas como se nada tivesse acontecido, Jenny se separou de mim e sorriu — Eu quero sorvete de baunilha. Vamos.

Eu vou ter você, pensei determinado. Eu preciso ter você.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?

Semana que vem tem mais um capítulo! Vou postar semanalmente, para não perder mais o ritmo.

Espero pelos comentários de vocês! Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Retorne Ao Remetente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.