Crônicas Shinobi - O Sussurro escrita por Crascutin


Capítulo 3
NORMAL Chapter


Notas iniciais do capítulo

Sem muita novidade aqui no capítulo (ou será que tem? Descubram Hua-há-há-há...). Agradeço a todos e todas por estarem aqui novamente e peço: indiquem, pois um cenário desses não é muito encontrado por aí afora.
Olha, estou sentindo que muita coisa que pretendo colocar nesta fic vai estar parecida com o do Boruto... Mas, galera... Não estou copiando! É sério!!! Simplesmente é algo estranho. Aconteceu... Terei a decência de assumir quando pegar algo inspirado pelo mesmo. ;D
Boruto = Naruto remasterizado = Avatar Korra... kkkkk

~~#~~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/728944/chapter/3

 

Capítulo 3 - Lembranças

 

Passos e sons de algo se movendo muito rápido...

Certamente um shinobi.

Onde estava este? Em um local aberto, arejado e muito escuro...

 

Ao chegar na floresta e encontrar seu objetivo, uma pessoa de aparência jovial... Uma jovem, mas com traços já maduros, revelando não ser uma garota, mas sim uma bela mulher adulta... Encontra uma cabana, perto de um belo bosque. Esta mulher possui cabelos que se destacam por natureza no meio da noite. Eles emolduravam perfeitamente sua fisionomia, mas estavam transmitindo algo que normalmente não se espera: perigo.

Kushina, brava por seu filho ter faltado ao evento tão importante, está mais do que furiosa. Não... Se fosse uma simples “brincadeira”, ela estaria com o olhar fumegante e expressão de amedrontar qualquer criança...

O problema seria bem mais simples e “comum”.

Infelizmente este não é o caso. Se fosse, ela estaria transmitindo a sua típica aura de “pimenta sangrenta”, mas dessa vez, o que se encontrava em seu olhar, em sua postura... Era uma irrefreável sensação de aflição.

Desde o momento do recado, ela sentiu. Não é normal. Não é bom. Preciso ir rápido. Somente isto se podia “ouvir” em sua mente.

Chegando lá, ela nem se preocupa com formalidades ou educação. Vai logo entrando, procurando em cada cômodo por seu filho.

E o encontra... Deitado em uma cama, com lençóis o cobrindo e Tsunade ao seu lado, junto a outra mulher que sempre a acompanhava pela vila. Sua amiga e leal ajudante. A chefe do hospital de Konoha: Shizune.

Elas revezavam entre tratar o garoto com ninjutsu médico, trocar as cobertas e monitorá-lo.

Isso causou uma tremenda aflição e desespero, abalando o coração da pobre mãe ali presente. Sem saber o porquê daquilo tudo... Só querendo ver seu filho “aprontar novamente”. Afinal, qual mãe não quer ver seu filho bem e normal?

— Naruto teve um desconforto, um colapso drástico, ao ponto de ficar desnorteado. Não se sabe o motivo, mas não parece ser um simples desgaste após o treino na academia. Sua saúde física parece estar normal, mas sua atividade neural está muito desequilibrada... Atingindo picos muito perigosos... Além disso, ele está em constante perda de memória.

— Mas por quê? O que está acontecendo com meu filho?! Você não pode fazer nada??? Por favor. E sobre o recado que me mandou... Qual é a causa? Seria a raposa de nove caudas? Quer que eu reforce o selo enquanto você o trata?

— Um silêncio se forma –

— Fale algo! Por favor... Não me deixe nessa agonia. Você é a mestra em todo tipo de ninjutsu medicinal. É a lendária sannin! Não é possível que não tenha encontrado algo, uma luz, no caso do meu filho.

— É claro que tenho uma solução a curto prazo. Mas não é um problema simples. Devo pesquisar, fazer muitos exames nele e seu chakra está oscilando absurdamente! Não dá pra tomar atitudes drásticas nesse caso. Por isso devemos encaminhá-lo até o centro de pesquisas, procurar estabilizar seu quadro e mantê-lo sobre constante vigilância!

— Eu, eu sei... Sinto muito, dattebane. M-mas é o meu querido filhinho... Eu não sei como lidar com isso. Sua saúde sempre foi boa, nunca teve nada disso. E você me fala que ele está em surto neural, sem lembranças e em constantes desmaios e oscilação de chakra. De que adianta ser um shinobi se nem meu filho posso ajudar...

— Acalme-se. É muito cedo para dizer o que não pode ser feito. Acima de tudo, devemos evitar o caos e controlar a situação. Não devemos afrouxar o controle sobre a kyuubi e muito menos causar pânico na vila. Você bem sabe disso, já que também entende a situação.

— Sim. – Secando as lágrimas e assumindo a postura de “durona” que ela tem por natureza.

— Vamos examiná-lo e encontrar um modo de normalizar seu quadro, ou eu não me chamo Tsunade, a neta do primeiro hokage!

........................................................~~#~~ ........................................................

Orochimaru havia saído da “casa” de Tsunade, após lhe dar um sermão por conta dela não priorizar as obrigações e formalidades e beber demais. Indo participar da reunião como todos os outros ali presentes, ele é interrompido e informado de algo por um homem de aparência esnobe. Isso lhe arranca um sorriso do rosto...

........................................................~~#~~ ........................................................

Mais cedo deste mesmo dia...

Ainda na tarde da Prestação de contas de Konoha...

Ei, ei... Tia! Vai! Me conta... Me conta uma das suas histórias.

Gritou uma garotinha, com aparência de uns seis anos.

— Hã? O que? Agora? Mas nós temos que nos ajeitar. Eu acabei de chegar de um plantão...

Uma jovem mulher que estava andando por uma rua comum. Indo em direção a sua casa que ficava nesta tal rua, após o dia de trabalho... Tendo mais uma obrigação para este dia, onde tudo foi apressado e agitado. Quando estava chegando a sua casa, ouviu uma voz muito familiar, correndo em sua direção e pulando para abraçá-la, se jogando em seus braços.

Vendo a cara de “pidona” da menina e sendo seu ponto fraco, ela concordou e se reprogramou rapidamente. Já sabendo que acabaria tendo de levar a pirralha junto...

— Certo. Mas só se me prometer se comportar. Acho que sua mãe não vai reclamar muito se você for comigo, não acha?

— Que nada... A mamãe tá muito ocupada agora. Nem deve ter indo em casa ainda.

Elas entraram. A menina se sentia a vontade ali, passava mais tempo com a tia, do que em sua própria casa. Não é que ela se sentisse incomodada com sua família, era porque gostava muito dessa mulher a sua frente. Para esta pequena criança, que muito conhecia de sua tia, era muito bom estar perto dela. Almejar ser como ela...

Essa tia de cabelos curtos, até a altura dos ombros e aparência dócil, logo correu para tomar um rápido banho e se ajeitar, enquanto a garota lhe esperava no sofá da sala.

Não demorou muito, pois não se “produziu” tanto assim. Preferiu manter o estilo padrão... Seu uniforme de jounnin, sem o sobretudo do jaleco médico.

Com tanta insistência e alegria da menina, uma importante lembrança de sua vida lhe veio à mente e ela decide compartilhar com a garota de olhos tão energéticos.

Talvez por saudade do homem envolvido na história, ou por achar a menina muito parecida com o jeito dele, nos tempos de moleque... O fato é: já fazia bem mais do que duas semanas que não conseguiam se ver direito. Fora do convívio das “obrigações”. E isso a deixava mais sensível ao seu passado e tudo que levou ao mesmo.

...

— Digamos que eu sempre soube. Mesmo sem notar. O que eu sentia pelo Kakashi... Era uma paixonite juvenil. Eu havia ficado muito impressionada pelo grande shinobi que ele estava se tornando. Posso dizer que não foi fácil “superar”. Somente depois de ouvir do próprio Kakashi, o quão fútil eu estava sendo, é que percebi que não poderia ser feliz ao seu lado. Ao contrário...

A mulher contava de seu passado e antigos sentimentos. Sua expressão era de nostalgia, mas também havia uma pitada de “tristeza” em seus olhos.

— Namoramos por algum tempo. Foi bom, mas não preencheu um vazio que eu sentia. Depois de um tempo, não entendendo mais meus sentimentos... Ele falou comigo, foi nossa primeira conversa “franca”. Disse que não daria certo entre a gente. E, inconscientemente, eu concordei.

Por mais que já conhecesse um pouco do passado da tia, era inegável que vê-la daquele jeito era novidade à menina. Sendo bem observadora, ainda podia sentir que não foi fácil relembrar de tais momentos. Ou ela achava isso.

— Obito ficou sabendo de nossa discussão e tomou minhas dores, indo reclamar com Kakashi por ter sido tão duro e insensível. Eles não perceberam, mas eu fui tentar impedir que brigassem por minha conta. Claro, eu estava profundamente magoada e triste. Obito conseguiu me alegrar um pouco, antes de ir brigar com o “velho espantalho”. Nós éramos um time, não seria por minha causa que eles iriam brigar. Eu não podia deixar que as coisas acontecessem assim.

Tomando uma leve pausa e soltando um leve “sorrisinho”, ela continua.

— Quando cheguei para impedi-los, logo vi que estavam com uma conversa profunda. Preferi não interromper, até ouvir o teor da conversa e perceber pelo tom de suas vozes, o quanto eu já magoei o Obito. Kakashi disse que era o próprio Obito que estava sendo insensato e não buscando por algo que todos sabiam ser verdade. Obito me amava... Tantas e tantas vezes eu falei de como gostava do Kakashi ou alugava seus ouvidos dizendo coisas relacionadas a nós dois. Como fui tola! Saí de lá correndo. Triste por mim, por Kakashi e agora pelo Obito. Pelo jeito eu só magoo as pessoas... Não era um bom dia para mim. Não acha?

Quando ela falou isso, logo a menina lhe olhou nos olhos e sem saber o porquê, ambas começaram a rir.

— Levei um tempo até superar isso e ter uma conversa franca com eles (individualmente). Não foi fácil pro Obito e muito menos pra eu esquecer a paixão pelo Kakashi e vê-lo somente como um amigo, mas, hoje em dia... Sei lá. Acho que nunca fui realmente apaixonada por Kakashi. Era uma “obsessão” minha. E Obito sempre tirou o melhor de mim. Me deu alegria e me fez superar todos os meus limites.

Sempre que uma paixão nasce, ela desencadeia o melhor da pessoa.

Era isso que Obito fazia pela Rin. Lhe dava o seu melhor, mesmo apaixonado as escondidas da mesma... Mesmo suportando vê-la nos braços do seu rival e melhor amigo... Ele a ajudava, a inspirava e “protegia”.

— Quando vi, era com ele que eu sonhava a noite. Era a voz dele que eu queria ouvir ou me sentia muito bem relembrando de como ele era irresponsável e brincalhão mais jovem.

— Então a tia se apaixonou por ele e estão juntos até hoje...

— Sim. É bem por aí.

— Waaah. Hiii. Como eu gosto de ouvir as suas histórias, tia Rin! Conta mais. Tipo aquela vez que vocês foram comer fora e ele se atrapalhou com a comida-

— Quem se atrapalhou? – Soa uma voz mais grossa, interrompendo a conversa e arrancando suspiro de surpresa das presentes na sala. - Eu não tenho culpa se eles serviram o prato errado e o meu veio extrapicante... Eu quase “morri” com aquilo. Aí sim, teria entrado em óbito. – Disse ele entrando, aparecendo de surpresa.

— Puxa, você nunca para com essa piadinha com seu nome! Esse seu trocadilho me deixa muito tensa!

— Wari wari... Pensando bem, o que esta pequena “pimentinha” faz aqui? Já está quase na hora do seu otou-san discursar. Você não vai vê-lo? E você, Rin? Já está pronta? Bem, visto que já saiu do seu plantão... Mas, enfim.

— Sim, já estou... Só estava animada contando outra vez algumas de minhas histórias a essa pequena.

— Já vou, tio. É que é muito mais legal ouvir as histórias da tia do que aquelas baboseiras da reunião chata do papai e aquele monte de velhos.

— Esses “velhos” são os chefes dos clãs. E não é chato. Ou você não quer criar a sua própria história? Pois se quiser, vai chegar o dia que terá que deixar de ouvir as minhas e se concentrar no que acontece aqui na vila. É claro, para ter a sua própria história incrível e emocionante, “vai ter que prestar atenção nessas reuniões”.

— Deixa ela. Sabe, eu concordo que são muito chatas! Ainda mais para uma pirralha encrenqueira, tipo você... Não nega a mãe que tem. Ah! E seu irmão? Não o vejo há algum tempo... Desde quando estava com o espantalho. Ainda anda aprontando feito um pirralho-

— Muito parecido com você, não acha?

— Shhh! Não fala isso, Rin! Vai que a Sayuri escuta...

— Há-há-há... Eu já sei como você era, tio! A tia Rin já me contou. Sobre o maninho, ele é um mala! É muito chato! Não me deixa quieta... Mas ele já está quase aprovado na academia. Ele deve aprontar alguma mais tarde na reunião, pode esperar. Dattebane!

— Nem ele seria tão louco e irresponsável.

— Ou seria? – Obito se lembrando do seu tempo de pivete. Decidiu aumentar a fiscalização... Só para prevenir.

Obito ainda sonha em ser Hokage... Quem sabe depois do seu sensei. Mas ele já conquistou o seu sonho mais gratificante. O coração de Rin. Que, diga-se de passagem... Foi sua missão mais difícil. O seu maior tesouro na vida.

........................................................~~#~~ ........................................................

Depois da reunião

— Papai, papai... Hoje eu tive um dia maravilhoso com a tia Rin e depois o tio Obito apareceu e me prometeu que vai me ensinar uns “truques” bem maneiros... O que foi papai? Por que essa cara? Não deu tudo certo na reunião? Parecia tudo normal. Além disso, cadê a mamãe? E o maninho Naruto? Ele já foi dormir? – Disse ela sentada no colo do pai no sofá, vendo-o aflito.

Assim que acabou a prestação de contas, Obito e Rin levaram sua filha até ele e lhe repassaram a notícia do seu filho no hospital.

Desde então, ele decidiu encerrar as atividades por aquela noite e cuidar da filhinha.

— Não é nada, filha. Só um probleminha que logo irá passar... Sua mãe e seu irmão, estão resolvendo um assunto importante e não vão poder aparecer hoje. Mas quando eles chegarem, eu prometo que vou te chamar e vamos fazer uma deliciosa refeição cozinhada por sua mãe. Tudo bem? Mas, agora que parei para pensar... O que ainda faz acordada a essa hora?

— Ehr...

— Não, nada disso. Já para a cama, mocinha. Já pensou se sua mãe descobre que te deixei acordada até agora? Vamos, eu te levo.

— Eba! De cavalinho... De cavalinho. Vamos, papai!

— Sim. “Espero que logo a família todas esteja junta”.

........................................................~~#~~ ........................................................

Passa-se uma semana.

Os alunos começam a notar a falta tanto da sensei Kushina, quanto do aluno mais encrenqueiro da turma. Principalmente Sasuke que é o grande amigo dele e Hinata, que sempre, desde pequena, aprontava ao seu lado pelo mundo afora.

Hinata, a garota que mais apronta para chamar a atenção, está apoiada na mesa com os braços cruzados em cima da mesma e sua cabeça em cima dos braços olhando à porta de dentro da sala. Nem presta atenção nas conversas dos outros moleques. Está esperando somente o “seu favorito”... Ainda está com o rosto um pouco sujo de tinta, mas está com o semblante feliz.

— Atenção, alunos. Todos, ordenadamente, me sigam até a entrada da academia. Hoje a aula será em campo aberto. Estejam prontos para um exercício de duração indeterminada.

Dizendo isso, o sensei saiu da sala e os alunos o acompanharam logo atrás. Mesmo em dúvidas quanto o exercício, a maioria estava eufórica e motivada. Querendo provar seu valor.

Após saírem, eles logo notam já ter outros alunos do lado de fora. Para ser mais preciso, era a turma vizinha.

— Ué? Será algo com a outra turma?

— Não sei, mas parece que sim.

— Seria bem legal. Afinal, nesta turma quase ninguém é melhor do que eu. É muito fácil.

— Não seja convencido! Eu sou bem melhor que você em genjutsu.

— É, mas é só genjutsu. Não é algo que eu deva me preocupar... Meu clã não se preocupa com isso.

— O que é muito ruim. Que tipo de ninja você quer ser, se nem se importa com genjutsu?

— Shiiii. Olha ali, o sensei tá olhando para vocês.

Com muita conversa, os moleques especulam como será a aula do dia.

— Um treino em conjunto com os alunos da outra turma. Sim... É isso mesmo. Este será o objetivo deste exercício. Ambas as turmas deverão competir e provar qual é a melhor. Hoje será a turma 3 contra a 4.

— Os melhores tutores serão selecionados para esta sala campeã. Então saibam que este é um bom exemplo para daqui a pouco menos de dois meses: melhorem ou ficarão para trás. – Falou um dos sensei.

— Eu serei o encarregado desta “gincana”. Muitos daqui já reconheço pela fisionomia, mas todos devem se provar eficazes. Para os que não se lembram de mim, sou o sensei Tetsu, Uchiha Tetsu, e não espero menos que o melhor...

— O exercício será um copilado, uma maratona das atividades táticas e maestria básica do que vocês aprenderam até agora da arte shinobi. – Falou novamente o outro sensei.

— Vocês terão apoio e instrução dos alunos veteranos, a maioria deles é de fortes candidatos a prestar a prova chunnin deste ano. Não se acanhem e bolem táticas em conjunto com eles. – Falou o sensei Umino Iruka, se pronunciando preocupado com a nova intensidade deste exercício.

— Estarão dispostos vários sensei durante todo o procedimento pelo perímetro, por este campo de batalha. Mas compreendam que, assim como em uma batalha real, vocês deverão tomar a rédea da situação e provar que são capazes ou estarão me fazendo perder tempo instruindo-os...

Será um conjunto de atividades, onde serão testadas além das aptidões shinobi, o limite físico e psicológico de cada um. Não é um teste básico, mas sim um “adiantamento” das provas de graduação.

— Este seria um... Teste de batalha. Treino de aptidão. Serão distribuídas missões e cada grupo deve derrotar o outro da sala ao competir e provar seu conhecimento. Entrega de informações, interceptação, proteção, transformação e intimidação (com shuriken), armadilhas e dissimulação. Estratégias simples da batalha. Este é o tema destes exercícios. Provem um vislumbre do que está lá fora... No nosso mundo shinobi. – Falou Iruka, novamente alertando seus preciosos alunos.

Após esta curta explicação, os grupos de estudantes foram formados. Respeitando a tradicional regra da equipe de quatro integrantes. Muitos alunos se juntaram por afinidade, mas outros formaram o grupo por puro intelecto, pois priorizaram o potencial e não amizades. Uma sábia atitude, mas que pode comprometer o potencial dos mesmos.

Serão grupos de três alunos, com um chunnin de apoio, oferecendo liderança e experiência ao grupo.

...

Dohidomaru, Meriza e Rikkyu vs. Sasuke, Chouji e Aya. Os chunnin são: Deko e Mezuba.

— A “missão” deste grupo será me interceptar e impedir que eu entregue esta mensagem ao outro grupo. – Estende ele um pergaminho roxo, mostrando qual é a mensagem. — Quando o sensei avisar, vocês devem tentar me interceptar e impedir que eu conclua a minha parte. Podem se esforçar naturalmente. Usem a força que puderem e testem seus limites. O alvo será somente eu. Mas se a outra equipe interferir, lidem adequadamente com a situação.

........................................................~~#~~ ........................................................

O teste terminou, quase cinco e meia. Depois disso, Sasuke vai até a casa de Naruto, perguntar por ele. Com uma semana ausente e as provas se aproximando, o amigo sentiu que deveria procurar o garoto encrenqueiro e saber o porquê de tanta ausência.

Ao bater na porta, escuta um sonoro “já vai”. Ao que parecia, era uma criança. Muito provável, era uma criança que ele conhecia muito bem. A irmãzinha de Naruto.

Logo a porta é aberta e ele vê um pequeno vulto indo em sua direção.

Sayuri sempre que vê Sasuke, pula e o abraça, chamando-o de Sasuke-niichan. Ao que tudo indica, esta pequena menina herdou muito dos maus hábitos da mãe, como a falta de comportamento formal. Sempre age pelo sentimento e isso pode ser prejudicial a uma futura kunoichi. Mesmo assim, é um traço carinhoso e que seus pais sentem muito orgulho...

— Com licença. Seu irmão está?

Logo chega uma figura masculina de dentro da casa, se aproximando da porta e se alegrando ao ver o jovem parado ali.

Olá, Sasuke-chan... Meu filho? Ah! Bom, ele não está agora. Está em um importante... Só posso lhe dizer que ele está em um importante “treino”. Mas logo ele vai aparecer e vocês podem conversar melhor. Eu digo que veio visitá-lo. Mas se quiser ficar e brincar com a Sayuri-chan, esteja à vontade.

Ela, grudada nele, feito carrapato. Deu um jeito de escalá-lo e se pendurar em seu braço.

— Não. Obrigado, mas não posso. Minha kaa-chan brigaria comigo se eu ficasse mais um dia fora. Tenho que ir. Boa noite, tio Minato. E boa noite para você também Sayuri (pentelha).

........................................................~~#~~ ........................................................

Com mais uma semana...

Um garoto sendo constantemente elogiado e incentivado por seu sensei, está arduamente treinando. Pegando impulso e indo em direção a uma grande árvore. O jovem garoto pula e se eleva pela árvore. Não escalando-a normalmente, o que utilizaria as mãos, e sim ao estilo shinobi. Ou seja, escalado utilizando os pés, com aderência do chakra. É claro que ele não era um perito e isso foi confirmado um segundo depois dele apoiar o pé direito no tronco e deslizar o esquerdo, que estava mais embaixo como apoio. Isso lhe causou um enorme galo na parte posterior de sua cabeça.

Seu sensei logo correu para “socorrê-lo”. Ao se aproximar, notou outro garoto que os observava grosseiramente. Ele não aguentando tal ato esnobe, trata de tirar satisfações com o outro pirralho.

— O que pensa que está olhando, garoto? Por acaso está a ridicularizar o meu esforçado pupilo? Ninguém ouse insultá-lo ou terá que provar do seu enorme talento. Pelo que vejo, você também é um shinobi. Acha por acaso que é melhor que meu aluno, só por ser alguns anos mais velho?

— Sinto muito por estar rindo, eu só me senti alegre ao ver este momento tão engraçado. Não quero ofender seu aluno. Mas este pivete realmente é um shinobi?

— Como ousa? Um pirralho imaturo se achando superior? Um tipinho como você não seria páreo para meu aluno.

— Ei, você! Quem está chamando de pivete? Você quer brigar, é? Ninguém me chama de pirralho e ri de mim, sem levar uma surra!

Dito isso, o pirralho parte para cima do garoto alguns anos mais velho.

O jovem ninja que estava treinando seu domínio de chakra era nada menos que o neto do Terceiro Hokage, o lendário professor. Seu nome é Konohamaru. Este é treinado por um jounnin de elite, que se comporta de maneira bem esnoba à ralé dos outros pirralhos, principalmente os que não lhe agradam aos olhos. Ebisu.

Após tal fato e atitudes tão agressivas, o garoto que estava encarando-os, aceita o desafio e começa a provar não ser somente um pirralho. Mas um potencial shinobi, com grande talento e habilidades ninja.

O embate não dura muito...

Com quase dez segundos de combate, Konohamaru cai ao chão, totalmente desnorteado do impacto recebido, mas sem grandes machucados...

— Sinto muito. Não propus por tal ato, mesmo assim, participei deliberadamente. Espero que não tenha se machucado muito. Tentei amenizar ao máximo. Também peço desculpas se o ofendi, pois somente senti alegria ao acompanhar seu treino. Bom, tenho que ir. Boa sorte com o exercício e espero que se torne um ótimo shinobi.

— Ai. Ah! Es-espere! Pelo menos, me diga seu nome. Não sei quem é você...

— Oh. Digamos que sou um shinobi em treinamento, assim como você. Sou Namikaze Naruto. Muito prazer. E até qualquer hora.

— N-naruto... Naruto-nii-chan. Sim. Este será meu objetivo. Nenhum outro poderia me derrotar, ainda mais tão facilmente se não fosse o meu rival. Um dia eu o enfrentarei novamente e vou provar que sou melhor. Pode esperar.

— Certo. Que seja. – Dizendo e ouvindo tudo isso, Naruto passa a seguir seu caminho.

Ebisu parado estava, petrificado ficou... Nunca lhe passou pela cabeça estar encarando o herdeiro do atual hokage. Um frio tremendo em sua espinha lhe passa até seu rosto, tremendo de ansiedade e aflição. Ele mentalmente se condena e encara a pequena criança a sua frente.

...

— E aí, retardado patético... Ainda arranjando desculpas para faltar à academia? - Sasuke diz ao vê-lo caminhando.

Logo após o diferente encontro com o neto do Terceiro Hokage, Naruto anda em direção ao centro da aldeia e “esbarra” em Sasuke, pelo caminho.

Se curvando como sinal de respeito e educação tradicional, diz o outro.

— Bom dia... Er, quem é você, mesmo? Desculpe... Mas não estou muito motivado hoje a ir à academia, peço que me desculpe.

— O Que é isso? Está aprontando uma comigo? Deixa disso e vamos logo. - O agarra pelo pescoço e o arrasta.

— Não, espera aí. É sério, er... Não-sei-quem, mas eu tinha outros planos então...

— Sem desculpas e dá para parar de me tratar assim!?

— Sinto muito...

— E para de ser tão educado!

Obviamente, Naruto está com sérios problemas...

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Wari wari: (desculpe – ou seria warui – quem souber, fale)


Comecei a conhecer a história de Naruto enquanto estava no ensino médio. Meus colegas me tiravam do sério falando todo dia que esta obra estava passando num canal aberto (Sistema Brasileiro de Televisão) e não aguentava ninguém falando mais disso...
Sempre criticavam os dois amigos birrentos que usavam um tal de rasengan e chidori, mas nunca dei muita importância. Então, passou o primeiro ano letivo e conheci esta mesma obra por um colega meu, em DVD. Desde então, passei a gostar um bocado desta estória...
#carpe _diem
Até a próxima, quando um pouco mais de criatividade brotar deste meu mundinho das ideias.
Ps.: Novamente pergunto: alguém se interessa em debater ideias deste mundo alternativo meu e desenvolver novas?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crônicas Shinobi - O Sussurro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.