A Rosa Dourada escrita por Dhuly


Capítulo 7
Prometidos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Primeiramente um agradecimento muito especial a May W pela linda capa que ela fez, e cá entre nós a que eu tinha feito não era nada bonitinha não!
Bom, e eu fiquei empolgada e quis postar o esse capítulo logo em vez de postar amanhã!
Uma boa leitura!



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j a r d i m   d e   c i m a

Axel vinha em seu enorme garanhão, uma dúzia de cavaleiros com armaduras reluzentes atrás de si. O caçador dos Tarly vinha em uma grande bandeira. Tudo adequado para sua nova posição e uma pequena demonstração de poder.

Ele havia conseguido tudo que mais almejava. Era Lorde de Monte Chifre, era Mestre da Moeda, tinha poder em suas mãos. Tudo que precisava para garantir sua posição era se livrar de Arthur, ele muito bem poderia pedir a Vossa Graça, o Rei Garth, que banisse o jovem. Mas quem garantiria que ele não voltasse anos depois e fosse contra Axel. Ele tinha de matar Arthur.

Em frente as grandes portas de entrada estavam o Rei e a Rainha da Campina, de braços dados. A sua volta havia vários nobres, Fossoway, Crane, Virwel e outros nobres da corte de pouca importância. Mas quem ele procurava não estava por ali, Cecily não se encontrava no jardim aparentemente. Ele desceu do cavalo e um cavalariço tratou de fazer seu serviço.

O Tarly caiu sobre um joelho em frente ao casal real.

— Vossa graça! — Cumprimentou ele o Rei que partiu para um abraço.

— Axel que bom vê-lo — Afirmou Garth com um sorriso amistoso.

— Vim o mais rápido que pude assim que recebi tua mensagem... — Disse o Lorde de Montechifre. — Minha rainha!

Ele beijou a mão de Elizabeth que não pareceu gostar nada, certos boatos que ele roubava da coroa havia criado certa inimizade dela com ele, mas é claro que ninguém nunca havia pegado alguma prova contra o Tarly. Garth ainda o amava como seu maior amigo.

— Onde está Cecily? — Quis saber Axel.

— Ela teve de cuidar de Willas, mas já deve estar voltando. — Informou Elizabeth austera.

— Venha vamos entrar! — Convidou o Gardener.

Eles seguiram para dentro do famoso castelo, a corte veio atrás. Provavelmente haveria um banquete de recepção, o que era comum vindo de alguém como Garth. Em meio ao seu caminho Axel vislumbrou quem ele realmente queria ver. A sua possível noiva, vinha de azul, o cabelo loiro preso em um penteado extravagante que as ladys usavam. Ao seu lado vinha o jovem Senhor de Bosquemel.

A face de Cecily não era a mais convidativa, contudo ele se curvou perante a princesa. Seus olhos azuis percorrendo a beleza da jovem.

 

 

— Lady Cecily — Reverenciou ele com sua voz calma.

— Lorde Axel — Respondeu ela cordialmente e sem cerimônia.

Ele sabia que a princesa não gostava da ideia de se casar com ele, aquilo tudo era político e sem romantismo. Mas ele sempre gostou de moças mais novas, conquistar Cecily não seria um grande sacrifício.

 

 

O banquete finalmente havia acabado e Roslin pôde sair do salão de festas. Alguns dias atrás era ela quem era o centro das atenções com o seu noivado com o príncipe. Muitos comentavam o fato dela se sentar no estrado sozinha, sem a companhia do noivo que deveria se sentar ao seu lado.

Pouco ela via o príncipe herdeiro, ele mal falava com ela, quando os dois se encontravam ele não era nada simpático e sim rude. Ela temia sua noite de núpcias ao lado dele.

Roslin suspirou e segue pelos corredores, Jardim de Cima era realmente muito maior do que Solar de Cidra. Um verdadeiro palácio, contudo a jovem Fossoway sentia saudade de casa, do cheiro de maçã e o aroma dos pomares no ar. Das pessoas que ela via todos os dias. Absolutamente tudo, mas agora ela tinha um dever como futura rainha, mesmo que a ideia a assustasse.

O dia estava naturalmente ensolarado, era difícil ver chuvas fora da primavera ou do outono. A Campina era um local naturalmente quente.

Vitrais coloridos mostravam cenas do passado ou antigos reis como Garth VII Gardener, o Mão Dourada, que havia trago as Ilhas Escudos para o reino e expulsado os homens de ferro. O que resultou em três séculos de guerra contra as Ilhas de Ferro, mas no fim a casa real havia vencido. Ela esperava que desta vez também, sua casa dependia daquilo.

Sem o apoio de Garth e futuramente de John, a casa de Roslin poderia perder tudo. Jon Fossoway, um membro de um ramo distante da Casa Fossoway desejava o lugar de Raymun, seu pequeno irmãozinho dependia das irmãs mais velhas para que o seu lugar de direito fosse mantido. Alguns apoiavam Jon por ele ser um homem adulto, outros Raymun por ser do ramo principal e havia outros que não apoiavam Ellynor como regente. Era realmente uma grande bagunça.

Seus pés a levaram para seus aposentos, lá se deparou com Raymun que lia um livro ilustrativo e Ellynor que estava assentada atrás de uma mesa cheia de pergaminhos e cartas.

— Ross — Animou-se o pequeno irmão de Roslin correndo para um abraço apertado. — Veja este cavaleiro em meu livro.

A jovem agauchou na altura do irmão e observou um belo cavaleiro em uma armadura reluzente e brilhante. Pronto para batalha e empunhando uma grande espada de duas mãos. Era realmente uma bela pintura.

Ellynor observava tudo de longe e calada. A relação das duas nunca fora muito boa, brigavam por tudo e discutiam a quase todo momento. Após a morte da mãe, as duas começaram a ser mais estáveis, por Raymun e por toda a responsabilidade que as duas tinham, claro que a maioria era para a mais irmã mais velha.

Roslin foi para junto da mesa, três cartas com a maçã dos Fossoway estavam seladas e prontas para serem enviadas. Uma quarta estava sendo escrita por Ellynor com sua caligrafia impecável e curva. Segurava a pena com os dedos finos e escrevia as palavras rapidamente.

— Para quem escreve?

— Solar de Cidra, não é óbvio? — Ralhou Ellynor em um tom ácido, os olhos castanhos levemente irritadiços, o que fez Roslin baixar o olhar. — Eu tenho um castelo para administrar e lordes para apaziguar, enquanto você aproveita banquetes e recepções.

— Eu ajudaria mais se você me deixasse... — Respondeu ela quase em um cochicho.

Ellynor abriu um de seus sorrisos sarcásticos.

— Oque você poderia fazer?

— Eu sei um pouco sobre finanças! — Afirmou a jovem Fossoway.

— Se deixasse o dinheiro de nossos cofres em suas mãos é provável que falíssemos antes mesmo que as batalhas da guerra tenham seu início.

Roslin suspirou mais uma vez percebendo que não conseguiria ter uma conversa civilizada com sua irmã. Se ao menos sua prima Lyra estivesse ali poderia ter alguém com quem conversar, contudo aparentemente os Tyrell haviam apoiado Vilavelha, ao menos era o que circulava pela corte ultimamente.

Ela voltou-se para Raymun e ajudou o pequeno irmão com as letras, ele tinha de aprender muitas coisas antes de se tornar lorde completo de suas terras. Para isso ele teria Roslin em seu auxílio.

 

 

John lia o livro “A Arte da Guerra”, um livro escrito por um meistre da cidadela que viveu nos tempos da última guerra da Campina contra Dorne. Havia sido sanguinária e a paz não havia sido firmada completamente. Apenas uma trégua fora forjada entre os dois reinos vizinhos.

O silêncio prevalecia na biblioteca do palácio, não havia outra pessoa ali além dele. Estava sentado em uma poltrona macia e grande, ao lado de uma grande janela que permitia a entrada dos raios solares.

Aquele conhecimento seria útil no meio da guerra em que a Campina se encontrava. Os Hightower eram tolos em se erguer contra sua casa, por mais que as forças deles fossem grandes, Jardim de Cima tinha mais aliados e ainda muito mais poderosos. Eles apenas tinham vassalos sem grande poder, com exceção dos Redwyne e sua grande frota.

John perdeu interesse pela leitura rapidamente quando sua mente pulou de trincheiras e arietes para Blair Hightower, a garota mais bela do continente, ela era o maior exemplo de excelência feminina. Muito melhor do que sua noiva fútil e sem graça. Odiava seu pai por não ter deixado ele se casar com ela, a Hightower era de direito dele e os dois estavam destinados a ficar juntos de acordo com seus sonhos.

As portas duplas da biblioteca se abriram abruptamente, sons altos de saltos encheram o ambiente. O loiro levantou seu olhar para a mãe, uma mulher fraca e sufocante. Parecia tirar o dia inteiro para infernizá-lo e naquele dia ele estava com menos paciência para lidar com ela do que nos outros.

— Meu querido, seu pai o espera na sala do trono! — Disse a rainha com um sorriso gentil e cheio de amor.

— Por qual motivo? — Perguntou ele usando de um tom grosso e rude, nada parecido com a imagem do príncipe que ele demonstrava para os cortesões.

— Haverá uma reunião. Seu pai deseja que você participe e aprenda mais sobre governo.

Ele se levantou com passos pesados e a mãe tentou tocá-lo levemente, mas ele se desvencilhou dela e saiu da biblioteca sem mais tempo a perder. Teria de saber o que o seu pai idiota queria dessa vez. Seria bom que o velho morre-se logo para ele herdar o trono de uma vez por todas.

Os membros da corte o cumprimentava e ele acenava e sorria, assim como Cecily ele era uma pessoa muito amável e carismática, todos concordavam que ele era um garoto encantador, quando lhe convinha.

A sala do trono era uma das maiores construções do palácio, grande o suficiente para acomodar duzentas pessoas e onde ocorriam a maioria dos anunciamentos e reuniões. E claro onde permanecia a réplica do Trono de Carvalho, já que o último havia sido destruído por um rei dornense.

Em cada lado da porta que dava acesso para o salão existiam dois guardas, os mesmos o reverenciaram John e abriram passagem para príncipe. Garth estava em toda sua majestade e glória com o traseiro real enfurnado no trono, em seu cabelo branco havia uma coroa dourada e pesada, trabalhada em ouro mole em formas de flores, folhas e raminhos interligando tudo. Tudo para mostrar sua descendência a Garth Gardener, o Mão Verde.

Abaixo do estrado elevado onde o rei permanecia, estavam Axel, o novo Lorde Tarly e Mestre da Moeda. Robert Crane, o Mestre de Guerra. Por fim Lorde Hewett, o Mestre Naval. Todo o conselho estava presente, o que significava assuntos importantes que seriam tratados ali.

— John, meu filho, que bom que pôde se juntar a nós! — O Rei disse fazendo festa e mostrando muita alegria, um completo teatro. — Vamos começar a reunião.

John sorriu sem muita pompa e cumprimentou os membros do conselho real.

— Creio que o meu assunto teria certa importância. — Pronunciou-se o Tarly com olhos serenos e frios, a palavras bem colocadas e John conseguiu sentir que aquele homem era ardiloso. — Temos de resolver o destino de Arthur.

O clima da sala pareceu esfriar como se seguindo as palavras do Tarly, ninguém havia comentado sobre a fuga de Arthur ainda.

— Axel... — O Gardener mais velho chamou o amigo um pouco acanhado, o que era incomum ao rei. — Infelizmente Arthur conseguiu escapar, os rebeldes aliados dele atrasaram os meus guardas enquanto ele fugia. Imaginamos que ele tenha ido com as Tyrell.

Qualquer um poderia ver a fúria em Axel, mas sua forma controlada prevaleceu à raiva.

— Então Arthur, Terresa e Lyra fugiram enquanto o único objetivo era prendê-los? — O Mestre da Moeda disse apenas.

O Rei levantou uma mão pedindo que ele se acalmasse.

— Contudo não se preocupe, estamos fazendo o máximo para encontrá-los. Existe uma recompensa para quem entregar eles à coroa e todos os meus lordes estão avisados. — Afirmou Garth mostrando certeza e firmeza. — Mas qual é o próximo problema?

John suspirou entediado e sem interesse enquanto o Crane tomava palavra.

— Creio que o problema dos Tyrell deva ser resolvido imediatamente. O próprio Intendente Real se rebelou contra o Rei verdadeiro e nada ainda fora feito, os lordes murmuram e a Corte está cheia de fofocas contra a coroa. Devemos tomar uma posição rapidamente para mostrar nossa força e poder.

Garth ponderou com olhos longínquos, pensando em algo que pudesse resolver aquela situação. Por fim ele tomou uma decisão.

— Prepare algumas de minhas tropas, leve-as até Solar Rosado e sitiem o castelo. Matem todos que entrarem no caminho e depois queimem tudo. — Ordenou o Rei ao Chefe de Guerra.


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Notas finais do capítulo

Bom, o gif do capítulo também foi feito pela May, obrigada sua linda ^-^
E gente eu fiquei bem puta com o tumblr porque eu tinha pego esse gif e dado umas editadas com mais alguns gifs para fazer uma previa, mas ai o trein não quis abrir, pense em uma pessoa que ficou com raiva!
Mas, raiva a parte novamente aqui vai mais um agradecimento para a May e a Biiah, o que seria de mim e da fic sem essas designers maravilhosas!
Espero que tenham gostado do capítulo e comentem oque acharam, eu já estou indo responder os do último capítulo!
Beijos!