Crônicas Shinobi - O Sussurro escrita por Crascutin


Capítulo 4
NORMAL Chapter


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, galerinha. Felizes com a vida??? Estou aqui só de passagem, mesmo. Para não dizerem que sou mal-educado :P
Boa leitura...
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Capítulo 4 - Lembranças Conturbadas

Na noite da crise do Naruto - Flashback

Nessas poucas horas de tratamento, Naruto recobrou sua consciência e até reconheceu sua mãe ao seu lado. Isso animou a todos os presentes.

Seu quadro clínico foi estabilizado, pelo resto da noite.

— Eu me encarregarei do tratamento dele, Kushina. Nós já obtivemos algum resultado sobre a súbita amnésia. Aos poucos, ele deverá recobrar as lembranças e reconhecer a todos.

Tsunade falou para Kushina. Tentando transmitir um pouco de segurança, nessa difícil situação.

Kushina estava ao lado do filho, emocionada por saber que ele estava melhor. Segurava a sua mão, enquanto as ninjas médicas estavam terminando o básico, para levá-lo até a divisão de pesquisas e desenvolvimento do hospital.

***

Dez dias depois

Naruto foi liberado do hospital, mas com certas restrições. Seu problema só estava controlado. Não se sabe nem a causa e nem a forma de tratar adequadamente. A melhor opção foi mandá-lo para casa, afim dele reestabilizar as conexões com suas lembranças. Perto de sua família, ele se recuperará mais rápido. Isso foi observado nesses poucos dias.

— Fique de olho nele e evite que faça muito esforço. Recomendo adiar sua volta na academia. Ele é um rapaz esperto e talentoso. Além disso, será por uma boa razão. – Tsunade explicava os últimos detalhes, passando algumas recomendações.

— Duvido que o pai dele reclame disso. Falarei com Minato sobre esse problema. Meu marido dará um jeito na situação da academia. Ele ainda conseguirá se formar, mesmo com estas faltas. Mais importante que assistir aulas, é ele agora se recuperar, dattebane!

Tsunade assumiu a frente da ala de pesquisas, para interpretar os sintomas e analisar as amostras dos exames feitos. Não deixando nada passar. Ela passou as duas últimas semanas enclausurada ali. Tudo para garantir um diagnóstico preciso e seguro para o rapaz.

Com pequenos estímulos, ele foi reconhecendo sua família. As suas lembranças estavam ali, só faltava “acessá-las”.

Primeiro foi sua mãe, depois seu pai. Um pouco difícil foi reconhecer sua irmã. Parecia que ela não “fazia parte”. Não era uma questão de sentimentos. Eles realmente amam um ao outro. São irmãos carinhosos e ligados. Mas não foi fácil para sua mente “recuperar” estes momentos.

***

No dia seguinte

— Com o incentivo certo, estimulando sua memória diariamente, ele irá se recuperar. Mas o que mais me preocupa é a razão desta amnésia. Como um rapaz jovem e saudável, de uma hora para outra, perde as memórias e fica nessa situação? Seu quadro foi estabilizado, mesmo assim, não devemos menosprezar o problema.

Shizune ajudava no que podia. Por ser a ninja mais capacitada de Konoha, depois de Tsunade, ela providenciou logo os resultados e ambas estão testando soluções e debatendo a melhor forma de tratamento. Algo que leva muito do tempo e atenção de ambas.

— Não está na hora dele aparecer? Até agora o Naruto-kun não se atrasou um minuto sequer. Sua mãe foi inflexível com ele sobre isso. Será que houve algum imprevisto depois que ele voltou para casa? – Shizune conversando com Tsunade sobre o estranho atraso do garoto.

— Não sei. Vamos esperar um pouco mais. Se tiver mesmo acontecido algo, logo aquele furacão vermelho virá avisar. – Comentou Tsunade, sobre a personalidade inquieta de Kushina quando nervosa.

Flashback OFF

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Em uma das salas da academia ninja, logo pelo horário da manhã.

Pouco antes do período de aulas começar, enquanto os alunos estavam chegando... Ali estava um shinobi pensativo. Com os pensamentos longe daquela baderna de crianças correndo e conversando.

— Mas onde será que se meteu aquele pirralho? Eu deveria ir à casa do Hokage-sama saber o porquê de tanta ausência. Já foram duas semanas! Se continuar assim, ele não passará no exame...

Estava um instrutor, se questionando sobre o “sumiço” de um de seus alunos. Um que lhe provoca muita dor de cabeça, diga-se de passagem. Mas que faz muita falta estando tão ausente assim. É como dizem: os mais problemáticos são os que despertam laços...

Este era Iruka, um jovem chunnin e também sagaz instrutor da academia. Muitos se afeiçoam a ele, pois sempre se dedica a ensinar e fazer o melhor por seus alunos. Ele verdadeiramente carrega consigo a vontade de fogo, uma forte herança cultural, que motiva os habitantes desta aldeia ninja.

Iruka ficou preocupado durante a reunião de prestação de contas, pois não encontrou seu aluno mais bagunceiro. Durante a reunião, ele até cumprimentou Kushina e perguntou sobre Naruto, mas nenhum dos dois teve resposta sobre o garoto. Era sobre isso que ele ficava se questionando, enquanto os dias de aulas passavam... Por que seu aluno sumiu e o que fazer sobre.

Pouco depois dele “resmungar” consigo mesmo em uma mesa no centro da sala na parte próxima do quadro negro... Eis que surge Naruto, sendo “arrastado” por Sasuke.

— Mas onde foi que você se meteu, Naruto? Por acaso acha que está tudo bem ficar faltando, com apenas um mês das provas que decidirão seu futuro? – Falou Iruka indagando o garoto por conta de seu sumiço repentino e sem justificativa.

— S-sinto muito, err... Sensei. Farei o possível para recuperar-me. Meu amigo aqui já tratou de me trazer. Não faltarei mais.

— Ahn? O que aconteceu com você? Está falando e agindo tão diferente...

— Deixa ele, Iruka-sensei. Desde quando o encontrei, está agindo assim. Deve estar querendo nos pegar em uma de suas palhaçadas.

— Então, tá. Sentem-se. Estamos para começar a aula.

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— Mentalizem uma imagem. Uma foto, um sonho. Façam-na começar a ganhar movimentos. Seja um cachorrinho abanando a cauda, uma maçã caindo do pé. Um abraço em alguém querido. Canalizem o chakra nesta imagem. Deem vida a ela. Transformem-na no mais real em suas mentes.

Definam os detalhes... Sintam o cheiro. Vejam se o tempo está nublado. Provem do seu prato favorito...

Agora descrevam com fervor. Confidelizem em seus corações cada traço do que viram e imaginaram. Usem o chakra para moldar essa sensação. Como já foi há muito ensinado. Concentrem o pensamento na imagem e enviem o seu chakra para ela. Com isso, cada informação mentalizada, ganhará cada vez mais “realismo”.

Faça um rodízio com o colega ao seu lado, tente lhe transmitir isso tudo... Toque ou segure-o e envie o seu chakra ao mesmo. Enquanto faz isso, pense novamente na imagem. Descreva-a em voz baixa. E espere. Se seu colega começar a visualizá-la, então foi bem-sucedido.

Quando fizer isso, pare de transmitir o chakra e aguarde um pouco até seu colega se “normalizar”. Depois será a vez dele de lhe fazer o mesmo procedimento. Sejam atenciosos, pois seu colega confiou em você e lhe permitiu tal ato. Esta também é uma prova de confiança e trabalho em equipe.

— Hi!!!

Após tanta explicação, os alunos seguem a orientação do instrutor.

— Aos que não tiverem aptidão ao genjutsu... Seja ao transmitir, se recuperar ou receber seus efeitos por terem resistência muito alta a genjutsu. Venham falar comigo e irei orientar a melhor forma de lidar com isso.

Tendo um instante de silêncio, após ele falar, outro instrutor toma a vez e se pronuncia.

— Este será um dos últimos exercícios práticos, antes das avaliações finais. Exibam o seu melhor, para tentar obter a maior visibilidade. Não percam a oportunidade de mostrarem seu talento, ou isso poderá reduzir suas chances de sucesso na avaliação final. – Terminou de falar o instrutor Iruka.

***

Durante o intervalo da aula

— Mas o q-??? Naruto! O que está fazendo aqui? Não é hora para vir à academia... Você deveria estar com a Tsunade-sama.

— Desculpe, okaa-chan. É que o meu amigo me trouxe até aqui. Não me foi dada a oportunidade de escolha...

— ÃRRHH... T-tá. Tudo bem. Já que está aqui... Enfim. Você consegue continuar e terminar as aulas que faltam?

— Provavelmente. Além da visível dificuldade que estou em reconhecer praticamente todos, no resto, estou adequadamente estabilizado.

— Ufa. Bom. Isso me tranquiliza um pouco. Nenhum efeito colateral novo? Nada mais lhe aconteceu, certo?

— Não até o presente momento.

— Que alívio, dattebane. Não me preocupe mais, meu filho. Fique logo bem. Apronte por aí. Sei lá... Quero vê-lo logo cem por cento.

— Ok. Prometo me esforçar. Vou me dedicar a ser um pirralho chato que só te deixa enfezada, mas não traumatizada.

— Sim, sim... Não entendo como ou o porquê de você está falando assim... Até parece ser mais maduro do que deveria ser na sua idade. Mas vou aceitar isso como uma “melhora”. Ainda tem o meu moleque encrenqueiro aí. Só vou esperar você voltar totalmente para a nossa família.

— S-sim! Vou nessa kaa-chan. O sensei acenou para mim lá da sala agora. Até a hora do jantar, dattebayo.

— Até, meu menino.

“Agora é somente esperar e torcer. Quero que ele volte logo ao normal... Devo passar no setor do hospital, onde Tsunade-sama está encarregada agora. Ela já deve ter obtido alguns resultados”.

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Todas as aulas do dia ocorreram naturalmente, incluindo a que muitos não gostavam muito. Leitura e interpretação de sinais e códigos. Além de uma vasta revisão nos selos normais que formam os jutsus mais populares em Konoha. Muitos alunos acabaram cochilando na aula. Entre eles, Shikamaru. Mas isso nem era novidade... E todos receberam fortes puxões de orelha por tanta desconsideração.

Quando chegou o último horário das aulas, a sala ficou mais agitada e alegre. Influência da adrenalina de escapar desses enfadonhos ensinamentos.

— É isso por hoje. Não se esqueçam de revisar em casa ou onde convier as noções apresentadas hoje. Isso é muito importante. Já estamos quase no tempo das provas... Não deixem para cima da hora. Dispensados e se esforcem!

Muita correria e baderna. Nada mais existia ali, além dessa situação. Todos saindo da sala e indo resolverem seus assuntos pessoais. Sendo estudar, farriar ou quaisquer outras ocupações após este dia tão longo de aulas.

Uma garota que muito chama a atenção na academia, principalmente por ser de um clã tão influente, mas se comportar como qualquer outro pirralho que gosta de traquinagens naquela sala. Esta era Hyuuga Hinata. Ela estava bem feliz e animada, pois seu melhor amigo havia voltado a frequentar as aulas. Após um estranho sumiço, sem explicação.

Um tanto quanto “tímida” e sem jeito, ela estava indo falar com esse garoto e expressar que sentiu a sua falta.

— Olá, Naruto-kun. Faz um bom tempo. As coisas aqui andavam muito monótonas sem as nossas brincadeiras. Senti falta. Então, quando vamos aprontar novamente? Eu já andei fazendo algumas por aqui, mas não foi a mesma coisa... Sem falar que tive que limpar tudo sozinha. He-he-he.

Naruto nem sabe como reagir, mas sorri e agradece pela consideração da garota.

— Eu sou tão bagunceiro assim? Caramba. Mas tudo bem. Logo iremos pregar peças por esta academia. Agora eu queria saber: Porque a gente faz isso?

— Hi? B-bem, porque é divertido. É algo diferente da rotina chata daqui... Mas por que está me perguntando? Por acaso se esqueceu? Você mesmo me disse isso... Não estou entendendo-

— Ehhh, vamos logo, Naruto. Nossas mães estão nos esperando. Até, Hinata. - Sasuke logo o puxa, antes que sua brincadeira extrapole os limites.

— Ah, tá. Tudo bem. Até mais... Deixe-me ver... Hinada!

— Ahhh? O que v-você disse?

— Nada não. Esquece ele Hinata. Ele só está com a cabeça fora do lugar. – Diz Sasuke, enquanto o arrasta dali.

***

Sasuke e Naruto se despedem do lado de fora do prédio, pois Kushina chama o seu filho de longe. Naruto passa a correr para alcançar sua mãe, que o esperava já bem distante da entrada da academia.

— Olha só quem veio “te buscar” hoje, Otouto? – Falou um jovem rapaz alto, com longos cabelos e vestindo o tradicional colete chunnin de Konoha.

Estavam duas pessoas esperando do lado de fora da academia, enquanto crianças percorriam seus trajetos, em busca da saída do local. Era final de tarde e os jovens aprendizes estavam deixando mais um longo dia de aulas.

Estas duas pessoas esperavam um garoto em especial. Seu nome era Sasuke.

— Olá, Sasuke-kun. Como vai? – Disse uma bela jovem, com longos cabelos amarrados e usando uma vestimenta normal, típica do clã. Mas que ainda inspirava olhares a sua direção.

— Ahaaa... Olha só. Olá, Izumi-chan. Conseguiu levar o nii-san daquela delegacia? – Falou o jovem Uchiha, após chegar perto dos dois e vê-los parados. Isso quase lhe arrancou risadas, por seu irmão ser tão tímido e conservador, sair em público assim, como um “casal” lhe deixa bem tenso.

— B-bom, n-não foi bem assim...

— Foi o otou-san, Sasuke. Ele pediu para que eu lhe entregasse o relatório desta semana. Com isso, o capitão da polícia me liberou mais cedo... Estou com o resto da noite de folga.

— Mas todas as noites você fica até tarde. Sempre diz que essa hora-extra é pelo bem da paz e ordem na vila. Isso é muito chato. Não sei como você aguenta ficar esperando ele, Izumi-chan. Às vezes o nii-san dá muita mancada.

— Uhu... Ele foi muito atencioso comigo hoje. Me ajudou quando terminou de falar com Fugaku-sama.

Disse ela se lembrando deste mesmo dia, mais cedo, quando estava carregando muitas sacolas de compras que sua mãe lhe pediu e ele foi muito atencioso e gentil, ajudando-a a carregá-las até a porta de sua casa.

Após se lembrar disso, ela foi se aproximando do ouvido do garoto a sua frente e sussurrou.

— Só entre nós dois... Ele vai ter que me recompensar por esta semana ausente. Vou “raptar” ele um pouco. Hu-hu-hu.

Ambos soltam um risinho “cúmplices” e voltam a falar normalmente.

— Seu nii-san não é tão chato assim. Só é muito dedicado ao clã e a força policial.

— Não posso deixar coisas erradas ocorrerem.

— Eu sei. Mas ainda assim, você ficar o tempo todo ocupado é muito tediante. Já não basta o otu-san ficar lá com o Hokage e eu ainda tenho que treinar a maior parte do tempo sozinho. É sempre assim... Desde que eu era ainda menor. Mas deixa... Já estou quase me graduando. Logo irei ultrapassar você. – Disse ele, com um pequeno sorriso arrogante.

— Tá bom, tá bom. Desculpe, mas quem sabe uma próxima vez.

— Ãham.

— Vamos indo? Viemos acompanhar o Sasuke-kun até o clã e depois seu irmãozão aqui vai me pagar uma deliciosa refeição.

— Hã? – Itachi ficou surpreso por esse convite.

— Como é? Não vai? Não prometeu que qualquer dia desses iria me acompanhar? Que tal hoje? E vai deixar esta pobre moça aqui arcar com as despesas do nosso passeio? – Falou ela com certa provocação intimidando-o um pouco e deixando Sasuke bem alegre ao ver seu irmão assim.

— Sim, nii-san. Como pode se considerar um bom rapaz se não cumpre com suas promessas?

— Está bem... Vocês venceram. Puxa vida. E pensar que quando esse meu irmãozinho era bem pequeno estranhava você. Lembra, Izumi-san? Mas hoje em dia, vocês são muito unidos, ainda mais se for contra este “pobre rapaz” aqui. – Ele acabou por entrar na brincadeira deles.

Todos riem muito e começam a caminhar, rumo ao clã.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Notas finais
Não sei para qual “lado” levarei esta história. Não sei se me “perderei” no roteiro ou se desistirei pelo processo da mesma... Nem mesmo se será tão interessante quanto outras que existem pelo mundo a fora.
Neste momento somente sei de uma coisa: eu quero ver até onde ela irá.
Obs.: O daimyou não é somente uma figura simbólica na minha fic. Logo vocês perceberão isso.
Ob2.: Olhem minhas outras fic. Sei que muitos não se interessam por cenários originais, mas com vossas opiniões, eu evoluirei como escritor. Verei meus pontos fortes e fracos. E como lidar com isso. Deixem suas críticas CONSTRUTIVAS.



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