Forget About Me escrita por Lia Mayhew


Capítulo 12
Capítulo 11 – Lockness


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, faz um bilhão de anos. Boa leitura!



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I want it all, love

 

Molly ajeitou o vestido após soltar o avental. Arthur riu, amorosamente, da repetição do gesto da esposa.

— Molly, você está ótima. É apenas uma garota, não precisa de tanto alarde.

— Ninguém que os meninos nos apresentam é apenas uma garota, Arthur. - Molly voltou sua atenção para o forno - Eu só queria entender o que aconteceu com a garota Johnson, Angelina. Ela substituiu Fred por George, de uma hora para outra.   

— Talvez ela nunca tenha aprendido a diferenciar eles, como você.  – A ruiva não pareceu apreciar a piada – Desculpe, querida. Continue.

— Não quero ninguém brincando com os sentimentos dos nossos filhos. Eu sei mais do que ninguém que os gêmeos são bem emotivos quando querem. Espero que essa garota nova tenha um pouco de juízo.

— Ninguém está brincando com os meus sentimentos, mãe. Especialmente, não Angelina. – Fred interrompeu, não parecendo ter gostado do que ouviu. – Eu vou buscar Layla.

 

 

— Você está nervosa! Está com medo de que seus sogros não gostem de você? Vou ser sincero. Eu me preocuparia com isso, se fosse você.

Layla revirou os olhos.

— Fica quieto, Brendon. Se dependesse de você, eu estaria indo encontrar os Malfoy agora.

— Nem brinque com isso. - O garoto se ajeitou na cama da irmã. – Aquele garoto ainda me assusta até hoje.

— Não se aproxime dos meus vestidos. Se você amassar, vai passar. Sem magia.

Relativamente longe de Brendon, havia dois vestidos esticados sobre a cama.

— O que é isso? Suas personalidades estão brigando para decidir quem vai sair hoje?

Layla suspirou alto, virando para o seu espelho com um rímel na mão.

— Eu queria tanto ser filha única. Não faço ideia do que você está falando. Os dois vestidos são ótimos.

— Eu tenho quase certeza de que esse vestido roxo foi banido do restaurante do clube. Não parece uma boa escolha para sua apresentação na Inglaterra rural.

— Aquele lugar já viu escândalos muito piores do que fendas na coxa. Depois, também não é a Inglaterra rural, Brendon. Aposto que somos mais provincianos do que eles.

— Duvido.

A maquiagem que Layla fazia para o almoço era bem simples. Escolheu fazer sem magia para um acabamento melhor. Pele com cobertura média, rímel e batom claro. Sua apresentação era compatível com a nora de alguém. Ainda usando um robe rosa, encarou os vestidos. A sua segunda opção era um vestido vinho reto de alcinha com uma saia que ia até a altura dos joelhos. Era bonito, adequado e seguro.  

— Suma daqui. Vá procurar a sua namorada. Preciso me vestir.   

— Layla. – Brendon se levantou e tocou no ombro da irmã, com um tom sério. Logo, voltou ao ar de diversão - Fico feliz que você não pretende mais destruir o coração dele.

— Eu nunca falei isso. – Brendon não deu importância para a resposta e continuou com a mesma expressão. A campainha tocou. – Se for Fred, peça para ele entrar, por favor. Eu já desço.

Obediente, ele foi atender a porta. Seria hipócrita implicar com Fred agora, mas não ligava. Era incapaz de agir de qualquer outra maneira. Nunca teve que lidar com namorados da sua irmã. O seu desinteresse era o bastante, já que todos eram, sem exagero, idiotas ou temporários. Algo em presenciar Layla sair para conhecer os pais de alguém fazia Brendon acreditar que essa vez não seria igual. Abriu o portão e percebeu que o ruivo estava ainda mais nervoso que sua irmã. Não era capaz de dizer o que nele tinha atraído Layla.

— Entre. Layla está se arrumando. – Brendon fechou o portão e acompanhou o Weasley até a entrada da casa. – Da próxima vez, aparate direto aqui dentro. Não precisa ficar parando no portão.

Brendon conduziu Fred até a sala de estar, era mais utilizada para receber visitas do que pela família, que preferia a sala do solário. De frente um para o outro, nas grandes poltronas almofadadas, o anfitrião analisava friamente o convidado, sem qualquer discrição.

— Ainda não sei como você e a minha irmã se conheceram. Aposto que é uma história interessante. Vocês não frequentam os mesmos lugares.

Fred sentia-se encurralado e aquela pergunta parecia, sem dúvida, uma armadilha. Dizer a verdade o faria parecer uma aproveitador e colocaria em risco o respeito que ainda sequer tinha conquistado da família de Layla. Ele queria ser visto como uma opção – preferencialmente a melhor, com sorte a única – de parceiro ideal. Como Brendon esperava uma resposta, o ruivo pronunciou as palavras que conseguiu.

— Nos conhecemos em um bar.

— Sério? – Brendon recuperou o tom de babaca – Adorável. Imprevisível.

— Olha, Brendon. – Fred decidiu se manter firme, era a melhor maneira de lidar com meninos mimados - Eu gosto da sua irmã, de verdade.

O escocês deu uma risada ao notar que Fred não fazia ideia do que estava acontecendo ali.

— Eu sei disso, Weasley. – O ruivo continuou apático – Também não é comigo que você precisa ter cuidado. A Layla é capaz de derrubar garotos de maneiras que eu nem consigo imaginar. Se eu tivesse que me preocupar com alguém, seria com você.  

Brendon ficou satisfeito com o impacto aparente de suas palavras em Fred.

Nesse momento, Layla anunciou que estava pronta, aparecendo pela porta que ligava a cozinha. O seu cabelo estava, em parte, preso em um coque e o resto solto nas costas. Ela tinha optado pelo vestido vinho e calçava sapatos baixos.

— Fico feliz que ainda não tenha fugido, Fred.

— Não sei sobre o que você está falando, Layla. – Brendon se levantou e deu um beijo na bochecha da irmã, piscado para Fred – Eu sou muito agradável.

 Ela ignorou o comentário, se aproximando de Fred. Ficou na ponta dos pés para dar um selinho nele.

 – Tchau, Brendon. Não me espere acordado.

Layla pegou o ruivo pela mão e se preparou para aparatar. Não pode deixar de ouvir o grito do irmão.

— Te esperar acordado, garota? Você está saindo almoçar!

 

 

— O seu irmão é um cara sério.

Eles aparataram mais afastados da Toca, separados por 5 minutos de caminhada. Medidas de segurança não permitiam aparatar dentro da propriedade Weasley. Andavam de mãos dadas.

— Ele é um pateta. Na verdade, desconfio que ele gosta de você. Ele não é uma pessoa sociável e nunca fez esforço para conversar com ninguém que eu já o apresentei.  

Fred apertou seus lábios. Uma característica própria que considerava essencial para sua identidade era sua autoconfiança. Gostar de Layla não significava que tinha interesse em parecer inseguro. Ainda assim, nesse momento, não conseguia evitar o sentimento de vulnerabilidade e a necessidade de validação.

—  E você? Gostava de algum garoto com que saía?

— Não odiava todos eles, se é isso que você está perguntando. – O comentário escapou da boca de Layla de uma forma mais provocante do que almejava.

O telhado da Toca já poderia ser avistado da distância em que estava. Sem receber uma resposta direta, Fred parou de andar assim que ouviu o que ela tinha dito.

— Eu estou perguntando se você já se apaixonou por algum deles.

Layla soltou a sua mão.

— Quando eu te dei a impressão de eu era apaixonada por outra pessoa?

— Eu não acho que você gosta de outro. Só que também desconheço como você trata quem você não está apaixonada por. É sempre assim?

— Você acha que eu não estou apaixonada por você?

Era irritante a maneira dela responder as suas perguntas com outras perguntas em um momento em que ele estava fazendo um esforço para ser transparente e direto.

— Da última vez que eu tive certeza de que você gostava de mim, levou apenas uma semana para você me largar.

Fred permanecia calmo. Sua voz tinha falhado um pouco no final, mas, fora isso, não se alterou em nenhum momento. Molly apareceu na frente da casa antes que Layla tivesse oportunidade para responder.

— Crianças. – Ela se aproximou do casal. Parecia feliz em vê-los. - Vocês demoraram, já estávamos ficando preocupados.

Ignorando todas as alterações emocionais anteriores, Layla assumiu um ar de educação distante. Fred tinha visto ela fazer essa mudança antes, quando eles encontravam alguém em Berwick-upon-Tweed. Ela se esforçava para ser gostada, mesmo que ele achasse que qualquer esforço fosse desnecessário frente do seu charme natural.

— Peço desculpa. A demora foi minha culpa, Senhora Weasley. Receio ter escolhido os sapatos errados. É prazer conhecer a Senhora.

Provando a teoria de Fred, Molly já a observava encantada.

— Não há nada pelo que se desculpar, querida. Por favor, me chame de Molly. Você deve ser Layla. Fred fala muito de você.

Fred ficou calado.

— Olha só, alguém está quieto hoje. Tem uma primeira vez para tudo.

— Assumo a culpa por isso também, Molly.

— Certo. – Molly estava desconfiada. – Então, vamos entrando. Está tudo pronto para o almoço.  

Layla não notou no primeiro instante, mas a casa era torta. Tinha vários andares e parecia que ia cair a qualquer minuto. A sensação era de que tinha sido aumentada às presas ou remendada, como a calça preferida de alguém. Era diferente e confortável. Além disso, tinha visto as galinhas e os porcos na entrada. Brendon estava certo sobre a Inglaterra rural.

No interior da casa, ela foi recepcionada por um homem ruivo de olhos azuis.

— Que bom que vocês chegaram!

Pelo visto, a simpatia era um traço de família. Mesmo não a conhecendo, eles pareciam tão felizes em vê-la.

— Nós?

Arthur a cumprimentou com um aperto de mão e um toque no ombro.

— Claro, claro. Quem mais? É um prazer conhecê-la, Layla. Sou Arthur. Sente-se, vamos.  

Arthur engatou uma conversa com ela e fez questão de levá-la até a sua oficina, assim descobriu que sua mãe era trouxa. Encontraram George no caminho, enquanto Fred e Molly ficaram na cozinha.

 

 

Lá, Fred não parava de pensar no que tinha dito. Se sua estratégia era evitar assustar ela novamente, tinha sido estúpido. Contudo, nem sabia se ele era a única pessoa com quem ela estava saindo. Independente da resposta, seu interesse por outras garotas continuava o mesmo, zero. Afinal, ele estava apresentando sua família para ela. Já não deveriam ter superado esta questão antes?

— Você está estranho, Fred. Faz semanas que você não para de falar sobre trazer essa garota para cá e, agora, não diz uma palavra.

Para manter a salada fresca, Molly cortava as folhas que ele tinha colhido do jardim, pela manhã. Pela janela, viu Layla sair da oficina de braços entrelaçados com seu pai. Desejou que tivessem tido oportunidade de terminar a conversa antes de entrar na Toca. Era difícil controlar as suas expectativas sobre o relacionamento deles e conduzir o apego de seus pais era outro desafio.

— Eu não sei se ela gosta de mim.

— Não vejo motivo pelo qual ela não gostaria. – Molly apertou o queixo do filho –  Isso não tem tanta importância se você realmente gosta dela. E você claramente gosta. Agora, coloque a salada na mesa.

Fred obedeceu a mãe. Seu pai, George e Layla já estavam sentados na mesa. Molly chegou com os demais pratos e o almoço seguiu tranquilo. Foi hipnótica a maneira como Layla interagiu com seus pais. Antes da sobremesa, ele percebeu que estava arrependido da discussão. O jeito que ela agia era adorável e em sincronia com a energia da família. Qualquer um pensaria que era uma amiga íntima antiga. 

— Molly, isso é maravilhoso! – Afirmou Layla, limpando com elegância um pouco de molho no queixo – Não consigo me lembrar da última vez que eu comi comida caseira.

— Obrigada, meu bem. De agora em diante, você vai comer tanto que vai até enjoar.

A jovem ofereceu um sorriso envergonhado e abaixou a cabeça.

— E você vai se formar em breve, eu presumo? – Perguntou Arthur.

— O julgamento recomeça – Sussurrou George, aproveitando para escapar da mesa.

— Vou sim, em julho. Inclusive, Fred está me ajudando a estudar para as provas finais. Vocês devem ter muito orgulho do trabalho dos seus filhos na loja. Tudo é tão criativo e inovador. Não são muitos que conseguem potencializar e administrar esse talento na nossa idade.

 Os olhos de Fred grudaram na figura dela. A defesa das suas escolhas era apresentada com uma paixão que ele não esperava.

— O que eles fizeram foi muito irresponsável.

— Com certeza, Arthur. Agora, parece a maior loucura desistir da escola e abrir um novo negócio. Genialidade – Ela riu do trocadilho e olhou para ele com um brilho nos olhos – nunca parece normal.  Contudo, se o que eles querem é ter o próprio negócio, a longo prazo, eu acho que eles fizeram uma boa decisão. Eles viram uma abertura em um mercado dominado apenas pela Zonko’s e agiram dentro da janela de oportunidade. As criações que eles desenvolveram são muito superiores a tudo que a Zonko’s fez na última década. Sem falar da coragem em enfrentar uma autoridade injusta que levou a expulsão indevida dos dois. Ah, estou falando demais. Vocês sabem os filhos que tem.

Embora tenha sido sincera, Layla sentiu que havia falado besteira. De qualquer maneira, realmente acreditava que falar com convicção e confiança era o suficiente na maioria das vezes. Com suas palavras refinadas, Layla tinha roubado a atenção de Molly e Arthur. Algo no discurso acalmou o coração dos pais, ao menos em relação a alguma parte do futuro de Fred. Em poucas horas, ela tinha conseguido a aprovação dos Weasley.

 

 

— Eu sinto muito. Fui insensível.

Fred e Layla ajeitavam, com magia, a cozinha. Os pratos e as panelas voavam. Bolhas de sabão enchiam a pia.

— Não precisa pedir desculpas. Não é da minha conta o que aconteceu no passado.

— É seu direito expressar o que sente. Estou cansada de esconder as minhas emoções das pessoas com quem me importo. Eu estou almoçando com a sua família. Não existe mais ninguém. Eu amo você, Fred.

Fred perdeu a concentração e fez uma chaleira cair do ar. Layla entreabriu a boca e tinha um pano de prato pendurado no ombro. Ele se aproximou, colocou as mãos na cintura dela e beijou Layla até Molly chegar para ver o que estava acontecendo na sua cozinha. Ela expulsou os dois antes que algo fosse quebrado.           

Os dois foram se deitar em uma colina no jardim, após pegar várias tortinhas de abóbora e tirar os sapatos. Ela estava acomodada no colo dele. O dia estava lindo, sem nenhuma nuvem no céu. Fred estava inclinado de modo que o sol não pegasse o rosto dela. O cabelo dele sobre a luz do sol ficava do tom de um vermelho alaranjado que parecia fogo.

— Fiquei surpreso com o seu entusiasmo com a loja. George e eu não estamos acostumados com apoiadores.

— Fred, você sabe o que você gosta de fazer. Para mim, isso já é incrível. Eu estou estudando para as provas finais e não consigo ver nada além do colégio.

— Assim que você descobrir o que quer, sei que vai ser imbatível. Se tiver interesse, ouvi dizer que o Beco Diagonal tem cantos surpreendentes. 

O rumo da conversa tinha mudado. O sorriso sacana dele que ela amava tinha aparecido.

— Com certeza. Eventos inexplicáveis acontecem naquele apartamento da sobreloja. 

— Que tipos de eventos?

— Você sabe. – Layla se pendurou no pescoço do ruivo, afundando o rosto nele. – O tipo que não devemos falar no jardim dos seus pais.

— Então, por favor, vamos sair daqui agora.

Para fazer graça, Fred saiu correndo colina abaixo. Layla riu e estava pronta para correr em seguida, quando pisou em um pedaço de grama molhada, sujando o pé de barro pegajoso e aquecido. O que deveria ser um pequeno inconveniente, despertou uma sensação muito ruim nela. Era como se uma memória intrusa invadisse os seus pensamentos.

 

 

A menina chorava compulsivamente com o rosto apoiado na mesa da cozinha. Do lado, a mãe agia como se não houvesse nada de errado e continuava lendo o jornal.

— Não tem motivo para você chorar. 

A criança continuou a chorar ainda mais. Os olhos azuis da mãe, que contrastavam com os castanhos escuros da filha, desviaram o olhar para a menina, que usava um vestido florido. Havia sangue escorrido na sua perna, manchando a meia branca e a sua sapatilha. Ainda estava fresco. No seu pé, a menina sentia o sangue quente e grudento.

— Você me machucou. – Ela disse com a voz fraca.

A mulher começou a perder a paciência e se ergueu da cadeira.

— Você sabe que não foi isso que aconteceu. Já estou cansada dessas bobagens.

A mulher chutou uma das pernas da cadeira em que a filha estava sentada. A cadeira cedeu com o impacto, derrubando a menina. Ela se contorceu com dor no chão, fazendo a mãe gritar:

— Costumava pensar que uma filha minha não poderia ser tão fraca.

Na sala, o grito provocou o choro de outra criança. 

 

 

Layla não voltou para casa de madrugada. Era final de tarde. Encontrou o pai e o irmão lendo no solário. Inventou um pretexto para falar sozinha com o irmão, no seu quarto.

— Você está querendo o que? Se for reclamar do jeito que eu falei com o Weasley...

— Não, é outro assunto. Lembra de como eu ia começar a fazer escolhas melhores e não ia esconder o que acontece comigo?

— Claro.

Brendon nem piscava de tão interessado no assunto.

— Você não pode começar a me analisar e fazer muitas perguntas, senão nunca mais vou tentar. Eu tive uma sensação horrível hoje. Lembrei de algo que não parece verdade.

— Pode falar.

— É sobre a mamãe.  

 

 

Molly e Arthur se preparavam para dormir. Ajeitavam os cobertores, juntos.

— Eu gostei dela. Parece uma boa menina.

— Ela é um doce. É fácil ver por que Fred está apaixonado por ela.

Eles tinham gostado de Layla, porém um detalhe pairavam sobre o assunto. Nenhum dos dois queria mencionar.

— De onde Fred disse que ela é?

— Ela mora em um lugar esnobe bem no Norte. Nasceu na Escócia e o sotaque entrega.

O casal entrou dentro do lençol, ainda incapaz de dormir.

—  A Escócia fica bem longe. Gentil, arrumadinha, inteligente. Mas com traços bem comuns, não é, Molly?

— Acho que sim. E tem algo que lembra todas as meninas abastadas que estudaram com a gente na adolescência. Deve ser a roupa ou os sapatos.

Não era o traje, nem os traços comuns. A intimidade permitia que soubessem exatamente de quem estavam falando, mesmo que não tolerassem colocar em palavras.

— De qualquer forma, isso faz tanto tempo, querida. Não há nada com o que se preocupar.

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Algum palpite para os próximos acontecimentos?

Não esquecem da playlist da história no youtube (https://www.youtube.com/playlist?list=PLXc1sKuJPNuTLobNAl_OW60KvEvE-ASGG), com as músicas que nomeiam os capítulos e que eu estou sempre atualizado.

Beijos e até o próximo!



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