Encontros, Acasos e Amores escrita por Bell Fraser, Sany, Gabriella Oliveira, Ester, Yasmin, Paty Everllark, IsabelaThorntonDarcyMellark, RêEvansDarcy, deboradb, Ellen Freitas, Cupcake de Brigadeiro, DiandrabyDi


Capítulo 7
Feitos um para o outro


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde!
Meninas, aqui é a Yasmin.
Depois de muito sacrifício consegui finalizar minha mini história.
Espero que vocês e a Dona Gabi gostem, ela me desafiou a escrever algo sobre Rap.
Espero vê-las nos comentários.



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Feitos um para o outro!

Parte 1

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Ela havia acabado de sair da sua festa de formatura quando o viu pela primeira vez, embora ele tenha dito que sempre lhe observou nas festas mais badaladas da cidade, aquela, tinha sido a primeira vez que Katniss havia colocado os olhos naquele homem e,  foi, como se um raio tivesse lhe atingido no peito e em forma de eletricidade, descarregado uma espécie de sentimento obsessivo e incurável, parecia mais uma disfunção cerebral, que a deixaria a beira da loucura,  e depois desse dia, a premissa aconteceu, ela se viu enamorada; assim gostava de intitular o que sentia pelo mais mulherengo dos gêmeos Mellark`s, David, além de ser naquele momento o melhor partido da capital era o violinista mais jovem e afortunado de toda Panem. Nem a guerra que iniciava no pequeno país, ofuscou a vida regada a luxo, mulheres e bebidas. Ele era o queridinho da capital, nada aconteceria a ele.

 Ignorando tudo, a jovem professora passava o dia abobada, até enciumava com alguns dos sumiços do “namorado”, mas bastava apenas uma desculpa boba e esfarrapada, para que ela lhe esperasse de braços abertos.

Porém, a rebelião dos distritos assomou a capital, aterrorizando tudo e a todos, os únicos poupados, foram a elite, afortunadas, influenciáveis, e tão somente David se encaixava nesses requisitos, e sem pensar duas vezes, apenas sumiu do mapa, deixando todos que lhe amavam acreditando que sua vida tinha sido levada com a dolorosa guerra que perdurou por meses.

E isso descarrilhou a vida da professora, o destino, havia arrancado o amor da sua vida, fazendo a perder seu amago de vida, pelos seus entes, pela profissão, levou a doçura com qual ela enxergava a vida.

Katniss se entregou a escuridão, queria seu fim, era uma boba, ridícula que tentava reagir, embora se esforçava , não queria, passava as noites sonhando com os toques de David em sua pele, ou como seus olhos azuis combinavam tão perfeitamente com os ternos que ele usava e, durante o dia, que deveria reagir, divagava em pensamentos relembrando  a forma como seus dedos trabalhavam com a partitura do violino, sentia uma falta imensurável daquele homem, mesmo após tantos anos que se passaram, ela era como uma viúva que não conseguia seguir em frente, toda vez que escutava qualquer que fosse a música dele, sentia-se junto a ele, e queria preservar isso, o amor verdadeiro.

A família da moça não aguentava mais vê-la se definhando daquela maneira, a diagnosticavam como louca, na verdade, não lhe falavam diretamente, mas ela sabia que a pauta das reuniões familiares, era debater sobre o jeito que levava a vida.

Mas, também, ela já havia se entregado a bebidas e outros vícios, era de longe a garota determinada, bondosa de corajosa, que um dia foi.

Até mesmo rituais no centro espírita passou a frequentar, precisava desesperadamente se conectar a ele de novo, se sujeitou a isso, mas como ela poderia se conectar com alguém que estava vivo?

Desacreditada ao ver que a sessão não teria efeito, saiu melancólica a procura de um lugar no qual conseguiria canalizar seu sofrimento, passou num bar, aonde mulheres bem-criadas como ela jamais deveria estar, mas, não se importou com as regras da sociedade, queria apenas esquecer David, cogitou essa ideia, mas logo a apagou, pediu novamente a Deus, caso realmente existisse, que a levasse para junto a ele.

Mas, ninguém parecia estar lhe ouvindo, na verdade, a única resposta que recebeu foi o ultimato dos pais, que, sofreram enorme prejuízo financeiro com a última peripécia causada pela filha que, dessa vez havia ido longe demais ao ser pega dirigindo embriagada e quase ter atropelado alguns velhinhos, que com sorte desviaram-se e o carro da moça destruiu apenas um hidrante.

Katniss passou três dias na prisão da capital, teve a foto estampada em todas as capas dos jornais, quase pegou uma pena severa, mas, o pai, apesar de ser um habitante da capital, lutou ao lado dos rebeldes e por isso tinha grandes amigos que lhe deviam enormes favores, Doutor Aurelios também testemunhou em seu favor, então comandante Paylor, como forma de punição, determinou a ela, uma pena alternativa; ser professora no distrito mais perigo de Panem, era isso ou aceitasse uma pena mais rigorosa. Mal, sabia ela que a sentença, mudaria sua vida.

Quando chegou ao distrito que foi resignada a cumprir a pena, no primeiro momento ela ficou temerosa, com muito medo, as ruas eram sujas, haviam latões de fogo em cada esquina, parecia que a guerra, ali, diferente nos outros distritos, não havia cessado.  E, a Katniss, esse cenário, desencadeou incontroláveis crises de choro, noites sem sono, pois o lugar a conectava de uma forma surreal a David, e isso a desesperava, até fez as malas algumas vezes e foi para estação de trem com intenção de retornar para casa, mas, todas as vezes que foi até lá se deparava com os guardas, que a fazia lembrar do motivo pelo qual estava ali.

 Por este motivo, se esforçou todos os dias para ficar e se acostumar, com o tempo as aulas na escola começaram a fazer efeito, ela parecia, pela primeira vez em tantos anos enxergar um pouco de luz, e pensar menos em David.

Nas cartas que enviava a família, dizia estar feliz, animada, pediu até que seus principais pertencentes fossem enviados definitivamente para o distrito, assim com o tempo mudou-se do albergue que estava hospedada, passou a morar com uma outra professora que lhe alugou um quarto.

Cinco meses se passam e a pena que foi lhe imposta é devidamente cumprida, seus pais pedem pelo seu retorno, mas não faz isso, então, logo seus pensamentos passam a ser exclusivos dos alunos, mas a figura muda quando é transferida para uma classe de adolescentes e encontra dificuldades em lidar com eles, principalmente quando descobrem que é uma afortunada da capital, que vivia a pão de ló, enquanto muitos deles, mesmo após a vitória dos distritos, vendem o almoço para ter a janta.

O progresso parecia que não havia chegado ao distrito 12, e para ganhar a confiança deles, Katniss passa a questionar o prefeito para onde vai a verba que o governo repassa, aonde estavam as benfeitorias? Sem respostas, ela faz algumas ligações e no fim, concluiu que o prefeito era  um corrupto e esse era o motivo para o Distrito 12 estar tão miserável daquele jeito, então essa passa ser sua luta,   compra briga com os poderosos e para envolver a população incita os jovens a embarcar na luta pela melhoria de vida, quando relembra em suas aulas os símbolos da revolução, principalmente uma música com letras e rimas poderosíssimas que, com o tempo ganham os arredores da escola, dos bairros, até chegar ao centro da cidade.

                Mas, descontente   com a altivez e abuso da jovem professora, o prefeito tenta conte-la de alguma maneira.

A escola fica na costura,  a parte mais pobre do distrito, e mais perigoso por sinal e quando ela chega a escola para mais uma  aula, o diretor lhe aguarda na porta da sala,  ela se aproxima para ver o motivo, ele mostra  o que  acontece com quem tenta interferir na gestão do prefeito Trad e fica boquiaberta ao ver todo o trabalho dos alunos destruído, as ameaças de morte estampada no quadro, essa foi a forma que ele usou para assusta-la, fazê-la parar de fingir ser uma deles, confusa de como proceder dali em diante, Katniss  começa a chorar, enquanto corre para um lugar distante dali, só para de correr, quando percebe que passou dos limites da campina e, é tarde demais para recuar, pois começa a escutar ruídos de galhos secos sendo quebrados, passos suaves de animais, com a penumbra da noite não consegue ver e, então acredita que é seu fim, quando finalmente encontra sua paz, é hora de partir...

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Feitos um para o outro!

Parte 2

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Mais uma aula havia sido encerrada, mas seus alunos teimavam em continuar ali. Já havia dito que não é necessário que fiquem até os últimos minutos. Consegue fechar sozinho. Mas, alegam que não é seguro e por isso insistem em ficar.

— Até amanhã. — Ele acena, assim que consegue descer as portas de ferro, não é possível ter apenas uma porta com fechadura comum, aquela era uma das regiões mais perigosas do Distrito 12, já foram saqueados muitas vezes, na última tentativa, todo material das aulas que ele usa.

Então a única saída que encontrou foi desenvolver um novo método de ensino, estudar música clássica sem instrumentos, o que levou muitos dos seus alunos a desistirem e por isso, a prefeitura, que custeia o projeto quer transferir a escola para um lugar mais seguro, os prejuízos foram grandes, realmente foram, irão demorar para readquirir tudo que foi perdido, não sobrou nada.

Os alunos se vão e ele também, está fazendo muito frio, por isso caminha rápido em direção a sua casa, na verdade é uma cabana, no meio da floresta, da janela consegue ver o fogo da lareira queimando, mora lá porque as casas do distrito estão ocupadas pelas famílias e como é “sozinho”, aceitou ficar ali.

 Ele se chama Peeta Mellark, nasceu na capital, chegou ao Distrito 12, cinco anos após a guerra, deixou tudo para trás; família, amigos, conforto, ele precisava fugir daquele ambiente, nunca se encaixou nele, então aproveitou o fim da guerra para fugir na surdina da noite,  as vezes sente  falta da  família, mas tinham uma relação difícil, principalmente quando tentavam aferi-lo à David, seu irmão gêmeo, e violinista mais famoso de Panem.

Peeta também tinha talento com os instrumentos, mas ao contrato do irmão que adorava subir em um palco, ele gostava de ser desconhecido, por isso preferia ensinar aos outros o que sabia.

— Oi, baixinha! — Prim corre até ele e o abraça, não deveria estar ali, mais uma vez fugiu do abrigo da cidade. — Fugiu de novo? — Indaga, quando a deixa no chão.

— Foi o Buttercup, ele veio para floresta, então vim atrás dele. — Sempre usa essa desculpa, mas Peeta sabe que não é verdade, ela vive fugindo para lá, detesta o abrigo, se sente sozinha lá e tem as outras crianças que implicam com ela, por isso sempre vai para a cabana do professor, a pessoa que ela mais confia e sente carinho. — E eles não vão sentir minha falta. — Realmente não, ele sabe disso, por isso a deixa ficar, entram na casa, há um cheiro bom de comida, ela aproveitou que o fogo estava aceso e preparou o jantar, nada muito elaborado, mas o suficiente para saciar a fome que lhes consumia.

Durante esse tempo, conversam sobre o que ela fez em seu dia, Prim conta sobre a escola, fala da professora nova, diz que é muito gentil e inteligente, tem aprendido muita coisa nova, fazer tranças é uma delas, tenta fazer no cabelo dele, enquanto disserta de forma encantada pela tal mulher, mas o cabelo do professor é curto, logo desiste e refaz a sua.

Depois que terminam o jantar, ela canta para ele, tem uma voz doce, gostosa de ouvir, ela é boa com rimas, vive inventando formas para música, e o surpreende quando faz um som diferente com a boca, já tinha ouvido a mesma coisa, há muito tempo nas ruelas da capital.   

— Aonde aprendeu isso? — Ele pergunta, Peeta nunca havia ensinado isso em suas aulas, a guerra censurou o estilo musical, já que era um dos símbolos da guerra.

— A professora Everdeen, — Prim responde. — Ela nos mostrou um vídeo, disse que foi por muito tempo um som proibido, é verdade? — Antes de responder ele se levanta, pega uma colcha grossa e joga por cima do corpo esguio da menina.

— Foi sim! — Peeta explica — O Rap começou no Distrito 11, a música, é extremamente fidedigna à improvisação poética, de som e do canto falado e foi se espalhando e popularizando entre as classes mais pobres até atingir os mais ricos, com isso as pessoas começaram a se rebelar, organizaram greves, motins, passeatas, o líder do movimento foi Trash Jack, o mais jovem guerreiro que libertou os Distritos de Panem.

— Então é isso que a Srta. Everdeen que fazer...

— O que ela quer fazer? — Ele deita no colchão ao lado dela, estimulando a continuar.

— Libertar nosso Distrito das garras do Prefeito Trad. — Prim boceja — Toda a escola irá protestar, em frente à prefeitura, ela convocou uns amigos da imprensa, eles irão nos filmar, Panem toda ficará sabendo que ele não cumpre com seu dever. Vamos protestar usando a música. Vamos usar o rap como motivo de nossa luta! Que tal me ajudar a escrever?

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Feitos um para o outro!

Parte 3

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Suspensa na arvore, Katniss começa a pensar que ser devorada por um animal selvagem não é um jeito digno de morrer. Morrer dessa forma não daria chance à sua família de ao menos velar por seu corpo. Ela teria o mesmo destino de David e não queria isso.

 Pensar nisso, faz seu corpo reagir, então olhou para  os lados, e comemorou por estar usando roupas confortáveis, nada de salto alto e sim uma bota sintética que lhe permite  escalar montanhas, caso quisesse, mas como nunca subiu em árvores antes, encontra dificuldades, por isso  retira o sapato, isso facilita a subida, lá em cima se sente segura, embora os barulhos se intensificam, fazendo o medo ganhar lugar, porque percebe que escolheu uma arvore de galhos finos demais que, não suportará o peso dela por muito tempo, então, desesperada, Katniss grita por ajuda, mas ninguém aparece, sua única saída é recorrer as forças divinas, fecha os olhos e então algo sobrenatural acontece.

— Ei, moça o que está fazendo aí? — Katniss paralisou, arrepiou, aquela voz de novo... — É só um gato, desce daí ele não faz mal a ninguém.

A mulher em cima da árvore começou a tremer, rezar, porém, fazer o pedido inverso,

— Eu... — Ela não consegue falar, nem abrir os olhos, apesar de ter clamado por seu retorno, sessões espiritas até, tem medo de fantasmas, ouvir a voz que ela supõe ser de David lhe deixa apavorada.

 — É um gato, o que pensou que fosse? Um lobisomem?  — O homem ri, até seu riso continua o mesmo, ela pensa que deveria descer logo, para agarra-lo e fazer tudo que tinha vontade, mas...— Esse galho não vai aguentar — Diz ele em tom de alerta e quando o galho começa a ceder, isso a faz mexer, mas não há tempo suficiente para descer, pois quando faz mais um movimento, o galho se parte ao meio, logo ela está no chão se contorcendo em dor. — Você está bem? — Ele pergunta, iluminando o rosto dela com uma lanterna, cuja visão está turva, bastante embaralhada, mas ela esforça para olha-lo e quando o vê não saber dizer com precisão se ele é real ou não.

— David? — Murmurou ela, tentando tocar no rosto dele, mas, ele contorce a face e se afasta. — Você voltou para mim? — Pergunta ela com uma voz boba e algumas lagrimas escapam dos olhos, acha que ele também está emocionado, já que apenas a olha e não diz nada, quer dizer, não até ela tentar beija-lo.

— Eu não sou o David!! — Ele refuta em tom irritado, se afasta até lhe dar as costas.

— David, eu sei que é difícil para você, passou muito tempo morto, deve ser difícil se adaptar, mas eu estou aqui, meu amor, não se preocupe.  — Ela dribla o cascalho, as pedras, ignorado o quanto está gelado. — David, por favor!!! — Ela o chama pela última vez, até sua imagem sumir entre as arvores, mas ela grita quando pisa em algo pontiagudo.

Peeta que se encontrava a alguns metros de distância, compreende que ela precisa de ajuda, por esse motivo, se reaproxima.

— O que foi de novo?

— Eu cortei — Ela diz olhando para o ferimento, mas esquece a dor por um segundo, apenas para observa-lo, ele parece real demais para ser uma assombração, recua o corpo quando a mão cálida dele toca na pele frágil do pé!

— Vai precisar de ataduras, e antibióticos, se prometer que não vai agir feito louca eu me disponho a ajudar...

Katniss abre a boca.

— Eu não sou louca!

Peeta arqueia as sobrancelhas.

— Ah, não?

— Vai me ajudar ou vai ficar parado feito um inútil? — Ela não responde à sua indagação, a dor estava tomando conta, não queria nem saber se ele era ou não era David, só queria algo que fizesse a dor parar.

Então, de repente, Peeta passou os braços por baixo das pernas dela, e carregou, rumando em direção à sua cabana, e durante o percurso, ele a observa, intrigado por ela tê-lo chamado pelo nome do irmão. Será que ela era mais uma das seguidoras de David ou era só uma fã?

— Peeta, aonde estava... — Prim interrompe a pergunta ao ver com quem ele estava acompanhado. — Professora Everdeen?

— Preciso de água quente e panos limpos — Ele deita a mulher na cama.

Então, Prim o ajuda a providenciar tudo, tinha uma caixa de primeiros socorros, analgésicos para dor e gases, para tapar a ferida.

— Não foi profundo — ele fala quando termina o procedimento — E não vai precisar de ponto.

Sentindo-se melhor, Katniss, finalmente abre os olhos e avista Prim entre eles.

— O que faz aqui? — Pergunta olhando para sua aluna, aferindo as características deles...eram pai e filha?

— Peeta vai ser meu pai um dia. — Prim responde com um sorriso.

Katniss olha para o rapaz.

— Peeta? — O olhar da moça é pura confusão.

— Peeta Meelark... — Ele se apresenta, sentando num banco próximo a lareira.

— Mellark? — Que brincadeira era aquela?

Peeta sorriu e jogou a cabeça para trás, adorava toda vez que alguma das admiradoras do irmão o confundisse com ele, adorava dizer a elas que ele não estava morto e sim desfrutando boa vida na Fortaleza Colonial, para onde Presidente Snow e seus aliados fugiram quando os distritos tomaram a capital, quando fala isso a ela, no começo não acredita.

— Sou irmão dele,

— Irmão dele? — Ela arregala os olhos — Eu não sabia que ele tinha um irmão, ainda mais... gêmeo?

— Eu também não sabia de sua existência...quanto tempo ficaram juntos?

Ele parece se divertir com isso, mas ainda não conseguia parar de pensar que ela foi mais uma das idiotas que acreditou nas promessas do irmão.

Katniss nem sabia dizer com precisão, foi pouco tempo, mas o suficiente...para ama-lo por toda uma vida, até mesmo ignorar seus defeitos.

— Pelo que vejo não foi tanto tempo assim...

— Mas, foi o suficiente para que eu me apaixonasse por ele.

— Ah, sim, claro, David era irresistível — ele zombou — Uma pena que não era a única tapada que acreditava nele.

— Não ouse manchar a imagem do seu irmão e, eu...— ela mordeu o lábio —...não sou tapada, apenas por acreditar no amor verdadeiro.

— Amor verdadeiro... tão verdadeiro que a deixou para trás.

Katniss já estava ficando vermelha de raiva, queria se levantar para bater nele ou correr dali, não conseguia compreender porque falava aquilo, David estava morto, devido aos ataques a capital.

Ia refutar, mas Prim a interrompeu, dizendo que estava tarde e ela precisava descansar.

Então, Peeta levantou da cadeira, retirou o casaco longo e grosso que vestia, estirando ao chão como cedeu sua cama para Katniss dormiria ali, enquanto isso, Katniss o observava com rabo de olho, não conseguindo deixar de notar o quanto ele era forte. Em suas lembranças poderia afirmar que ele era mais encorpado que outro loiro.

— Ele é bonito, não é? — Prim que fingia estar dormindo, sussurrou no seu ouvido, deitou ao lado da professora e cedeu o colchão para Peeta. — Peeta!!! — O chamou.

Quando ele correspondeu seu chamado, ela apontou para o colchão vazio e Katniss escondeu o sorriso, vendo-o se aproximar e beijando Prim no rosto. Ambos deitaram, mas a mulher não conseguia pregar o olho, não dormiria, até obter todas as respostas que queria.

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Feitos um para o outro!

Parte 4

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O dia na campina, era tão quente quanto a noite era fria, Katniss se remexia ao ouvir o barulho vindo de fora da casa, então levantou da cama, pulando em um só pé, avistou Peeta sem camisa na beira do lago, ele retirava as entranhas de um peixe e logo em seguida o enrolava numa folha verde, enquanto Prim, segurava uma cesta e colocava alguns morangos grandes e vermelhos em seu interior.

Ela olhou para dentro da casa. Parecia mais um chalé de inverno, simples, mas aconchegante, caminhou até o banheiro, lavou o rosto, seu pé estava dolorido, porém com os cuidados de Peeta a dor havia diminuído, deveria voltar para casa da amiga, que inclusive deveria estar preocupada, mas se recordou da ameaça do prefeito e sentiu uma raiva crescendo no peito.

Não iria partir. Estava obstinada a seguir com a manifestação. Ela não deixaria o distrito, sabendo o acontecia ali. O que acontecia a Prim, a Peeta.

— Preciso ir. — Ela saiu para o lado de fora.

— Vai para onde? — Prim indagou.

— Consegue andar? — Foi a vez de Peeta falar, parecia preocupado. 

— Temos uma manifestação para organizar, lembra?

Prim olhou para Peeta e sorriu.

— Eu já volto — A garota entrou na cabana e voltou de lá com um dos cadernos de Peeta. — Eu escrevi um rap, quero dizer o Peeta me ajudou, que tal ensaiarmos um pouco antes de ir? Se gostar podemos usar como hino da nossa manifestação.

Katniss aceitou o pedido de Prim, que lhe entregou alguns morangos e pediu que ela se senta-se numa pedra próxima ao lago. Ela fez isso, Peeta juntou-se  à elas um tempo depois, quando já estava devidamente vestido.

— Prontos? — Prim perguntou antes de começar a cantar o ritmo uma vez proibido, porém agora, seria novamente o símbolo da luta que mudaria a vida de todo o distrito, até mesmo a de Katniss, que através disso conheceria  o verdadeiro significado da palavra amor.

Você, você vem para a árvore

Onde enforcaram um homem que dizem que matou três

Coisas estranhas aconteceram aqui

Não mais estranho seria

A gente se encontrar à meia-noite na árvore-forca

 

Você, você vem para a árvore

Onde o homem morto clamou para o seu amor fugir

Coisas estranhas aconteceram aqui

Não mais estranho seria

A gente se encontrar à meia-noite na árvore-forca

 

Você, você vem para a árvore

Onde mandei você fugir para nós ficarmos livres

Coisas estranhas aconteceram aqui

Não mais estranho seria

A gente se encontrar à meia-noite na árvore-forca

 

Você, você vem para a árvore

Usar um colar de esperança e ao meu lado ficar

Coisas estranhas aconteceram aqui

Não mais estranho seria

A gente se encontrar à meia-noite na árvore-forca

 

Você, você vem para a árvore

Onde mandei você fugir para nós ficarmos livres

Coisas estranhas aconteceram aqui

Não mais estranho seria

A gente se encontrar à meia-noite na árvore-forca

 

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Feitos um para o outro!

Fim

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Notas finais do capítulo

Recadinho pessoal essa one é a última da primeira rodada e que a segunda rodada começa a partir do dia 15/07.